domingo, 28 de julho de 2019

Lobby


A última postagem foi sobre o lobby. Vamos voltar a ele (antes que o mês acabe e eu não complete o pensamento sobre o tema conforme havia planejado)!

Primeiro, vejamos o que diz a Wikipédia sobre o tema: 

Lobismo, também referido como lóbi (em inglês: lobby, antessala, corredor; ou em inglês: lobbying), é o nome que se dá à atividade de influência, ostensiva ou velada, de um grupo organizado com o objetivo de interferir diretamente nas decisões do poder público, em especial do poder legislativo, em favor de causas ou objetivos defendidos pelo grupo por meio de um intermediário.

Apesar de o termo lobby ter, no Brasil, a conotação de troca de favores ou corrupção, a definição original remete a um significado mais neutro. Pena que gostamos de desvirtuar as coisas! Assim, quando o concurso da TRANSPETRO fez a seguinte afirmação, estava errada:

A comunicação nas organizações pode ser caracterizada na prática pela formação de lobby.

Mas as duas próximas questões são corretas:

CESPE - 2010 - MPU - Analista de Comunicação Social:
Acerca do papel do assessor de imprensa e de suas rotinas no relacionamento com jornalistas.
Atualmente, em razão dos novos desafios impostos ao assessor de imprensa, ele, além de ser um estrategista no uso da informação, pode se tornar um gestor de recursos humanos, materiais e financeiros de sua área.

IBGE:

Quando um assessor de imprensa envia para os veículos um teaser, tem por objetivo: despertar a curiosidade da imprensa sobre determinado produto ou evento.

Isso sim seria um lobby bom de ser feito!

quinta-feira, 11 de julho de 2019

Eternizar

Estou lendo um livro que ganhei, ganhei de um jornalista, e é sobre uma jornalista. Rosa Montero.
A obra A louca da casa traz algumas reflexões sobre a vida da escritora e jornalista, e nos ajuda a pensar um pouco sobre nossa profissão e muito sobre o ato de escrita.  “Porque os romances nascem assim, a partir de algo ínfimo. Surgem de um pequeno grumo imaginário que eu denomino de ovinho”, diz Rosa Montero. 

Eu escrevo pensando em pequenos “ovinhos”, que nascem e se reproduzem. Sejam os textos do jornalismo propriamente dito, sejam esses textos extras que vão compondo meu “portfólio” de vida. Quem sabe eu me eternize, de algum modo (risos):

[…] Amando você é eterno. Da mesma maneira, escrevendo um romance, nos momentos de graça da criação do livro, sente-se tão impregnado da vida dessas criaturas imaginárias que, para você, não existe o tempo, nem a decadência, nem a própria mortalidade. Você também é eterno ao inventar histórias. A gente sempre escreve contra a morte.

Obrigada Rosa Montero, pela reprodução de ideias entre nós! Espero que me manter estudando em forma de blog sobre minha profissão seja uma forma de eternizar conhecimentos.
Agora, voltemos aos nossos estudos para melhoria da atividade jornalística. 

Entre os questionamentos, vamos nos perguntar se assessor de imprensa faz ou não lobby. assim, em uma questão de concurso caiu a assertiva abaixo.

Wilson Bueno, citado por Margarida Kunsch (Planejamento de Relações Públicas na Comunicação Integrada): "o assessor de imprensa (...). É ele quem (...) EXERCE UMA ESTRATÉGIA SADIA DE LOBBY JUNTO ÀS COMUNIDADES DE INTERESSE DA EMPRESA"....
Então ele pode, sim, ser lobbista..... Aqui vale lembrar que esse conceito tá mudando, tá, inclusive, em processo de regulamentação no Brasil....

Resposta Errada, uma vez que essa não é dessa forma de o jornalista atuar na organização, pois ele precisa manter sua função ética e não ser uma ação puramente mercadológica.

sábado, 22 de junho de 2019

O futuro


Incertezas. É disto que trata o futuro, especialmente, no contexto atual…
E eu sei, exatamente, que nada sei (e será que saberei)…

Mas sempre foi assim, incerto, e isso o torna o dia seguinte mais instigante. Eu mesma gosto de “pagar para ver” o que virá. Talvez seja um dos fatores motivadores para me manter sempre buscando mais conhecimento.

