domingo, 28 de novembro de 2010
90 anos do rádio
Se a TV chegou aos 60 anos, um pouco mais velho o rádio comemora 90. É o que mostra a Revista Imprensa deste mês. A publicação explica: “o mais próximo seria novembro, quando a primeira emissora, KDKA de Pittsburgh (EUA), completa 90 anos”, falando sobre o aniversário do veículo.
A informação sonora tem como referência histórica a descoberta da propagação das ondas hertzianas (alusão à Heinrich Rudolf Hertz). Porém, o título de “inventor do rádio” pertence ao italiano Guglielmo Marconi, que em 1896 “transmitiu e recebeu sinais a pequena distância”. É a partir dessa época começa a “telegrafia sem fio”.
Foi a década de 20 que tornou o novo meio de comunicação grande mobilizador das massas. A era do rádio, reinando absoluto até a invenção da televisão. No Brasil, a primeira transmissão ocorreu em 07 de setembro de 1922. Eram 80 receptores importados dos Estados Unidos, espalhados pela Capital Federal – Rio de Janeiro – que transportaram a fala do presidente Epitácio Pessoa.
Mas quem ficou famoso mesmo foi Roque Pinto, fundador da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, o pioneiro do rádio.
Voltando um pouco no tempo, o padre brasileiro Roberto Landel de Moura, conforme o site Microfone, “construiu diversos aparelhos que foram importantes para a história do rádio e que foram expostos ao público de São Paulo em 1893”, um “precursor nas transmissões de vozes e ruídos”.
Mesmo tendo passado a época áurea (tempo das Rainhas do Rádio, altos cachês para artistas, rádio teatro, Repórter Esso...) não se esgotou o brilho do aparelho. Afinal, é um dos meios de comunicação de massa mais utilizado pelos brasileiros. São quase 90% dos lares em todo o País que possuem pelo menos um rádio (PNAD/IBGE/2009). Isso sem contar formas de acesso via celular, Web, ou no rádio do carro. Um estar presente nas diversas classes sociais, não visualizado com a TV ou com a internet, pois não exige atenção exclusiva durante a sua transmissão. Pode-se ligá-lo e continuar o serviço.
Seja AM (Amplitude Modulada), que tem como característica transmitir 70% de comunicação e 30% de música, seja FM (Frequência Modulada), que o ouvinte prefere mais música que fala, o rádio continua firme no gosto popular. Na cidade ou no campo.
TV WEB sob estudo
Há alguns dias reuni informações sobre TV Web, mais um item para o meu estudo. O interesse pela mídia televisão nestas últimas postagens é porque ela se tornou sessentona. Merece então ficar registrada, especialmente a sua evolução. Além do mais, é um tema que pode cair em provas de concurso. Portanto, precisa ser estudado.
A TVIP ou TV na Internet consiste na transmissão de uma grade de programação pela internet feita pelas tradicionais emissoras ou por canais especialmente pensados para a net. Ou seja, representa a fusão entre TV e internet.
Pode ser vista não só pela tela do computador, mas também pelo celular, televisor com decodificador e iPod. No Brasil, o pioneiro nesse tipo de mídia foi o jornalista Alberto Luchetti Neto, em 2002, com a AllTV. Nela o internauta participa por meio de bate-papos, sugerindo programação, interferindo com sugestões e críticas.
Outro exemplo de canal é a ClicTV (http://clictv.uol.com.br/), que é uma emissora de TV na internet criada com o objetivo de produzir um conteúdo exclusivo para os internautas e permitindo uma interação.
Já a TV Brasil (www.tvbrasil.org.br/webtv) também estreou na Web TV com uma programação própria. De qualquer lugar do Brasil e do mundo é possível acompanhar as atrações da emissora pública. São 24 horas diárias de programas musicais, jornalísticos e infantis para todas as idades. A emissora também pode ser vista via TV aberta analógica e digital, televisão por assinatura, recepção por antena parabólica, além da retransmissão via rede de emissoras parceiras em todo o país.
