domingo, 31 de outubro de 2010
O que é mesmo um jornal?
“Jornal é um meio de comunicação impresso, geralmente um produto derivado do conjunto de atividades denominado jornalismo. As características principais de um jornal são: o uso de ‘papel de imprensa’ mais barato e de menor qualidade que os utilizados por outros materiais impressos”. Essa era a definição que constava na prova do Concurso Público realizado no mês de maio/2010 pelo IFRO (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia), para o cargo de jornalista.
Ao final do texto, estava a pergunta: “Como se denomina o formato de jornal que apresenta medidas entre 60cm x 38cm e 75cm x 60cm?” A resposta “tamanho standard”. Como exemplo podem ser citados “Folha de São Paulo”, Correio Braziliense, e, em Rondônia, o Diário da Amazônia.
Nem vou entrar no mérito de que entre as respostas constava “tamanho padrão”, que às vezes pode ser usado como um sinônimo de standard. Verifiquemos apenas as diferenças entre as demais alternativas.
O “tamanho Tabloide” mede cerca de 38 cm x 30 cm, ou seja, metade de um standard. E de acordo com a Wikipédia, esses “costumam ser jornais populares que utilizam profusão de recursos gráficos, pouco texto e muitas fotos”.
No “tamanho Tabloide Berlinense (ou Europeu)” tem-se cerca de 47 cm x 31,5 cm. Por fim, a última das opções era o “tamanho Microjornal”, aquele que possui metade do tamanho de um tabloide.
Só a título de comparação, o padrão de revistas é de 26,5 x 20 cm.
Para fechar, fui à página do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa pegar a definição do vocábulo jornal, confira:
jornal
(francês journal, do latim diurnalis, -e, diário)
s. m.
1. Publicação periódica diária. = diário, gazeta
2. Publicação periódica (ex.: jornal semanal). = periódico
3. Noticiário televisivo ou radiofónico transmitido geralmente a uma hora fixa.
4. Salário de um dia de trabalho. = diária, jorna
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Acordo Time Life-Globo no histórico da comunicação brasileira
"Era totalmente ilegal, no meu ponto de vista", essa é avaliação feita pelo Boni (José Bonifácio de Oliveira Sobrinho), "o mais conhecido diretor e criador da televisão brasileira", assim como a Revista Imprensa (nº260) o apresenta na reportagem "Afiado Bisturi", do mês de setembro.
Ele, que trabalha há 58 anos com TV (dos 60 em que o veículo está no Brasil), explica ainda que "Quando eu entrei, ainda existia o Time Life. O pessoal do Time Life era muito responsável e eles tinham ordem de não passar perto da redação para não contaminar o conteúdo, mas de acordo com a legislação brasileira era um acordo ilegal."
A Globo recebeu nessa negociação a construção do prédio para suas instalações, pois como lembra Boni, o aluguel pago era exorbitante. Porém não deve ter sido somente isso.
Assinado em 1962, segundo a Wikipédia, proporcionou a Roberto Marinho "o acesso a um capital em torno de 6 milhões de dólares, o que lhe garantiu recursos para comprar equipamentos e infraestrutura para a Globo. Em troca, Time-Life teria participação em 30% de todos os lucros auferidos pelo funcionamento da TV Globo. Como comparação, a maior TV brasileira na época, a TV Tupi, tinha sido construída com um capital em torno de US$ 300.000."
A Constituição Brasileira da época "proibia qualquer pessoa ou empresa estrangeira de possuir participação em uma empresa brasileira de comunicação. O acordo foi investigado por uma CPI em 1967", descrevem os usuários da Wiki. Mas que a exemplo de outras Comissões de Inquérito deve ter sido arquivada ou qualquer coisa do tipo...
A vedação estava no artigo 160, que impedia estrangeiros de propriedade ou participação acionária em empresas jornalísticas e de radiodifusão. Fato, que na atual CF/88, mudou de escrita no ano de 2002, veja artigo 222:
"A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 (dez) anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.
§ 1º Em qualquer caso, pelo menos 70% (setenta por cento) do capital total e do capital votante das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 (dez) anos, que exercerão obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecerão o conteúdo da programação."
