segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Gêneros no jornalismo

Vamos voltar a comentar sobre temas do jornalismo?

Eu ao menos não posso abandonar minha formação/profissão, o jornalismo! Preciso sempre voltar a repensá-lo... Então, mãos no computador e avante!

Afinal, como traz Felipe Pena no livro “1000 perguntas: jornalismo”, publicado pela Universidade Estácio de Sá: “o jornalismo surgiu como a primeira forma de comunicação humana” (2005, p. 11). Está, assim, a comunicação por signos, que é ligada ao primórdio do homem. Como eu poderia abandonar esse pré-histórico amor por ele, o "jornalismo".

O que temos para hoje são os gêneros. Conhece? “Trata, basicamente, de ordenações e classificações. Seu objetivo é fornecer um mapa para a análise de estratégias do discurso, tipologias, funções, utilidades e outras categorias” (PENA, 2005, p. 27). Por ser variada e dinâmica, a classificação não é uma listagem fechada, sempre há novidades aparecendo quando se referem aos gêneros textuais e também aos gêneros jornalísticos.

Recorrendo ao Google, relembro que ligados ao estilo e modo de divulgação, há o texto noticioso e o literário. Sendo os gêneros uma forma de facilitar a comunicação com o público. Em InfoEscola, por exemplo, mostra-se que a entrevista “permite ao leitor conhecer opiniões de pessoas envolvidas no ocorrido”, enquanto a reportagem traz “relato ampliado de um acontecimento”.

Para o professor José Marques de Mello há dois tipos de gênero no jornalismo brasileiro, um que reproduz o “real” por meio dos fatos  noticiosos e outro que lê este “real”, tido como jornalismo opinativo.



No jornalismo, a primeira tentativa de classificação foi feita pelo editor inglês Samuel Buckeley no começo do século XVIII, quando resolveu separar o conteúdo do jornal Daily Courant em News (notícias) e comments (comentários). Para se ter uma ideia da dificuldade em estabelecer um conceito unificado de gênero, esta divisão demorou quase 200 anos para ser efetivamente aplicada pelos jornalistas e, até hoje, causa divergência. (PENA, 2005, p. 27-28)

Seguindo pelo livro de Felipe Pena, encontraremos algumas dessas possíveis maneiras de se dividir os gêneros jornalísticos. Iniciando pela tradicional diferenciação entre nota, notícia e reportagem (com base em Marques de Mello): “A nota corresponde ao relato de acontecimentos que estão em processo de configuração e por isso é mais frequente no rádio e televisão. A notícia é o relato integral de um fato que já eclodiu no organismo social. A reportagem é o relato ampliado de um acontecimento que já repercutiu no organismo social”.

A entrevista é o “texto de perguntas e respostas transcritas de forma literal” e a carta (de leitores) uma “narrativa pessoal em forma de correspondência para o jornal”. No editorial está a opinião do jornal (no resumo: de quem está no comando do jornal), no comentário há comentaristas que analisam fatos e no artigo os autores publicam textos que interpretam, julgam ou explicam ideias atuais.

Já a resenha possui “opinião pessoal sobre uma obra artística, sem julgamento de valor, apenas com o objetivo de orientar seus consumidores”. Há ainda a coluna, num espaço fixo e que na maioria das vezes tem assinatura de algum titular (tem sempre artigos, resenhas e notas no espaço). E a crônica “é uma narrativa com estratégias literárias”, tratando de temas do cotidiano.

E o que eu mais gosto, das caricaturas (“narrativa humorística”), além das charges, tiras e outras ilustrações que compõem o jornal. Logicamente há novas classificações que poderíamos acrescentar, mas como exercício de revisão, para mim está excelente!

Para fechar o texto, o desafio fica por conta de um gênero textual muito utilizado em concurso (risos”):

IFCE - 2009 - Entre os gêneros jornalísticos, conforme definição de Luiz Beltrão, está o jornalismo opinativo. É correto afirmar que esta classificação engloba:
A) editorial, comentário, artigo, coluna, crônica e carta.
B) editorial, comentário, artigo, resenha, coluna, carta e caricatura.
C) editorial, comentário, artigo, resenha, coluna, crônica e caricatura.
D) editorial, comentário, artigo, resenha, coluna, crônica, caricatura e carta.
E) editorial, comentário, artigo, panfleto, resenha, coluna, crônica, caricatura e carta.

Acertou, conforme a banca, quem marcou a letra “D”.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Livro: “Comunicação, Instituição e Sociedade”

Eis um filho que surge!!!

O livro “Comunicação, Instituição e Sociedade” foi publicado pela Editora Baraúna e tem como autores: Rosália Aparecida da Silva, Viviane Cristina Camelo, Solimária Pereira de Lima, Daniel Faria Esteves, Elisângela de Carvalho Franco, Famir Apontes, Iza Reis Gomes-Ortiz, Janaina Ferri Candéa e Mara Felippe.

Resumo:
Aqui está um desafio digno de aplausos. Quando um grupo de pesquisadores resolve escrever um livro relatando suas experiências, ganham todos, mas principalmente a Instituição (IFRO) de Rondônia e a sociedade de um modo geral. Mais que debater a comunicação, os autores propõem-se a submeter a críticas o que pensam a respeito de Comunicação, Sociedade e Cultura. Cada capítulo do livro apresenta um novo desafio, colocando o leitor a par dos resultados dos estudos a respeito do tema, ao mesmo tempo em que o convida para a reflexão." Nair Ferreira Gurgel do Amaral Doutora em Linguística com Pós-Doutorado em Educação Professora da Universidade Federal de Rondônia (UNIR/RO)

Saiba mais no próprio site da Baraúna, onde é possível ler um trecho do livro.

