quarta-feira, 30 de maio de 2012

Reportagem em oficina

Jornalistas de TV Rondônia ministraram a Oficina de Técnicas de Reportagem e TV. O evento foi dia 28 de abril, durante a Semana de Comunicação Uniron 2012.

“A maneira de obter informações afeta seu teor”. (Alberto Dias)

Vendo que se tratava de uma turma iniciante, do primeiro semestre de comunicação, o jornalista e apresentador José Gadelha disse que considerava importante aquela vivência, “porque possibilita ver a prática com colegas que um dia estiveram sentados aí”.

Indicando o Manual de Telejornalismo de Heródoto Barbeiro, Gadelha explica: “a reportagem em si é a matéria-prima de todo o telejornal”. 

Fade: tamanho do jornal, sendo que o material informativo do Jornal Nacional é de 33 a 35 minutos, incluindo matérias, stand ups, notas secas e cobertas. Tudo começa na pauta, o repórter vai para a rua, apura, organiza o material, é corrigido, editado até ir para o ar. “Em média abordam 25 assuntos todos os dias. Quem assiste quer saber o que acontece no Brasil e no mundo”. Já o tempo do Bom Dia Amazônia é de uma hora.

Pedindo boa memória e comunicação fluente, um stand up pede repórter no local, versatilidade, capacidade de articular diretamente a linguagem falada, porque serve para suprir uma necessidade muito rápida, que o jornal precisa mostrar determinada matéria. “O repórter e o cinegrafista chegam com o cartão na TV, não precisa de muita correção, tá pronto para ir ao ar”.

Gadelha ressalta, no entanto, que precisa se atentar porque imagem e palavra andam juntas, há imagem e informação coerente para desenvolver o texto? Além do cenário é indicado usar o som ambiente, mostrar a insatisfação, o protesto, caso contrário pode até comprometer a matéria.

Outra exigência é o rigor na apuração dos fatos para não afetar a qualidade do texto. Finalizando, ele comentou sobre a utilização de uma linguagem adequada, “confortável para quem fala e quem ouve”.

Na segunda parte da manhã, o comando da aula ficou com Divino Caetano, para quem uma boa pauta é o pontapé: roteiro, direcionamento e informação. “Trabalha-se com um pressuposto, esta é a ferramenta da pauta”. Tirado das reuniões de pauta, o roteiro traz o nome, função, endereços e contatos, tudo bem explicado. No direcionamento está a ideia da pauta, a abordagem pretendida, a informação a ser extraída da fonte. E, por fim,  na informação se coloca o que realmente é necessário.

Segundo Caetano, normalmente são os estagiários que ficam como pauteiros, enquanto os produtores de pauta são pessoas com mais experiência profissional, que conhecem o processo interno e externo.

“Uma boa pauta é capaz de provocar mudanças na vida da comunidade e/ou das pessoas. Por isso, tudo começa na pauta”, resume Caetano.

“A palavra é o único ser vivo que nasce, cresce, morre e ressuscita. Trate-a com respeito” (Voltaire)

Também foram indicados para consulta os livros Manual de Redação e Estilo da Lance, de Armando Nogueira, e Manual de Redação e Estilo para Mídias Convergentes, de Dad Squarisi.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Assessoria de comunicação em Porto Velho

Quando trabalhamos em determinada área é necessário conhecer as experiências e formas de atuação do mercado local. Durante a Semana de Comunicação Uniron 2012 (23 a 28/04), participei da palestra “Assessoria de Comunicação em Porto Velho”, com Suzy Hassem. Dona da Comunica Assessoria de Comunicação, que tive oportunidade de conhecer a estrutura logo depois, em contato intermediado pelo relações-públicas Adalberto Pintan.

Apresentando o trabalho feito pela única empresa específica do ramo na cidade, Suzi mostra que entre os produtos ofertados estão o boletim enviado três vezes ao dia para clientes do clipping e, também, a produção de vídeos-relises, dependendo da necessidade, tudo sempre definido após um estudo prévio de cada demandante. E essa ação inicial pode indicar que tipo de trabalho será necessário para se chegar às metas estabelecidas em contrato.