O diferencial da Web TV estaria realmente em permitir comentários dos usuários e a interação com outros telespectadores. Podendo ser vista ao vivo ou por download de arquivos.
Se você souber mais sobre a TV Web, qual é a melhor, a que possui maior interatividade, me envie informações. Eu agradeço.
sábado, 27 de novembro de 2010
Um pouco sobre a TV e os debates eleitorais
A campanha política já passou, no ano em que mais uma vez os brasileiros foram às urnas em dois turnos. Com esse período passou também o momento dos debates eleitorais televisionados.
Para manter registrado, procurei mais informações sobre a história dessa “Arena Eletrônica”, como denominou a Revista Imprensa do mês de setembro/2010.
O início da campanha (na verdade, aqui no Brasil começa dentro dos escritórios assim que um novo candidato é eleito) se dá nas ruas, mas é na telinha que ela pode esquentar. Neste ano, o primeiro confronto na TV aberta entre os quatro principais candidatos foi na Rede Bandeirantes, em 05/08/2010. Os presidenciáveis eram Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL).
Historicamente, no Brasil, o debate mais polêmico foi entre Collor x Lula, no ano de 89. Tudo por conta da Rede Globo, que exibiu uma versão editada durante o “Jornal Nacional”. O restante da história todos se lembram...
De acordo com a Revista Imprensa, foi a TV Gaúcha (hoje RBS) que transmitiu o primeiro debate via TV no Brasil, em 1974, entre os “candidatos ao Senado Nestor Jost (Arena) e Paulo Brossard (MDB)”. Sendo que a regulamentação governamental desse tipo de programa veio no ano de 1985.
Em 22/03/1982, o SBT também colocou na pauta a realização de debates eletrônicos. Foi entre os candidatos a governador de São Paulo, seguido pela TV Bandeirantes/Folha de São Paulo.
Mundialmente, “em 1960, cerca de 70 milhões de pessoas assistiram ao embate entre o democrata John Kennedy e o republicano Richard Nixon. Enquanto o democrata mantinha a compostura, o republicano parecida irritado e rejeitou o uso de maquiagem”, registra a reportagem da Revista Imprensa. Para especialistas, esse episódio teria contribuído para a vitória de Kennedy.
Uma novidade em 2010 foi o primeiro debate exibido via internet, ideia do Portal UOL e da Folha de São Paulo.
A Wikipédia mostra que “atualmente, debates televisionados entre candidatos aos cargos majoritários de forma praticamente generalizada possuem duração próxima das duas horas, com espaço para anúncios publicitários, para seguir a legislação eleitoral brasileira vigente”.
Bom, a história ficou registrada... só falta o candidato decidir se vai se expor ou não em um debate eletrônico durante a campanha, especialmente em tempos de TV digital, com maior definição de imagem.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Apontamentos sobre convergência das mídias
Multimídia = convergência tecnológica do telefone ao computador e à televisão.
Vou partir desse conceito para a “ficha pública” de meus estudos de hoje. Até porque quero unir esse entendimento a algo que li sobre a televisão no livro “Meios de Comunicação de Massa – Jornal, televisão, Rádio” de Jésus Barbosa de Souza (Scipione, 1996).
Segundo o autor, em uma época que a Web 2.0 nem estava nos nossos planos, a TV era um “liquidificador cultural”. Algo como hoje se parece com a internet e a convergência das mídias (rádio, TV, internet, impresso, celular...), essa junção de meios de comunicação bem que pode ser comparado ao eletrodoméstico descrito por Jésus.
Para entender o que é a tal convergência volto a uma questão da prova do Concurso Público de 2010 da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), para o cargo de jornalista:
“Processo multidimensional, facilitado pela implantação generalizada das tecnologias digitais de telecomunicação, afeta os âmbitos tecnológico, empresarial, profissional e editorial dos meios de comunicação, propiciando uma integração de ferramentas, espaços, métodos de trabalho e linguagens anteriormente desagregados. Desta forma, os jornalistas elaboram conteúdos que são distribuídos através de múltiplas plataformas, por meio de linguagens próprias a cada uma delas. Esse conjunto de ações é chamado de convergência jornalística.”
