domingo, 20 de novembro de 2011

Arquivo Público - O acesso à informação pública em MS

Em 2009 fiz Pós-Graduação em Administração Pública, em que apresentei o seguinte artigo para conclusão do curso: “Arquivo Público Estadual - O acesso à informação pública em Mato Grosso do Sul”. Aproveitei os ensinamentos de Arquivologia e uma área que muito me interessa: comunicação e o acesso à informação.

A pesquisa teve como ponto referencial o Arquivo Público Estadual de Mato Grosso do Sul (APE-MS), focando-o como ferramenta de acesso à informação pública aos cidadãos sul-mato-grossenses. No texto, descrevo a evolução que a guarda dos documentos teve no Estado, desde o seu início, ainda na década de 70, sob a responsabilidade da Secretaria de Justiça. O órgão passou no ano dois mil para a tutela da Secretaria de Gestão de Pessoal, posteriormente para a Secretaria de Administração e, atualmente, está na guarda da pasta da Fundação de Cultura.

Por mostrar uma pequena parte da Administração Pública de Mato Grosso do Sul, constituída pelo seu registro histórico, no caso o local de guarda dos arquivos permanentes do Poder Executivo, este trabalho visa, além de contribuir com as políticas de facilitação de acesso às informações públicas, em apoiar o registro da história do povo sul-mato-grossense. Pois, como afirmou o juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos, Louis Brandeis (1856-1941), "A luz do sol é o melhor desinfetante".

Fala essa que pode ser aplicada ao sistema público, para que ele seja cada vez mais transparente, justo e democrático.

Pensando em socializar esse conhecimento, disponibilizo aqui o artigo para leitura.

sábado, 19 de novembro de 2011

Prova de Fundamentos de Produção Audiovisual

1- Descreva o que acontece em uma pré-produção.
É neste momento que está sendo discutido o roteiro com a equipe de produção e verificando quem fará parte das filmagens (atores, apresentadores, repórteres, equipamentos, serviços, estrutura). Também se faz o levantamento de estúdio ou locação (externa), sob orientação do cenógrafo, eletricista ou iluminador. Nesta fase são feitos os levantamentos das necessidades gerais para a realização do programa. São realizadas reuniões, fotografias de locações e objetos de cena para apresentar para o diretor aprovar. Quando estão reunidos todos os itens, marca-se a data inicial da gravação.

2- Em uma produção audiovisual o profissional responsável pela iluminação, enquadramentos e movimentos de câmera é o diretor de fotografia, é ele quem orienta o trabalho do operador de câmera, que faz o enquadramento inicial (sob orientação do diretor), movimenta a câmara, verifica seu funcionamento. O mais comum é esta função ser acumulada pelo próprio diretor de fotografia.


3- O que faz um continuísta?
Este é o profissional que “trabalha diretamente com o assistente de direção. Conhecendo previamente a decupagem e a ordem de filmagem deve cuidar rigorosamente da continuidade de movimento dos atores, do cenário e figurinos. Um erro de continuidade pode prejudicar o trabalho de montagem e consequentemente a narração da história. Em curtas metragens de baixo orçamento a função do continuísta muitas vezes é acumulada pelo assistente de direção”.


4- Preciso criar um cenário virtual por trás de meu ator principal. É necessário que eu grave com cromaqui, que estudamos a adequação da cor verde (que deve estar bem iluminada, além de se tomar o cuidado de que ninguém se vista de verde claro ou escuro. Tudo isso facilita o recorte, entre outros)

5- Cite ao menos dez funções de um diretor de produção.
Planeja toda a produção, pois sua participação é da pré-produção ao fim da filmagem. Ele contata com a equipe, comanda da base de produção, toda a infra-estrutura relacionada a uma filmagem. Também é responsável pela pré-produção e pelo cronograma de filmagem junto com a direção, assistente de direção e produtor executivo, mantém o controle do cronograma a ser cumprido, faz previsão de dos problemas antes que eles aconteçam, mantém um plano B no caso de impossibilidade de filmar o que estava previsto para um determinado dia. Este profissional também cuida da alimentação e transporte da equipe, transporte dos equipamentos, hospedagem. Cuida ainda de autorização para filmagens, além de verificar se todos estão bem instalados no set.

6- Quais os equipamentos são operados pelo maquinista?
O maquinista é o responsável pela montagem e operação de travelling, grua e de todo equipamento pesado utilizado na fotografia.


