segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Que venha 2014!

“Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos esmaga.”
Lya Luft



 


Pois é, fechei o ano com o meu blog um pouco abandonado. Foram tantas atividades: trabalhei, estudei e vivi muito nos últimos meses!

Mas para 2014 as esperanças se renovam e os planos também!!!

Assim, esperamos aprender mais e vencer a batalha:

Não há mais do que cinco notas fundamentais, mas, combinadas, produzem mais sons do que é possível ouvir; não há mais que cinco cores primárias, mas, combinadas produzem mais sombras e matizes do que é possível ver; não há mais que cinco sabores, mas, combinados, produzem mais gosto do que é possível saborear. Da mesma forma, para ganhar vantagem estratégica na batalha, não há mais que as operações ‘diretas’ e ‘indiretas’, mas suas combinações são ilimitadas dando origem a uma série de manobras. Essas forças interagem, um método sempre conduz ao outro (SUN TZU, 2007, p. 56).

domingo, 1 de dezembro de 2013

Assessoria de Comunicação do IFRO busca opinião da comunidade

A Assessoria de Comunicação e Eventos do Instituto Federal de Rondônia está realizando uma pesquisa de imagem da instituição junto aos seus públicos internos e externos. O objetivo é analisar o nível de satisfação em relação à comunicação do IFRO. De acordo com a Assessora de Comunicação, Viviane Cristina Camelo, é muito importante que as respostas sejam enviadas, para que as políticas de comunicação institucional sejam traçadas conforme a necessidade social, “pedimos a colaboração de todos para que respondam as questões e nos ajudem neste processo de interação e de avaliação, assim poderemos entender o que está bom e o que precisamos implementar e/ou adequar”.

A enquete destinada aos servidores, englobando docentes e técnicos administrativos, foi enviada via e-mail institucional. Outro questionário está sendo aplicado a alunos e aos diversos membros da comunidade externa.

Para enviar sua resposta, clique AQUI.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Aprendendo mais com a internet


Às vezes me parece até uma redundância falar sobre internet, afinal, hoje boa parte da população respira tecnologia. Mas ainda precisamos aprender muito com a rede, especialmente nós, comunicadores em geral.

Vamos a uma questão de concurso, aplicada na prova do IFCE- 2009, que envolve internet e jornalismo empresarial:

A Internet, como plataforma do jornalismo em assessoria de comunicação, tem a aplicação de press releases via e-mail como uma ferramenta importante. Para que isso se configure numa ação eficiente e eficaz é preciso que os press releases:
A) sejam enviados ao maior número possível de destinatários já que não importa em custo operacional maior para a assessoria ou assessorado.
B) sejam enviados até para quem não tem interesse naquela informação, pois assim pode chegar a ser surpresa na redação e interessar a um novo grupo.
C) para serem mais efetivos, sejam enviados para um grupo selecionado de pessoas que têm interesse naquela informação ou assunto.
D) sejam enviados o mais rapidamente possível, sem a preocupação de ter formato padrão, com data, nome e telefone do contato e um lead que destaca o que de mais importante e interessante tem a informação.
E)sejam enviados sempre com a preocupação de promover as qualidades de um produto ou da empresa.

A resposta segundo o gabarito é a letra C. O que vejo como uma segmentação também no mailing list que de fato deveríamos usar no dia a dia. Para completar o tema segmentação, ou melhor, especialização, vamos falar agora sobre mídias sociais.

No curso “Herramientas Digitales Para Periodistas”, com a professora Sandra Crucianelli (http://www.sololocal.info/), vimos esta semana a importância de exercitar a tolerância nas redes sociais de quem tem ideias diferentes das nossas, especialmente quando estamos administrando perfis públicos.

Ela defende que nós mesmos, jornalistas, também somos uma marca importante: nosso nome ou imagem são públicos (especialmente quem trabalha nas redações e aprece todos os dias em tvs, rádios, jornais impressos e sites). Ela nos apresentou alguns princípios para utilizarmos em nossas redes, especialmente na utilização de buscadores e de apoio ao jornalismo cidadão:

1) Princípio de verificação: capaz de verificar a existência real do documento original. Muitas vezes temos uma cópia, o que nem sempre é suficiente. Outras vezes, o documento é antigo e há um contradocumento mais recente, que diminui o valor do que temos. Portanto, temos de ter a certeza de verificar se o documento é verdadeiro, original e válido.
2) Princípio explicativo: Que seja funcional para a pesquisa que fazemos e sirva para dar de respaldo  (para explicar uma hipótese de trabalho na redação).

3) Principio editorial: Que saibamos quem é a fonte que dá origem ao documento, quem o assina, que são responsáveis ​​pelo seu conteúdo.

