segunda-feira, 1 de novembro de 2010

As mulheres podem


Concordo com a Dilma: “Sim, ela (a mulher) pode”. Somos capazes de ser mãe, trabalhadora, companheira, amiga, dona de casa, enfim, polivalentes.



E nem quero ser bairrista. Acredito que tudo isso só pode acontecer ao lado de outras pessoas, homens e mulheres, porque vejo a mulher como ser social, humana.

Vivendo este momento histórico no Brasil, manchete em todos os jornais, em que mais de 56% eleitores votaram na presidenta Dilma, é digno ao menos de um registro aqui no meu blog sobre comunicação.

Nos dois turnos cumpri somente meu dever cívico de informar que estava fora do meu domicílio eleitoral. Apenas lembrando a quem me questionava sobre o retrocesso que seria uma eleição tucana (pois fui estudante de universidade federal na Era FHC e briguei muito pelo ensino público, gratuito e de qualidade para todos).

E já que falei dos tempos de faculdade, volto ao tema inicial. A carreira no jornalismo é extremamente feminina. Dos 40 alunos, não chegava a cinco o número de homens na minha sala. Imagino que o quadro tenha se alterado pouco. Lembrando que comunicação é poder, realmente nós podemos...

- Podemos ajudar a construir um mundo melhor;
- Podemos lutar contra as desigualdades e por uma economia mais justa e solidária;
- Podemos exigir maior dignidade ao povo brasileiro;
- Podemos defender a Reforma Agrária e outras políticas de transformação social;
- Podemos pedir a democratização da comunicação;
- Podemos defender os direitos indígenas e quilombolas.

Podemos isso e muito mais (até porque somente por meio das eleições não iremos alterar a estrutura de um País, mas com a mobilização de todos: as coisas podem ser diferentes).

Como vivo também outra fase de minha vida, mais intimista, de pensar mais em mim, deixo um trecho de Zé Ramalho, olhando com os olhos do coração:


"A mulher tem na face dois brilhantes
Condutores fiéis do seu destino
Quem não ama o sorriso feminino
Desconhece a poesia de Cervantes"

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