sábado, 23 de abril de 2011

Foca, Estadão e NYT


Existem coisas que a gente vai guardando e com o tempo “redescobre”. A exemplo do termo foca. Não sei se anda em extinção, mas há tempos não ouço. O “foca” é um jornalista recém formado, ainda sem experiência. Foi desse tempo, não tão longe assim pra mim, que guardei o livreto “The New York Times – Por: Warren Hoge”.

A publicação, reeditada em 1997 (ano que cheguei ao curso de Comunicação Social da UFMS), foi produzida pelo Curso Intensivo de Jornalismo Aplicado/Grupo Estado. Tendo como público os focas, as aulas são voltadas “prioritariamente para os aspectos práticos da profissão. Durante os três meses de duração, sempre no segundo semestre de cada ano”.

Aproveitei e pesquisei no site do curso o calendário de 2011. Vai que tem algum foca lendo este texto agora. O período de inscrição para a 21 edição do curso será de 14 de maio a 05 de julho e o curso está marcado para ser de 01 de setembro a 09 de dezembro. Criado em 1990 por decisão conjunta das diretorias de O Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde, Agência Estado a formação é reconhecida como Extensão Universitária.

Para registro: o Grupo Estado foi fundado em 4 de janeiro de 1875.

NYT – Agora sim, vamos ao conteúdo do livreto! Publicado como registro de uma palestra feita pelo ex-correspondente no Brasil e - na época - diretor-adjunto de redação do The New York Times, Warren Hoge, em 1993, trazia um pouco da história e análise sobre o periódico norte-americano.



O que realmente me fez escrever para o blog foi exatamente a informação de que em 14/09/1987, a edição do NYT saiu com exatas 1.612 páginas. Se bem que na época, as edições dominicais eram de aproximadamente 720 páginas, já um número muito expressivo. Porém os seis quilos de leitura me impressionaram. Fiquei imaginando isso no Brasil, nem com livros nos vejo a ter tamanha vontade de ler, imagine para um jornal de domingo, mesmo que em formato tabloide. Para fazer um jornal daquela quantidade de páginas e manter o padrão, eram nada menos que 1.970 profissionais.

Não tenho os dados recentes. Procurei na web, não encontrei, por isso, aceito comentários sobre a atual situação do jornal: tiragem, cadernos, páginas, assinantes, entre outros dados técnicos.

Outra passagem que me chamou a atenção durante a leitura foi: “Em 1967, três quartos da população americana, 75%, lia um jornal a cada dia; em 1988 esse número caiu a 57%, e hoje só 50% dos americanos leem todo dia um jornal. Mais preocupante para nós, é que na população entre 18 e 29 anos de idade só 29% está lendo todo dia um jornal”. Isso foi há quase dez anos, mas demonstra uma tendência que considero difícil de ter mudado.

Fundado em 1851, o diário pertence ao The New York Times Company. Segundo a Wikipédia, a circulação é de 951,063 dia útil e no domingo chega a 1,376,230. O The New York Times Company “também publica outros jornais de grande circulação como o International Herald Tribune e o The Boston Globe e controla outros dezesseis jornais e cinquenta sites”.

Outra informação da Wikipédia, é que o NYT “começou a ser publicado também na Internet, em 1996, e desde então seu sítio tornou-se uma referência para conteúdo on-line, e não mera reprodução de textos impressos — apesar de ainda não ter descoberto como tirar proveito financeiro das inovações que criou”. E, da mesma forma que outras mídias impressas nos Estados Unidos e no mundo, fala-se da crise pela qual passa a publicação jornalística.

Segundo matéria da Folha de São Paulo, a venda de acesso ao NYT chegou a 100 mil assinantes on-line neste mês de abril de 2011. Por outro lado, o site da Revista Exame há uns dez dias mostrou que as “visitas ao site do New York Times caem 15% após versão digital paga”, conforme pesquisa do instituto de análise Experian Hitwise. Desde o dia 28 de março o jornal passou a cobrar pelos acessos aos conteúdos online.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Língua Portuguesa Aplicada à Comunicação

Assim como o lenhador precisa afiar seu machado, nós comunicadores temos como dever sempre voltar a estudar nosso principal instrumento de trabalho: a Língua Portuguesa.