4) Princípio da durabilidade: Que possamos mantê-lo sem correr o risco de perda ou desaparecimento. Por exemplo, se um documento está contido em um link, baixamos no PC e armazenamos duas cópias, pelo menos em dois discos diferentes, para garantir a sua preservação. Ou se você não pode fazer o download para o seu PC, capture a tela, pois qualquer informação da Web pode desaparecer amanhã.

sábado, 2 de novembro de 2013

Estudando ferramentas digitais para jornalistas

Este meu blog foi criado no primeiro curso do Knight Center Journalism in the Americas que fiz. Agora, estou no Curso “Herramientas Digitales Para Periodistas”, com a professora Sandra Crucianelli. Para guardar um pouco do meu aprendizado, estou postando hoje a primeira tarefa que fiz:

Profesora, Estoy retrasada en las tareas. Por esto, yo hizo todas juntas.

Creo que es possible hacer una crónica, sí, con lo que yo no conocia. Pero aún no tengo muchas habilidades y tendria que hacer otras busquedas. Pero, este seria un modo de comentarlos.  Yo empiecé por la procura más amplía, con la palavra Brasil, y "Porto Velho" entre comillas en el cuadro de frases exactas, en la última semana. Con la primera busca, encontré dos notícias sobre el tempo en mi ciudad: “Porto Velho”. Depues,  en segunda fase, para las últimas 24 horas. Y, por fin, com "finados" y "Porto Velho" (período hasta 24 horas). Se quedó así:

Dia quente em Porto Velho
Pouco antes das onze da manhã e a temperatura está em 27º, conforme registram os sites Clima Tempo e o Tempo Agora. Para o restante do dia, a previsão é que os termômetros subam acima dos 30º, uma vez que a máxima pode chegar a 31 ou a 36 graus, dependendo do site, mas ambos indicam possibilidade de chuvas neste sábado e domingo.

Finados, como está o feriado em Porto Velho
A grande movimentação nas regiões em que estão localizados os cemitérios da cidade, deixou o trânsito lento na manhã deste sábado (02), em Porto Velho. Segundo o site G1 Rondônia, a previsão é de que 40 mil pessoas fossem fazer visitas aos túmulos neste Dia dos Finados. Nos últimos dias as administrações dos cemitérios intensificaram o trabalho de limpeza geral para receber familiares e a comunidade porto-velhense.


Notícias diferentes neste Dia dos Finados
Estou fazendo um trabalho para o Curso “Herramientas Digitales Para Periodistas”, com a professora Sandra Crucianelli, da reconhecida instituição Knight Center Journalism in the Americas. E a tarefa de hoje é testar os buscadores avançados do Google. Aproveitando o Dia de Finados, fui procurar algumas notícias aqui de Porto Velho. Na maioria do textos, se mostra um dia comum de cobertura da data: limpeza de túmulos, quantidade de pessoas indo fazer visitas, vendedores ambulantes, circulação diferenciada da frota de transporte coletivo, enfim. Mas duas me chamaram a atenção, por serem mais originais.

A primeira mostra que no município de Rolim de Moura, o grupo Desbravadores realiza o Projeto “Guarde aqui seu Capacete Gratuitamente”, que visa dar aos motoqueiros visitantes do cemitério mais tranquilidade e segurança, sem estar  se preocupando com seus capacetes. E a segunda retrata o aumento na produção de velas, que chegou a mais de 40% durante esta época, em Porto Velho.

O Arcebispo Emérito de Porto Velho também se pronunciou sobre a data. Eis um trecho do artigo de Dom Moacyr Grechi: Diante deste testemunho, gostaria de repetir as mesmas palavras que pronunciei diante do túmulo de Chico Mendes, cujo sangue marcou a terra de Santa Cruz: “não devemos nunca desistir da nossa caminhada na construção de uma humanidade justa, a construção do reino de Deus. A morte daqueles que, como o Chico, dedicaram a vida por essa causa deve nos fortalecer para que nos inspiremos no que eles fizeram em vida, no sentimento de transformação da sociedade e principalmente pelo amor ao próximo e pelos mais pobres”.


terça-feira, 29 de outubro de 2013

O jornalismo e as fontes

Faz uns dias que não trago novas informações para o blog. Tenho estudado uma variedade de assuntos, envolvendo comunicação e outros temas. Mas hoje resolvi voltar a escrever sobre provas de concurso, porque notei a necessidade de estudar sempre!

Para tanto, recorri à classificação das fontes, as “news promoters” (conforme Molotch e Lester/1974 ao conceituar as fontes como “promotores de notícias”). Afinal, o jornalista necessita manter suas fontes de informação, mas há uma questão ética sobre envolvimento e até graus de confiabilidade. E as classificações podem mudar de jornalista para jornalista, ou entre empresas, afinal, também se trata de relacionamento humano e social, sendo subjetiva e flexível conforme o contexto.