Já o que ficou para traz, como diz Mario Quintana, deve nos servir de aprendizado: "O passado é lição para refletir, não para repetir".
Tendo em vista que o tema de hoje é mais uma pílula-texto cheia de subjetividade, vamos a uma questão de concurso que também trata de “futuro”!

A prova a seguir foi aplicada pela banca ESAF, em 2009, para a Agência Nacional de Águas (ANA), no cargo de Analista Administrativo - Comunicação Social - Relações Públicas.

Há um consenso entre os especialistas de que o mundo contemporâneo - e em especial o ambiente organizacional - tem sido abalado profundamente pelo processo crescente de globalização dos mercados e das ideias, pela revolução provocada pelas novas tecnologias, pela desmassificação do processo de produção e pela valorização do espírito de cidadania. Este ambiente, em contínua agitação, redimensiona o perfil das organizações e as torna menos estratificadas e mais flexíveis, convidando-as, permanentemente, a esticar os olhos para ver o que está à frente. O futuro (alguém ainda duvida disso?) mais do que o presente, será complexo, repleto de incertezas, mas (ainda bem!) rico em oportunidades para quem se dispuser a se "sentar" sobre um novo paradigma.
(W. Bueno. Comunicação Empresarial)
 Considerando o cenário organizacional apresentado por Bueno, analise as afirmativas a seguir e assinale a resposta correta.
 ( ) O processo de segmentação dos públicos, os chamados nichos de mercado, tem provocado mudanças substanciais na Comunicação Empresarial, com a implementação de canais diferenciados para atender às demandas informativas localizadas.
 ( ) O cliente evoluiu para o cidadão e espera um relacionamento mais amplo do que aquele que costuma vigorar entre a empresa que vende e as pessoas que compraram, porque o contato não se esgota mais com a transferência do produto.
 ( ) As organizações têm feito um grande esforço para criar veículos múltiplos para atender a demandas que também são múltiplas.
 ( ) Um exemplo de veículo novo, elaborado com o objetivo de atender a este novo padrão de relacionamento com os clientes, seria uma revista dirigida aos diversos públicos, com editorias específicos para cada segmento.
 ( ) Até o relacionamento com o público interno deve ser renovado e a intranet empresarial é hoje o veículo que reúne em um mesmo canal todos os instrumentos, contemporâneos e tradicionais, tornando-se um veículo para todos os fins.
 a) F, F, V, V, V
b) V, V, V, F, F
c) F, V, F, V, F
d) V, V, F, V, V
e) V, F, V, V, F

Resposta: B

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Tecnologias


Vou começar a postagem de hoje com a frase de um teórico nacional que considero muito importante e atual:

Conhecer não é um ato isolado, individual. Conhecer envolve intercomunicação, intersubjetividade. É por meio dessa intercomunicação mediada pelos objetos a serem conhecidos que os homens mutuamente se educam, intermediados pelo mundo real.


O pensamento é do educador Paulo Freire. E ela nos remete a esse modo integrado e coletivo de nos educarmos, aprendermos e desenvolvermos a sociedade. Tal qual é a ideia do blog, de compartilhar e receber retorno de quem o acompanha. Mesmo que seja apenas o de acessar e ler os conteúdos aqui divulgados. Assim como eu acesso e leio outros materiais disponibilizados neste gigante mundo virtual.

E já que Freire falava em comunicação mediada, veio a vontade de pesquisar o tema tecnologia. Busquei para tanto algumas questões de concurso, porque gosto de rever sempre esse material.

Uma pergunta que caiu em 2013, para o cargo de Analista - Área Comunicação Social (Área de Formação: Comunicação Social com habilitação em Jornalismo) do Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO) trazia assunto relacionado à teoria de McLuhan. Na prova aplicada pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE), foi considerada Certa a seguinte proposição:

O conceito de aldeia global foi emitido nos anos 60 por Marshall McLuhan para sintetizar a ideia de que as novas tecnologias da comunicação, com a televisão ao centro, alterariam o modo de o homem ver o planeta.