No Curso Técnico em Rádio e TV da Fundação Amazônica nossa matéria de estudo das últimas duas semanas tem sido exatamente ele, o Português. Então, mãos à obra:

Aproveitarei o ensinamento da professora Gisele Matos, baseada na apostilha do curso, e ampliarei os comentários tendo por base o site Brasil Escola (entre aspas), onde encontrei mais informações sobre o tema Funções da Linguagem.

Até procurei uma questão de concurso que exigia exatamente esse conhecimento, mas não a encontrei. A pergunta enfatizava que no jornalismo a que mais utilizamos é a Função Referencial, aquela focada na informação, no contexto ou referente. Ela é objetiva, direta, prevalecendo a terceira pessoa do discurso.

“Transmite uma informação objetiva, expõe dados da realidade de modo objetivo, não faz comentários, nem avaliação”, e o Brasil Escola ainda completa “transmite impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja, não há possibilidades de outra interpretação além da que está exposta”. Está contida nos textos científicos, jornalísticos, técnicos, didáticos ou em correspondências comerciais.

Outra que está diretamente ligada ao trabalho da comunicação é a Função Apelativa ou Conativa, que muito se aplica à publicidade. Aqui se busca influenciar, persuadir o receptor. Há o “uso de vocativos, sugestão, convite ou apelo” e os “verbos costumam estar no imperativo (Compre! Faça!) ou conjugados na 2ª ou 3ª pessoa (Você não pode perder! Ele vai melhorar seu desempenho!)”.


A Função Emotiva ou Expressiva leva em conta os sentimentos ou emoções do emissor, aquele que envia a mensagem. “O objetivo do emissor é transmitir suas emoções e anseios”, mostra o “ponto de vista do emitente, a mensagem é subjetiva”, “apresenta-se na primeira pessoa”. Utiliza-se de “ponto de exclamação, interrogação e reticências”, sendo comum “em poemas ou narrativas de teor dramático ou romântico”.

Na Função Fática ou de Contato se verá o esforço em gerar, sustentar, favorecer e facilitar a comunicação. Foca-se no canal, a exemplo do “Alô, você está aí?” e as piadinhas do orador para verificar se o público está atendo ao seu discurso. Afinal, o objetivo é “verificar se a mensagem está sendo transmitida ou para dilatar a conversa”.

Com a Função Poética a intenção será de valorizar a elaboração da linguagem como meio de expressão, utilizada por poetas, compositores e em trabalhos artísticos e publicitários. Nela o emissor expressa “seus sentimentos através de textos que podem ser enfatizados por meio das formas das palavras, da sonoridade, do ritmo, além de elaborar novas possibilidades de combinações dos signos linguísticos”.

Por fim, chega-se a Função Metalinguística, que define, explica, analisa, critica o próprio código. Um exemplo clássico é o dicionário que define os termos da nossa língua, um filme que explica como se faz um filme, uma poesia que fala do fazer poético e na televisão temos o programa Vídeo Show que analisa o mundo da própria TV.

Conforme explica a professora Gisele Matos, não encontraremos textos puros, as funções de linguagem muitas vezes se misturam dentro das mensagens, mas para cumprir o objetivo da comunicação desejada uma se sobressairá frente as demais.

domingo, 17 de abril de 2011

Imprensa, assessoria e outros temas
Parte 3/3


Presença forte, segura e simpática é o que deve nortear o comportamento do assessorado diante das câmeras de TV. Vale para outras mídias, mas a televisão realmente requer mais “preparo”, pois funciona com um “raio X do entrevistado” diante dos telespectadores.

Finalizando a leitura do livro de Regina Villela: Quem tem medo da imprensa? (Editora Campus 1998), estudaremos algumas ações indicadas para as pessoas que irão conceder entrevistas.

“Quanto ao comportamento diante da câmera, procure sempre dividir sua atenção entre o equipamento e o repórter”, apesar da TV Globo tentar manter como padrão apenas olhar para o repórter, na verdade existem dois interlocutores, aí incluído o público que o assiste (na verdade, esta é uma questão que pode ficar a critério do entrevistado, o que não pode é ficar olhando robotizado para a câmera, seja natural).