Para a Folha Online, existem quatro diferentes tipos de fontes, das quais ela recomenda a tomada de procedimentos diferentes antes da preparação do texto final.

A primeira é a fonte tipo zero, ou seja, “escrita e com tradição de exatidão, ou gravada sem deixar margem a dúvida: enciclopédias renomadas, documentos emitidos por instituição com credibilidade, videoteipes”. Estas não precisariam ser cruzadas com outras fontes para testar sua veracidade, mas por outro lado, o jornal desaconselha consultar apenas “um periódico do tipo jornal ou revista como única fonte para uma informação”.

Em seguida vem a fonte tipo um, que seria a mais confiável quando se refere a fontes humanas. “A fonte de tipo um tem histórico de confiabilidade - as informações que passa sempre se mostram corretas. Fala com conhecimento de causa, está muito próxima do fato que relata e não tem interesses imediatos na sua divulgação”. Aqui há uma recomendação interessante: “Embora o cruzamento de informação seja sempre recomendável, a Folha admite que informações vindas de uma fonte tipo um sejam publicadas sem checagem com outra fonte”.

Outra seria a fonte tipo dois, que possui “todos os atributos da fonte tipo um, menos o histórico de confiabilidade. Toda informação de fonte dois deve ser cruzada com pelo menos mais uma fonte (do tipo um ou dois), antes de publicada”.

E, por fim, a última é a fonte tipo três. Como consequência, esta detém a menor confiabilidade. “É bem-informada, mas tem interesses (políticos, econômicos etc.) que tornam suas informações nitidamente menos confiáveis”. Por assim ser, a Folha Online explica que devem ser tomados “dois caminhos para a informação de fonte tipo três: funcionar como simples ponto de partida para o trabalho jornalístico ou, na impossibilidade de cruzamento com outras fontes, ser publicada em coluna de bastidores, com a indicação explícita de que ainda se trata de rumor, informação não-confirmada”.

Já outro jornalista e escritor que gosto, Nilson Lage, utilizou a seguinte classificação: oficiais (instituições que preservam algum poder de Estado); oficiosas (as que não estão autorizadas a falar em nome de uma organização ou personalidade), independentes (as organizações não governamentais),  primárias ou secundárias (na perspectiva da sua relação direta e indireta com os fatos, respectivamente), testemunhas (quem presencia os fatos) e experts (especialistas em determinados assuntos e que interpretam os eventos).

Para mais informações sobre fontes de notícias, veja o estudo de Aldo Antonio Schmitz (UFSC).

Agora, fechando este post, vamos a uma questão de concurso sobre o tema:

IFCE - 2009 A fonte de qualquer informação nada mais é do que a subjetiva interpretação de um fato, segundo Felipe Pena. Para tanto, podemos selecionar:
A)Fontes oficiosas que são sempre as mais tendenciosas.
B)Fontes oficiais, mesmo que não estejam autorizadas a falar pela instituição.
C)Fontes independentes e oficiosas que sempre estão mais próximas da verdade.
D)Fontes independentes que são aquelas que não têm vínculo direto com o assunto.
E)Fontes oficiais que nos revelam informações em off, que sempre são as notícias mais fortes.

Gabarito: D

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Crônica e Jornalismo

Hoje fui procurar mais informações sobre a crônica jornalística e encontrei esse belo documentário. Compartilho em meu blog por considerar de extrema importância a divulgação e conhecimento do conteúdo!

Documentário: Machado de Assis - A Crônica e a História (Bloco 1/4)

Documentário: Machado de Assis - A Crônica e a História (Bloco 2/4)

 Documentário: Machado de Assis - A Crônica e a História (Bloco 3/4)

Documentário: Machado de Assis - A Crônica e a História (Bloco 4/4)

domingo, 15 de setembro de 2013

Pichações e metáforas da letra

Tenho lido algumas obras tentando compreender o processo de análise de discurso. E não pude passar uma leitura que acabo de fazer, vamos á reflexão:

Interessante a análise feita por um dos estudos de Eni Orlandi (2012) sobre sociedade, democracia, casa, rua, sujeito... em que a escritura urbana - uma metáfora da letra -, o grafismo da pichação é um “eu sou”, “eu existo”, “eu estou aqui”. Nisso, esse sujeito não se submete ao certo/errado ao qual foi segregado, ocupando um espaço (muro, parede) de duas faces: em que o dentro é o “privado” e o fora é o “público”.

Do lado das “autoridades”, Orlandi faz uma comparação com uma campanha publicitária realizada pela Prefeitura de Campinas: “O que eles chamam de diversão, nós chamamos de vandalismo, o que eles chamam aventura, nós chamamos depredação, o que eles chamam arte, nós chamamos infração, o que eles chamam liberdade de expressão, nós chamamos poluição. Vamos virar essa página”.