Só fazendo um adendo, com a TV Digital o receptor pode interagir bem mais que no processo tradicional, deixar de ser passivo no processo comunicacional. Além de oferecer o retorno sobre o que está sendo transmitido, o telespectador pode enviar as informações que estão sendo transmitidas pela telinha para o celular ou para o e-mail. Uma evolução tecnológica ou uma vitamina cultural bem incrementada, feita naquele liquidificador que citei acima!
Estudado o tema convergência, agora só me falta utilizar mais dele também na prática e deixar este blog mais atrativo. No curso do Knight Center, aprendi a fazer edições de vídeo e de áudio para a web. Que sabe mais para frente me arrisco mais...
sábado, 20 de novembro de 2010
De um amontoado de dados a conhecimento
Estou em período de estudo. Por isso, peguei na biblioteca o livro “Gestão Estratégica da Informação” de Adriana Beal (2004, Editora Atlas). Especialmente porque concordo que “informação e conhecimento representam patrimônios cada vez mais valiosos”. E gestão informacional também é área de interesse para jornalistas. Afinal, também queremos participar do processo de tomada de decisão.
Diferentes definições para dado, informação e conhecimento: “um conjunto de dados não produz necessariamente uma informação, nem um conjunto de informações representa necessariamente um conhecimento”. (Acho que é isso que tento fazer com esse blog, pois quando faço/analiso/escrevo tenho maior capacidade de entender/fixar)
Nesse nível hierárquico podemos encaixar cada um desses conceitos dentro de um sistema, ou seja, “conjunto de elementos ou componentes que interagem para atingir objetivos”.
Só para me situar, recorri a um material que tenho do curso virtual do SENAC/SC sobre TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) que mostra a evolução dos sistemas de informação (quase um histórico para chegada à Web 2.0):
- Década de 70: infraestrutura, processamento de dados – apoiar o negócio.
- Década de 80: integração, sistema de informação – executar o negócio.
- Anos 90: arquitetura, tecnologia da informação – transformar o negócio.
- Anos 2000: redes, sistemas inteligentes – deixar o negócio competitivo.
Para encerrar a escrita de hoje, até porque estou só no começo do livro da Beal, recorri ao material do curso que fiz sobre EaD (Educação a Distância) pela UFPR, que também trata das TICs:
“Comunicar não é de modo algum transmitir uma mensagem ou receber uma mensagem. Isso é a condição física da comunicação, mas não é comunicação. É certo que para comunicar, é preciso enviar mensagens, mas enviar mensagens não é comunicar. Comunicar é partilhar sentido” (Pierre Lévy)
Isso é ser agente do conhecimento!
Diferentes definições para dado, informação e conhecimento: “um conjunto de dados não produz necessariamente uma informação, nem um conjunto de informações representa necessariamente um conhecimento”. (Acho que é isso que tento fazer com esse blog, pois quando faço/analiso/escrevo tenho maior capacidade de entender/fixar)
Nesse nível hierárquico podemos encaixar cada um desses conceitos dentro de um sistema, ou seja, “conjunto de elementos ou componentes que interagem para atingir objetivos”.
Só para me situar, recorri a um material que tenho do curso virtual do SENAC/SC sobre TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) que mostra a evolução dos sistemas de informação (quase um histórico para chegada à Web 2.0):
- Década de 70: infraestrutura, processamento de dados – apoiar o negócio.
- Década de 80: integração, sistema de informação – executar o negócio.
- Anos 90: arquitetura, tecnologia da informação – transformar o negócio.
- Anos 2000: redes, sistemas inteligentes – deixar o negócio competitivo.