Busque ser conciso, “dar repostas coerente e compactas” (em TV, realmente, tempo é dinheiro), “lembre-se de que as reportagens são enxutas, têm no mínimo 40 segundos e no máximo um minuto e meio”.

Outra recomendação é o uso de terno e gravata, ou “se a entrevista é num local aberto ou mesmo num ambiente informal, fique em mangas de camisa ou use uma roupa mais leve, adequada, mas evite cores berrantes, estampados, xadrez, pied-de-poule ou listrazinhas”. No caso das mulheres, a autora sugere “tons suaves, padronagens lisas e linhas clássicas”, maquiagem em tonalidades leves e acessórios discretos, além de evitar as roupas sem mangas (ou mesmo as muito decotadas, que também aumentarão o ar de intimidade, contradizendo a imagem de formador de opinião que deve ser passada). Para ambos, não custa verificar no espelho se o cabelo está arrumado e, se for entrevista de estúdio, evitar roupas azuis.

Regina Villela traz ainda outras regras para um bom desempenho na TV (a exemplo de usar palavras simples, demonstrar confiança e credibilidade, não balançar o corpo enquanto fala, estar atendo às perguntas do repórter e sentir-se à vontade), além de comentar sobre atitudes que podem derrubar a pessoa (falar uma linguagem extremamente técnica e rebuscada, ser redundante, usar chavões, ser irônico, ser autoritário, usar demasiadamente as “muletas”: “é”, “ah”, “ô”, entre outros).

Antes de fechar este post, gostaria de lembrar ao leitor que a autora lançou recentemente uma versão mais atualizada do livro Quem tem medo da imprensa? Acaso alguém tenha as novas sugestões, deixe comentários no espaço abaixo.

sábado, 16 de abril de 2011

Imprensa, assessoria e outros temas
Parte 2


Trabalhar do outro lado do “balcão” é também entender as funções básicas de um jornalista de redação. Em assessoria estamos sempre atendendo aos pedidos de informações pela imprensa em geral. Com isso, torna-se imprescindível conhecer o trabalho de coleta de dados para melhor orientar nosso assessorado.

Continuando a leitura do livro Quem tem medo da imprensa? – de Regina Villela (Editora Campus 1998) – cheguei à seção “Ele pergunta, você responde”. Segundo a autora, existem seis tipos de entrevista: noticiosa, opinião, perfil, enquete, exclusiva e coletiva.

O ponto que mais me interessa é a maneira que o entrevistado atenderá à imprensa. Essa é, a meu ver, uma das maiores orientações a serem passadas via assessoria. Trabalho com a premissa de que o mais importante é a verdade. Já estudei muitos casos de omissão ou de tentativa de tentar se esquivar do assunto que acabaram marcando ainda mais negativamente a imagem da instituição/pessoa.

Ao assessorado procuro explicar que ele deve se pronunciar sempre que for convidado pela imprensa, dessa forma manteremos um bom relacionamento com os vários veículos, pois conforme o livro: “manter um rodízio é uma forma de não marginalizar nenhum jornalista, jornal ou noticiário”. Na instituição em que trabalho, apresentei em 2011 uma proposta para que aperfeiçoemos nossa comunicação por meio de um curso de Media Training. Espero que realmente entre na programação do ano.

“Não é necessário perder a calma por causa de uma entrevista. Mantenha sempre o controle, mesmo que o assunto seja polêmico. A mídia adora controvérsias e conflitos. Por isso, é compreensível que você se sinta inseguro diante de jornalistas, mas é preciso encarar esse tipo de coisa com normalidade, sem se apavorar”, ensina Regina Villela.

A autora traz alguns mandamentos sobre como devemos agir ao ser fonte de notícias: alimentar a mídia com novidades de interesse público, mantenha os canais de comunicação abertos a consulta de forma a conquistar um espaço para o futuro, prefira sempre manter contato com os responsáveis diretos pela pauta e pela chefia e não evite a imprensa - mesmo que tenha se tornado notícia involuntariamente -, nem chame os jornalistas à toa. Muito menos tente impedir a veiculação de notícias, use relises com parcimônia, sem misturar publicidade com jornalismo.