Por que há “eles” e não “vocês”? É o que reflete a autora sobre a escolha governamental:

“Aí, pelo menos a prefeitura estaria reconhecendo esse outro como parte da sociedade e estaria conversando com ele, reconhecendo-o como um interlocutor com quem deveria dialogar, e não falando deles com esta distância. Isto é segregação. E ao dizer que é infração o que ‘eles’ chamam de arte, estão criminalizando o seu processo de simbolização. Estigmatizando sua invenção. E é assim que acabam empurrando grande parte da nossa juventude para a criminalidade. Produzindo esta imagem estigmatizada, de delinquência, ao invés de acolher, desenvolver essa capacidade de expressão e deixá-la significar no interior da sociedade”.

Boa reflexão para nós também no dia a dia!!!

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Comunicação e consumo

Puxa, faz uns dias que não me dedico a escrever para meu blog! São os cursos, a correria do dia a dia, o estudo. Por isso, resolvi partilhar uma capacitação que estou fazendo agora, na seção que envolve comunicação e direito do consumidor. Mais especificamente, entra em questão a publicidade.

Aproveito para lembrar que o termo publicidade está mais ligado ao comércio, enquanto a propaganda serve a fins mais ideais (humanitários e outras causas sociais). Só para nos situar historicamente, a publicidade se firma mesmo após a revolução industrial e a produção de massa. No Brasil, iremos encontrar a divulgação comercial a partir do século XIX, e os produtos da época eram imóveis, carroças, artesanato, serviços de profissionais liberais e, pasmem, de venda de homens e mulheres escravizados. Veiculados em cartazes, folhetos e painéis de São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo.

No curso também aprendemos a separar a publicidade enganosa da publicidade falsa. E o exemplo dado é este vídeo da pela Folha de São Paulo na década de 80, mostrando que é possível uma mensagem publicitária ser enganosa ainda que não possua qualquer elemento de falsidade: “É possível contar um monte de mentiras, dizendo só a verdade...”



Entre os tipos de publicidade enganosa estão os por comissão (ou por ação), em que o “anunciante induz o consumidor em erro fazendo declaração falsa sobre o produto ou serviço”. Um exemplo trazido é o de um consumidor que entrou na justiça contra uma operadora de celular que anunciava sinal de tecnologia TDMA em seu município, o que na época não existia na prática, induzindo à população local ao erro, pois comprou os aparelhos e não pôde usufruir do serviço, o que ocasionou grande frustração nos consumidores.

Já para na publicidade enganosa por omissão, “o anunciante induz o consumidor em erro deixando de informar algo essencial referente ao produto ou serviço”.
Como exemplificação se usou o caso de curso que não confere diploma de conclusão de 2º grau. Para mais informações sobre este curso que estou fazendo, acesse o site do Senado Federal, clicando AQUI.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Jornalismo esportivo

Antes de mais nada, é preciso levar em conta que o jornalismo esportivo deve respeitar os mesmo limites de qualquer área de jornalismo. Conforme ensina Heródoto Barbeiro e Paulo Rodolfo de  Lima no Manual de Radiojornalismo:

“A emoção faz com que o jornalismo esportivo esteja sempre em uma linha tênue entre a pieguice e a razão. Costuma-se dizer que não há boa cobertura esportivas sem emoção, mas o jornalista não pode se deixar levar por ela. O exagero é o passo para a desinformação”.

Os autores também fazem um alerta sobre as formas de cobertura: “As transmissões esportivas seguem o mesmo estilo há 50 anos. O modelo que os jovens narradores usam é arcaico. É preciso encontrar uma nova forma de narração que não caia no ridículo, mas sem deixar de lado a emoção, componente essencial do esporte”.

A dica básica é conhecer as regras dos esportes a serem cobertos e os regulamentos dos campeonatos. “Grandes competições, como jogos olímpicos ou campeonatos mundiais, exigem maior preparação. Além dos jornais, revistas e internet, é conveniente consultar uma bibliografia especializada”.

E já que no próximo ano o Brasil sedia sua segunda Copa Mundial de Futebol (a primeira vez que o Brasil foi sede da Copa foi em 1950, e foi uma cobertura especialmente via rádio...), e em 2016 o Rio de Janeiro recebe as Olimpíadas, porque não ver um pouco mais sobre a história dessas coberturas mundo afora? Vai que a gente também, direta ou indiretamente, nós façamos a cobertura dos torneios, pois nunca sabemos como será o dia de amanhã!

“A transmissão do mundial de futebol, em 1970, foi um marco da história da televisão brasileira. Pela primeira vez os telespectadores puderam assistir aos jogos ao vivo, transmitidos por um pool, de redes brasileiras de TV, entre elas a Globo”. 

