domingo, 22 de abril de 2018

Fake News

“A má influência domina os traidores, os malévolos e os propagadores de notícias falsas”

Ganhei uns livrinhos de reflexão da Terezinha Andrade da Costa. E a frase acima é de um deles (que fala ainda sobre o anjo Micael e dos sentimentos nobres que passaria ao leitor naquele dia do calendário).

Aproveito o momento para tratar de algo da moda: Fake News. O fato é que é uma “moda” ruim, mas que ao mesmo tempo não é nova, porque a invenção de notícias, as fofocas, ou como quiser chamar, eu conheço desde que nasci (e acredito piamente que existia bem antes de mim – risos! ou choros!).
Só que a proporção tomada com o uso das tecnologias assusta. É muita notícia falsa circulando, e passam por nós igual desfile de alta costura, mostrando algo ilusório. Nos confundindo e perturbando a correta distribuição de dados e informações entre as pessoas. Daí acredita-se em banalidades, em fatos antigos como se fossem novos, distorcem informações.

Quando estudei jornalismo um termo se parecia muito com as atuais fake news: imprensa marrom. Joguei no Google e encontrei a seguinte conceituação da Wikipédia:

Imprensa marrom é uma expressão de cunho pejorativo, utilizada para se referir a veículos de comunicação (principalmente jornais, mas também revistas e emissoras de rádio e TV) considerados sensacionalistas, ou seja, que buscam elevadas audiências e vendagem através da divulgação exagerada de fatos e acontecimentos, sem compromisso com a autenticidade.

A última dessas mentiras (que depois virou até piada, mas acredito que têm muitos brasileiros que ainda não perceberam a cilada que caíram) foi em relação à televisão árabe Al-Jazeera (é árabe, portanto, logo foi confundida com a Al-Qaeda, e assim, tornou-se terrorista também).

Então, sugiro algumas leituras para nos deixarem o alerta quanto a pesquisar e comparar, verificando assim se a notícia possui mesmo veracidade.

Sobre uma alfabetização social: Senso crítico é arma para combater fake news'

As várias formas de ser fake: Como identificar os diferentes tipos de fakes e robôs que atuam nas redes

Notícias falsas nas eleições: Fake News

Boas iniciativas: Professor usa fake news para ensinar ciência na escola

Fake News e fundamentalismo: Ana Amélia criou fake news de propósito para saciar fundamentalistas

Seção Fake News do Catraca Livre: Fake News


Fiquemos atentos e atentas!








sábado, 14 de abril de 2018

Conhecendo uma escritora


Neste fim de semana (14 e 15 de abril) está ocorrendo a décima edição da Festa Literária de Santa Teresa (Flist), no Rio de Janeiro. Segundo o site da Flist, nos anos anteriores foi assim:

2009: Lygia Bojunga, 70 artistas se apresentaram, 5.000 pessoas visitantes
2010: Manoel de Barros, 70 artistas se apresentaram, 12.000 pessoas visitantes
2011: Bartolomeu Campos de Queirós, 120 artistas se apresentaram, 18.000 pessoas visitantes
2012: Ana Maria Machado, 120 artistas se apresentaram, 18.000 pessoas visitantes
2013: Joel Rufino dos Santos, 160 artistas se apresentaram, 20.000 pessoas visitantes
2014: Marina Colasanti & Ziraldo, 220 artistas se apresentaram, 20.000 pessoas visitantes
2015: Ferreira Gullar & Roger Mello, 170 artistas se apresentaram, 20.000 pessoas visitantes
2016: André Neves & Nei Lopes, 160 artistas se apresentaram, 20.000 pessoas visitantes
2017: Conceição Evaristo & Graça Lima, 160 artistas se apresentaram, 15.000 pessoas visitantes
 E em
2018, a homenageada é a ilustradora e escritora Ciça Fittipaldi.


Descobri que uma das organizadoras é a Ninfa Parreiras e que ela no meio do ano estará em Porto Velho (RO). Entre outras atividades, estará no Projeto Leitura do Sítio, da bibliotecária Glória Valadares.

Será uma oportunidade de conhecer a escritora, da mesma forma que fez a RHJ Editora nesta entrevista. Enfim... 

Mas o texto de hoje é para registrar a experiência de leitura dos livros “Encontro d’água – Sete contos d’água” e “O morro encantado”. Deste último, pode-se fazer um paralelo para contar um trecho da vida da autora. Junto com as ilustrações de Robson Araújo descobrimos um pouco da mineira nascida em Itaúna (MG) e que mudará para o Rio de Janeiro ao ganhar bolsa de pós-graduação. Sua curiosidade a leva a querer conhecer mais sobre a região do Morro do Castelo.

Nisso, a história do país se entrelaça com a da região, que um dia abrigou o governo monárquico, desde a disputa pela colonização portuguesa, até a passagem para o regime republicano.

O morro foi demolido em 1904, passando por nova demolição (a final) em 1922. Mas que não foi empecilho para Ninfa transformar suas histórias em projeto de conclusão da pós-graduação. Ela se aprofundou em pesquisas, buscou dados históricos, e o resultado não foi só para a especialização, mas no livro infanto-juvenil e na transmissão dos conhecimentos para não deixar se perder a história do morro. “Cara é o custo de uma demolição! Cara é a memória de uma cidade”, escreve ela no livro (O morro encantado, de Ninfa Parreiras, Editora Paulus, 2009).

Já o livro que traz contos sobre a água, vou deixar você leitor buscar conhecer pessoalmente. Até porque para mim água é um tema muito rico, que precisamos mesmo estar sempre muito próximos. Hoje vivo em um lugar que chove muito, mas sei que nem todas as regiões do mundo são assim: “há lugares em que sempre chove. Alguns em que chove de vez em quando. Outros em que nunca chove” (Encontros d’água, de Ninfa Parreiras, Editora Scipione, 2008). Ah, as lindas ilustrações são de Fabiana Salomão.

Conhece a autora e tem outro livro que queira mostrar? Abaixo tem espaço para comentários.