7- Qual a situação ideal para a hora da produção audiovisual?
É que não haja contratempos, que tudo esteja ao alcance da equipe! Pois, caso contrário há dor de cabeça com horários e atrasos de equipe e de início das horários gravações, dificuldades com o espaço escolhido ou com equipamentos. Deve-se ter um check-list de todas ações, por menores que sejam, para evitar falhas.

8- O que faz um diretor de arte?
Ele é o responsável pela concepção visual do filme (cor, textura, cenários, figurinos, maquiagem etc.) a partir de determinações do diretor. Orienta os trabalhos do cenógrafo (quando não acumula esta função), do figurinista e do maquiador, a fim de obter uma coerência visual.


9- O responsável por selecionar os objetos daquela cena é o cenógrafo.


10- Descreva a pós-produção.
Quando terminam as gravações é hora de montar o material por meio da edição (computação gráfica, efeitos, trilha sonora, dublagem, locução e outros). Já a equipe que trabalhou na produção se envolve em devolver todos os materiais para as empresas ou residências, fazer agradecimentos, verificar se houve algum dano nos materiais, providenciar concertos ou reposições, arrumar o local utilizado para filmagem.



Atenção, a professora não corrigiu. Portanto, são vocês internautas que me darão a nota. Dirão se acertei ou errei cada questão!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Internet, TV e poder

Há alguns dias no Facebook compartilhei um link com a seguinte frase: “Internet... te amo! O que tive com a televisão foi algo passageiro!” Fiquei algum tempo pensando nesta frase, que apesar de exagerada tem lá sua verdade (eu mesma quase nem vejo televisão mais, por outro lado, trabalho e estudo por meio da internet).

Especialmente porque realmente me preocupo com o poder que os meios de comunicação de massa possuem. Mesmo ainda tendo uma chance (cada vez menor) de ser horizontal, a cada dia mais vemos o avanço dos grandes grupos tentando monopolizar a web.

Google e Facebook, por exemplo, brigam por uma parcela considerável de consumidores. E nisso nossa privacidade vai sendo invadida, as marcações em fotos mostram isso todos os dias dentro das redes sociais. Assim, caminhamos novamente para a concentração da mídia. Parafraseando Marilena Chauí, os oligopólios beiram monopólios...

Amparada em Maria Rita Kehl e Eugênio Bucci, Chauí em “Simulacro e Poder – Uma análise da mídia” (Editora Perseu Abramo – 1996) mostra que “o sujeito do poder não são os proprietários dos meios de comunicação, nem os estados, nem grupos ou partidos políticos, mas simplesmente (e gigantescamente) o próprio capital”. Portanto, o exercício do poder pela mídia se dá nos aspectos econômicos e ideológicos

É bom manter o alerta sobre a internet, porque se o nosso amor pela TV foi passageiro e temos nela cerca de sete corporações globais (Disney, Time Warner, Sony, News Corporation, Viacom, Vivendi-Universal e Bertelsmann: europeias, norte-americanas e japonesas) e na América Latina dominam Televisa (México), Globo (Brasil), Clarín (Argentina) e Cisneros (Venezuela). Imagine quando de fato fatiarem a internet, que espaço restará a nós usuários? De novo o de simplesmente consumidor?

domingo, 13 de novembro de 2011

Reportagem, notícia e concurso

“A reportagem é uma narrativa, simplesmente uma narrativa. Ela depende muito do poder de observação do narrador, da maneira de transmitir essa observação em palavras e de saber concatenar bem a forma de expressá-la. Uma observação cuidadosa não é necessariamente uma boa reportagem. Mas uma boa reportagem é necessariamente o fruto de uma observação cuidadosa.” (Cláudio Abramo)

Às vezes chego à conclusão de que coleciono frases. Não só essa do Cláudio Abramo, mas algumas ligadas aos concursos realizados Brasil afora. E será sobre isso a minha postagem de hoje. No livro Manual de Radiojornalismo, Heródoto Barbeiro e Paulo Rodolfo Lima explicam que “jornalismo é trabalho de equipe. O entrosamento do repórter com a redação e os técnicos de som é fundamental para a qualidade da reportagem”.

O tema, exatamente ela, a REPORTAGEM, trabalho presente nos veículos impressos, na televisão, no rádio e na internet (todas as citações abaixo foram extraídas de alguma prova de concurso):

“Produto jornalístico que diz respeito a um texto com maior profundidade, amplitude e tempo de produção, requer pesquisas e consulta ao maior número de fontes”.

