terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O Jornalista Mino Carta

Com o título “O (RE)INVENTOR” a Revista Imprensa (nº 275 – Jan/Fev de 2012) traz o perfil do jornalista Mino Carta, 78 anos: “A postura crítica, os comentários ácidos e a ironia fina usada para responder as perguntas que lhe são dirigidas são as características mais lembradas pelos jovens jornalistas e pelos pretensos colegas de profissão”, descreve Thaís Naldoni.

No site da Revista CartaCapital, que leva o sobrenome de Mino e que também é uma de suas criações, traz a seguinte descrição do jornalista:

“Mino Carta é diretor de redação de CartaCapital. Fundou as revistas Quatro Rodas, Veja e CartaCapital. Foi diretor de Redação das revistas Senhor e IstoÉ. Criou a Edição de Esportes do jornal O Estado de S. Paulo, criou e dirigiu o Jornal da Tarde.

Entre os que falam sobre “um dos mais comentados e conceituados personagens do jornalismo nacional” na reportagem de Imprensa, está Luis Nassif: “O Mino tem uma intuição para a notícia e para o ângulo da notícia que é fantástica. A parte mais difícil em uma revista é você definir a personalidade dela. Você tem que ter uma liderança muito forte”.

Para a Revista, Mino fala que:

“A geração à qual eu pertenço é uma geração de jornalistas que pelo menos tiveram a vantagem de ler muito, sabiam lidar com a informação de forma desembaraçada. O Brasil já teve repórteres como Rubens Braga e Joel Silveira, por exemplo. Era outra coisa. O jornalismo brasileiro hoje é de péssima qualidade”.



Bom, vale a pensa conhecer mais sobre a história deste jornalista de “gênio forte” e que “se notabilizou por comandar a fundação de veículos que ajudaram a escrever a história da mídia brasileira”. Fica a dica!

Aproveitando, selecionei duas passagens em que o jornalista Carmo Chagas fala sobre o Mino, no livro “3x30 – Os bastidores da imprensa brasileira” (Editora Best Seller, 1992):

Na revista Veja
“Mas naquele começo de 1971, minha admiração pela capacidade profissional do Mino multiplicou-se. Não conheci, em nenhuma outra redação, jornalista tão completo, tão talentoso. Um dos textos mais elogiados que assinei foi, na verdade, inteiramente remontado por ele”.

“Toda semana, durante quase dois anos, o Mino discutia comigo a pauta de cada matéria, a edição. Esclarecia a respeito de cada título que mandava refazer. Cada legenda”.

No Jornal da Tarde
“O Mino era o número 1, o chefe de redação. Diagramava a primeira e as páginas mais importantes de cada dia. Comandava a operação com classe e algumas explosões de temperamento italiano. Mostrava a importância da ilustração para a boa edição de uma reportagem, ensinava o cuidado com o uso adequado dos termos e conceitos (...) ‘Mais que exigente, o jornalista precisa ser criterioso ao noticiar, ao analisar’, insistia o Mino”.


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