A televisão e, posteriormente, os computadores e a internet de fato mexeram muito com nossa vida. Na mesma linha, temos essa questão no concurso da Transpetro (Petrobras Transporte S.A.), que avalia o quanto um computador com sua tecnologia avançada poderia contribuir com nossa visão de mundo e com nosso trabalho enquanto jornalistas.

A RAC - Reportagem Assistida por Computador - é uma forma de apuração baseada em novas tecnologias. Sobre ela, podemos afirmar que: permite combinar o uso da Internet com métodos qualitativos de pesquisa no sentido de produzir matérias mais profundas e analíticas.

A resposta é Certa. Apesar de que também vemos muito jornalismo “shallow now” por aí (desculpem-me pelo trocadilho).

Para finalizar, a última também aplicada pelo CESPE, em 2004, para a área de Comunicação Social da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária):

A sociedade atual caracteriza-se por ser tecnologicamente definida e por apresentar uma desterritorialização das relações sociais e econômicas. Com relação a esse assunto, julgue os itens a seguir.
O principal objetivo da comunicação institucional é conectar a organização com o mundo, por meio de tecnologias de informação e meios eletrônicos que permitam a sua identificação pelo público.

A questão é errada, pois, o objetivo com certeza ultrapassa essa conexão via tecnologias para identificação pelo público. Afinal, por mais que as tecnologias nos ofertem ferramentas, nossas finalidades não nos limitam a elas.

Enfim, que nesta aldeia global continuemos com os pés no chão, mediatizados pelo mundo real e nos educando mutuamente. Avançar é preciso!

domingo, 16 de junho de 2019

Avaliação

O que nos impede de alcançar nossos sonhos?

Será que estamos com diversos objetivos entrelaçados e uns tumultuando os demais?

Eu tinha imaginado que teria tempo para com maior periodicidade escrever para o meu blog, antes que a plataforma Blogspot seja extinta. Escrevi algumas linhas e depois precisei me afastar novamente. Espero que seja diferente no segundo semestre deste ano, em que estabeleci a meta de uma vida mais tranquila, menos ainda exposta e/ou consumista, porque a vida online é antes de tudo consumista (de informações em excesso, por exemplo). Fácil nunca será.

Hoje iniciei a leitura do livro de Jaron Lanier: Dez argumentos para você deletar agora suas redes sociais (Editora Intrínseca, 2018). Espero que contribua com a jornada que se inicia… se bem que até agora não quero deixar as redes (risos). Porém, vejo que terei uma visão diferenciada ao concluir a obra. É como um velho pensamento que gosto: é hora de descoisar as coisas coisadas…

No livro de Lanier se trabalha inicialmente teorias behavioristas que são estudadas e testadas desde antes da invenção dos computadores. “Os behavioristas estudavam maneiras novas, mais metódicas, estéreis e esquisitas de treinar animais e humanos”, explica o autor. Ele continua:
Havia um behaviorista famoso chamado B. F. Skinner. Ele montou um sistema metódico, conhecido como caixa de Skinner, em que animais engaiolados recebiam agrados quando faziam algo específico.
Nesta comparação, atualmente, também estamos nós sendo premiados ou castigados no uso das mídias sociais. A tecnologia digital pode estar usando conosco a maneira behaviorista de pensar e nos manter conectados. Lanier explica:
Não surpreende que B. F. Skinner tenha sido um personagem importante nos primórdios das redes digitais, por exemplo. Ele viu as redes digitais como uma maneira ideal de treinar a população para o tipo de utopia que ele buscava, em que todos nós finalmente nos comportaríamos. Um de seus livros se chama Para além da liberdade e da dignidade. Para além!
O termo “engajamento” faz parte da linguagem familiar, eufemística, que esconde a imensa estupidez da máquina que construímos. Precisamos usar os termos como “vício” e “modificação de comportamento”.
 