A passagem acima está no livro JN: A notícia faz história. Continuando a leitura encontraremos que: “a notícia de que os jogos seriam exibidos ao vivo pela televisão provocou uma corrida às lojas de eletrodomésticos, que venderam milhares de televisores nos meses que antecederam à Copa”.

Isso mais me parece tradição, pois vai dizer que milhares de brasileiros também não estão comprando as novas televisões, TVs digitais como o maior número de polegadas para acompanhar os lances da “seleção canarinho”? (ah, e por falar nisso, o apelido Seleção Canarinho foi criado pelo locutor esportivo Geraldo José de Almeida).

Vale ressaltar ainda que foi na Copa de 70, no México, que o País chegou ao tricampeonato. A equipe global da época era de três profissionais: “as informações eram noticiadas em boletins diários. No JN, era exibido um bloco especial apresentado por Armando Nogueira diretamente da Cidade do México, mostrando os preparativos da Seleção Brasileira para os jogos e os principais destaques da competição”. Agora imaginem quantos profissionais só a Globo terá para cobrir os jogos de 2014?

Para finalizar: “jornalista esportivo não pode arranhar sua credibilidade mandando abraços para quem quer que seja”, é o ensinamento de Juca Kfouri.

#ficaadica

 

domingo, 14 de julho de 2013

Instantaneidade

Outro dia estava pensando em conceitos que deixam de ser verdades absolutas em nossa sociedade. Acompanhando as tarefas escolares de meu filho voltei a ler os termos sociedade patriarcal/matriarcal. Como estabelecer com exatidão qual dos dois modelos os brasileiros seguem hoje, se na verdade o que vemos são famílias chefiadas ora por homens e ora por mulheres. Tanto que até me perguntei, após ler esta informação entre os estudos de interdisciplinaridade: "Atualmente os pesquisadores estão no caminho de uma revolução que poderia permitir a liberação da reprodução sexual, abrindo a possibilidade, para o ser humano, de uma reprodução por cissiparidade: uma equipe de biologistas conseguiu produzir ovócitos a partir de células-tronco de ratos". Não querendo discutir exatamente ética e preconceito, mas realmente é uma nova forma de se ver o genitor, portanto, o mundo como um todo, vive hoje uma sociedade patriarcal ou matriarcal?

Voltando os olhos para a área de comunicação: Em tempos de jornalismo online é ainda rigorosa a separação temporal de veiculação de notícias: diária, semanal, mensal... Para as pesquisadoras Zélia Adghirni e Francilaine de Moraes a relação de temporalidade entre o jornal de papel e o jornal digital a periodicidade e a historicidade são fundamentais:

“Combinados entre si no suporte internet, estes dois paradigmas constituem uma nova forma de temporalidade midiática que é a informação permanente. Ou em ‘tempo real’, como é chamada nos meio profissionais, mas que preferimos chamar de informação em fluxo contínuo porque, matematicamente falando, é impossível transmitir uma informação via internet no exato momento em que o acontecimento se produz”.

Quando comecei no jornalismo, realmente, eram apenas diário, semanários, e por aí afora. Não tinha parado para refletir que a periodicidade mudou muito de lá pra cá!

“Em relação ao mecanismo de periodicidade do suporte papel, a internet representa uma nova configuração do tratamento tempo, ou seja, na internet, a informação é permanente”.

E como é! Se até os leitores hoje produzem informações. E as mídias sociais mostraram há pouco a força que têm. Vamos que vamos!

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Mais sobre teleprompter

Fechei o post sobre o Jornal Nacional falando sobre a pré-história do teleprompter no Brasil. Depois, lendo a “Apuração da Notícia” de Luiz Costa Pereira Junior (Editora Vozes, 2010), encontrei uma passagem interessante sobre o tema:

“A Rede Globo de Televisão abortou em agosto de 1998 um quadro no Fantástico criado pelo videomaker Marcelo Tas. Com nome de Fora do Ar, propunha descortinar os dispositivos  de estruturação das mensagens televisivas. O programa existe hoje apenas em cópias piratas. O programa-piloto tem oito minutos de duração. Seu tema é ‘teleprompter’, o aparelhinho posicionado ao lado da câmera de estúdio, diante de apresentadores e jornalistas, para a leitura de textos. O recurso simula uma situação de improviso controlada – os olhos fixo diante de um texto que desfila à frente, como um cartaz luminoso.
 Tas explorou com humor as aplicações, políticas e cênicas, do truque. Fez, Paulo Maluf, ex-prefeito de São Paulo, recitar Shakespeare, a mulata 'Globeleza' Valéria Valenssa adquirir ar professoral ao falar de globalização, pessoas de rua reproduzirem a performance demagógica de políticos famosos”.