Sobre gerenciamento de crise, a jornalista mostra que é na hora da calmaria o momento de fazer o plano de comunicação, envolvendo:

1 – Fazer o engajamento do stakholders;
2 – Análise do cenário;
3 –Pesquisas;
4 – Índice de reputação;
5 – Desenvolver relação de confiança entre assessoria e assessorado.

Durante a crise é importante manter a serenidade, transparência e o equilíbrio. Para melhor desenvolver a função da assessoria, deve-se entender o perfil do cliente, estudando a organização. Suzy diz que quando se estabelece um laço de confiança evita-se o fator surpresa.

“Crise é notícia. E quanto maior a empresa, marca, personalidade, mais interesse gera”, comenta. Se a reputação está em jogo, ela ensina que o pior é tentar esconder os fatos.  “Informe o que está acontecendo e as providências que estão sendo tomadas”.

Outras dicas dela é realizar o media training com o porta-voz e não comentar assuntos em off, “o trabalho do jornalista é noticiar os fatos”, conclui a empresária da comunicação.

Para conhecer mais sobre a Comunica, acesse o SITE.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Comunicação e pesquisa

Participei em abril da Semana de Comunicação Uniron 2012, aproveito para  guardar anotações que fiz de algumas discussões em que estive presente.

Sobre pesquisa de mercado, com Luiz Gabriel Medeiros (Data Norte), vimos que durante os debates eleitorais os presidenciáveis recebem apoio também de grupos de pesquisa. Reunidos em salas especiais, pessoas acompanham a transmissão do debate e comentam o que estão vendo em cada candidato. O “feedback” é repassado aos assessores que podem orientar cada debatedor sobre as impressões observadas pelo público.

Entre as formas de pesquisa que Medeiros expôs está a qualitativa (discussões em grupo, entrevistas em profundidade, clínicas e cozinhas experimentais). Nessa forma de trabalho as discussões são realizadas em profundidade e podem mostrar percepções ainda não vistas sobre o próprio negócio/empreendimento.

Entre as pesquisas quantitativas estão: entrevistas pessoais, por telefone, pro correspondência e interativas.

Falando sobre as especificidades de Porto Velho (RO), o pesquisador explica que aqui é considerada uma margem de erro maior, em função do público flutuante hoje residente na cidade. Duas grandes obras mantêm atualmente trabalhadores de outros estados na região: Usinas de Santo Antônio e Jirau.

De acordo com o último censo, são 428 mil habitantes na capital rondoniense, desses cerca de 390 mil só na área urbana. Como não existem bairros bem definidos por classes sociais (A, B, C...), Medeiros explica que a pesquisa precisa ser feita em plano amostral, o que “dá mais trabalho”.

Ele complementa dizendo que seus clientes são principalmente de fora de Rondônia, quase uma forma de terceirização, uma vez que empresas de outros estados preferem subcontratar e ter gente que conheça melhor cada região, a precisar deslocar pessoal de outros centros para cá. “Estamos constituindo um mercado”.

Marketing em estudo

Fiz o Curso Estratégia, Qualidade e Marketing da Escola Aberta. Como tive uma boa avaliação na prova final, acho interessante deixar aqui o registro do que considerei como melhor resposta do teste feito.

1 - A que se deve a evolução do processo de pensamento estratégico?
Inicialmente estratégia era um termo muito mais ligado à área militar, passando com o tempo e a evolução das relações comerciais, das necessidades de melhora em cada tipo de negociação, a ser levada para a área empresarial, especialmente após a revolução industrial e a fabricação de produtos em maior escala. Assim, o pensamento estratégico também vem evoluindo, pois se antes poucas pessoas decidiam/planejavam dentro de uma organização, atualmente é cada vez maior o número de pessoas chamadas a participar.

2 - A que está relacionada a evolução do processo de Administração Estratégica?
Nas décadas mais recentes, houve necessidade de mais amplitude, chegando à Administração Estratégica, porque a missão da empresa ficou mais complexa, a direção precisava ter um foco mais a longo prazo, com maior agilidade. E isso aconteceu junto com as transformações sociais, deixando modelos rígidos para trás. Hoje vê-se que tudo é um processo.

3 - De que resultam as atividades de planejamento?
Nas organizações, as atividades de planejamento nascem a partir de decisões presentes, tomadas a partir do exame do seu impacto no futuro. Mas que também dependerão de um processo decisório, como bem lembrou a apostila deste curso, antes, durante e depois da elaboração e implementação desse planejamento na empresa.