Em "Chatô O Rei do Brasil", Feranando Morais falou desse caso em 15 diferentes páginas. A citação vem em uma crescente, mostrando desde reportagens em que a Revista Time "cutucava" Assis Chateaubriand e o seu "império". Bem que o Chatô tentou acabar com a festa global, só de artigos (e olha que ele sempre “caprichava” no palavreado) ele escreveu 50, exclusivamente sobre a dobradinha Globo e Time-Life. Além de dez em que atacava diretamente Roberto Marinho.
Aqui gostaria só de abrir um parêntesis e comentar que foi no meio dessa briga que o famoso jornal "Repórter Esso" (da empresa norte-americana e que era cliente dos Diários Associados em São Paulo) pula para a concorrente Globo.
E foi a partir do ganho de capital proveniente do acordo, do apoio aos militares, entre outros fatos, que as organizações Globo começaram a superar o pioneirismo dos Diários Associados na TV e no poderio nacional. Seja pelas dificuldades de administração que passaram os discípulos de Chatô (que enfrentava graves problemas de saúde e posteriormente sua morte), seja pelas jogadas políticas que se sucediam, o fato é que um império se firmou durante a derrocada do outro.
Esse foi só um capítulo na briga pelo comando da comunicação brasileira, sempre nas mãos de poucos...
Ele, que trabalha há 58 anos com TV (dos 60 em que o veículo está no Brasil), explica ainda que "Quando eu entrei, ainda existia o Time Life. O pessoal do Time Life era muito responsável e eles tinham ordem de não passar perto da redação para não contaminar o conteúdo, mas de acordo com a legislação brasileira era um acordo ilegal."
A Globo recebeu nessa negociação a construção do prédio para suas instalações, pois como lembra Boni, o aluguel pago era exorbitante. Porém não deve ter sido somente isso.
Assinado em 1962, segundo a Wikipédia, proporcionou a Roberto Marinho "o acesso a um capital em torno de 6 milhões de dólares, o que lhe garantiu recursos para comprar equipamentos e infraestrutura para a Globo. Em troca, Time-Life teria participação em 30% de todos os lucros auferidos pelo funcionamento da TV Globo. Como comparação, a maior TV brasileira na época, a TV Tupi, tinha sido construída com um capital em torno de US$ 300.000."
A Constituição Brasileira da época "proibia qualquer pessoa ou empresa estrangeira de possuir participação em uma empresa brasileira de comunicação. O acordo foi investigado por uma CPI em 1967", descrevem os usuários da Wiki. Mas que a exemplo de outras Comissões de Inquérito deve ter sido arquivada ou qualquer coisa do tipo...
A vedação estava no artigo 160, que impedia estrangeiros de propriedade ou participação acionária em empresas jornalísticas e de radiodifusão. Fato, que na atual CF/88, mudou de escrita no ano de 2002, veja artigo 222:
"A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 (dez) anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.
§ 1º Em qualquer caso, pelo menos 70% (setenta por cento) do capital total e do capital votante das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 (dez) anos, que exercerão obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecerão o conteúdo da programação."
Em "Chatô O Rei do Brasil", Feranando Morais falou desse caso em 15 diferentes páginas. A citação vem em uma crescente, mostrando desde reportagens em que a Revista Time "cutucava" Assis Chateaubriand e o seu "império". Bem que o Chatô tentou acabar com a festa global, só de artigos (e olha que ele sempre “caprichava” no palavreado) ele escreveu 50, exclusivamente sobre a dobradinha Globo e Time-Life. Além de dez em que atacava diretamente Roberto Marinho.
Aqui gostaria só de abrir um parêntesis e comentar que foi no meio dessa briga que o famoso jornal "Repórter Esso" (da empresa norte-americana e que era cliente dos Diários Associados em São Paulo) pula para a concorrente Globo.
E foi a partir do ganho de capital proveniente do acordo, do apoio aos militares, entre outros fatos, que as organizações Globo começaram a superar o pioneirismo dos Diários Associados na TV e no poderio nacional. Seja pelas dificuldades de administração que passaram os discípulos de Chatô (que enfrentava graves problemas de saúde e posteriormente sua morte), seja pelas jogadas políticas que se sucediam, o fato é que um império se firmou durante a derrocada do outro.
