Assim como o lenhador precisa afiar seu machado, nós comunicadores temos como dever sempre voltar a estudar nosso principal instrumento de trabalho: a Língua Portuguesa.
No Curso Técnico em Rádio e TV da Fundação Amazônica nossa matéria de estudo das últimas duas semanas tem sido exatamente ele, o Português. Então, mãos à obra:
Aproveitarei o ensinamento da professora Gisele Matos, baseada na apostilha do curso, e ampliarei os comentários tendo por base o site Brasil Escola (entre aspas), onde encontrei mais informações sobre o tema Funções da Linguagem.
Até procurei uma questão de concurso que exigia exatamente esse conhecimento, mas não a encontrei. A pergunta enfatizava que no jornalismo a que mais utilizamos é a Função Referencial, aquela focada na informação, no contexto ou referente. Ela é objetiva, direta, prevalecendo a terceira pessoa do discurso.
“Transmite uma informação objetiva, expõe dados da realidade de modo objetivo, não faz comentários, nem avaliação”, e o Brasil Escola ainda completa “transmite impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja, não há possibilidades de outra interpretação além da que está exposta”. Está contida nos textos científicos, jornalísticos, técnicos, didáticos ou em correspondências comerciais.
Outra que está diretamente ligada ao trabalho da comunicação é a Função Apelativa ou Conativa, que muito se aplica à publicidade. Aqui se busca influenciar, persuadir o receptor. Há o “uso de vocativos, sugestão, convite ou apelo” e os “verbos costumam estar no imperativo (Compre! Faça!) ou conjugados na 2ª ou 3ª pessoa (Você não pode perder! Ele vai melhorar seu desempenho!)”.
A Função Emotiva ou Expressiva leva em conta os sentimentos ou emoções do emissor, aquele que envia a mensagem. “O objetivo do emissor é transmitir suas emoções e anseios”, mostra o “ponto de vista do emitente, a mensagem é subjetiva”, “apresenta-se na primeira pessoa”. Utiliza-se de “ponto de exclamação, interrogação e reticências”, sendo comum “em poemas ou narrativas de teor dramático ou romântico”.
Na Função Fática ou de Contato se verá o esforço em gerar, sustentar, favorecer e facilitar a comunicação. Foca-se no canal, a exemplo do “Alô, você está aí?” e as piadinhas do orador para verificar se o público está atendo ao seu discurso. Afinal, o objetivo é “verificar se a mensagem está sendo transmitida ou para dilatar a conversa”.
Com a Função Poética a intenção será de valorizar a elaboração da linguagem como meio de expressão, utilizada por poetas, compositores e em trabalhos artísticos e publicitários. Nela o emissor expressa “seus sentimentos através de textos que podem ser enfatizados por meio das formas das palavras, da sonoridade, do ritmo, além de elaborar novas possibilidades de combinações dos signos linguísticos”.
Por fim, chega-se a Função Metalinguística, que define, explica, analisa, critica o próprio código. Um exemplo clássico é o dicionário que define os termos da nossa língua, um filme que explica como se faz um filme, uma poesia que fala do fazer poético e na televisão temos o programa Vídeo Show que analisa o mundo da própria TV.
Conforme explica a professora Gisele Matos, não encontraremos textos puros, as funções de linguagem muitas vezes se misturam dentro das mensagens, mas para cumprir o objetivo da comunicação desejada uma se sobressairá frente as demais.
Lendo aqui um livro de linguística, voltei a este tema nesta tarde de domingo: EMOTIVA (centrada no remetente), REFERENCIAL (centrada no contexto ou referente), POÉTICA (centrada na mensagem), CONATIVA (centrada no destinatário), FÁTICA (centrada no contato) e METALINGUÍSTICA (centrada no código).
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ResponderExcluirBoa noite Sra Rosália Silva,gostei muito do seu contexto sobre Língua Portuguesa Aplicada ao Jornalismo.Eu estou fazendo o Curso Técnico de Radio e Tv na Fund. Amazônica,e gostaria de saber se a Sra tem uma Apostila sobre esse meu Curso..? Por que gostaria de entender mas sobre o assunto.Obrigado e espero que me responda,Mauro J Brito/Manaus.
ResponderExcluirOlá Mauro! Essa apostila que falei na época era uma xérox. Por isso não tenho mais esse material. Eu na verdade gosto de procurar é nas gramáticas, até mesmo as online, pois assim a gente vê a dúvida e o estudo como um todo. Hoje em dia até mesmo o Youtube é uma fonte muito boa de estudo. Abraços!
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