4 - Qual é o produto final do processo de planejamento?
Um plano estratégico. Este contemplará objetivos de longo prazo e as ações para alcançá-los, afetando a organização como um todo.

5 - Defina cenário.
Pode ser a descrição, qualitativa e/ou quantitativa, de situações futuras ou hipotéticas, a respeito da empresa, região, país ou bloco, dentro de um determinado horizonte de tempo. Como também o levantamento de hipóteses, projeções de acontecimentos que conduzam à situação futura. É a busca por contextos, descrevendo possíveis futuros, imagináveis ou desejáveis.

6 - Defina prospectiva e como ela se impõe em nossa sociedade.

Prospectiva é uma reflexão sistemática, que visa orientar a ação presente à luz dos futuros possíveis. Inserida em nossa sociedade, de múltiplas possibilidades e de diversas mudanças, a prospectiva não elimina incertezas na visualização de cenários, mas tenta reduzi-las tanto quanto possível. Ela se impõe em nossa sociedade em razão dos efeitos conjugados e de dois fatores principais:
a) em primeiro lugar, a aceleração das mudanças técnicas, econômicas e sociais exige uma visão de longo prazo, pois quanto mais rápido andamos, mais distante os faróis devem alcançar; e
b) em segundo lugar, os fatores de inércia ligados à estrutura e aos comportamentos mandam semear hoje para colher amanhã.

7 - Quais as principais características ou atributos de qualidade das abordagens do futuro por meio de cenários?
De acordo com nosso estudo, são:
- Visão global da realidade.
- Ênfase nos aspectos qualitativos da realidade atual ou do futuro.
- Relações entre variáveis e atores vistas como estruturas dinâmicas, que comportam mudanças qualitativas ao longo do horizonte de projeção.
- Concepção do futuro como a motivação básica das ações e decisões do presente.
- Visão plural do futuro.
- Adoção de modelos conceituais, métodos qualitativos e quantitativos e de uma visão probabilística dos fenômenos.
- Consideração explícita dos atores envolvidos.
- Pertinência, coerência, plausibilidade e credibilidade.

8 - Descreva os tipos de cenários.
- Cenários Normativos: Aqui são traçados futuros desejados, buscando modos de alcançá-lo, a partir da situação atual.
- Cenários Exploratórios: Não se faz opção por um futuro, na verdade se caracterizam futuros possíveis ou prováveis dentro de um contexto considerado mediante a simulação e o desdobramento de certas condições iniciais.
- Cenários de Referência: Caracterizam a evolução futura, ou seja, nestes cenários são  descritos o futuro considerado como de ocorrência mais provável no momento da previsão.
- Cenários Alternativos: São futuros de menor probabilidade de ocorrência que o descrito no cenário de referência, ampliando, mas delimitando o leque de possibilidades do futuro.

9 - Disserte sobre os usos e aplicações de cenários.
Para iniciar o ano 2000, o Governo do Estado lançou o “MS 20-20, Cenários e Estratégias de Longo Prazo para Mato Grosso do Sul”. Era uma projeção de futuro, com cenas de curto, médio e longo prazo, que mostrava ameaças e oportunidades, baseadas em obras, políticas, infraestrutura e outros que eram projetados como cenários para o ano de 2.020. Portanto, planejando e visualizando possibilidades dentro de um contexto nacional/mundial/local, vendo ambientes externos e internos, para aquela região brasileira os próximos 20 anos. Tema esse agora estudado para compreender as ações de estratégia, planejamento e marketing, haja vista ser uma das possibilidades de uso e aplicação de cenários dentro de um planejamento governamental.

Ligados aos estudos de mercado, referem-se a planejamento estratégico em tempo real, referência para negociação, análise de projetos, apoio à decisão e instrumento de mudança ou educacional. Dentro do planejamento, por antecipar possibilidades futuras de médio e longo prazo, os cenários deveriam sempre nortear decisões, pois demonstram desafios e possibilidades, que se bem analisadas podem evitar/acentuar crises.

Mudei de estado, mudou-se o governo, mas acredito que aquele momento foi como organização e planejamento do desenvolvimento, pois projetar cenários serve para manter uma visão estratégica, independente de qual mercado se atua: público, privado ou misto.