São características de uma reportagem:

“A predominância da forma narrativa, a objetividade dos fatos narrados, a humanização do relato e o texto de natureza impressionista”.

Por isso,

“A abertura de uma reportagem destina-se a chamar a atenção do leitor e conquistá-lo para a leitura do texto.”

Na reportagem impressa:

“É característica do narrador onisciente conhecer todos os acontecimentos do fato em questão e até mesmo o pensamento dos personagens.”

“Em reportagem, os tempos da narrativa são psicológico, físico, cronológico e linguístico.”

“No Brasil, é usual a classificação dos gêneros jornalísticos em duas categorias: informativa e opinativa. Pertencem ao campo do jornalismo informativo: a nota, a notícia e a reportagem, que distinguem-se pela progressão dos acontecimentos.”

“A definição dada por Muniz Sodré (1986) para a reportagem é de que é a extensão da notícia. Como gênero jornalístico, reportagem é jornalismo interpretativo.”

Já os atributos da NOTÍCIA são:

“Tudo aquilo que dá valor ao fato, tornando-o publicável.”

Afinal,

“A notícia não é um acontecimento, mas a narrativa desse acontecimento.”

Portanto, a notícia é a

“Produção jornalística cotidiana que não demanda tempo de pesquisa e que está restrita ao lide e às informações complementares, tem atualidade, periodicidade, difusão e universidade.”

E segundo o CESPE

“A notícia exótica está ligada ao cotidiano das pessoas”.

domingo, 6 de novembro de 2011

Farquhar, Chateaubriand e Comunicação

Lendo a Revista Momento Brasil (Setembro/2011 – Ano IX/Edição 89), de Porto Velho (RO), aprendi mais sobre “As proezas de Farquhar”. Num primeiro momento me veio o nome de uma das ruas daqui. Mas logo o liguei à comunicação, porque esse polêmico norte-americano teve ao seu lado (o também polêmico) Assis Chateaubriand. “Percival Farquhar foi o maior investidor privado do Brasil entre 1905 e 1918. Seus interesses iam das ferrovias à energia elétrica, passando por mineração e turismo”, diz a reportagem. Em Rondônia, ele construiu a Ferrovia Madeira-Mamoré, que virou minissérie da Globo: Mad Maria.

No livro “Chatô, o Rei do Brasil” (Companhia das Letras – 1994), Fernando Morais assim descreve o primeiro encontro entre Farquhar e Chateaubriand:

“Foi como diretor do Estado que ele conheceu o Quaker norte-americano Percival Farquhar, dono da Rio de Janeiro Light & Power, da Companhia Telefônica Brasileira, da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, das ferrovias Mogiana e Paulista, em São Paulo, da Porto f Pará – proprietária do porto de Belém do Pará – e da Amazon Development Land Colonization Co. assim, como acontecia com suas ferrovias construídas na Rússia czarista, suas minas de carvão na Europa Central e seus engenhos de açúcar em Cuba, Farquhar dirigia as empresas brasileiras de Paris, Nova York ou da Pensilvânia, onde mantinha a sede de seu império internacional. Do governo brasileiro ele recebera como doação 60 mil quilômetros quadrados de terras para colonização, área que décadas depois viria a construir o estado do Amapá. Chateaubriand foi encarregado de entrevistar o magnata a bordo do Amazon, no porto de Recife, quando o milionário tinha acabado de realizar sua mais ousada epopéia tropical: a construção, no meio da selva amazônica, da Ferrovia Madeira-Mamoré. No ano anterior, os portuários de Belém haviam organizado uma paralisação para protestar contra o surto de febre amarela que eclodiu na cidade, e Farquhar contratou o melhor: mandou chamar o cientista Osvaldo Cruz, que em 1906 erradicara a mesma peste no Rio de Janeiro, para sanear Belém e combater os focos da malária surgidos entre os trabalhadores da Madeira-Mamoré. Defensor da internacionalização da economia brasileira – o que logo transformaria Chateaubriand em seu aliado internacional -, Farquhar acreditava que nenhum país poderia se desenvolver sem bons hotéis e cozinheiros refinados. Como o Brasil do começo do século não dispunha de das duas qualidades, ele próprio tomou a iniciativa de equipá-lo. Construiu em São Paulo a elegante Rotisserie Sportsman e o Hotel Guarujá, no litoral paulista, e importou da cozinha do Elysée Palace Hotel, de Paris, o chef Henri Gallon. Quando os dois se conheceram, o americano tinha acabado de comprar o terreno do antigo Convento da Ajuda, no Rio de Janeiro, onde pretendia construir um hotel ‘capaz de deixar o Waldorf Astoria parecido com uma tapera amazônica’. Além de se transformar , pouco tempo depois, no principal advogado dos interesses brasileiros da holding no Brazil Railway, Chateaubriand acabaria roubando de Farquhar o chef Gallon, que seria seu mordomo até o fim da vida”.

