Nos últimos dias uma discussão veio à tona quando o vídeo que satirizava um editorial lido por Willian Bonner e foi retirado/censurado do YouTube. Logicamente com a força que as mídias alternativas possuem hoje, logo o vídeo havia se multiplicados em diversos outros espaços da internet. Em certa altura da gravação, ao tratar das notícias transmitidas pelo Jornal da Globo, a intervenção feita pelo Rafucko discute a editorialização das informações, ao falar dos patrocinadores daquele noticiário, da influência do comercial na redação, da parcialidade com que os fatos tendem a ser divulgados.
Wilson da Costa Bueno debateu sobre o publieditorial, uma forma de passar informações “publicitárias”, disfarçadas de notícias, sem chamar a atenção de leitores:
“Algumas empresas, com o consentimento dos veículos, têm se utilizado, também, do recurso chamado ‘publieditorial’, ou seja, mensagens publicitárias escritas em forma de matérias. Embora estejam identificadas com uma pequena retranca, acima da matéria, indicando a sua condição de publicidade (o que as difere da matéria paga tradicional, que esconde esta condição), sabe-se que a maioria dos leitores não as percebe e que, na prática, o seu consumo tem exatamente a mesma ‘legitimidade’ da matéria paga. Alguns veículos, em particular a Editora Três, com Isto É e, especialmente, com a Isto É Dinheiro, têm abusado deste recurso, editado encartes generosos, em forma de revista, sobre empresas (Bancos, por exemplo), governos ( o de Goiás, por exemplo) ou temas (a opção nuclear), sem qualquer anúncio interno ou nas contra-capas, mas com um quase imperceptível ‘Publieditorial’ no cabeçalho da capa. A ideia é realmente enganar o leitor, que , se menos astuto ou não desconfiado das intenções comerciais da editora, ‘engole o sapo’, sem chiar”.
Isso ele trata, especialmente, do publieditorial nos veículos impressos. Mas e o que fazer quando essa notícia tendenciosa está nas televisões e outros veículos, que nem publieditorial vem escrito?
Se formos seguir os ensinamentos do professor Wilson, as organizações podem criar sua própria imagem e reputação em função de sua trajetória, seus valores, seus princípios, sua competência em comunicação/marketing. Elas se constroem, como já vimos, pela interação com os públicos de interesse (os stakeholders), muitas vezes mediada pela mídia que tem o poder de formar opiniões.
Ele falou mediada, não defendeu em nenhum momento que a mídia deva assumir determinadas posições em favor da empresa que atuamos ou qualquer outra. Porque pelo que pude acompanhar do pensamento de Wilson da Costa Bueno em cursos que fiz pela Comtexto Comunicação Empresarial e lendo seus textos, cada um na sua: jornalista trabalhando para o seu jornal e o assessor fazendo seu papel de intermediar o diálogo empresa/imprensa/outros públicos.
O bom é que o público tende a cada vez mais estar atento, sabendo diferenciar as empresas inovadoras, com atitudes mais transparentes e uma postura mais aberta ao diálogo com seus públicos. Por isso, prefiro me juntar ao Observatório da Imprensa, que já decretou certa vez tolerância zero para a editorialização das notícias.
Wilson da Costa Bueno debateu sobre o publieditorial, uma forma de passar informações “publicitárias”, disfarçadas de notícias, sem chamar a atenção de leitores:
“Algumas empresas, com o consentimento dos veículos, têm se utilizado, também, do recurso chamado ‘publieditorial’, ou seja, mensagens publicitárias escritas em forma de matérias. Embora estejam identificadas com uma pequena retranca, acima da matéria, indicando a sua condição de publicidade (o que as difere da matéria paga tradicional, que esconde esta condição), sabe-se que a maioria dos leitores não as percebe e que, na prática, o seu consumo tem exatamente a mesma ‘legitimidade’ da matéria paga. Alguns veículos, em particular a Editora Três, com Isto É e, especialmente, com a Isto É Dinheiro, têm abusado deste recurso, editado encartes generosos, em forma de revista, sobre empresas (Bancos, por exemplo), governos ( o de Goiás, por exemplo) ou temas (a opção nuclear), sem qualquer anúncio interno ou nas contra-capas, mas com um quase imperceptível ‘Publieditorial’ no cabeçalho da capa. A ideia é realmente enganar o leitor, que , se menos astuto ou não desconfiado das intenções comerciais da editora, ‘engole o sapo’, sem chiar”.
Isso ele trata, especialmente, do publieditorial nos veículos impressos. Mas e o que fazer quando essa notícia tendenciosa está nas televisões e outros veículos, que nem publieditorial vem escrito?
Se formos seguir os ensinamentos do professor Wilson, as organizações podem criar sua própria imagem e reputação em função de sua trajetória, seus valores, seus princípios, sua competência em comunicação/marketing. Elas se constroem, como já vimos, pela interação com os públicos de interesse (os stakeholders), muitas vezes mediada pela mídia que tem o poder de formar opiniões.
Ele falou mediada, não defendeu em nenhum momento que a mídia deva assumir determinadas posições em favor da empresa que atuamos ou qualquer outra. Porque pelo que pude acompanhar do pensamento de Wilson da Costa Bueno em cursos que fiz pela Comtexto Comunicação Empresarial e lendo seus textos, cada um na sua: jornalista trabalhando para o seu jornal e o assessor fazendo seu papel de intermediar o diálogo empresa/imprensa/outros públicos.
O bom é que o público tende a cada vez mais estar atento, sabendo diferenciar as empresas inovadoras, com atitudes mais transparentes e uma postura mais aberta ao diálogo com seus públicos. Por isso, prefiro me juntar ao Observatório da Imprensa, que já decretou certa vez tolerância zero para a editorialização das notícias.
“O que não se pode é vender opinião disfarçada de notícia ou de análise. É elementar assim.” Luiz Weis – Observatório da Imprensa – 14/09/2004
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