Para encerrar a escrita de hoje, até porque estou só no começo do livro da Beal, recorri ao material do curso que fiz sobre EaD (Educação a Distância) pela UFPR, que também trata das TICs:
“Comunicar não é de modo algum transmitir uma mensagem ou receber uma mensagem. Isso é a condição física da comunicação, mas não é comunicação. É certo que para comunicar, é preciso enviar mensagens, mas enviar mensagens não é comunicar. Comunicar é partilhar sentido” (Pierre Lévy)
Isso é ser agente do conhecimento!
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Televisão, como tudo começou...
No Amazon Sat sempre se repete uma gravação do Marcelo Tass falando sobre Mídias Sociais. Nela, o apresentador do CQC cita, entre outros temas, o “esquecimento” de Assis Chateaubriand de que para instalar a TV no Brasil era preciso que as pessoas tivessem aparelhos para ver. Foi preciso comprar duzentos televisores e distribuí-los aos telespectadores. Mesmo assim, houve uma rápida difusão da tecnologia pelo País.
Para saber mais a respeito dessa história do veículo que completou 60 anos agora em 2010, recorri novamente ao texto de Fernando Morais em “Chatô – O Rei do Brasil” (1995, 2ª Edição, Companhia das Letras).
Não havia nem aparelhos e nem experiência entre os profissionais chamados para aquela implantação, cuja data se comemora em 18 de setembro de 1950. Todos eram do rádio e apenas alguns possuíam alguma noção de cinema.
“E tampouco havia de onde copiar um modelo de sucesso, pois naquele ano só três canais de televisão funcionavam no mundo: um na Inglaterra, um na França e um nos Estados Unidos. Por ser o único canal comercial dos três, o norte-americano, da NBC (associada à RCA Victor), era o que mais se aproximava do que se pretendia fazer no Brasil”.
Pasmem: “Como os ensaios eram realizados sem os equipamentos, era impossível saber se aquilo ia ou não dar certo”.
Antes porém da data oficial da inauguração do primeiro canal brasileiro, Chateaubriand realizou a pré-estreia do novo veículo. Com a presença do então presidente Dutra, no dia 05 de julho de 1950 “um monitor foi instalado no amplo salão do edifício (sede dos Diários Associados, em São Paulo) e outro ao ar livre, na esquina das ruas Sete de Abril e Bráulio Gomes, a poucas dezenas de metros de distância”.
Discursos e a apresentação do frade-cantor mexicano José de Guadalupe Mojica fizeram parte da primeira experiência de transmissão em terras tupiniquins, que chegou a quase meia hora de duração. “Na falta de cadeiras para todos, Chateaubriand sugeriu que os convidados se sentassem no chão ‘como índios tupis’, no que foi imediatamente atendido por um dos mais ilustres deles, o milionário norte-americano Nelson Rockefeller, presidente do Museu de Arte Moderna de Nova York.”
Faltando um mês para a primeira transmissão oficial, surpreso por não haver aparelhos no Brasil, o engenheiro da NBC-TV questionou:
“_ Doutor Assis, o senhor está investindo 5 milhões de dólares na TV Tupi, e sabe quantas pessoas vão assistir à sua programação a partir do dia 18? Zero. Sim: zero, ninguém. Além dos que estão expostos em meia dúzia de vitrinas, não há aparelhos instalados na casa de ninguém, em todo o estado.
Chateaubriand disse para ele não esquentar a cabeça com aquilo, que no Brasil tudo tinha solução.”
Foi aí que o empresário solicitou a importação dos duzentos televisores, que entraram clandestinamente no País. Só que, como era muito esperto, Chatô entregou o primeiro para o presidente Dutra (aparelho que ficou só de enfeite até o ano de 51, quando enfim chegaram os primeiros sinais ao Rio de Janeiro).