Outra dica é respeitar os horários da imprensa, sendo pontual ao marcar entrevistas, e lembre-se “ninguém é perfeito, por que você seria uma exceção? O trabalho da imprensa também é imperfeito”. Por último, diga a verdade, “mantenha silêncio sobre informações confidenciais, mas não minta”.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Imprensa, assessoria e outros temas

Da mesma forma que o livro da Regina Villela, que estou lendo agora, nos perguntaremos neste estudo de hoje “Quem tem medo da imprensa? Como e quando falar com jornalistas – Guia básico de mídia training” (Editora Campus 1998).

Para a resposta, começaremos com o conceito de opinião pública, que segundo a autora “é a encruzilhada onde se encontram as ideias vindas dos mais diversos grupos e que se exprime e se modifica, sem que necessariamente os indivíduos estejam fisicamente juntos; a discussão livre de uma controvérsia e a decisão ou opinião coletiva que gera a imagem que desejamos ter”.

Para dizer a verdade, tenho algumas ressalvas a esta palavra, principalmente, porque tenho visto ela ser utilizada quase que como uma entidade, um ser personificado, a exemplo da frase: "A opinião pública está pressionando o governo". Uma vez que na prática, é muitas vezes é uma ideia falaciosa, quantas pessoas estão por trás dessa pressão, afinal? Não se pode mensurar com exatidão.

Por isso, permanece a dúvida sobre quem produz, reproduz ou a fixa a “opinião pública”? Ela é tão ampla e tão aprofundada nos mais variados temas como querem que seja, ou é criada pelos meios de comunicação de massa? Bom, de qualquer forma, existe sim a construção da imagem e uma opinião que paira pela sociedade. Por estarmos trabalhando com comunicação, que não é uma ciência exata, realmente é preciso tentar ver o subjetivo. Ainda mais porque atualmente existem ferramentas que tentam mensurar esses dados.

Assim, como lembra o livro “é fundamental aproveitar cada chance de mostrar a melhor face da sua imagem, sua carreira, sua política, sua empresa, quando a imprensa é o veículo ideal para isso”.

No texto da professora Sidinéia Gomes Freitas, Formação e Desenvolvimento da Opinião Pública, encontraremos que “a opinião tem sua origem nos grupos, mas só assim não caracterizaremos a opinião pública, porque esses grupos transformam-se em públicos quando se organizam em torno das controvérsias, com ou sem contiguidade espacial, discutem, informam-se, refletem, criticam e procuram uma atitude comum”. A autora ainda complementa “O tipo de sociedade ao qual pertencemos, nossa classe social e as várias relações estabelecidas interferem na formação da opinião pública”.

Voltando ao livro de Regina Villela, no tópico “quem se comunica errado se estrumbica”, para evitar tropeços, ela indica que deve-se preparar/conhecer o tema da entrevista, treinar com a equipe de assessoria, responder com objetividade, evitar bobagens (frases feitas, lugares-comuns e até mesmo divagações e frases técnicas sem contextualizações), não falar mentiras (honestidade deve ser a base da relação entre repórter e entrevistado), não falar em “off” (diga o essencial e não faça confidências ou passe dados ainda não confirmados que não queira ver publicado, mesmo que a responsabilidade do off seja de quem a publique, é preferível não pagar para ver).

Como explica a escritora, a imprensa não é amiga e nem inimiga, apenas está fazendo o trabalho dela na busca de informações. “A responsabilidade do jornalista, assim como da empresa onde ele trabalha, é oferecer ao público a apuração precisa da notícia, mostrando sempre as duas faces da moeda. Quem fornece propositadamente informações erradas ao seu público perde a credibilidade”.

Para fechar o questionamento inicial, pois ainda preciso ler o restante do livro, “jornalistas não mordem”, os profissionais estão atuando dentro de sua função e “por mais que a pergunta pareça inconveniente, alguém terá que fazê-la”. Para o entrevistado é necessário ter dados, mostrar suas razões e soluções quando o tema necessitar.

“O bom repórter além de perguntar, vai checar os dados que conseguiu, ouvindo, uma a uma, todas as pessoas envolvidas na matéria em pauta, anotando todas as informações necessárias para escrever a reportagem da forma mais completa possível”.