 
10 - O modelo para análise estrutural da indústria é complementado pela introdução de aspectos relativos à análise das características internas à organização. O modelo Porter tem como A base de sua metodologia a análise das cinco forças competitivas a que atuam sobre um segmento industrial e de suas implicações estratégicas. A vantagem competitiva surge, fundamentalmente, do valor que uma empresa consegue criar para seus clientes e que ultrapassa o custo de fabricação da empresa. O valor superior provém da oferta de preços mais baixos do que os da concorrência para bens equivalentes, ou pelo fornecimento de bens que compensem um preço mais alto. Quais são essas cinco forças?

11 – Como os japoneses analisaram a concorrência na indústria automobilística?
Eles foram conhecer/aprender com especialistas norte-americanos. E PLANEJARAM cuidadosamente o que tinham de fazer a partir desse aprendizado. De acordo com o que mostra nossa apostila, eles compreenderam o funcionamento dos principais mercados de consumo nos Estados Unidos e na Europa. Em seguida, estudaram a concorrência mundial. Visitaram os Estados Unidos, para analisar e aprender com os futuros concorrentes: General Motors, Ford, Chrysler e American Motors. Fizeram perguntas, participaram de reuniões, tiraram fotografias, mediram, avaliaram, estudaram e traçaram planos. Nisso, mostraram o quanto é importante identificar e analisar os concorrentes atuais e potenciais, visto que as indústrias norte-americanas nem chegaram a saber o que as atingiu, embora o sucesso estrondoso dos carros japoneses só ocorresse uma década ou mais depois.

12 – O que você entende por Qualidade?
Excelência, com compromisso e versatilidade, algo bom, bem feito e que recomendamos aos amigos, que nos deixe satisfeitos. Se for pensar bem, definir qualidade não é algo fácil, especialmente pensando na área industrial, está muito ligado a sensações, sentimentos, gostos, preferências... Se for ver em relação a um grande número de pessoas, realmente alguns produtos “agradam” mais que outros, seja em função de possuir um padrão de fábrica, uma marca, uma durabilidade, um compromisso, um procedimento, enfim, diversos fatores influenciam na formação desse conceito de qualidade.

13 – Descreva as três “eras” relacionadas à gestão da qualidade.
Para se chegar à Gestão de Qualidade atual, as três esferas são:
- Era da inspeção: é a primeira fase, que marca a Revolução Industrial, quando Taylor instituiu o papel do inspetor. Os produtos são verificados um a um. Feita pelo próprio produtor, o foco principal estava na detecção de eventuais defeitos de fabricação, sem haver metodologia preestabelecida para executá-la.
- Era do controle estatístico: nesta fase os produtos são verificados por amostragem, pois cresceu muito a demanda/produção mundial. O controle continua no produto e localização de defeitos.
- Era da qualidade total: aqui se passa a controlar o processo produtivo e a empresa toda é responsável. O foco está na prevenção dos defeitos. E trabalhando preventivamente é possível reduzir os custos de manutenção e desperdício de matéria-prima.

14 – Descreva os conceitos de cliente externo e interno.
Cliente externo – pessoas ou organizações que compram o que um indivíduo ou uma organização vende.
Cliente interno – eles não estão necessariamente fora da empresa. Diz-se que cliente é qualquer pessoa (ou qualquer empresa) que recebe e usa o que um indivíduo ou uma organização fornece.
Também é importante frisar a necessidade de conhecer o cliente para se identificar suas necessidades, anseios, desejos, aspirações, fatores que podem levá-lo à satisfação ou não.

15 – De acordo com o conteúdo estudado defina:
• Melhoria contínua: É parte do processo de Gestão de Qualidade. Consiste em medir os principais índices de qualidade e de outros processos em todas as áreas e tomar providências para melhorá-los. Necessitando que sejam traçados objetivos realistas para serem transformados em ação.

• Gestão pela Qualidade Total: Prática de gestão que visa melhorar a competitividade, a eficácia e a flexibilidade da organização por meio da otimização dos processos que compõem o sistema organizacional. É um sistema permanente de longo prazo, que se fundamenta no princípio organizacional da máxima satisfação dos consumidores, a custos menores, com responsabilidade de toda a organização.

