sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Imprensa, parcialidade e outros temas

Nos últimos dias uma discussão veio à tona quando o vídeo que satirizava um editorial lido por Willian Bonner e foi retirado/censurado do YouTube. Logicamente com a força que as mídias alternativas possuem hoje, logo o vídeo havia se multiplicados em diversos outros espaços da internet. Em certa altura da gravação, ao tratar das notícias transmitidas pelo Jornal da Globo, a intervenção feita pelo Rafucko discute a editorialização das informações, ao falar dos patrocinadores daquele noticiário, da influência do comercial na redação, da parcialidade com que os fatos tendem a ser divulgados.

Wilson da Costa Bueno debateu sobre o publieditorial, uma forma de passar informações “publicitárias”, disfarçadas de notícias, sem chamar a atenção de leitores:

“Algumas empresas, com o consentimento dos veículos, têm se utilizado, também, do recurso chamado ‘publieditorial’, ou seja, mensagens publicitárias escritas em forma de matérias. Embora estejam identificadas com uma pequena retranca, acima da matéria, indicando a sua condição de publicidade (o que as difere da matéria paga tradicional, que esconde esta condição), sabe-se que a maioria dos leitores não as percebe e que, na prática, o seu consumo tem exatamente a mesma ‘legitimidade’ da matéria paga. Alguns veículos, em particular a Editora Três, com Isto É e, especialmente, com a Isto É Dinheiro, têm abusado deste recurso, editado encartes generosos, em forma de revista, sobre empresas (Bancos, por exemplo), governos ( o de Goiás, por exemplo) ou temas (a opção nuclear), sem qualquer anúncio interno ou nas contra-capas, mas com um quase imperceptível ‘Publieditorial’ no cabeçalho da capa. A ideia é realmente enganar o leitor, que , se menos astuto ou não desconfiado das intenções comerciais da editora, ‘engole o sapo’, sem chiar”.

Isso ele trata, especialmente, do publieditorial nos veículos impressos. Mas e o que fazer quando essa notícia tendenciosa está nas televisões e outros veículos, que nem publieditorial vem escrito?

Se formos seguir os ensinamentos do professor Wilson, as organizações podem criar sua própria imagem e reputação em função de sua trajetória, seus valores, seus princípios, sua competência em comunicação/marketing. Elas se constroem, como já vimos, pela interação com os públicos de interesse (os stakeholders), muitas vezes mediada pela mídia que tem o poder de formar opiniões.

Ele falou mediada, não defendeu em nenhum momento que a mídia deva assumir determinadas posições em favor da empresa que atuamos ou qualquer outra. Porque pelo que pude acompanhar do pensamento de Wilson da Costa Bueno em cursos que fiz pela Comtexto Comunicação Empresarial e lendo seus textos, cada um na sua: jornalista trabalhando para o seu jornal e o assessor fazendo seu papel de intermediar o diálogo empresa/imprensa/outros públicos.

O bom é que o público tende a cada vez mais estar atento, sabendo diferenciar as empresas inovadoras, com atitudes mais transparentes e uma postura mais aberta ao diálogo com seus públicos. Por isso, prefiro me juntar ao Observatório da Imprensa, que já decretou certa vez tolerância zero para a editorialização das notícias.

“O que não se pode é vender opinião disfarçada de notícia ou de análise. É elementar assim.”  Luiz Weis – Observatório da Imprensa – 14/09/2004

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Comunicação interpessoal

Comunicar sempre, essa é a alma do negócio, não só no meu trabalho, mas também na minha vida. Sou inquieta, falo bastante, dou risada, gosto especialmente quando se trata de comunicação interpessoal, já que o falar para mais pessoas em reuniões ou espaços mais abertos ainda me deixa nervosa.

Se precisar ler mais sobre o tema quando envolve a questão profissional, o dia a dia das empresas, a troca de informações entre colegas de trabalho, entre chefias e outras lideranças, tem um post interessante no site Administração e Negócios.

Por ora, vou ficar em uma questão aplicada pela ESAF em 2009 (ANA - Analista Administrativo - Comunicação Social – Jornalismo):

A comunicação interpessoal é um instrumento de comunicação muito importante na comunicação das organizações. Não é variante da comunicação interpessoal

a) conversa entre duas pessoas em um corredor.
b) videoconferência com os participantes em estados diferentes.
c) um depoimento transmitido pelo sistema de som da empresa.
d) discurso em um auditório lotado.
e) uma conversa por telefone.

De todos, realmente a alternativa C é que não possibilitou o diálogo, a troca de informação entre as pessoas, apenas transmitiu uma informação, sem necessitar do feedback do outro no mesmo instante.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Lobby e opinião

Para a Wikipédia, lobby é “nome que se dá à atividade de pressão, ostensiva ou velada, de um grupo organizado com o objetivo de interferir diretamente nas decisões do poder público, em especial do Poder Legislativo, em favor de causas ou objetivos defendidos pelo grupo”.

Ampliando essa definição, busquei o conceito de lobby no site de comunicação empresarial do professor Wilson da Costa Bueno: “Entende-se, tradicionalmente, por lobby o esforço desenvolvido por uma empresa ou entidade no sentido de influenciar o Executivo (o Governo) ou o Legislativo (os políticos) tendo em vista a defesa dos seus interesses. A indústria tabagista e a farmacêutica, os sindicalistas, os aposentados e os defensores das baleias podem (e têm feito) lobby para obter vantagens ou conseguir apoio às suas causas”.