Trabalhar em assessoria é isso, é atender à imprensa e ao assessorado. E a cada dia aprender um pouco mais.

domingo, 10 de abril de 2011

LGT e a privatização da telecomunicação no Brasil

“A separação entre a regulação das atividades de telecomunicações e a das atividades de radiodifusão criada com a Lei Geral de Telecomunicações teve como objetivos permitir a privatização da telefonia e, ao mesmo tempo, proteger as empresas nacionais de radiodifusão de nova regulamentação”.

Essa foi uma das perguntas consideradas corretas na prova do MPU/2010, realizada pelo CESPE/UnB, para Analista de Comunicação Social. Começo o estudo de hoje com esse tema porque há algum tempo separei a seguinte frase da Revista Imprensa (nº 264, jan/fev 2011):

“Em 1997 houve atualização da legislação da área, mas muitos críticos dizem ter ocorrido em vista das futuras privatizações do setor”. O texto é sobre projetos de Conselhos Estaduais e de um novo marco regulatório para o setor de comunicação brasileiro. Mas o que quero realmente analisar é o tema legislação X privatização. Pois a segunda afirmação é quase uma complementação à questão feita pelo CESPE, referente à Política Nacional de Telecomunicações e à regulação do setor no Brasil.






Conhecer o setor de telecomunicações é importante para quem como eu presta concursos na área de jornalismo. Em duas provas que fiz caiu essa matéria: ANATEL (2009) e MPU (2010). Já que conhecimento geral é muito importante, vamos lá!

No site da Folha de São Paulo encontrei uma reportagem que assim explica: “Um ano antes da privatização da telefonia, em 1998, foi sancionada a Lei Geral de Telecomunicações, que organizou o setor e determinou a criação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), dando assim os primeiros passos para a abertura do setor à iniciativa privada. A LGT dividiu o serviço em três regimes jurídicos: público, privado e misto”. Para ler o texto completo clique aqui, pois não vou me aprofundar na questão de mercado das telefonias fixa e móvel.

Nos oito anos de FHC o tema privatização estava em alta. Tanto que foi necessário editar uma Emenda Constitucional (n.º 8 de 15/8/95) para findar com o monopólio estatal nas telecomunicações. Como mostra o site “Teleco – Inteligência em Telecomunicações”, esse foi o “passo necessário para a privatização das empresas que compunham o antigo Sistema Telebrás e para a implantação de um modelo de mercado concorrencial no setor”.

No site também encontrei um quadro que mostra os principais eventos que marcaram o antes e depois da Lei Geral de Telecomunicações:


Jul/95 - Emenda Constitucional

Jul/96 - Lei Mínima

Abr/97 - Licitação da Banda B

Jul/97 - Lei Geral de Telecomunicações

Nov/97 - Criação da Anatel

Jul/98 - Privatização do Sistema

Jul/99 - Competição no STFC Longa Distância

Jan/00 - Competição no STFC Local

Mar/01 - Leilões das Bandas C, D e E da Telefonia Móvel.

Fonte: http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialleg/pagina_1.asp

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Entendendo e-mail marketing

Trabalhar em Assessoria de Comunicação faz a gente ver de tudo um pouco. Especialmente quando precisamos divulgar ações desenvolvidas por nossas empresas.

Aproveitando que recebi uma mensagem sobre o e-mail marketing, buscarei mais informações sobre essa ferramenta de trabalho, afinal, é ação que vem crescendo cerca de 150% ao ano, sendo muito utilizada para chegar aos consumidores (ou público alvo?). E pode ser usada para envio de boletins informativos, as newsletters...

Enquanto no envio da mala direta existe o custo de criação, impressão e distribuição, remeter via internet representa uma economia por pular várias dessas etapas. O e-mail marketing é conhecido por ser uma boa estratégia de relacionamento e promoção, ainda mais em tempos que o uso das tecnologias se populariza cada vez mais (barateamento da banda larga, políticas públicas de acesso e desenvolvimento de novos equipamentos). Hoje mesmo encontrei o “Concursopedia”, o que para mim mostra o quanto estamos cada vez mais conectados.