• Gestão Seis Sigmas: É uma prática da Gestão de Qualidade mais popular dos tempos modernos, surgida no final dos anos 80. De acordo com Rodrigues (2006), o Seis Sigmas é “uma rigorosa e disciplinada metodologia com foco no negócio, que usa ferramentas, técnicas e análises estatísticas para medir e melhorar o desempenho operacional de uma organização, através (sic) da identificação e eliminação dos efeitos e desperdícios e da agregação de valores ao processo e produto, com o objetivo de aumentar a satisfação do cliente e reduzir os custos do processo”.

• GIQ: Os sistemas de gestão integrada de qualidade são sistemas participativos elaborados para estimular a integração das pessoas e das diversas práticas da Gestão da Qualidade. E tem por objetivo estabelecer um conjunto de práticas de gestão, interagindo com a força de trabalho, por meio de diretrizes e padrões, para promover a melhoria de qualidade dos produtos e serviços para aumentar a postura preventiva com relação às questões de segurança, meio ambiente e saúde.

• Marketing: Há diversas formas de se definir marketing (lembrando que não pode ser taxado de propaganda), pois ele é amplo e tem o mercado como a razão do foco de sua atuação. É um estado de espírito ou uma filosofia que orienta o pensamento global da organização, tanto no processo de tomada de decisão, quanto na execução de planos acordados. Também pode ser uma maneira de organizar várias funções ou atividades da empresa, como também ser um conjunto de ferramentas, técnicas e atividades, a que os clientes e o público da organização em geral estão expostos.

16 – Conceitue desejos, necessidades e demandas.
Desejos: São necessidades humanas moldadas pela cultura e pelas características individuais. E à medida que uma sociedade evolui, os desejos de seus membros aumentam (de arroz, passa-se a querer hambúrguer).
Necessidades: Estados em que se percebe alguma privação. As necessidades humanas podem ser básicas (alimento, vestuário, calor, segurança), sociais de inclusão e afeição, individuais de conhecimento e de auto-realização.
Demanda: Como os recursos são limitados para atender aos desejos quase infinitos que temos, quando viabilizamos pelo poder de compra de produtos, os desejos tornam-se demandas. Assim, somos impelidos a conquistar/comprar esses produtos que “desejamos”.

17 – Qual a relação existente entre marketing e troca?
Troca é um conceito central de marketing. E a relação entre os dois termos está justamente nesse ato das pessoas decidirem satisfazer suas necessidades e desejos por meio de trocas. Sendo a troca o ato de obter um objeto desejado, oferecendo algo como retorno. Já o marketing é esse processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros.

18 – O que é a competência no contexto do profissional de marketing?
Por precisar ter capacidade de analisar o mercado para desenvolver o adequado posicionamento de seus produtos ou serviços, o profissional de marketing necessita de habilidades , inteligência, sensibilidade, articulação, entre outros. Neste contexto, a competência deve estar calcada na capacidade de perceber e codificar sinais físicos (ligados aos cinco sentidos: olfato, visão, tato, paladar e audição), subjetivos (reações humanas: satisfação, alívio, emoção, rejeição etc) e sociais (que são mais subjetivos: tendências de mercado, moda, valor agregado etc). E somente com a aquisição  de competências mercadológicas é que ele: saberá identificar problemas, buscar informações para sua solução, filtrar informações, tomar decisões e comunicar com eficácia. Sendo competente, o profissional de marketing conseguirá ter a percepção correta das ações de mercado.

19 – O que você entende por mix de marketing?
É um composto de marketing. Englobam os quatro P’s: produto, preço, praça e promoção. Um conjunto equilibrado e complementar dos diferentes mixes, estruturados de maneira planejada e constantemente gerenciada, formando um portfólio ideal: produto mais preços mais promoção mais distribuição. Como o marketing precisa ser integrado para que a empresa possa aplicá-lo com sucesso, será fundamental a consistência e a concorrência entre vários elementos do mix para o sucesso da organização.

20 – Quais as características de um produto “certo”?
São a qualidade e padronização (em termos de características, desempenhos e acabamentos), modelos e tamanhos (que atendam às expectativas e às necessidades) e configurações (em termos de apresentação física, embalagem, marca e serviço). O produto é considerado certo para o consumo quando atende às necessidades e aos desejos de seus consumidores-alvo.

