domingo, 21 de setembro de 2014

Empatia, palavra-chave

Essa semana havia pensando em escrever sobre empatia, porque é uma palavra que admiro muito.

Tenho em mente que comunicar é escutar, e empatia demonstra a capacidade de se colocar no lugar do outro. Dessa forma, vejo que esse vocábulo está no prestar atenção e compreender o que nos é dito. Não seriam essas as características do verdadeiro e bom diálogo, portanto, de uma boa comunicação?

Depois vi que de fato era uma boa ideia deixar esse registro aqui.

Uma das minhas postagens mais lidas foi justamente Comunicação, motivação, liderança e relações interpessoais, em que trato de empatia. Das quase 55 mil visualizações que o Blog possui, mais de três mil se remeteram ela. Escrita há três anos, quando fazia ainda o curso da Fundação Rede Amazônica, continha anotações que fiz da disciplina relacionada à Psicologia e Comunicação.

Mais que significado de empatia, sugiro a busca pelo cumprimento fiel da palavra.  Enquanto isso, vejamos o que diz o Dicionário Informal:

1. Empatia:
Capacidade de compreender o sentimento ou reação da outra pessoa imaginando-se nas mesmas circunstâncias.
Capacidade de se identificar com outra pessoa; faculdade de compreender emocionalmente outra pessoa.
De em+phatos(Gr)+ia(estado de alma)
Em Marketing: Para compreender melhor o cliente e saber os seus desejos, é necessário ter empatia.
Sinônimos:  simpatia,   identificação,   afinidades...
Antônimos:  apatia,   insensibilidade,   indiferença,   egoísmo,   antipatia,   repulsa,   afastamento...
Relacionadas:  altruísmo,   sentimento,   simpatia,   outro,   afinidade,   harmonia,   acordos,   compreensão,   amor ao próximo,   compaixão,   humildade,   empático...

2. Empatia:
Tendência para sentir o que sentiria caso estivesse na situação e circunstâncias experimentadas por outra pessoa. Ex.: Ela tem empatia pela mãe.


Profissionais de uma redação

Já que procurei outro dia explicar um pouco o trabalho das redações, no texto Por dentro de uma redação jornalística, nada melhor que trazer uma explicação que encontrei no livro Media Training: Como construir uma comunicação eficaz com a imprensa e a sociedade, de Nancy Alberto Assad e Reinaldo Passadori (Gente Editora, 2009).

Ao tratar do mundo dos jornalistas, eles demonstraram um pouco do mundo dos jornalistas trazendo a “hierarquia na televisão” por meio dos principais profissionais que estão envolvidos na produção da notícia. Vamos a eles:

Diretor de Jornalismo: se preocupa com a personalidade do jornal, por isso é o encarregado de decidir quais matérias serão veiculadas e determinar a linha editorial, o tom do telejornal.

Buscando na internet, encontrei no site Infojobs que faz parte da formação desejada para esse profissional: ser graduado em jornalismo, Rádio e TV, Teoria da Comunicação ou Letras, possuir pós-graduação ou MBA. Além de que, é o Diretor de Jornalismo que dentro da emissora faz a ponte com os outros departamentos, orienta as abordagens editoriais, define orçamentos e contratações e promoções. Segundo Assad e Passadori, é comum que cada telejornal conte com um Diretor de Jornalismo.

Chefe de Reportagem: além de distribuir e coordenar o trabalho da equipe de repórteres, decide o que deve ser prioritário e o motivo de cada reportagem.

Tendo em vista que seu trabalho garantir o cumprimento dos prazos das pautas e que a rotina do jornal se mantenha organizada para que não ocorram problemas na hora de fechar a edição, o site Explicaki mostra que “a função de chefe de reportagem não é uma profissão independente, na verdade esse é um posto ocupado por um jornalista”, uma promoção na carreira do repórter.


Pauteiro e produtor: seleciona as notícias em potencial e apura informações prévias para elaborar a pauta. Também agenda entrevistas.
Editor: cuida da preparação da matéria, monta e formata o telejornal. Cabe a ele a escolha das melhores imagens, os cortes e as falas das entrevistas que irão ao ar.
Repórter: acompanhado do repórter cinematográfico e o câmera, vai a campo para entrevistar, colher dados e produzir a reportagem. Quando retorna para a redação, monta o texto da matéria que será coberto por imagens.

Enfim, outras informações interessantes estão no livro Media Training, indico a leitura. Já quem quer obter mais informações sobre o interior de uma TV, encontrei dois sites com mais informações sobre o tema: Casa dos Focas e Jornalismo e Produção de TV.

Vamos a algumas questões, especialmente sobre o trabalho da pauta!

Em prova para o Ministério das Comunicações, caiu a seguinte afirmativa:

A pauta deve indicar, obrigatoriamente, o lide, o sublide, o título, o enquadramento e as fontes. Assim, o repórter jamais pode fugir aos elementos previstos na pauta, independentemente da natureza do veículo de comunicação.

Gabarito: Errada, pauta é sugestão. Se fosse uma obrigação para o jornalista seguir, acredito que nem seria necessário sair à rua para investigar e conseguir novas informações.

Na prova do IFPR (2010), aos jornalistas foi questionado:

Sobre planejamento e pauta, considere as seguintes afirmativas:
1) As pautas podem ser frias, quentes ou suítes.
2) O planejamento de pauta pode ser um instrumento de controle editorial.
3) A pauta só existe em grandes veículos, que podem destinar profissionais para essa função.
4) A pauta de veículos impressos deve conter editoria, repórter, contextualização, enfoque, fontes, sugestão de perguntas e retranca.

Como resposta, somente as afirmativas 1 e 2 eram verdadeiras. Mesmo porque até em redações muito enxutas, a pauta é uma ferramenta muito útil na produção da notícia. Já a última alternativa traz quesitos que só serão feitos na edição da matéria já concluída, como é o exemplo de retranca. 

Para finalizar, mais uma do CESPE, que em 2010 cobrou dos aspirantes à ABIN (Oficial Técnico de Inteligência – Área de Comunicação Social – Jornalismo):

Do mesmo modo como, no telejornalismo, a pauta precisa trazer um planejamento pormenorizado do que será noticiado, no jornalismo veiculado na Internet, a pauta deve ser elaborada com muito rigor, apresentando orientações detalhadas que guiem o trabalho do repórter.

Gabarito: Errado