Recorrendo às teorias da comunicação, veremos que as pesquisas nos Estados Unidos sempre tiveram forte aproximação com a psicologia comportamental.
Entre os anos 20 e 60, os estudos norte-americanos foram marcados pela hegemonia de um campo de estudos denominado Mass Communication Research. Essa tradição de estudos é composta por abordagens de autores tão variados que vão desde a engenharia das comunicações, passando pela psicologia e sociologia, com pressupostos teóricos e mesmo resultados distintos e, em muitos casos, quase inconciliáveis (Hohfeldt at al, Editora Vozes 2012).
Bom, todos esses são fatores a serem estudados e analisados. Como este blog me ajuda muito em ser centrada e pensar na minha profissão e no meu fazer jornalístico, são temas que podem continuar ocupando minhas mídias!
 E colocar a comunicação na berlinda é mais que uma necessidade dos tempos atuais. É preciso criar uma nova comunicação. Quem sabe encontremos os caminhos para que ela se estabeleça e se fortaleça.
Vamos fazer uma reflexão na área de comunicação institucional? Já que o objetivo é voltar a estudar as áreas da comunicação, pensemos em uma questão de concurso público. Esta caiu numa prova em 2004, aplicada pelo CESP:

A respeito da comunicação institucional, julgue os itens subseqüentes.
Verifica-se atualmente a passagem da era do produto para a era da responsabilidade social das organizações, da mudança de visão que privilegia o produto para a visão que valoriza o social, o institucional: essa visão institucional está-se sobrepondo às demais funções da organização.
(RESPOSTA C  - CESPE/ANVISA/2004/COMUNICAÇÃO SOCIAL)

domingo, 24 de março de 2019

Mídia Training

“Se você não tem o que esconder, não fuja do jornalista”, é o que aconselha Paulo Henrique Amorim na apresentação do livro de Heródoto Barbeiro “Você na telinha: como usar a mídia a seu favor” (São Paulo: Futura, 2010).
Minha pretensão este ano é voltar a refletir sobre os temas da comunicação aqui no blog. E livros como o do Heródoto estão na minha lista de (re)leitura.
Como sempre gostei, segue uma questão de concurso para o nosso ensaio sobre Mídia Training. Essa prova é de 2009, aplicada pela ESAF para ANA - Analista Administrativo - Comunicação Social – Jornalismo:

É orientação típica a ser dada a fontes de informações durante media training:
( ) fazer a contribuição tão completa e informativa quanto possível.
( ) ignorar os pressupostos do jornalista e responder objetivamente a questão colocada.
( ) preparar com o repórter as mensagens-chave a serem transmitidas durante a entrevista.
( ) valorizar o jornalista e atendê-lo diretamente evitando intermediação de secretárias e assessores.

Avalie os itens acima e marque a opção correspondente.
a) V, V, F, F
b) F, V, F, V
c) F, F, V, V
d) F, F, F, F
e) V, F, F, V

Como resposta para essa questão aplicada na disciplina Comunicação Social era dada pela banca a letra “D”.

Então, temos aí exemplos do que não fazer no atendimento à imprensa. Logicamente, a valorização do jornalista e da equipe que estiver com ele deve acontecer, a partir do cumprimento e posterior agradecimento a todos, da escuta atenta às indicações, e a conversa em tom respeitoso sempre com os profissionais.
Já as mensagens-chaves devem fazer parte de seu discurso durante a entrevista. Você deve ainda procurar ser informativo a ponto de transmitir a quem assiste ao programa o “recado” principal de sua participação. Além de buscar falar de forma clara e objetiva.

segunda-feira, 11 de março de 2019

Há seis anos….