21 – Disserte sobre os 4 P´s do marketing.
Desenvolver produtos, atribuir preços, escolher a melhor forma de distribuí-los e promovê-los. Estão aqui listados as principais atividades dos profissionais de marketing. Tarefa essa que pode ser englobada, nos quatro P’s: produto, preço, praça e promoção.
Todos estão inter-relacionados, apesar de cada um ter sua importância quando visto separadamente.
O produto, por exemplo, é o que pode ser oferecido um mercado, com intuito de satisfazer necessidades. E podem ser bens duráveis, não-duráveis e serviços.
Para entra no mercado, é necessário estabelecer um valor monetário a este produto, ou seja, o preço.
Já promoção, não é o simples ato de baixar o valor, mas responde a um sistema de comunicação entre empresa e cliente que divulgue as vantagens competitivas. Portanto, entra a publicidade, promoção de vendas, relações públicas e venda pessoal.
E, por fim, por praça ou distribuição, entende-se o fluxo, o fazer chegar até o mercado consumidor esse produto.
Percebe-se, assim, que um “P” depende do outro para que o ciclo se complete, alcançando com sucesso o trabalho organizacional.

22 – Disserte sobre o processo estratégico de marketing.
Desde o início dos estudos sobre Estratégia, Qualidade e Marketing estamos desenvolvendo um olhar estratégico sobre a administração empresarial e propagação de seus produtos e serviços. Assim sendo, o planejamento é a mola propulsora desse empreendimento.
Dentro desse contexto, está o Processo Estratégico de Marketing, em que é necessário partir da análise das variáveis do macro-ambiente operacional para ser implantado.
Formada por dados macro e micro-ambiente, são organizados para balizar o trabalho dos administradores das empresas. Aqui poderiam ser listados fatores de natureza macro-econômica, social, cultura, política, tecnológica e outras.
Como na amostragem de cenários, aparecerão nesse levantamento ameaças e oportunidades que influenciarão nos quatro P’s (produto, preço, praça e promoção).
É na análise do micro-ambiente que serão identificados os pontos fortes e fracos de uma organização. Enfim, o que se espera é alcançar o melhor desempenho, na relação compra-venda, com lucratividade e crescimento dos negócios.

23 – Quais são os níveis de relevância do mercado?
- Forma do produto.
- Categorias do produto.
- Concorrência genérica.
- Concorrência orçamentária.

24 – Quais os fatores que influenciam o comportamento do consumidor?
São diversos fatores, podendo ser divididos em cultural (cultura regional ou organizacional, sub-cultura e classe social), social (grupos de referência, família, papéis e status), pessoal (idade e estágio do ciclo de vida e situação econômica) e psicológico (motivação, percepção e aprendizado, crenças e atitudes). Os valores culturais, por exemplo, são inerentes ao consumidor, moldando seu comportamento de compra. Como no caso da Região Norte do Brasil, que tem o costume de se alimentar de peixes, sendo este produto muito procurado nos mercados daqui.
Vendo esses fatores entendemos a segmentação servem para motivar o consumo entre determinados públicos, de certa idade ou certo padrão econômico. Percebe-se o quanto podemos sensibilizar grupos com determinados focos. Lógico, tudo dentro de um contexto e com um trabalho bem abrangente.

25 – Como se faz a segmentação de um mercado?
Interessante que no mercado atual as empresas devem procurar conhecer profundamente seus alvos, por meio de um processo chamado Marketing de Relacionamento. Dentro da segmentação é possível realizar ações dirigidas a públicos específicos, pois ela leva a um agrupamento  homogêneo de uma parcela do alvo global de uma empresa. Para agrupar esse segmento-alvo, deve-se responder: quem está dentro e quem está fora do segmento e o que interessa ao segmento?
Para tanto, pode-se utilizar das variáveis geográficas (local que se vive), demográficas (idade, sexo, estado civil, raça, nacionalidade, religião, tamanho da família), sócio-econômicas (renda, ocupação e educação) e psicológicas (personalidades e atitudes).