Esse foi só um capítulo na briga pelo comando da comunicação brasileira, sempre nas mãos de poucos...
Relendo a cartilha de Redação Web
Li mais uma vez os "Padrõe Brasil e-Gov - Cartilha de Redação Web", de abril/2010. Desta vez imprimi para facilitar a marcação dos pontos mais interessantes e porque deve ser meu guia de trabalho. Incrível, como ler na tela do computador é desconfortável (garanto que daqui a pouco vão desenvolver tecnologias para melhorar isso).
Mas indo ao que interessa: "objetivo de aprimorar a comunicação, o fornecimento de informações e serviços prestados nos meios eletrônicos pelos órgãos do Governo Federal." Como estou em um Instituto Federal, então me enquadro diretamente na destinação do texto.
Concordo em gênero, número e grau: "Mais que um compromisso, prover informação ao cidadão é prova da transparência de um governo." Isso tanto é verdade que quando disponibilizamos a notícia perdemos a noção de seu acesso/uso. E isso é contribuir com a "transparência", facilitar que se torne de conhecimento público (seja retuitado, enviado, impresso, repassado, comentado...).
Entre os conceitos do mundo multimídia, o documento fala da distribuição das informações no sítio eletrônico no formato "cebola": "ela é a metáfora perfeita para demonstrar como os níveis de um sítio funcionam."
As camadas dessa cebola estariam assim divididas:
1ª camada - Apresentação (persuasão)
2ª camada - Genérica (lead claro: quê, quem, quando, como, onde e por quê?)
3ª camada - Detalhamentos (tabelas, gráficos, links para documentos)
A maior dica é procurar não passar de quatro camadas, "é importante ter noção de que quanto mais profunda é a camada onde está a informação, maior é o risco dela não ser encontrada pela navegação do cidadão."
A cartilha também fala das mídias sociais, arquitetura da informação, usabilidade, acessibilidade, sistemas de busca e direito digital. Fechando com dicas de ortografia e gramática.
Para quem vai escrever para web é uma leitura básica. Afinal, quando compreendemos melhor, sabemos tirar mais proveito.
A cartilha está no seguinte endereço:http://www.secom.gov.br/sobre-a-secom/internet/governo-eletronico/padroes-brasil-e-gov
Mas indo ao que interessa: "objetivo de aprimorar a comunicação, o fornecimento de informações e serviços prestados nos meios eletrônicos pelos órgãos do Governo Federal." Como estou em um Instituto Federal, então me enquadro diretamente na destinação do texto.
Concordo em gênero, número e grau: "Mais que um compromisso, prover informação ao cidadão é prova da transparência de um governo." Isso tanto é verdade que quando disponibilizamos a notícia perdemos a noção de seu acesso/uso. E isso é contribuir com a "transparência", facilitar que se torne de conhecimento público (seja retuitado, enviado, impresso, repassado, comentado...).
Entre os conceitos do mundo multimídia, o documento fala da distribuição das informações no sítio eletrônico no formato "cebola": "ela é a metáfora perfeita para demonstrar como os níveis de um sítio funcionam."
As camadas dessa cebola estariam assim divididas:
1ª camada - Apresentação (persuasão)
2ª camada - Genérica (lead claro: quê, quem, quando, como, onde e por quê?)
3ª camada - Detalhamentos (tabelas, gráficos, links para documentos)
A maior dica é procurar não passar de quatro camadas, "é importante ter noção de que quanto mais profunda é a camada onde está a informação, maior é o risco dela não ser encontrada pela navegação do cidadão."
A cartilha também fala das mídias sociais, arquitetura da informação, usabilidade, acessibilidade, sistemas de busca e direito digital. Fechando com dicas de ortografia e gramática.
Para quem vai escrever para web é uma leitura básica. Afinal, quando compreendemos melhor, sabemos tirar mais proveito.
A cartilha está no seguinte endereço:
domingo, 10 de outubro de 2010
Revendo a história: Jornal do Brasil
Continuando a partilhar as minhas "Noções de Jornalismo Comparado", encontrei uma boa conexão entre o livro e a passagem neste ano do Jornal do Brasil exclusivamente para a versão on-line.