Quer dizer, o teleprompter realmente colabora para parecer que tudo é natural dentro da telinha. Por isso, Luiz Costa reflete sobre esse revelar dos mecanismos de produção da notícia:

“Os veículos boicotam a reflexão sobre sua prática. E o fazem com naturalidade, a de quem está seguro do sistema de trabalho com a informação que adotou. Mas se leitores, telespectadores, internautas ou ouvintes soubessem como reportagens e produtos da mídia são realizados, é de supor que ficaria evidente a fragilidade do modo tradicional de mensagens cotidianas.”
Segundo Marcelo Tas, sobre a rejeição do projeto Fora do Ar pela Globo, “o programa era revelador, mostrava instrumentos que podem ser usados para manipulação, mas não afirmava que eram usados por alguém”.


Aprendendo novas palavras

Hedonismo é a busca do prazer desenfreado, reflete o individualismo.

Gosto de coincidências. Poucas vezes devo ter escutado a palavra acima, cuja reflexão aconteceu na aula da Pós em Jornalismo Empresarial, no módulo de Comunicação Integrada.

Na mesma semana, em casa ao fazer uma leitura de estudo da língua portuguesa, encontrei essa palavra para explicar um texto sobre a brevidade da vida:

“A visão de mundo antropocêntrica do Renascimento valoriza o ser humano e os prazeres terrenos e individuais (hedonismo), defendendo a ideia do carpe diem (devem-se aproveitar os momentos bons porque a vida é passageira).
 
O autor desse texto recomenda a preocupação equilibrada com o corpo para ter uma vida saudável, de modo a garantir satisfação e prazer durante a breve existência humana”.

A análise consta na revista de tema Português: Vestibular + Enem do Guia de Estudante e diz respeito ao texto “Geração Vaidade”, de Nuno Cobra.

Para finalizar vamos ver em qual outro contexto em que encontrei esse termo. O trecho abaixo foi da aula de Semiótica da Pós-Graduação, em que estudamos a seguinte definição de sociossemiótica:

Todos os discursos sociais possuem uma função principal ou primária. A maioria dos discursos sociais tem caráter eminentemente pragmático, isto é, visa a satisfazer alguma necessidade prática do ser humano. Esse é o caso dos discursos jornalístico, publicitário, político, jurídico, tecnológico etc.

Por exemplo, no jornal, a função primária não é SIMPLESMENTE a satisfação da necessidade “pela informação”, mas sim, a produção da “informação com vistas à comunicação social no espaço público”.

Portanto, enquanto as atividades pragmáticas se originam de um dever fazer (isto é, necessidade ou obrigação), o jornalismo tem origem num querer fazer, numa busca do “construir em conjunto”. Por isso, podemos dizer que o jornalismo (assim como a ciência, o esporte e a religião “PUROS”) é uma atividade hedônica (do grego hedoné, prazer), que possui como função primária a função hedônica (Bizzocchi, 1996, 1999 e 2000): “o prazer pela informação e dela usufruir, para gozar os espaços sociais e de comunicação”. Aqui, a função estética é, portanto, apenas um dos tipos possíveis de função hedônica.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Histórias do Jornal Nacional

O livro "Jornal nacional: a notícia faz história" da Jorge Zahar Editor (2004) traz um pouco da memória das organizações Globo e do seu principal telejornal. Vinte anos após a TV se instalar no Brasil, em 1º de setembro de 1969, inicia o Jornal Nacional, trazendo uma nova linguagem ao jornalismo brasileiro e sendo transmitido em rede para outros estados.

"Inspirados no modelo americano, profissionais como Armando Nogueira e Alice-Maria souberam tropicalizá-lo, afastando-o do modelo radiofônico a que ainda se apegavam os telejornais de então. No Jornal Nacional, palavra e imagem tiveram desde o início a mesma importância".

Realmente, posso ter um olhar mais crítico em relação à Globo e ao jornalismo em geral, mas não nego que realmente a estrutura do JN e de outros programas da Rede se mantêm à frente dos outros. Há muito investimento na área informativa:

"(...) a realização das primeiras externas eram um desafio de difícil superação, tal o tamanho das câmeras cinematográficas com filmes de película. Hoje, as câmeras pequenas, leves e totalmente digitais, são capazes de captar a imagem em qualquer parte do mundo e transmiti-las já sem necessidade de satélites".

Para quem hoje convive com a facilidade de se filmar até com a ajuda de telefones, talvez tenha dificuldade em imaginar uma época como essa, dos equipamentos valvulares, antes dos eletrônicos:

"No início, as câmeras utilizadas nas reportagens não registravam o som ambiente, ganhando então o apelido de 'mudinhas'. Eram as Bell & Howel e as Bolex, nas quais os cinegrafistas precisavam dar corda para funcionar. Mas logo chegaram as câmeras Auricom, provocando uma revolução. Grande e pesado, o equipamento exigia uma cangalha para ser transportado, mas era sonoro. A Auricom permitiu ao repórter aparecer na matéria durante as reportagens, com o microfone, o que dava maior credibilidade ao noticiário".