A atividade estaria ligada à área de Relações Públicas, que tentam dar a ela caráter mais profissional. Gosto das análises de Bueno, porque normalmente nos trazem uma visão mais crítica sobre a atuação de comunicadores país afora.

Agora, vamos a outras definições de nossa área, um tipo de jogo dos sete erros! Resolva a questão aplicada pela ESAF em 2009, no concurso da ANA (Agência Nacional de Águas) - Analista Administrativo - Comunicação Social - Relações Públicas:

Em relação à Comunicação Organizacional, analise as questões a seguir e assinale a opção correspondente.
( ) Endomarketing é um processo que visa adequar a empresa às necessidades comunicativas do empregado, de maneira a torná-la competitiva no mercado de consumo. O endomarketing pode ser um diferencial e uma vantagem competitiva no fortalecimento da imagem da organização no mercado.
( ) O conceito de porta-voz é aplicado estritamente à alta direção da organização.
( ) As publicações internas são mais apropriadas para resolver problemas gerados pela burocratização ao estabelecer pontes informais entre os empregados.
( ) Ascendente, descendente e horizontal são três fluxos informativos no interior das organizações.
a) F, F, F, F
b) V, V, F, F
c) F, V, V, F
d) V, V, V, V
e) F, F, F, V

Agora fica com vocês a responsabilidade de me ajudar a definir melhor o que é endomarketing, porta-voz e sobre publicações internas, tendo em vista que essas afirmativas estão erradas. Lembrando que no gabarito, a resposta é letra E.


Opinião Pública

Sobre o tema opinião pública expus o que penso sobre essa palavra em outra postagem de 2011 (Imprensa, assessoria e outros temas). Minha ideia hoje é apenas refletir sobre uma crítica que acabo de ler sobre motivos para não assistir à nova novela da Globo, mostrando tudo o que poderíamos aproveitar para ocupar esse espaço de tempo que nos dedicaríamos a ver mais uma estória repetida com nova roupagem: ler livros, nos divertir em família, ver bons filmes, fazer exercícios, enfim, viver de fato a vida.  Para ler este post de Gean Ramos, basta acessar o espaço Medium.

Daí recorri ao IBOPE, para entender o que eles falam sobre os estudos de  opinião pública, que são uma tradição daquele instituto de pesquisa: “ajudam a compreender as expectativas e a percepção da população brasileira sobre diversos assuntos de interesse nacional. Na sua grande maioria, são estudos customizados, de acordo com demandas específicas”. Segundo o site do IBOPE, eles fizeram por exemplo, sondagens “sobre aborto da ONG Católicas pelo Direito de Decidir, além do Índice Nacional de Expectativa do Consumidor e das pesquisas de avaliação do Governo Federal, ambas divulgadas regularmente pela Confederação Nacional da Indústria”.

A todo o momento estão buscando saber o que a maioria de nós pensa. Para quê? Explicações podem ser as mais gerais, mas eu fico com a possibilidade de que querem colocar no ar, nos telejornais e nas novelas, especialmente, modos de pensar de acordo com o interesse deles... Daí ficamos nós discutindo a questão de um beijo entre dois homens em uma novela e nos esquecemos de há problemas mais urgentes a serem resolvidos. Nos levam a um debate e nos alienam de outros. Daí nos esquecemos que somos todos seres humanos... eu por exemplo hoje em dia não tenho visto família sem casos de homossexualidade. Com isso eu me pego pensando, tampamos o sol com a peneira porque os meios de comunicação querem formar a nossa opinião ou somos assim mesmo maria-vai-com-as-outras desde antigamente?

Bom. Passado o meu momento reflexão, vamos testar nossos conhecimentos na prática, com provas anteriores de concurso.

Prova: FCC - 2009 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário - Comunicação Social
Segundo o Prof. Candido Teobaldo, conhecido autor brasileiro de livros sobre Relações Públicas, uma das características da opinião pública é
a) ser uma opinião unânime.
b) estar, necessariamente, de acordo com a opinião da maioria.
c) ser estável e contemplar as diversas opiniões existentes no público.
d) ser semelhante à opinião dos líderes do grupo.
e) estar em contínuo processo de formação e em direção a um consenso completo, sem nunca alcançá-lo.

RESPOSTA E

Prova: ESAF - 2009 - ANA - Analista Administrativo - Comunicação Social - Jornalismo
Sobre opinião pública, avalie os itens abaixo e assinale a opção correta.
 ( ) A opinião pública é forjada como um produto da atividade social. É um fenômeno coletivo que se apoia em uma realidade individual.
( ) São fatores que atuam na formação da opinião pública: a família, a educação, os grupos sociais e os meios de comunicação de massa.
( ) A opinião pública implica na existência de outras opiniões distintas dela.
( ) Em teoria da opinião pública, atitude e opinião são diferentes. Atitude se vincula a hábitos e comportamento manifesto. Opinião tem caráter verbal e simbólico.
a) F, V, F, F
b) V, F, V, F
c) F, V, F, V
d) V, V, V, V
e) V, V, F, V

RESPOSTA D