quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Media Training

“A imprensa representa parte da sociedade e por isso precisa ser atendida”.

“Não se deve tentar enganar o jornalista, pois, se ele descobrir, o resultado vai ser dos piores para a organização e para a marca”.

É com essas frases de Heródoto Barbeiro, no Livro Media Training: como usar a mídia a seu favor (Saraiva, 2011), que eu te pergunto: por que devemos atender à mídia?

Várias podem ser as respostas, mas vamos analisar junto com Heródoto olhando pelo lado de uma corporação:

“A imprensa pode contribuir para que sua organização obtenha o atributo da credibilidade”.

Portanto, neste ponto podemos colocar a importância de conhecer melhor a mídia e saber como utilizar de maneira mais precisa suas ferramentas e atributos.

“Comunicação não é o que você diz, mas o que o outro entende”
(David Ogilvy)

Especialmente em momentos de crise é importante trabalhar sempre com a verdade, sem se esconder da reportagem. Aqui se eu pudesse ilustrar, colocaria o vídeo em que o pessoal do CQC da Rede Bandeirantes procura a assessoria e o prefeito de Porto Velho em novembro de 2012 para falar das obras dos viadutos da cidade. Quem assistiu ao programa sabe do que estou falando! (em uma das passagens, o repórter bate na porta e grita algo do tipo: estamos aqui, sabemos que vocês estão aí dentro)

“É comum que em momentos de crise a atitude da empresa seja se encolher, imitando um avestruz que esconde a cabeça na areia. Isso, perdoe-me o avestruz, abre um leque extraordinário de notícias que atingem a marca e o dirigente da empresa”.

“Nada melhor para combater uma crise do que uma transparente visão estratégica, definições claras e conduta correta. Não há crise que resista a essa receita da vovó. Afora isso, é só mais confusão e noticiário negativo. Esconder é o pior remédio. A pior opção. A imprensa de uma forma ou de outra descobre, e a enxurrada de notícias desfavoráveis é antecedida por questionamentos de ordem ética e moral. Pode ter certeza de que o estrago vai ser muito maior”.

Bom, a receita da vovó e do Heródoto está registrada acima, agora é só lembrar sempre. Colocando-a em prática, é claro.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Escrever...


“Não quero um aluno copista, quero um sujeito do discurso próprio. Aprender a escrever é dar voz ao sujeito para que ele possa usar aquilo de modo criativo.”
Silvia Colello (USP)

“Ler significa ver o mundo pelos olhos dos outros. Escrever significa expressar a própria identidade. QUERER QUE TODO MUNDO ESCREVA E SE COMUNIQUE É QUE É REVOLUCIONÁRIO”.

Elvira Souza Lima (antropóloga e neurocientista)


Tirei as declarações acima de uma matéria que discutia uma nova forma proposta para a educação dos Estados Unidos, e que de certa maneira movimentou o Brasil: escolas encerrarem o ensino da letra cursiva.

Eu, jornalista que adoro um bloquinho de anotações, não imagino como poderia ser possível abandonar de vez a prática da escrita a mão. Por mais que a tecnologia esteja à nossa porta!

Meu método de aprendizagem envolve todos os estímulos, especialmente os visuais, auditivos e táteis. Tenho que escrever enquanto ouço e vejo o professor/palestrante. Acredito que dessa forma “sinto”, talvez “toque” o conhecimento/entendimento/memória.

Não tenho letra bonita e nunca tive, apesar dos vários cadernos de caligrafia que preenchi no primário. Se bem que, no jornalismo, o importante (na maioria das vezes) é a velocidade desta escrita. Quem sabe é, por isso, que gosto de escrever aqui neste meu blog, porque pensando rápido para anotar, quase conseguimos acompanhar o pensamento por meio da escrita. Eu digo que a letra de repórter tem perfil próprio, diferenciada da de médico!

Agora, sobre escrever somente com o auxílio de uma máquina que não o lápis ou caneta, realmente me preocupo com a nova geração que virá. Eu escrevi primeiro em casa e agora estou digitando minhas anotações. Isso aconteceu dia 02/12/12, se tivesse que aguardar ter um computador para fazer esta postagem, talvez já tivesse esquecido o tema.

O pensamento teria vindo e partido, sem ficar registrado.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Estudando oratória

Falar em público sempre me deixa muito nervosa. E fazia tempo que planejava fazer um curso específico de oratória. Mesmo estando em um momento de correria, me inscrevi no treinamento ofertado pelo Sebrae, com a facilitadora Marasella Macedo.O curso de uma semana começava às 19 horas e nunca terminava antes das 23h. Valeu pelo aprendizado que tive.


Um dado importante para quem fará algum tipo de apresentação é que apenas falar (mensagem verbal), depois de três dias, deixará gravado aos ouvintes somente 10% do que foi passado. “Se, entretanto, expuser o tema verbalmente, mas com o auxílio de um recurso visual, depois do mesmo período, as pessoas se lembrarão de 65% do que foi transmitido”.

Falar de modo natural é uma das principais dicas do curso, porque a espontaneidade pode transmitir mais credibilidade à sua defesa que a mera aplicação de técnicas. Outros pontos importantes são:

  • Não confiar na memória/memorização. Ter um roteiro de apoio é o melhor meio de transmitir ideias que apenas ser um leitor de slides.
  • Use linguagem correta e evite repetição de sons (né, ah, entendeu).
  • Conheça o público que te ouvirá.
  • Tenha começo e fim em sua apresentação. Conte antes sobre o tema que irá abordar, desta forma a plateia acompanha melhor sua linha de raciocínio.
  • Mantenha uma postura correta durante a exposição do tema, evite excesso de movimento com os pés e as mãos (vamos dizer assim!).
  • Seja bem-humorado.
  • Prepare-se, se for falar 15 minutos, tenha assunto para o dobro do tempo.
  • Fale com emoção, coloque-se no lugar de quem está te assistindo e acredite, antes de tudo, no que está dizendo. Para persuadir, pode-se usar como argumentos: exemplos, comparações, dados estatísticos e pesquisas/estudos.

Do retorno que tive dos colegas no teste final, uma apresentação individual feita por todos os alunos no último dia de curso do Sebrae, entendi que preciso realmente ter mais calma e falar mais pausadamente, assim poderei ser natural, ser "eu mesma". Eles consideraram que dominei o tema, faltou apenaa me atentar para alguns detalhes, como “vender melhor meu produto”.

Solicitei à professora, em e-mail posterior, uma avaliação minha. Marasella me respondeu que minha “introdução foi excelente”, fiz um bom “contato corporal e visual com a plateia” e demonstrei “profundo conhecimento" sobre o que apresentei. Para melhorar, ela ponderou que devo “falar um pouco mais alto e tomar cuidado com os vícios de linguagem, pois apareceram alguns ééééé”. Como dica, me falou que posso fazer uma pausa ao terminar as frases de minha fala, “para que o público possa refletir sobre o que escutou”.