"O jornal - a informação jornalística em geral, em impressos, no rádio, na televisão ou na Internet - é atualmente produto de primeira necessidade, sem o qual o homem moderno não consegue gerir sua vida produtiva, programar ser lazer, orientar-se no mundo e, finalmente, formular suas opiniões. É uma forma de conhecimento e um serviço público essencial". (Robert Fisk)
Esta foi uma publicação que fiz há seis anos, usando uma frase de um jornalista renomado do The Independent, para atualizar o meu status na mídia social Facebook. Talvez hoje não o fizesse mais.
Lógico, não porque não acredite mais no poder de informação e de formação do jornalismo, mas pela atualidade das redes sociais em desenvolver boa parte desses quesitos. Vou tentar não falar na vilã “fake news”, tentando ter como ponto principal nesta postagem a importância que todos temos em poder “contribuir” com as notícias divulgadas.
Antes, nosso compartilhar de assuntos via boca a boca, ficava restrito a grupos menores. Com o advento e maior inovação da internet e das mídias sociais, foi ampliado esse disparo de novidades pelos ditos cidadãos comuns. Muita coisa ruim vem misturada, só que por outro lado, temos acesso muito mais ágil a temas diversos, transformando essa gestão da vida produtiva. Antes necessitávamos aguardar ou os informes extraordinários, ou as edições diárias de jornais impressos, televisionados, transmitidos via rádio e no anterior formato da internet.
Posso dizer que sinto falta é daquele ar mais intelectual dado aos temas jornalísticos, acho que é o resumo que eu poderia fazer. Talvez eu ande saudosista, talvez…
Perdemos, ganhamos, estamos empatados, ainda não consigo definir qual o saldo a partir da batalha do jornalismo versus propagação de informações a partir de tuitadas, de postagens no Instagram ou aparentados. Será que nos próximos seis anos a situação ficará mais precisa e com maior poder de análise? Aguardemos!



terça-feira, 5 de março de 2019

2019


Faz dias que quero retomar meu cantinho virtual, mas o pouco tempo para este “lazer” mental é resultado de muito trabalho e muito estudo, porque sempre encontro cursos e/ou formação nova a serem feitos. Coisas que não nego que eu gosto também (e é claro, daquele outro momento em que se vive uma vida mais livre)!

Porém, há temas que sinto necessidade de registrar. Assim como devo voltar fazer aqui com meus estudos do jornalismo, afinal, quem não afia as próprias ferramentas de trabalho, como conseguirá se manter um profissional de qualidade nos tempos atuais?

E um tema que me chamou a atenção foi um texto que li no mês passado no The Intercept. Escrito por Rosana Pinheiro-Machado, publicado no dia 12 de fevereiro de 2019, o artigo aborda definições de vagabundo. Precisava deixar ele registrado aqui para num futuro eu poder me recordar desse debate.

Para a autora, e eu concordo muito com ela, os brasileiros veem “ambulantes, desempregados, pessoas em situação de rua, pobres, nordestinos, putas, LGBTs, ativistas, bandidos” como "vagabundos". Logicamente, eu ainda incluiria neste rol outros públicos tratados como minoritários, desordeiros e como pessoas mal vistas perante a nossa “sociedade”. Coisas de um passado colonial e patriarcal que herdamos e que muitas vezes pensamos ter orgulho, pois há um fingimento geral de que somos heróis conquistadores. Na verdade, fomos os vencidos, mas as ideologias que nos moldam desde criancinhas tapam nossos olhos.

Passamos por cima de registros de horrores diversos a que foi imposto aos que aqui estavam e aos que permaneceram. Somos assujeitados por uma política de favores preestabelecida, religiões que tentam nos guiar às cegas, ou o retorno das escolas ditas apartidárias, mas que carregam grandes significados práticos de imposição de desfavorecimento a uma classe já previamente desfavorecida.
Ao taxar alguns grupos (e quem está alijado de ser enquadrado em um “grupo”) de vagabundo é possível tirar seus direitos (inclusive o direito à vida). Isso me assusta, e assusta muito.

O meu "eu mulher" é um dos que mais se preocupam com essa banalização e viralização do "vagabundo". Porque, por exemplo, em um caso de feminicídio a sociedade primeiro julga a vítima (estava de roupa curta, ela quem provocou, ela quem convidou, enfim, a mulher é condenadas várias vezes).

E o Brasil ocupa uma posição mundial nada agradável neste quesito, estando entre os que mais assassinam mulheres. 

Como estamos iniciando 2019, uma vez que o ano começa mesmo é depois do Carnaval, é momento de refletir e começar a escrever uma nova história. Coloaque-se no lugar do outro e descubra se você mesmo não é esse também esse outro.

Dar as mãos e ajudar o outro a se levantar deveria ser muito mais fácil/agradável/preferível que tentar o exterminar.