26 – Quais os tipos de segmentação de mercado?
São quatro os tipos de segmentação definidos pela apostila: demográfica (medidas demográficas – renda nacional e tamanho da população – sexo, idade, renda, educação
e profissão), psicográfica (valores, atitudes e estilo de vida), comportamental (avaliação de grupos de indivíduos, analisando a frequência com que compram determinados produtos) e por benefícios (examine dos benefícios que os clientes buscam ao adquirir um produto ou ao utilizar um serviço).

sábado, 26 de maio de 2012

Marketing e comunicação

Marketing é muito maior que vendas, esta é apenas uma de suas atividades. “A venda começa apenas quando você tem o produto. O marketing começa antes de haver o produto”, diz Philip Kotler, em “O marketing sem segredos”.

Para o autor, “marketing é uma ciência e a arte de explorar, criar e proporcionar valor para satisfazer as necessidades de um mercado-alvo com rentabilidade”, com vista a atingir esse fim identifica necessidades e desejos insatisfeitos.

Por que estou falando de marketing hoje? Fiz um curso sobre o tema e busco mais subsídios para entender essa área. Vi que para ser um trabalho bem feito é sempre necessário ter um planejamento, estabelecer um caminho, uma maneira estratégica de se chegar ao destino certo. E me lembrei desta parte da aula porque havia estabelecido uma meta: escrever periodicamente para este blog. Havia guardado algumas sugestões em arquivo no meu computador, mas fiquei sem o aparelho. Não planejei direito, não usei de todas as ferramentas (fazer beckup), minha estratégia não foi bem pensada, portanto. Tá certo, o exemplo não foi tão bom assim, mas tinha que deixar registrada minha indignação aqui (risos), vamos seguir os estudos.

Segundo Kotler, o foco do marketing está no consumidor, satisfazer necessidades individuais, afinal, “as pessoas podem satisfazer suas necessidades de várias maneiras, inclusive roubando ou mendigando. O marketing promove essa satisfação, oferecendo alguma coisa de valor em troca do que se quer da outra parte”.

É papel do marketing: “perceber as necessidades não-atendidas das pessoas e criar novas soluções atraentes”. Para tanto, é claro que são utilizadas diversas “armas” e uma delas é a comunicação.

sábado, 12 de maio de 2012

Jornalismo e Assessoria

Falando sobre o trabalho do jornalista, Jorge Duarte explica em Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia que

“No Brasil, é profissionalmente aceito trabalhar ao mesmo tempo em veículo de comunicação e assessoria”.

Ser assessor é trabalhar no nível da fonte. O problema ético seria

“Quando o jornalista recebe sem trabalhar em um órgão público ou quando atua em uma editoria que possa ter relação com o emprego de assessor”.

Sobre ser um jornalista que assume em geral tenha assumido as assessorias de imprensa, ao contrário da Europa que é definido como função do profissional de Relações Públicas, valendo-se de Romeiro/1987, Duarte mostra que

“A ocupação do providencial mercado de trabalho, mais do que aceita, foi até estimulada pelas redações no momento em que faziam críticas à competência dos relações-públicas para exercer a função.”

Atualmente, Duarte diz que as organizações brasileiras

“Têm grande necessidade de uma prática comunicativa abrangente ancorada na visão de negócio e não importa qual a origem profissional, desde que tenha capacidade de administrar ampla diversidade de produtos e processos de busca de resultados específicos”.

Nisso, diz que

“Apesar da penetração neste mercado e da ajuda que o jornalista pode prestar à organização, o profissional que teoricamente possui o melhor currículo universitário para administrar a comunicação  da empresa é o relações-públicas”.

Já “uma redação jornalística não tem monopólio da ética ou da competência”, defende o autor, pois uma “assessoria de imprensa pode, em muitos casos, ter uma vantagem, afinal, produz informação com determinado enquadramento, assumidamente posicionada, mas, necessariamente, verdadeira, e que será submetida aos filtros jornalísticos, até mesmo de questionamento e confrontação com outras fontes”.

domingo, 6 de maio de 2012

Interpretando a exposição na mídia

O jornalismo “é bom quando os fatos apontam para a interpretação favorável a suas ideias e mau quando ocorre o contrário”. A frase de Nilson Lage foi usada por Armando Medeiros de Faria, num dos capítulos do livro Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia (2006 – Editora Atlas). O escritor tratava do papel muitas vezes tarefeiro, de apenas apagar “incêndios” dentro de uma assessoria de comunicação.