Visto ter sido exatamente esse veículo que A. Vivaldo de Azevedo escolheu para apresentar o funcionamento de um jornal. Segundo ele, à época que foi escrito, era aquela uma das maiores empresas do ramo no mundo. Fundado em 09 de abril de 1891, o JB fez história no País com a "revolução gráfica e editorial da publicação" nos anos 50. Nisso, o escritor vai explicando como era cada fase de preparação, incluindo a ação das rotativas, atividade de cada editoria e distribuição. Sobre a forma de entrega, vale enfatizar que no seu início o JB inovou com a utilização de carroças, agilizando a chegada dos exemplares até as mãos do leitor.
Na Wikipédia consta que "o Jornal do Brasil é um tradicional jornal brasileiro, publicado diariamente na cidade do Rio de Janeiro" (e que agora só pode ser lido via internet, de forma paga). Além de mostrar que o jornal apoiou o golpe militar de 1964, conforme editorial publicado no dia 1º de abril de 1964: "Desde ontem se instalou no país a verdadeira legalidade... Legalidade que o caudilho não quis preservar, violando-a no que de mais fundamental ela tem: a disciplina e a hierarquia militares. A legalidade está conosco e não com o caudilho aliado dos comunistas".
Por outro lado, Miriam Leitão (O Globo) ao relembrar a história do JB, fala de algumas capas históricas e outras formas que os profissionais de lá utilizavam para driblar a censura. Entre estas, está o dia em que estavam proibidas "fotos no dia da morte do presidente do Chile, Salvador Allende. Então o JB não colocou foto alguma na primeira página, que veio toda só com texto".
Sobre a crise, a Wikipédia remete ao ano de 2001, quando "a família Nascimento Brito arrendou o título do jornal para o empresário Nelson Tanure por 60 anos, renováveis por mais 30. A intenção do empresário, conhecido por comprar empresas pré-falimentares, saneá-las e depois revendê-las, era recuperar o prestígio do jornal. Naquele ano, as vendas do jornal eram de 70 mil em média durante a semana e 105 mil aos domingos. Recuperou-se a partir de 2003, atingindo 100 mil exemplares em 2007, quando então as vendas novamente começaram a cair, chegando a 20.941 em março de 2010.
Mais interessante ainda foi o blog
Pude, dessa forma, comparar desde movimentos contra e pró JB. Quem sabe as lições que podemos tirar desse exemplo sejam de um jornalismo mais plural... Que caiam todos sim, mas que quem suba seja o povo!
sábado, 9 de outubro de 2010
A Nossa Senhora Aparecida, minha padroeira também
Dia 12 de outubro está chegando. Dedicado às crianças e a Nossa Senhora Aparecida, é uma data a ser lembrada. Afinal, serve como homenagem à Padroeira do Brasil.
Eu particularmente gosto desse momento de reflexão, pois há alguns anos minha mãe confiou a Nossa Senhora Aparecida o meu nascimento. Tanto que meu nome é Rosália APARECIDA da Silva. Naquele tempo, a medicina ainda não era tão avançada e nem estava tão acessível a todos assim. Mas graças àquele pedido, hoje estou aqui, acho que "firme e forte"!
O número 137 da Revista Almanaque Brasil, mês de setembro passado, entre as reportagens noticia essa ligação do brasileiro com os santos. Em tom descontraído a matéria fala dessa íntima relação que temos com as divindades. E olha que são bastantes (José, Francisco, Paulo, João, Benedito, Maria, Pedro...).
Acredito até que se minha mãe soubesse, teria naquela época também sido devota da italiana Santa Rosália. O dia dela foi há pouco, 04 de setembro. Iria combinar muito comigo, afinal fui registrada: Rosália Aparecida. Protegida duas vezes.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
É direito do jornalista: trabalhar 25 horas semanais
Na semana passada tive uma notícia ótima da direção de pessoal. Descobriram que a função de jornalista é regulamentada, portanto, é direito profissional nosso trabalhar cinco horas diárias, sem redução de salário. Eu já havia escutado algo, tido a confirmação alguns dias antes, mas mesmo sem solicitar, recebi a minha nova orientação de horário.