Dessa forma, Google, e-mail marketing, chat corporativo tendem a crescer, conforme explica um texto que está em vários sites da internet e que tem como fonte a CDL Porto Alegre: “Afinal, o e-mail marketing vai acabar?”. A matéria traz um dado de que “uma empresa brasileira de médio porte que atua neste mercado envia cerca de 200 milhões de e-mails por mês”, se comparado aos EUA, estamos bem aquém, pois lá esses números chegam a oito bilhões. Outra “característica marcante do e-mail Marketing é o fato de ser uma forma de comunicação barata. O custo para enviar um milhão de e-mails é baixo e a eficiência grande”.

Na Wikipédia encontraremos a diferença entre os spams, ou aquelas mensagens indesejadas recebidas no e-mail, e o marketing feito sob consentimento do cliente, “também chamado opt-in”. Neste pode-se “descadastrar a qualquer momento da lista de envio pela qual recebeu o e-mail”.

Com e-mail marketing pode-se fazer “oferta de produtos e serviços, na promoção de itens adicionais e de interesse específico, bem como em campanhas de fidelização, pesquisas de satisfação, cartões comemorativos e de aniversário. Também é utilizado para envio de informativos periódicos, notícias, artigos, comunicados internos, distribuição de convites, confirmação de presença e agradecimento de participação”.

Resumindo, veremos que essa é uma forma pró-ativa de atingir o público, garante interatividade, pois a mensagem fica no e-mail até ser lida/apagada; pode ser enviada de forma segmentada (sexo, idade, escolaridade, entre outros), e ser personalizada de acordo com a organização que a envia.

domingo, 3 de abril de 2011

Ouviu falar em teaser?

Ouvi essa palavra no Curso Técnico em Rádio e TV e logo depois encontrei o termo no livro Releasemania de Gerson Moreira Lima (Summus Editorial, 1985). A publicação traz definição mais ligada ao trabalho de assessoria de imprensa e ao envio de press-kit. Enquanto no curso, estaria mais ligada a edição de notícias e chamadas (variação que vou estudar mais a diante, nas aulas da professora Wagna Vieira).

“Arreliento, importunador ou uma situação embaraçosa”. Ou do inglês, "aquele que provoca".

“Pequeno comunicado enviado pela empresa para a imprensa, sem objetivo de publicação (e aqui se encontra uma das muitas diferenças se comparado com o press-release), a fim de “arreliar”, ou seja, criar junto ao jornalista que o recebe, visando abrir caminho para o press-releases normalmente enviados posteriormente”.

O autor de Releasemania também explica que o teaser não tem objetivo de ser publicado, mas algumas vezes vira comentário em colunas do jornal. Moreira Lima complementa que além da mensagem básica, “de cunho predominantemente publicitário e dirigido ao público consumidor, o teaser necessita conter ainda um gancho que chame a atenção dos jornalistas”. Dependendo da seção de trabalho do jornalista, poderia “puxar mais para o lado político, de humor, econômico etc”. Ele ainda lembra que alguns teasers distribuídos aos jornalistas são acompanhados de brindes de pouco ou nenhum valor (no caso de anúncio de um novo vinho, por exemplo, pode vir uma rolha).

Para falar a verdade, eu realmente desconhecia esse tipo de texto aplicado ao jornalismo, talvez por não ter participado de nenhum lançamento de produto. Em publicidade, mesmo desconhecendo o termo, a ideia eu já havia visto em anúncios “enigmáticos” ou nas mensagens veiculadas pouco antes das chamadas das novas novelas, com aquele ar de “quero (saber) mais”.

Buscando outras informações na rede, vi que sendo uma pequena peça publicitária quase que enigmática, o teaser praticamente não oferece nenhuma informação sobre o produto ou sobre o anunciante, mas desperta a curiosidade do público. O recurso pode ser utilizado nas várias mídias: rádio, televisão, impressos, internet, outdoors e publicidade em geral.

Quem fizer uma busca na web, verá seu uso para chamar atenção às notícias, programas, anúncios, trailers e campanhas.

