quinta-feira, 3 de julho de 2014

Assessoria de Imprensa


“A imprensa é a vista da Nação. Por ela é que a Nação acompanha o que lhe passa ao perto e ao longe, enxerga o que lhe malfazem, devassa o que lhe ocultam e tramam, colhe o que lhe sonegam, ou roubam, percebe onde lhe alveja, ou nodoam, mede o que lhe cerceiam, ou destroem, vela pelo que lhe interessa, e se acautela do que a ameaça”.
Rui Barbosa -  A Imprensa e o Dever da Verdade

Continuando a minha série de aprendizagem com o jornalista Jorge Duarte – e que estava guardada em um rascunho – hoje o tema será destinado à assessoria de imprensa, da qual na época assistimos a um vídeo que continha as seguintes informações passada pelos entrevistados:
- Imprensa acaba descobrindo a verdade, não adianta esconder.
- Assessor de imprensa não é pago para defender o governo, mas para atender à sociedade. A instância que ele trabalha é a pública.
- Num momento delicado, deve dar a informação exata ao repórter. Se tem negativa do assessor, aí sim que se vai atrás para descobrir se tem alguma coisa.
- Assessor de imprensa é papel especializado para fazer intercâmbio entre a mídia e a instituição. É um grande espaço público. É um especialista.
- Serve para prestar informação à sociedade.
- É um facilitador, uma ponte para chegar à informação, viabilizar contato, uma vez que o jornalismo é para já.



Falando sobre media training, Duarte passou as seguintes informações sobre o treinamento dos porta-vozes institucionais: Quem faz o media training, o treinamento das fontes no dia a dia, somos nós. É uma atividade permanente, tendo em vista que não se vai a uma entrevista para responder perguntas, se vai para levar uma mensagem. Se utilizar de mensagens estratégicas, a fala dos gestores construirá sentido em quem está ouvindo ou assistindo, é algo subjetivo, muito maior que responder a indagações dos profissionais da imprensa.

“Influência não se improvisa, se planeja”! E o maior exemplo disso é Rosane Jatobá, que levava de seis a sete horas se preparando para falar os 45 segundos de sua “aparição” no Jornal Nacional na hora da previsão do tempo. Quando se tem um objetivo e se prepara, se planeja, tem-se muita mais chance de passar  a mensagem. Portanto, reflita: qual minha mensagem para a entrevista? Quais palavras-chaves nortearão minha fala? Qual manchete gostaria de ver sobre este assunto? O que é importante ser destacado? O que quero chamar a atenção?

Logicamente não vai se usar a técnica de Maluf, de ser questionado sobre “limão” e responder “maçã”. O conceito é não ludibriar o repórter, mas não interessa a pergunta e sim a resposta. As respostas são dadas, e juntamente com elas as mensagens que gostaria de passar, relacionadas ao questionamento inicial. E não use frases construídas, mas conceitos a serem passados. Lembre-se que uma resposta deve ser clara, objetiva e concisa.

Tem estratégia para fazer esse contato, fazer simulação com os gestores para prepará-los (pode ser por escrito). Ter como prática a preparação, discutir respostas, já que se espera que o representante da instituição seja o famoso “curto e grosso”, sendo sereno ao mesmo tempo. Afinal, ele é uma fonte, representa a empresa e a mostra como ela “é”. E a capacitação da fonte gera resultados mais efetivos com a imprensa, cria e fortalece a cultura da comunicação, reduz preconceitos e medos, aumenta a compreensão do papel e da atuação da imprensa e do jornalista.

O objetivo de um media training é aprender a atender à imprensa, tendo como modelos básicos de aplicação palestras, oficina, simulação e orientação individual.  Na sociedade atual, a palavra-chave é acesso, transparência!

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