Sobre os pagamentos recebidos por Chateaubriand o livro traz:

“Se não davam para realizar o sonho de comprar um jornal, os honorários recebidos de Farquhar eram mais que suficientes para satisfazer seu luxo preferido, os carros elegantes”.

Certa vez, o ex-presidente Artur Bernardes teria falado sobre o jornalista (seu desafeto):

“Esse Chateaubriand é inacreditável. Todos nós temos um mito brasileiro: o deste é Caxias, o daquele é Floriano, o outrem tem Rui Barbosa. Os heróis do mundo de Chateaubriand são Farquhar, Pierson, Mackenzie, Herbert Couzens. Agora anda de namoro com um tal engenheiro Billings. Nunca o vi pronunciar o nome de um brasileiro como objeto de sua admiração”.

De outra feita, defendendo Farquhar contra uma medida de Getúlio Vargas, Chateaubriand teria dito que ele merecia ter:

“no mínimo uma estátua em Porto Velho, outra em Belém do Pará, uma em Manaus e mais três em São Paulo, no Paraná e no Rio Grande do Sul” (...) “Tanta pujança teria feito a glória de qualquer homem nos Estados Unidos, mas no Brasil o Sr. Farquhar é denegrido pela indigência mental dos nossos tenentes”.

Há outras passagens no livro que fala do trabalho de Osvaldo Cruz para sanear Guajará-Mirim. Além do envolvimento entre os dois homens que movimentaram a sociedade brasileira no século XX.

Mad Maria – O ator Tony Ramos viveu o personagem Percival Farquhar em Mad Maria, produzida pela Rede Globo e pelo Canal Futura entre 25 de janeiro e 25 de março de 2005 em 35 capítulos, conforme explica a Wikipédia. A minissérie de Benedito Ruy Barbosa e direção de Ricardo Waddington foi baseada no romance hormônio de Márcio de Souza. A base da história é a construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré, em 1912, obra que custou a vida de milhares de trabalhadores, e que teve investimento do governo brasileiro para compensar a Bolívia pela perda do território do Acre.

“Ao todo, a minissérie mobilizou cerca de 400 funcionários em Rondônia. Elenco e Técnicos geraram só nos trinta dias que ficaram em Guajará-Mirim, uma das bases de gravações, o impacto de um milhão de reais da economia local. A minissérie como um todo, foi orçada em cerca de doze milhões de Reais”. Ainda segundo a Wikipédia, “a Globo Marcas lançou o livro Uma Saga Amazônica Através da Minissérie Mad Maria, que retrata as gravações da minissérie”.

sábado, 5 de novembro de 2011

Comunicação, mídias sociais e plágio

Plagiar, de acordo com o Dicionário Eletrônico Priberam é “copiar ou imitar, sem engenho, as obras ou os pensamentos dos outros e apresentá-los como originais”. Desta forma, antes de começar este texto que apresentei como relatório da matéria Fundamentos da Produção Audiovisual sobre o 5º SEACOM (Seminário Arquidiocesano de Comunicação), informo que consegui as informações sobre algumas das palestras no Blog do jornalista Celso Gomes. Foi ele quem me indicou o endereço http://blogdocelsogomes.wordpress.com/ por meio do Twitter. Duas mídias sociais, mostrando que realmente tenho utilizado estes meios de comunicação e que tenho interesse na discussão que aconteceu durante o Seminário.

O encontro foi aberto pelo arcebispo de Porto Velho, Dom Moacyr Grechi, e reuniu alunos da Fundação Rede Amazônica e estudantes de outras instituições, profissionais da comunicação, comunicadores comunitários e colaboradores. Entre os palestrantes estavam o diretor do Departamento de Comunicação Social do Estado de Rondônia (Decom), Fred Perillo, que falou sobre “Verdades e encruzilhadas nas redes sociais” e o professor universitário, fotógrafo e publicitário, Ivan Souza, debatendo a “Autenticidade da imagem na era digital”. Já o tema do Padre César Moreira, diretor-geral da TV Aparecida, foi “Igrejas e interatividades na era da comunicação digital”.