Realmente no Brasil para tudo se dá um jeitinho. Só para fechar este texto, outra passagem interessante acontece no momento da inauguração, em que quase tudo foi cancelado quando uma das câmeras pifou. Para o representante dos EUA era preciso deixar para outro dia, não fosse por Cassiano Gabus Mendes e Dermival Costa Lima, sob pressão de Chateaubriand, que assumiram a responsabilidade:
“_ O programa vai para o ar com duas câmeras, com uma câmera ou sem câmara nenhuma. A partir desse momento a responsabilidade por tudo o que acontecer é minha e do Cassiano”, falou Dermival. Indignado o representante da NBC anunciou:
“_ O que vocês estão fazendo seria inadmissível nos Estados Unidos. Nenhum câmera, nenhum diretor de TV, ninguém assumiria a responsabilidade de colocar no ar uma estação nessas condições. Eu não tenho mais nada a ver com o que acontecer aqui. Se vocês querem colocar a estação no ar, façam-no por sua conta e risco. Eu vou para o meu hotel, onde há um receptor. Vou assistir à tragédia de camarote.”
O restante da história todos conhecem: a TV virou praticamente febre nacional pouco tempo depois...
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Questão que a gente erra...
Em concurso público o candidato deve estar sempre atento. Mesmo com atenção redobrada, muitas vezes os deslizes acontecem. E o ponto perdido no gabarito fica marcado para sempre na memória. Mas considero positivo manter essa recordação, até porque da próxima vez o dever será o de acertar.
No concurso público de 2009 da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), prova para preenchimento de vaga para jornalista, caiu a seguinte questão:
“As fontes jornalísticas são fundamentais no processo de apuração da informação. A fonte que é consultada para a preparação de uma pauta ou construção de premissas genéricas ou, ainda, para construção de contextos ambientais é a fonte”
Marquei outra coisa, nada a ver, sendo a resposta correta: FONTE SECUNDÁRIA. Agora me parece óbvio, só não foi naquele momento!
Alguns exemplos que poderíamos emendar no texto de finalização da pergunta: livros, documentos, almanaques, relatórios, recenseamentos e outros.
Em outra prova de concurso, que não saberei precisar de onde, mostra que “fontes primárias são as testemunhas de algum acidente, documento original. Já o livro que cita outro livro, o político que revela o que outro político disse são fontes secundárias. O jornalista deve procurar, sempre que possível, privilegiar as fontes fidedignas. Assim, pode-se afirmar que as qualidades de uma boa fonte são a representatividade, a credibilidade e a autoridade”.
De outra prova tenho registrado em minha agenda que “na classificação das fontes, diz-se que a escrita com exatidão ou gravada sem deixar margem à dúvida é uma fonte tipo zero”.
Completando as anotações sobre o estudo das fontes, Jésus mostra a necessidade que temos delas na apuração das notícias. O autor as classifica em diretas, indiretas ou complementares.
“Fontes diretas são aquelas que se ligam justamente aos autores do acontecimento, às suas vítimas, aos que testemunharam. Pessoas envolvidas circunstancialmente em um fato, relatos parciais e elementos consultados constituem fontes indiretas. Complementares são as fontes que adicionam, referem, servem ao pormenor. Desempenham, portanto, papel fundamental.”
Foi um bom estudo o de hoje!
No concurso público de 2009 da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), prova para preenchimento de vaga para jornalista, caiu a seguinte questão:
“As fontes jornalísticas são fundamentais no processo de apuração da informação. A fonte que é consultada para a preparação de uma pauta ou construção de premissas genéricas ou, ainda, para construção de contextos ambientais é a fonte”
Marquei outra coisa, nada a ver, sendo a resposta correta: FONTE SECUNDÁRIA. Agora me parece óbvio, só não foi naquele momento!
Alguns exemplos que poderíamos emendar no texto de finalização da pergunta: livros, documentos, almanaques, relatórios, recenseamentos e outros.
Em outra prova de concurso, que não saberei precisar de onde, mostra que “fontes primárias são as testemunhas de algum acidente, documento original. Já o livro que cita outro livro, o político que revela o que outro político disse são fontes secundárias. O jornalista deve procurar, sempre que possível, privilegiar as fontes fidedignas. Assim, pode-se afirmar que as qualidades de uma boa fonte são a representatividade, a credibilidade e a autoridade”.