Aproveitei e fui procurar na internet... descobri que o assunto é muito comentado. Tanto, que na página da Federação Nacional dos Jornalistas consta que no último dia 09/09/2010, a "Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento emitiu a nota técnica 762/2010, confirmando, a pedido da Fenaj, que a carga de trabalho dos jornalistas empregados nesta condição em órgãos da administração pública federal é de 25 horas semanais".
Outro documento que trata do tema é a portaria SRH 1.100/2006 (alterada pela Portaria 222/2008). Com tantos concursos que foram realizados recentemente para a função de jornalista, muitos deles contendo no edital a carga horária de 40 horas semanais, normal que tenha gerado a dúvida.
A Fenaj também orienta aos jornalistas do serviço público federal que, "caso esteja sendo cobrada jornada acima das cinco diárias, ingresse com processo administrativo solicitando o cumprimento da Portaria SRH 1.100/2006". Além de enfatizar que a esta jornada dos "servidores estatutários nas demais esferas da administração pública (Estados e municípios) depende de regramento próprio".
Havia certo desconforto, pois a carga horária semanal de trabalho prevista no Estatuto do Servidor, a Lei 8.112, é de 40 horas semanais. Porém, essa mesma legislação respeita a existência de legislação específica.
Vale lembrar, que historicamente tivemos no Brasil a seguinte regulamentação: Decreto-Lei nº 1.445/76, art. 16; e Decreto-Lei nº 972/69, art. 9º. Mais antigo é o Decreto-Lei nº 910, de 30/11/1938, que no artigo 34 previa: "A duração normal do trabalho dos empregados compreendidos neste Decreto-Lei não deverá exceder de cinco horas, tanto de dia como à noite".
Lógico, tudo isso muda em relação aos ocupantes de Cargo de Direção ou Função Gratificada, que deverão cumprir o regime de integral dedicação ao serviço, podendo ser convocados sempre que houver interesse da Administração.
Outro lembrete a ser feito é: “os ocupantes da categoria funcional de Técnico em Comunicação Social (jornalista) deverão apresentar o registro de Jornalista expedido pelo Ministério do Trabalho, conforme preceitua o Art. 4º do Decreto Lei no 972, de 17/10/69”.
Aproveitei e fui procurar na internet... descobri que o assunto é muito comentado. Tanto, que na página da Federação Nacional dos Jornalistas consta que no último dia 09/09/2010, a "Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento emitiu a nota técnica 762/2010, confirmando, a pedido da Fenaj, que a carga de trabalho dos jornalistas empregados nesta condição em órgãos da administração pública federal é de 25 horas semanais".
Outro documento que trata do tema é a portaria SRH 1.100/2006 (alterada pela Portaria 222/2008). Com tantos concursos que foram realizados recentemente para a função de jornalista, muitos deles contendo no edital a carga horária de 40 horas semanais, normal que tenha gerado a dúvida.
A Fenaj também orienta aos jornalistas do serviço público federal que, "caso esteja sendo cobrada jornada acima das cinco diárias, ingresse com processo administrativo solicitando o cumprimento da Portaria SRH 1.100/2006". Além de enfatizar que a esta jornada dos "servidores estatutários nas demais esferas da administração pública (Estados e municípios) depende de regramento próprio".
Havia certo desconforto, pois a carga horária semanal de trabalho prevista no Estatuto do Servidor, a Lei 8.112, é de 40 horas semanais. Porém, essa mesma legislação respeita a existência de legislação específica.
Vale lembrar, que historicamente tivemos no Brasil a seguinte regulamentação: Decreto-Lei nº 1.445/76, art. 16; e Decreto-Lei nº 972/69, art. 9º. Mais antigo é o Decreto-Lei nº 910, de 30/11/1938, que no artigo 34 previa: "A duração normal do trabalho dos empregados compreendidos neste Decreto-Lei não deverá exceder de cinco horas, tanto de dia como à noite".
Lógico, tudo isso muda em relação aos ocupantes de Cargo de Direção ou Função Gratificada, que deverão cumprir o regime de integral dedicação ao serviço, podendo ser convocados sempre que houver interesse da Administração.