Além dessa possibilidade para sonoras e passagens ainda serem restritas, também não havia teleprompter: "nessa época, também não havia fotocopiadoras. Os textos do programa eram todos mimeografados e, como a tinta se soltava do papel, era comum não só apresentador, mas toda a equipe, ficar com mãos, rostos e roupas sujos de azul".

O teleprompter chegou à TV Globo em 1971, "situado logo abaixo da câmera que o projeta, em letreiros, o texto para o locutor. Com o teleprompter, o apresentador lê com mais naturalidade e olha direto para o espectador (reforçando o clima coloquial, a ideia de que o locutor está na sala de casa conversando com quem está assistindo)".

Diferente dos aparelhos de hoje, o teleprompter "em suas primeiras versões, eletromecânico e dependia de um operador para rodar o texto impresso numa bobina". Para complicar, ao serem instalados, esqueceu-se dos espelhos e a imagem que chegava às residências não era tão natural assim: "como o texto era projetado no alto, os olhos de quem estava lendo apareciam brancos para o telespectador".

Imaginem só, abduzidos!!!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Revolução sim, desde que lenta e gradual


Ao mesmo tempo em que o Brasil passa por um período de ascensão das massas (nestes dias as notícias que ocupam a mídia são principalmente sobre protestos que se espalham por diversas cidades após diversos fatos ocorridos com manifestantes do Movimento Passe Livre de São Paulo), eu leio "Jornal Nacional: a notícia faz história".

Por que estou fazendo esta correlação neste momento histórico? Na verdade porque ainda tento entender o que se passa país afora. Eu quero sim mudanças, desde que sejam estruturais, não apenas nas superfícies. Vendo as passagens anteriores dos vários movimentos que buscaram mudanças no País, ao logo de mais de 500 anos do Brasil, vejo que nunca de fato nos organizamos para realizarmos a revolução necessária. Não fomos realmente concebidos para o planejamento. Mas ainda torço, torço mesmo, que o "jeitinho brasileiro" de protestar tenha êxito e conquiste melhorias para todos (na política, educação, saúde, economia, segurança...).

Bom, o alinhamento deste texto está no fato do livro sobre o jornal produzido há mais de 30 anos pela TV Globo abordar o "enfrentamento" de sua redação à censura militar nos Anos de Chumbo. "Já na estreia, o telejornal foi censurado. A notícia do derrame do presidente Costa e Silva, por exemplo, teve que ser negociada, pois os militares queriam escondê-la".

Há muitos indícios do apoio dos milicos ao grupo dos Marinhos, não vou me alongar neste fato hoje. Só quero refletir sobre a conjuntura atual, em que ainda vejo a tevê e outros meios de comunicação "guiando" muitos dos atos que estão acontecendo. A mídia não concordou com a violência dos primeiros protestos (do lado policial e dos manifestantes) e pelo que noto nas redes sociais e nas conversas informais a população concordou com os veículos: devemos sim fazer a revolução, desde que esta seja lenta e gradual. Bem ao estilo brasileiro.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Agenda Setting e Ética

Nesta semana peguei emprestado para uma leitura dinâmica (pois tinha que devolver já no outro dia) o livro "A ética jornalística e o interesse público", de Francisco José Karam (2004). Muito interessante o tema por ele estudado, pois desnuda a mídia quando esta subscreve-se em códigos e princípios que nas suas publicações são esquecidas. Entre os casos analisados pelo autor estão suicídios, Massacre de Eldorado dos Carajás, Previdência Social, leilão da Telebrás, entre outros acontecimentos.

Mas o pouco tempo que tive me levaram a guardar neste blog algo mais específico: suas breves anotações sobre a hipótese da agenda setting.

... "os relatos da mídia a respeito de assaltos e assassinatos serve não apenas para divulgá-los e levar à punição dos criminosos, mas também para investigar por que aumenta a criminalidade, tratando, por exemplo, do desemprego. Concordo, assim, com a ideia de que a mídia estabelece a agenda contemporânea. No entanto, concordo também com a ideia de que a mídia atua nos limites reais da realidade, mesmo que fuja seguidamente às suas responsabilidades de divulgar, apurar e manter em pauta um evento socialmente significativo".