De outra prova tenho registrado em minha agenda que “na classificação das fontes, diz-se que a escrita com exatidão ou gravada sem deixar margem à dúvida é uma fonte tipo zero”.
Completando as anotações sobre o estudo das fontes, Jésus mostra a necessidade que temos delas na apuração das notícias. O autor as classifica em diretas, indiretas ou complementares.
“Fontes diretas são aquelas que se ligam justamente aos autores do acontecimento, às suas vítimas, aos que testemunharam. Pessoas envolvidas circunstancialmente em um fato, relatos parciais e elementos consultados constituem fontes indiretas. Complementares são as fontes que adicionam, referem, servem ao pormenor. Desempenham, portanto, papel fundamental.”
Foi um bom estudo o de hoje!
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
De novo, o jornal
Resgatando um pouco da história, pesquisei sobre a imprensa moderna. Conforme Jésus Barbosa de Souza, em “Meios de Comunicação de Massa – Jornal, televisão, Rádio” (Scipione, 1996), essa nasceu com a criação da tipografia. Foi a partir de Gutenberg que surge o que hoje é a grande indústria gráfica...
“A composição de caracteres móveis prensados com tinta sobre papel” só surgiu por volta de 1450. Marco esse que possibilitou ter atualmente máquinas que duplicam a escrita em número cada vez mais ágil. Pode parecer fácil hoje, mas que digam os escribas antigamente, fazer um livro era mais que artesanal!!! E como estava restrito o conhecimento!
As princípio o novo meio de comunicação facilitou o contato entre as “metrópoles europeias e o ultramar”, no século XVI.
“Em 1642, recém-saído do jugo espanhol, D. João VI proibia a circulação das gazetas gerais, ‘em virtude do mau estilo de todas elas e em razão da pouca verdade’”. E se naquela época em Portugal a imprensa viveu sob forte censura, imagina no Brasil-Colônia. Aqui só foi autorizada a primeira atividade tipográfica a partir de 1800 e bolinhas, com a chegada da família real... (e mesmo assim, o controle era grande).
Nesta passagem de Jésus Barbosa se pode visualizar m dos porquês do controle: “O jornal sempre esteve cerceado pela censura, por se entender que a notícia divulgada logo seria dominada por todos e por se temer a influência do jornalismo na opinião pública”.
Caso fosse apenas cerceamento da informação, se daria até um jeito... mas cada vez mais vejo é que está tudo dominado, mesmo!!! Pois, o povo não tem informação e não pode avançar em direitos. Nisso vai cada vez mais crescendo as dificuldades da falta de formação...
Para fechar, entre os textos que fazem parte do livro editado pela UnB, “Jornal – Da Forma ao Sentido: Quem fala por trás do jornal e em seu nome”, consta uma passagem em que mostra o jornal como uma membrana viva, um verdadeiro campo de atividade “um real já domesticado”, porque a mídia não está face a face com o real do mundo. Se bem que esse será tema de um próximo post.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Do início...
Tudo tem um início. E para estudar a comunicação, nada melhor que defini-la.
Palavra latina (communicare) que nos sites da internet se encontra traduções como “pôr em comum”, “conviver”, “ato de fazer saber”, “tornar comum”, “participar”, “estabelecer ligação”, “unir”, “ligar” e outros.
Dentro do ato comunicativo observa-se a seguinte estrutura (muitas das vezes complexas, com ruídos, ainda por serem concluídas), mas o básico seria:
- Alguém envia mensagem (emissor);
- Outro recebe (receptor);
- A informação é transmitida por algum meio (canal);
- O destinatário entende (ou não) a mensagem (decodificação);
- É enviado um retorno (feedback);
- Com a retroalimentação, inicia-se/encerra-se a comunicação.
Nesse jogo, entram outras peças, porque normalmente há o envio de novas mensagens simultaneamente, outros comunicadores envolvidos, ambiente de cada um dos atores, enfim, todo um processo.