Outro lembrete a ser feito é: “os ocupantes da categoria funcional de Técnico em Comunicação Social (jornalista) deverão apresentar o registro de Jornalista expedido pelo Ministério do Trabalho, conforme preceitua o Art. 4º do Decreto Lei no 972, de 17/10/69”.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Saber adquirido é uma riqueza imensurável
Partindo do texto anterior, resolvi pesquisar algo mais sobre alguns termos jornalísticos. Digo isso porque revisitei o termo “copidesque”. Sabia que ele já ocupou lugar de destaque nas redações dos jornais.
Para quem não sabe, o copidesque era encarregado de “pentear a matéria”, ele dava “a forma gramatical e jornalística ao texto”. O que incluía encurtar ou adequar a redação, retirando comentários pessoais emitidos pelo repórter e criando títulos.
Comparando esses termos de A. Vivaldo de Azevedo, sei que em “Jornalismo Digital”, de Pollyane Ferrari (Editora Contexto – 2009), o copidesque é ponto de partida para comparar o que ela chama atualmente de “empacotador”. Aquele cuja função é preparar um texto de outras mídias para a internet.
Para quem não sabe, o copidesque era encarregado de “pentear a matéria”, ele dava “a forma gramatical e jornalística ao texto”. O que incluía encurtar ou adequar a redação, retirando comentários pessoais emitidos pelo repórter e criando títulos.
Comparando esses termos de A. Vivaldo de Azevedo, sei que em “Jornalismo Digital”, de Pollyane Ferrari (Editora Contexto – 2009), o copidesque é ponto de partida para comparar o que ela chama atualmente de “empacotador”. Aquele cuja função é preparar um texto de outras mídias para a internet.
Só que eu começo a me ver como uma copidesque na função de assessora de comunicação. Isso porque quando chega um texto do pessoal da casa para publicação, temos que mexer, adequar para inserir nos veículos de comunicação institucional.
Mesmo que sejam pequenas alterações, a “fonte” sempre vai entender as... não diria correções, mas o tratamento conforme o meio a ser atingido.
O certo é que hoje em dia é profissional praticamente extinto, sendo substituído por outros profissionais. Pessoas que fazem o trabalho de redator ou revisor de textos, mas nada ccomparado com o destaque de antes, até porque jornalista tem que no mínimo escrever com correção.
Mesmo que sejam pequenas alterações, a “fonte” sempre vai entender as... não diria correções, mas o tratamento conforme o meio a ser atingido.
O certo é que hoje em dia é profissional praticamente extinto, sendo substituído por outros profissionais. Pessoas que fazem o trabalho de redator ou revisor de textos, mas nada ccomparado com o destaque de antes, até porque jornalista tem que no mínimo escrever com correção.
Partindo de algo que já havia escutado...
“A luta contra o erro tipográfico tem algo de homérico. Durante a revisão os erros se escondem, fazem-se positivamente invisíveis. Mas, assim que o livro sai, tornam-se visibilíssimo, verdadeiros sacis vermelhos a nos botar a língua em todas as páginas. Trata-se de um mistério que a ciência ainda não conseguiu decifrar...”
Monteiro Lobato
Monteiro Lobato
A pérola acima garimpei no livro de A. Vivaldo de Azevedo, Noções de Jornalismo Aplicado (Editora Tecnoprint – 1979). Não vou dizer que seja um livro antigo (porque tem quase a minha idade), mas realmente não é um livro atualizado.
Tanto, que a tecnologia citada ao longo da obra é bem ultrapassada: grandes agências de notícias ainda usavam “teleimpressoras de alta velocidade para a emissão de palavras diárias”.
Caso tenha se perguntado o porquê de se fazer esse tipo de leitura, é simples, estou em busca de respostas.
“Mas existem países onde o progresso ainda não chegou. Nesses, o velho processo do telégrafo comum é bastante usado e supre as necessidades. O importante é que a notícia surja, seja de que maneira for” – grifo meu.
Tirando o que ficou mais como registro histórico, de como era o jornalismo no fim dos anos 70, aprendi mais sobre o processo comunicativo lendo o livro. Acredito também que é importante que o conhecimento surja...
E é o que pretendo, lendo e comentando aqui. Assim, vou acumulando informações sobre a minha profissão, refletindo em como usá-las no meu trabalho diário.
Vamos enfrente!
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