Na Wikipédia, encontrei outra utilização: “em publicações online, como blogs, jornais e revistas eletrônicas, o termo teaser se refere ao trecho de texto que é apresentado antes da tag ‘more’, devendo o leitor clicar em um link ao final do teaser para ter acesso ao texto completo. Este recurso normalmente é usado para permitir ao leitor acessar somente os textos que lhe interessam, sem ter que carregar para seu computador conteúdos que não pretende ler ou visualizar, poupando tempo e tráfego de internet”.

O que é fotografia, interpretações de uma estudante


Fotografia é imagem, é um sentir, um registro, um emaranhado de experiências e impressões, porque é resultado da bagagem cultural de quem a tira e do momento que a tira.

Em fundamentos da fotografia estamos aprendendo a ler imagens, pois a profissão de comunicadores nos exigirá esse olhar mais aguçado.

Por ser subjetiva, muitas vezes a leitura dessas imagens precisa ser feita de modo orientado. Lógico, sem um olhar tendencioso ou parcial. Outra etapa importante para fazer essa correta interpretação será necessário saber o contexto em que está inserida aquela foto.

No nosso caso, comunicadores que somos, a fotografia serve para transmitir fatos, opiniões e experiências, sendo que uma foto bem tirada pode falar por si. Na fotografia, a percepção é individual, de quem a produz.

Agora fica a seu critério procurar mais teoria sobre fundamentos da fotografia, comparar a fotografia analógica com a digital, enfim, compreender esse mundo da imagem.

sábado, 2 de abril de 2011

Voz e Corpo na TV

Grandes organizações possuem grandes equipes. Descobri isso vendo que repórteres e apresentadores das afiliadas Globo – para manter o “padrão” de qualidade – possuem equipes multiprofissionais.

Durante o curso da Rede Amazônica, tivemos palestra com a fonoaudióloga que atua em Porto Velho (RO). Segundo ela, a TV Globo oferece um treinamento de como o profissional da fala irá orientar apresentadores e repórteres em como aparecer/falar na frente do vídeo.

Afinal, comunicar não é só articular palavras. Precisa transmitir credibilidade e confiança ao telespectador, vender bem a marca da casa.

Na fonoaudiologia, voz é som débil, forma mais primitiva de comunicação, nos identifica como pessoas. Uma forma de também transmitir sentimentos. Num consultório, entre os parâmetros vocais avaliados estão a qualidade e o ataque vocal. A palestrante lembrou que Boris Casoy tem articulação travada, mas tem credibilidade, em sua carreira o apresentador conquistou espaço nacional.

Toda fala é expressiva, nela estão contidas atitudes, emoções, crenças, condições físicas e sociais, que num conjunto resultam em infinitas possibilidades. Somos realmente únicos. Durante a fala, os diversos fatores atuarão simultaneamente. Por isso, a receita para sua imagem na TV é ter bom texto, voz agradável, modulação, ritmo de fala, articulação clara e precisa, gestos e expressões faciais harmoniosos.

Entre os erros mais comuns pode-se citar repetição de gestos, roupas inadequadas, gestos aleatórios e desconexos com a palavra dita, falta/excesso de expressões faciais e movimentos corporais inadequados à situação. Os dois extremos atrapalham: se o ritmo de fala for acelerado, resulta em imprecisão articulatória, causando sensação de desespero em quem ouve e dificultando o entendimento. Ou no caso do ritmo de fala lento, dispersará a atenção, pois uma fala de entusiasmo, apatia e desinteresse.


Durante a narração esportiva, por exemplo, o narrador para segurar o público transmite com entusiasmo e energia cada jogada, usa tons mais agudos e velocidade mais acelerada. Isso demonstra que para cada situação há uma indicação: variações dos recursos vocais (ênfase, inflexão, pausas, velocidade de fala, variação de frequência e intensidade), além de respiração, som, articulação e coordenação.

Outro dado interessante é que cada pessoa retém 7% do bom texto, contra 93% da mensagem passada pelo corpo: expressão facial, voz, gestos e articulação dos sons. Nacionalmente a tendência da Globo é suavizar os sotaques regionais.

Um filme indicado para compreender a importância da voz foi “O Discurso do Rei”, fica aí a dica.


Eu também fiz uma busca na internet e encontrei esse site que fala da importância que a voz tem para os prossionais que se utilizam dela e os cuidados necessários para preservá-la. Confira.