Processo esse que está dentro de um contexto (tempo, espaço, cultura, ...) e que permeia a comunicação. No caso de um diálogo, necessariamente deve haver contato mais direto e retorno (caso contrário, é monólogo).
Já quando se trata de uma comunicação mediada por TV, rádio, internet e impressos em geral há uma gama maior de fatores influenciando e, muitas vezes, modificando o contato. Aqui entra uma infinidade de teorias que teremos oportunidade de estudar em futuras leituras conjuntas.
Por enquanto, vimos o básico.
Palavra latina (communicare) que nos sites da internet se encontra traduções como “pôr em comum”, “conviver”, “ato de fazer saber”, “tornar comum”, “participar”, “estabelecer ligação”, “unir”, “ligar” e outros.
Dentro do ato comunicativo observa-se a seguinte estrutura (muitas das vezes complexas, com ruídos, ainda por serem concluídas), mas o básico seria:
- Alguém envia mensagem (emissor);
- Outro recebe (receptor);
- A informação é transmitida por algum meio (canal);
- O destinatário entende (ou não) a mensagem (decodificação);
- É enviado um retorno (feedback);
- Com a retroalimentação, inicia-se/encerra-se a comunicação.
Nesse jogo, entram outras peças, porque normalmente há o envio de novas mensagens simultaneamente, outros comunicadores envolvidos, ambiente de cada um dos atores, enfim, todo um processo.
Processo esse que está dentro de um contexto (tempo, espaço, cultura, ...) e que permeia a comunicação. No caso de um diálogo, necessariamente deve haver contato mais direto e retorno (caso contrário, é monólogo).
Já quando se trata de uma comunicação mediada por TV, rádio, internet e impressos em geral há uma gama maior de fatores influenciando e, muitas vezes, modificando o contato. Aqui entra uma infinidade de teorias que teremos oportunidade de estudar em futuras leituras conjuntas.
Por enquanto, vimos o básico.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
As mulheres podem
Concordo com a Dilma: “Sim, ela (a mulher) pode”. Somos capazes de ser mãe, trabalhadora, companheira, amiga, dona de casa, enfim, polivalentes.
E nem quero ser bairrista. Acredito que tudo isso só pode acontecer ao lado de outras pessoas, homens e mulheres, porque vejo a mulher como ser social, humana.
Vivendo este momento histórico no Brasil, manchete em todos os jornais, em que mais de 56% eleitores votaram na presidenta Dilma, é digno ao menos de um registro aqui no meu blog sobre comunicação.
Nos dois turnos cumpri somente meu dever cívico de informar que estava fora do meu domicílio eleitoral. Apenas lembrando a quem me questionava sobre o retrocesso que seria uma eleição tucana (pois fui estudante de universidade federal na Era FHC e briguei muito pelo ensino público, gratuito e de qualidade para todos).
E já que falei dos tempos de faculdade, volto ao tema inicial. A carreira no jornalismo é extremamente feminina. Dos 40 alunos, não chegava a cinco o número de homens na minha sala. Imagino que o quadro tenha se alterado pouco. Lembrando que comunicação é poder, realmente nós podemos...
- Podemos ajudar a construir um mundo melhor;
- Podemos lutar contra as desigualdades e por uma economia mais justa e solidária;
- Podemos exigir maior dignidade ao povo brasileiro;
- Podemos defender a Reforma Agrária e outras políticas de transformação social;
- Podemos pedir a democratização da comunicação;
- Podemos defender os direitos indígenas e quilombolas.
Podemos isso e muito mais (até porque somente por meio das eleições não iremos alterar a estrutura de um País, mas com a mobilização de todos: as coisas podem ser diferentes).
Como vivo também outra fase de minha vida, mais intimista, de pensar mais em mim, deixo um trecho de Zé Ramalho, olhando com os olhos do coração:
"A mulher tem na face dois brilhantes
Condutores fiéis do seu destino
Quem não ama o sorriso feminino
Desconhece a poesia de Cervantes"
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