Está sendo comercializado nos seguintes endereços:
Editora Baraúna 

Livraria da Folha 

Livraria Cultura

Buscapé 


Onde a matéria foi publicada (agradeço aos colegas da imprensa pelo espaço):

InfoRondônia 

Correio de Notícia

Registrando...

Servidores dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia, Acre e Rio Grande do Sul e lançam nesta terça-feira (19/12/2017), às 18h30, no Miniauditório do Campus Porto Velho Calama, o livro “Comunicação, instituição e sociedade”. A obra é resultado do desafio lançado aos integrantes do Grupo de Pesquisa em Educação, Filosofia e Tecnologias (GET/IFRO), para debater a comunicação e suas ligações com as unidades educacionais recém-estruturadas pelo Governo Federal e que deram origem aos IFs, dentro e fora de seus muros.

Rosália Silva, jornalista do IFRO é uma das organizadoras do livro, ressalta que “por trabalhar em um órgão público que incentiva o conhecimento científico, nós que na maioria participamos da obra somos de setores administrativos, também queremos tomar posse desse modo de nos posicionar junto à sociedade, de realizar uma pesquisa e escrever tecnicamente. Foi o que fizemos no capítulo sobre a Gestão da Informação nos Institutos Federais, enquanto jornalistas e publicitárias conseguimos desenvolver tecnicamente nossas funções e, ao mesmo tempo, refletimos sobre o que fazemos e sobre nossa atuação profissional. O livro é escrito em conjunto com outros autores sobre o dia a dia de uma assessoria de comunicação e sobre temas correlatos, estudando a linguagem, por exemplo”.

No livro, os pesquisadores Iza Ortiz e Famir Apontes debatem sobre o local e o global e a necessidade de comunicação entre as sociedades para uma produção de conhecimento.  “A comunicação efetiva só se realiza através do Outro. Não produzimos conhecimento para ser arquivado. Produzimos conhecimento para comunicar ao outro. A ciência global precisa da ciência local, a comunicação entre esses saberes é essencial para que a produção mundial seja conhecida por toda a sociedade. E este livro apresenta saberes que envolvem a sociedade e alguma Instituição formal. E todos têm o intuito de comunicar, de se fazer ouvir. E esperamos que esses saberes sejam possibilidades de emancipação e participação nas discussões atuais”, ressalta a autora Iza Ortiz.

 Estrutura da obra

Lançado pela Editora Baraúna, o livro “Comunicação, instituição e sociedade” está dividido em duas partes: a primeira envolvendo Comunicação e Instituição e, na sequência, artigos sobre Comunicação e Sociedade. A proposta surgiu de reunião ordinária do GET, em que cada linha de pesquisa teria como meta buscar publicações. Aliado a este objetivo, a Assessoria de Comunicação e Eventos (ASCOM/IFRO) também lançou proposta, que se conciliou com os anseios da Linha de Pesquisa “Educação, Sociedade e Cultura” de se ampliar o acesso ao debate público sobre processos comunicativos.

No artigo de abertura, a pedagoga do Campus Ariquemes, Elisângela Franco, escreve sobre “A Lei de Acesso à Informação no âmbito dos Institutos Federais: a importância da transparência da gestão pública federal”.  O segundo capítulo é de autoria do jornalista Daniel Esteves, do Instituto Federal do Acre (IFAC), que iniciou seu artigo com o seguinte questionamento: “Assessoria ou Diretoria? Uma nova perspectiva para a comunicação da rede federal de educação profissional, científica e tecnológica”.

Já as comunicadoras Rosália Silva, Janaina Saldanha e Viviane Camelo do IFRO exploraram o tema “Comunicação e gestão da informação nos institutos federais: consulta via Lei de Acesso à Informação nas unidades do Norte e Centro-Oeste”.  Fechando a primeira parte do livro, a programadora visual do IFRO, Janaina Saldanha, faz proposição sobre Comunicação Interna: projeto gráfico da campanha institucional “Pinte o nosso mundo com as cores da gentileza”.

No capítulo inicial da segunda parte, a técnica em assuntos educacionais, Solimária Lima, aborda “As Tecnologias da Informação e Comunicação – TICs e o Livro Didático”.  O segundo capítulo, da jornalista do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), Mara Felippe, traz para o livro o artigo “Leituras e leitores em tempos de internet e mídias digitais”. Para finalizar, está o capítulo de Iza Ortiz e Famir Apontes sobre “O local e o global: a necessidade de comunicação entre as sociedades para uma produção de conhecimento”.

SERVIÇO

Lançamento do livro “Comunicação, instituição e sociedade”

Data: 19/12/17 (Terça-feira)

Horário: 18h30

Local: Miniauditório do Instituto Federal de Rondônia - Campus Porto Velho Calama -  Av. Calama, 4985 - Flodoaldo Pontes Pinto, Porto Velho - RO



Não sumi!

Eu continuo observando meu blog. Só não estou conseguindo tempo para postar quase nada de novo com maior periodicidade.

Mas há coisas interessantes ocorrendo nele, uma delas foi o pico de visualização no mês de dezembro de 2016, em que mais de oito mil pessoas o visitaram. Por isso, ainda tenho meta de retomar as atualizações (lógico, depois da conclusão do mestrado, porque aqui ninguém quer enlouquecer).

Hoje faço o registro de que estou lendo "O Natal do Pequeno Nicolau", escrito por René Goscinny e ilustrado por Jean-Jacques Sempé. Estou atrasada na leitura (natal...) e também nas escritas (risos).

Porém, me identifiquei muito com Nicolau. Tenho me sentido como ele: irônica. Que a visão pelos olhos de uma criança esperta continue a me guiar. Assim desejo a você que me lê, muitas surpresas engraçadas e pontos de vista diferentes para registrar tudo o que ocorre à nossa volta.


Feliz 2018!



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