Com o tema “Verdade, anúncio e autenticidade de vida na era digital”, o evento foi realizado de 26 a 28 de outubro no Auditório do Colégio Dom Bosco, em Porto Velho (RO). Procurando mais informações na net, descobri que essa discussão faz parte da 45ª Jornada Mundial das Comunicações Sociais, comemorada em 05 de junho e que teve mensagem especial do Papa Bento XVI. Para ele, por meio dessas novas tecnologias, “com este modo de difundir informações e conhecimentos, está a nascer uma nova maneira de aprender e pensar, com oportunidades inéditas de estabelecer relações e de construir comunhão”. Por isso, sempre é essencial discutir a autenticidade quando se mostra nas mídias sociais.

Ao discutir o plágio, Celso Gomes mostra que “para produzir uma obra normalmente dedica-se um tempo para pesquisas, leituras e muita criatividade” e que esse trabalho ao ser copiado/divulgado como de outro tem tido pouca discussão em nosso País. Mas é uma “questão de ética, honestidade e respeito que precisa ser levada aos debates em salas de aula, além da orientação dos familiares na formação do jovem”.

Para quem comete esse crime, o jornalista explica que a punição consta no “artigo 148 do Código de Processo Penal, há previsão de pena de 3 meses a 1 ano, porém se a violação de reprodução de texto total ou parcial impresso ou qualquer outra forma, com a finalidade de obtenção de lucro, sem autorização expressa do autor, a pena poderá ser de 1 a 4 anos de reclusão + multa”.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Hard x Soft News

Algumas palavras são pouco usuais no meu vocabulário. No caso das hard news não me lembro de tê-las estudado com essa denominação na faculdade, por isso, fiquei supresa quando encontrei esses termos em concurso. Outro dia, lendo a Revista Imprensa (Agosto/nº 270) encontrei matérias que me motivaram a deixar esse registro aqui.

Em “Follow-up da Alvorada”, sobre assessores de imprensa que trabalham na madrugada, estavam os do Centro de Comunicação Social da Polícia Militar de São Paulo, onde se atende cerca de 70 demandas diárias de “veículos que buscam uma das pautas elementares do hardnews, a policial”. “A equipe de policiais que começou o expediente às 20 horas da noite anterior e são responsáveis por todas as demandas da imprensa até o começo da manhã”, diz a reportagem.

Já o texto “Cobertura Amplificada” mostra o aumento da veiculação de matérias hard news na TV Record após a contratação de José Luiz Datena. O apresentador do Cidade Alerta fez subir o número de matérias policiais que passam na emissora.

“O hardnews, mais uma vez, se destaca na cobertura das principais emissoras do país. O fato de a editoria conter temas muito populares (cidades, internacional, jurídica, nacional, opinião, política e polícia) justifica a superioridade, sendo que TV Globo e TV Record disputam a ponta no número de matérias exibidas, com pequena vantagem da Record. 26% das matérias publicadas com a temática a emissora de Edir Macedo contra 25% da emissora dos Marinho. Band contabilizou 19% das matérias; SBT, 18%; e Rede TV!, 12%.

Na pesquisa, a divisão das editorias contempla ainda comportamento, cultura, economia e geral. Dentro de comportamento estão enquadradas as matérias de esporte, entre outras; economia envolve questões de finanças, negócio, sustentabilidade, por exemplo; e geral é um “chapéu” que cobre ciência e tecnologia, ambiente, educação, medicina, odontologia, propaganda/marketing/comunicação, recursos humanos, religião, saúde, serviços e social.

Fique com algumas anotações que tenho de como o tema foi abordado em concursos:

Hard news: noticiário de fatos relevantes, densos e complexos.
Hard news: notícias fortes, de grande atualidade.
Hard news: notícias de economia
Soft news: notícias de turismo
Soft news: notícias leves ou fait-divers.
Fait-divers: (francês) fatos diversos, não classificáveis entre as diversas categorias/editorias (política/economia...).
Features: (inglês): em geral remetem a temas leves.

Para encerrar, vamos testar os conhecimentos com a pergunta abaixo, disponível no site Questões de Concursos Públicos e que caiu na prova do “CESPE - 2010 - MS - Técnico de Comunicação Social – Jornalismo”:

Além da clássica divisão entre hard news e soft news, as notícias também podem ser hot news (quentes), spot news (imprevisíveis) e strong news (fortes).

Correto? Acertou se disse que está errada!