A agenda setting function é estudada por pesquisadores americanos há mais de 30 anos, diz respeito a "como os meios de comunicação estabelecem a ordem do dia dos assuntos públicos e como pautam a sociedade nos temas que serão tratados e discutidos pública e cotidianamente". Para Clóvis de Barros Filho, a agenda seting, é um efeito social quase imediato da mídia. "A mídia, pela disposição e incidência de suas notícias, vem determinar os temas sobre os quais o público falará e discutirá".

"As questões que recebem mais atenção dos meios de comunicação são vistas pelo público como as mais importantes. A mídia não diz o que se deve pensar, mas sobre o que se deve pensar".

Lorenzo Gomis

Assim, a mídia não inventaria fatos, mas faria escolhas! É certo, também, que esse repassar informações selecionadas não seria absoluto para nenhuma das partes, nem para própria mídia, nem para a população em geral.


Um pouco do trabalho de Karam está justamente no mérito dessas mediações e nessa tentativa de agendamento por parte da mídia. Estaria ela trabalhando de acordo com os princípios que diz defender? "Há casos em que o acontecimento vem num pacote de fatos ou declarações, a título de interesse público, embalado numa retórica eficaz e, do ponto de vista ético, subsumido em certo cinismo, que resulta em consequências sociais graves".


"A credibilidade da imprensa está ligada ao compromisso com a verdade, à busca de precisão, imparcialidade e equidade, e à clara diferenciação entre as mensagens jornalísticas e as comerciais. A conquista destes fins e observância destes valores éticos e profissionais não devem ser impostos. São responsabilidades exclusivas dos jornalistas e dos meios de comunicação. Em uma sociedade livre, a opinião pública premia ou castiga."

Declaração de Chapultepec, México 1994.

Como conclui o autor sobre a essência do jornalismo: "as informações de interesse público, difundidas assim que ocorrem eventos, devem estar acima de interesses particulares".

Eis a nossa tarefa!

Comunicação integrada



Comecei a ler a apostila de comunicação integrada, me preparando para a aula do fim de semana com a mestre Lucelma Cordeiro. Vamos a algumas anotações!

Independente da natureza da organização há a necessidade de se comunicarem com seus diversos públicos. Sendo organização uma expressão que significa agrupamento planejado de pessoas que desempenham funções e trabalham conjuntamente para atingir objetivos comuns. Estando ligada nesta matéria ao planejamento estratégico.

É necessário trabalhar de forma integrada: segundo Margarida Kunsch a comunicação integrada é uma atuação conjunta dos profissionais da área de comunicação, é uma interação das atividades de áreas afins. Portanto, pressupõe a junção das comunicações: interna, institucional e de marketing. Sendo que  soma de todas as atividades redundará: Na eficácia da comunicação nas organizações; Coerência da linguagem adotada; Realização das tarefas de comunicação em equipes multifuncionais desde a sua concepção; Melhoria dos serviços; e Aumento do lucro e produtividade da empresa.

A partir da falta de um planejamento comum, os departamentos ou assessorias competem entre si, definindo instâncias particulares de decisão dentro das empresas ou entidades. Atualmente vivemos numa época de transformações rápidas, onde todas as organizações procuram meios para se manterem “vivas” no mercado. Ter de fato uma comunicação organizacional integrada é fator imprescindível para comunicar-se de modo amplo, falando a mesma mensagem para diversos públicos de interesse.

- A Comunicação Institucional é uma área da Comunicação que implica em conhecer as instituições e compartilhar suas propriedades (histórico, visão, missões, valores, filosofia e políticas). O objetivo da comunicação institucional vai além da visibilidade, ela visa o alcance da credibilidade.

- A comunicação mercadológica é aquela que contempla as ações desenvolvidas por uma empresa ou entidade no sentido de reforçar a imagem das suas marcas, produtos e serviços, colocando-as favoravelmente no mercado e , evidentemente, aumentando as suas vendas e, por extensão, a sua receita.

- Comunicação Interna é o esforço de comunicação desenvolvido por uma empresa, órgão ou entidade para estabelecer canais que possibilitem o relacionamento, ágil e transparente, da direção com o público interno (na verdade, sabe-se que há vários públicos internos em uma organização) e entre os próprios elementos que integram este público.

- A comunicação administrativa/operacional trata da fluência dos processos e procedimentos incluindo as rotinas, normas e regulamentos da empresa, que devem estar documentadas e ser de amplo conhecimento de todo o corpo funcional da organização.

Segundo a apostila, são instrumentos da comunicação integrada: a Comunicação Institucional (Relações Públicas, Jornalismo empresarial, Assessoria de imprensa, Editoração multimídia, Imagem corporativa, Propaganda institucional, Marketing Social e Cultural), a Comunicação Mercadológica (Marketing, Propaganda, Promoção de vendas, Feiras e exposições, Marketing direto, Merchandising e Venda pessoal) e a Comunicação Interna e Administrativa (Fluxos, Redes formal e informal e Veículos).