domingo, 20 de julho de 2014

Por dentro de uma redação jornalística

Ainda antes de Cristo, os romanos afixavam folhas de notícias, denominadas Acta Diurna, em lugares públicos. Além disso, os chineses e coreanos utilizavam tipos móveis e papeis de impressão centenas de anos antes do surgimento desse tipo de material na Europa.

Com essa informação, Ellis Regina Araújo e Elizete Cristina de Souza iniciam o tema A sociedade e a imprensa de massa, no livro Obras Jornalísticas: uma síntese. Pensar o jornalismo e pensar os profissionais que o fazem nos remete a uma certa mística. Quem nunca quis conhecer a redação de jornais televisivos, como o JN da Rede Globo? Tanto que se observarmos, os novos cenários privilegiam esse “olhar” do público ao espaço interno de trabalho de repórteres, editores, cinegrafistas, fotógrafos e outros. 

É mais fácil definir uma redação jornalística pelo que ela não é. Em primeiro lugar, uma redação não é o local onde acontecem as notícias, mesmo que alguns jornalistas às vezes pensem (e ajam) na construção desse axioma. A notícia acontece nas ruas, nas sedes do poder, nos escritórios bancários, nas competições esportivas e eventos culturais, entre outros. Na redação não deve acontecer nada além do mero trabalho braçal e intelectual (infelizmente, cada dia mais braçal e menos intelectual) de organizar as informações de forma que o público jornalístico seja um construtor de dada realidade.
Neste extrato do texto “Produção da notícia: a redação e o jornalista”, de Roberto Seabra, no livro Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia, demonstra um pouco da complexidade do espaço de trabalho de uma redação. Apesar de todo chamariz que há, segundo o autor, não é ali simplesmente que se decide o que é ou não notícia. “Entre a ocorrência de um fato e sua divulgação na imprensa, existem inúmeros canais intermediários (sociedade, Estado, igrejas, empresas, sindicatos etc.), e outros interesses externos subjetivos (ideológicos, éticos, técnicos etc.) que influenciam na decisão final de se dar ou não uma notícia”.



Enfim, retiradas as especificidades de cada meio (impresso, televisivo, radiofônico ou tecnológico), o que importa é mesmo a divulgação e propagação das informações, muito mais que o espaço ocupado por uma redação, pois nessa atividade participam diversos profissionais. A ilustração ao lado é do Professor Artur Araújo, em sua aula de Introdução ao Jornalismo Impresso, e demonstra um pouco este organograma. 

A revista Mundo Estranho também buscou resposta para a questão: Como funciona a redação de um telejornal? E além de mostrar o dia a dia de uma equipe em busca de notícia, traz a seguinte definição do cenário onde se apresenta o jornal do dia:

 As redações que servem de cenário para os telejornais parecem estúdios. A bancada fica em um palco, mais alta que o resto da redação. Há vários holofotes e três câmeras: uma para cada apresentador e uma geral, que mostra os dois.

Até a próxima!

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