Para Armando Faria, é necessário ter uma visão mais ampla, de leitura da realidade social e na formulação da estratégia de “por que e a quem dizer”, não apenas “o que e como dizer”.

Realmente, o trabalho de assessoria exige um campo de visão mais diversificado, para tanto é preciso nos especializar nas análises a serem feitas. Sinto falta desse tipo de estudo no meu curso de jornalismo, dessas estratégias de planejamento. Tomara as grades curriculares tenham mudado daquela época para a de hoje.

Entre o que Faria indica está deixar a “teoria hipodérmica”, quando atuamos baseados apenas no calor dos fatos para atender aos jornalistas, e buscar teorias que mostram o efeito daquela notícia a longo prazo, como a agenda setting, valores-notícia, opinião pública, usos e gratificações. Na mudança de perspectiva da avaliação, assessores e assessorados poderão avaliar com mais precisão a influência de cada caso.

Por fim, segundo ele “a perspectiva ampliada do assessor de imprensa para fenômenos complexos e menos os imediatistas é indispensável. Pelo trabalho pedagógico interno a fim de se contribuir para que as organizações captem a natureza da mídia, o assessor precisa canalizar, para o ambiente fechado das corporações, os impulsos de uma realidade social em efervescência, dinâmica, veloz e contraditória. Dessa forma, será possível contribuir para que as instituições compreendam melhor o mundo e a cobertura mediática”.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Dia dos Trabalhadores e a comunicação

 Não podia deixar passar o Dia Internacional dos Trabalhadores sem puxar sardinha para a minha área. É que lembrando a luta dos operários de todo mundo contra a exploração me lembrei do filme Muito Além do Cidadão Kane, que conforme descreve a Wikipédia é um “documentário televisivo britânico de Simon Hartog exibido em 1993 pelo Channel 4, emissora pública do Reino Unido. O documentário mostra as relações entre a mídia e o poder do Brasil, focando na análise da figura de Roberto Marinho”.

Essa lembrança veio depois que recebi um e-mail mostrando um ranking divulgado pela Meio&Mensagem sobre os maiores grupos de mídia do mundo e que coloca Globo na 25ª posição entre os maiores conglomerados de mídia do planeta. E nada melhor que um dia de reflexão como é o 1º de maio, para fazer este post.

Realizado pelo Instituto para Políticas de Mídia e Comunicação da Alemanha, o estudo foca em corporações na criação de conteúdo impresso, televiso e online e multplataforma. Confira as 20 maiores empreendimentos de mídia do mundo e suas respectivas receitas:

1- Comcast/NBC Universal/LLC (EUA) – € 40,1 bilhões
2- The Walt Disney Company (EUA) - € 29,377 bilhões
3- Google Inc. (EUA) - € 27,231 bilhões
4- News Corp. (USA) - € 23,998 bilhões
5- Viacom Inc. (EUA) - € 20,948 bilhões
6- Time Warner (EUA) - € 20,815 bilhões
7- Sony Entertainment (Japão) - € 16,514 bilhõex
8- Bertelsmann AG (Alemanha) - € 15,253 bilhões
9- Vivendi S.A (França) - € 12,486 bilhões
10- Cox Enterprises Inc. (EUA) - € 11,013 bilhões
11- Dish Network Corporation (EUA) - € 10,092 bilhões
12- Thomson Reuters Corporation (EUA) - € 9,919 bilhões
13- Liberty Media Corp. (EUA) - € 9,080 bilhões
14- Rogers Comm. (Canadá) - € 9,031 bilhões
15- Lagardère Media (França) - € 7,657 bilhões
16- Reed Elsevier PLC (Inglaterra) - € 6,902 bilhões
17- Pearson plc (Reino Unido) - € 6,754 bilhões
18- ARD (Alemanha) - € 6,221 bilhões
19- Nippon Hoso Kyokai (Japão) - € 5,996 bilhões
20- BBC (Inglaterra) - € 5,584 bilhões

E como toda grande empresa capitalista, alguém sempre é explorado, vale a pena assistir ao vídeo Muito Além do Cidadão Kane, que tem cerca de uma hora e trinta minutos de gravação (sendo necessário aguardar um pouco para conseguir vê-lo, mas vale a pena).