Faz uns dias que não trago novas informações para o blog. Tenho estudado uma variedade de assuntos, envolvendo comunicação e outros temas. Mas hoje resolvi voltar a escrever sobre provas de concurso, porque notei a necessidade de estudar sempre!
Para tanto, recorri à classificação das fontes, as “news promoters” (conforme Molotch e Lester/1974 ao conceituar as fontes como “promotores de notícias”). Afinal, o jornalista necessita manter suas fontes de informação, mas há uma questão ética sobre envolvimento e até graus de confiabilidade. E as classificações podem mudar de jornalista para jornalista, ou entre empresas, afinal, também se trata de relacionamento humano e social, sendo subjetiva e flexível conforme o contexto.
Para a Folha Online, existem quatro diferentes tipos de fontes, das quais ela recomenda a tomada de procedimentos diferentes antes da preparação do texto final.
A primeira é a fonte tipo zero, ou seja, “escrita e com tradição de exatidão, ou gravada sem deixar margem a dúvida: enciclopédias renomadas, documentos emitidos por instituição com credibilidade, videoteipes”. Estas não precisariam ser cruzadas com outras fontes para testar sua veracidade, mas por outro lado, o jornal desaconselha consultar apenas “um periódico do tipo jornal ou revista como única fonte para uma informação”.
Em seguida vem a fonte tipo um, que seria a mais confiável quando se refere a fontes humanas. “A fonte de tipo um tem histórico de confiabilidade - as informações que passa sempre se mostram corretas. Fala com conhecimento de causa, está muito próxima do fato que relata e não tem interesses imediatos na sua divulgação”. Aqui há uma recomendação interessante: “Embora o cruzamento de informação seja sempre recomendável, a Folha admite que informações vindas de uma fonte tipo um sejam publicadas sem checagem com outra fonte”.
Outra seria a fonte tipo dois, que possui “todos os atributos da fonte tipo um, menos o histórico de confiabilidade. Toda informação de fonte dois deve ser cruzada com pelo menos mais uma fonte (do tipo um ou dois), antes de publicada”.
E, por fim, a última é a fonte tipo três. Como consequência, esta detém a menor confiabilidade. “É bem-informada, mas tem interesses (políticos, econômicos etc.) que tornam suas informações nitidamente menos confiáveis”. Por assim ser, a Folha Online explica que devem ser tomados “dois caminhos para a informação de fonte tipo três: funcionar como simples ponto de partida para o trabalho jornalístico ou, na impossibilidade de cruzamento com outras fontes, ser publicada em coluna de bastidores, com a indicação explícita de que ainda se trata de rumor, informação não-confirmada”.
Já outro jornalista e escritor que gosto, Nilson Lage, utilizou a seguinte classificação: oficiais (instituições que preservam algum poder de Estado); oficiosas (as que não estão autorizadas a falar em nome de uma organização ou personalidade), independentes (as organizações não governamentais), primárias ou secundárias (na perspectiva da sua relação direta e indireta com os fatos, respectivamente), testemunhas (quem presencia os fatos) e experts (especialistas em determinados assuntos e que interpretam os eventos).
Para mais informações sobre fontes de notícias, veja o estudo de Aldo Antonio Schmitz (UFSC).
Agora, fechando este post, vamos a uma questão de concurso sobre o tema:
IFCE - 2009 A fonte de qualquer informação nada mais é do que a subjetiva interpretação de um fato, segundo Felipe Pena. Para tanto, podemos selecionar:
A)Fontes oficiosas que são sempre as mais tendenciosas.
B)Fontes oficiais, mesmo que não estejam autorizadas a falar pela instituição.
C)Fontes independentes e oficiosas que sempre estão mais próximas da verdade.
D)Fontes independentes que são aquelas que não têm vínculo direto com o assunto.
E)Fontes oficiais que nos revelam informações em off, que sempre são as notícias mais fortes.
Gabarito: D
Para tanto, recorri à classificação das fontes, as “news promoters” (conforme Molotch e Lester/1974 ao conceituar as fontes como “promotores de notícias”). Afinal, o jornalista necessita manter suas fontes de informação, mas há uma questão ética sobre envolvimento e até graus de confiabilidade. E as classificações podem mudar de jornalista para jornalista, ou entre empresas, afinal, também se trata de relacionamento humano e social, sendo subjetiva e flexível conforme o contexto.
Para a Folha Online, existem quatro diferentes tipos de fontes, das quais ela recomenda a tomada de procedimentos diferentes antes da preparação do texto final.
A primeira é a fonte tipo zero, ou seja, “escrita e com tradição de exatidão, ou gravada sem deixar margem a dúvida: enciclopédias renomadas, documentos emitidos por instituição com credibilidade, videoteipes”. Estas não precisariam ser cruzadas com outras fontes para testar sua veracidade, mas por outro lado, o jornal desaconselha consultar apenas “um periódico do tipo jornal ou revista como única fonte para uma informação”.
Em seguida vem a fonte tipo um, que seria a mais confiável quando se refere a fontes humanas. “A fonte de tipo um tem histórico de confiabilidade - as informações que passa sempre se mostram corretas. Fala com conhecimento de causa, está muito próxima do fato que relata e não tem interesses imediatos na sua divulgação”. Aqui há uma recomendação interessante: “Embora o cruzamento de informação seja sempre recomendável, a Folha admite que informações vindas de uma fonte tipo um sejam publicadas sem checagem com outra fonte”.
Outra seria a fonte tipo dois, que possui “todos os atributos da fonte tipo um, menos o histórico de confiabilidade. Toda informação de fonte dois deve ser cruzada com pelo menos mais uma fonte (do tipo um ou dois), antes de publicada”.
E, por fim, a última é a fonte tipo três. Como consequência, esta detém a menor confiabilidade. “É bem-informada, mas tem interesses (políticos, econômicos etc.) que tornam suas informações nitidamente menos confiáveis”. Por assim ser, a Folha Online explica que devem ser tomados “dois caminhos para a informação de fonte tipo três: funcionar como simples ponto de partida para o trabalho jornalístico ou, na impossibilidade de cruzamento com outras fontes, ser publicada em coluna de bastidores, com a indicação explícita de que ainda se trata de rumor, informação não-confirmada”.
Já outro jornalista e escritor que gosto, Nilson Lage, utilizou a seguinte classificação: oficiais (instituições que preservam algum poder de Estado); oficiosas (as que não estão autorizadas a falar em nome de uma organização ou personalidade), independentes (as organizações não governamentais), primárias ou secundárias (na perspectiva da sua relação direta e indireta com os fatos, respectivamente), testemunhas (quem presencia os fatos) e experts (especialistas em determinados assuntos e que interpretam os eventos).
Para mais informações sobre fontes de notícias, veja o estudo de Aldo Antonio Schmitz (UFSC).
Agora, fechando este post, vamos a uma questão de concurso sobre o tema:
IFCE - 2009 A fonte de qualquer informação nada mais é do que a subjetiva interpretação de um fato, segundo Felipe Pena. Para tanto, podemos selecionar:
A)Fontes oficiosas que são sempre as mais tendenciosas.
B)Fontes oficiais, mesmo que não estejam autorizadas a falar pela instituição.
C)Fontes independentes e oficiosas que sempre estão mais próximas da verdade.
D)Fontes independentes que são aquelas que não têm vínculo direto com o assunto.
E)Fontes oficiais que nos revelam informações em off, que sempre são as notícias mais fortes.
Gabarito: D
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