sábado, 29 de janeiro de 2011

Repórter Esso e uma era no rádio


Certa vez li uma questão de concurso que fazia menção ao Repórter Esso e perguntava em qual veículo fez história. Muitos podem relacioná-lo aos tempos de TV Tupi, mas foi no rádio que o programa fez mesmo sucesso.

Iniciado em 28/08/42, período da II Grande Guerra, a primeira vez que entrou no ar foi de forma experimental, na Rádio Farroupilha, de Porto Alegre (RS).

“Não há dúvida sobre o fato de que o ‘Repórter Esso’ foi o programa radiojornalístico que conseguiu os maiores índices de credibilidade até hoje no Brasil”, escreve Mauro de Felice em Jornalismo de Rádio (Thesaurus, 1981).

Ligado à “Esso Brasileira de Petróleo”, o programa existia também em Nova Iorque, Buenos Aires, Santiago de Chile, Lima e Havana.

Com o slogan “testemunha ocular da história”, na verdade tinha como objetivo trazer informações sobre a guerra a partir do ângulo norte-americano. Hoje, muitos sites trazem a frase: “A segunda guerra acabou depois que o Repórter Esso noticiou”.

Seu locutor mais famoso: Heron Domingues.

Ao se mudar do Sul do Brasil para o Rio de Janeiro, Heron fazia plantão 24 horas na “Rádio Nacional”, desde a sua contratação em 04/11/44. Ele aguardava para anunciar o fim da guerra. Heron largou o rádio em 1962, quando foi dirigir o departamento de notícias da Rádio Rio.

A última transmissão do Repórter Esso foi em 31/12/68, na chefia estava Leony Mesquita. E a TV, o fim chegou dois anos depois (31/12/70), exibido pela Tupi e pela Record.

Na Revista Imprensa de dezembro passado (nº 263), traz a história de Nemércio Nogueira, um dos âncoras do Repórter Esso na TV Tupi. “Ele conta que, apesar de todo o sucesso do jornalístico, fazer telejornal naquela época (68) exigia muita paciência, principalmente no que se refere à edição. ‘A edição do filme era feita numa maquininha que cortava o fotograma e se colava com durex. Tinha de colar certinho e torcer para não descolar no ar. O videoteipe, aquela caixa enorme, só era usada para novela. Era tudo ao vivo’, lembra Nogueira. A redação do programa ficava na rua Sete de Abril, no centro da cidade. Depois de produzido, o apresentador precisava correr pelas ruas de São Paulo para chegar a tempo nos estúdios da TV Tupi, a sete quilômetros dali, no Sumaré, onde hoje fica a MTV.”

A reportagem continua: “No dia 31 de dezembro de 1968, a edição paulista do programa foi extinta, por decorrência da forte concorrência gerada com a estreia do ‘Jornal Nacional’, da Rede Globo. Ele lamenta não ter nenhum registro do que ele chama de ‘anos heroicos do jornalismo’, quando a produção era muito complicada e cara. Os vídeos foram carbonizados durante o incêndio ocorrido na TV Tupi em 1978”.

Outra história que merece registro, especialmente para mim, uma sul-mato-grossense, é a seguinte (extraída do livro de Mauro de Felice):



“Outra vez, em 1946, um avião da FAB sobrevoava a Cidade de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, sem condições de decida, porque estava com defeito e o campo não tinha iluminação. Imediatamente, o controle do voo do Rio de Janeiro solicitou ajuda. O ‘Esso’ lançou uma edição extra no ar, contando o que acontecia. Em Campo Grande, dezenas de automóveis se dirigiram para o aeroporto local e com seus faróis improvisaram um balizamento de iluminação que permitiu a descida do avião da FAB, com os tripulantes a salvo”.

Vai dizer que a rádio não era ouvida!

Podcast e outros termos

Só para registro:

Podcast é o nome dado ao arquivo de áudio digital, geralmente em formato mp3. É publicado através de podcasting na internet e atualizado via RSS (ou realmente simples).

O nome podcast também pode se referir a série de episódios de algum programa quanto à forma em que este é distribuído.

Creditado a um artigo do jornal britânico The Gardian, o termo podcast foi usado pela primeira vez em 12/02/04. E o formato de transmissão com RSS só aconteceu em setembro daquele ano, quando Dannie Gregoire usou o termo para descrever o processo utilizado por Adam Curry.

Lembrando que o autor de um podcast é um podcaster. Eu fiz apenas um podcast para esse blog, faz tempo que não me arrisco!!!

Broadcast = transmissão de rádio ou TV.
Videocast = podcast em vídeo, geralmente em formato mp4.

Ainda de acordo com a Wikipédia, a utilização de feeds RSS para distribuir o conteúdo é a grande diferença do podcasting em relação aos audioblogs, vlogs e flogs.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Gotas para cima

Estudar para concurso é para pessoas fortes. Falo isso porque vejo que é preciso dedicação. E não é necessária uma dedicação exclusiva não. Gosto de dizer que se o concursando estudar 15 minutos ao dia (antes de sair o edital, é claro), ele estará na frente de muitos candidatos.

Concurso é uma mistura de fatores, mas ao mesmo tempo a sorte de cair aquilo que você também estudou!!! E pegar para fazer uma leitura, anotar o que de mais interessante encontrou, é algo que você próprio está se propondo a fazer. Ponto a mais na hora da prova.

Aquilo que fazemos por obrigação, para somente agradar aos outros – ir a um cursinho só porque tem alguém pagando, por exemplo – não agrega muito ao seu conhecimento. Diferente de quando a gente se interessa, aponta o caminho como meta.



Hoje, indo de Porto Velho a Ariquemes, estava caindo uma chuva fina, quase uma garoa. O engraçado é que as gotas caiam: ou para cima, ou, no máximo, para os lados.

O vento que batia no vidro e empurrava a água para um lugar diferente. Isso é o que precisamos na vida e nos nossos estudos.

Fiz esse texto, saindo do padrão dos últimos (mais focados apenas no jornalismo) para enfatizar o papel da motivação que precisamos ter. Só assim, não ficaremos na bacia comum, faremos outro percurso, não a trajetória que nos parece “natural”.

Gosto de Bertold Brecht, para quem sempre devemos desconfiar do que parece natural, assim, não nos acomodemos:

Desconfia do mais trivial, na aparência singela. E examina, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: não aceite o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de mudar.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Diante da TV

Outro livro dos tempos de faculdade que peguei para ler durante as férias deste início de ano foi Televisão: a Vida Pelo Vídeo de Ciro Marcondes Filho (Editora Moderna).

Entre as reflexões que abrem o capítulo, está a de que “por que as pessoas, hoje, são magnetizadas pela TV?”


Sou mãe. E sei o quanto as crianças são fascinadas pela televisão, sei que se elas pudessem permaneceriam o dia todo diante do aparelho. Talvez não só ligadas na programação normal, mas acrescidas de jogos e filmes no DVD (por causa da programação adulta que também vai ao ar, afinal, a grade de programação na TV aberta ainda não exibe desenhos o dia todo!!). Pequenas variações, mas tudo ainda mediado pelo veículo televisão.

De acordo com Marcondes Filho, vivemos “normalmente em dois mundos. Um deles e o das coisas práticas”. “Ao lado desse mundo, há outro, o da fantasia”.

“Efetivamente a televisão não funciona somente como distensão ou desligamento entre o trabalhador e seu trabalho mecânico e repetitivo. Ao contrário, ela prolonga o ritmo da fábrica, do banco, da empresa, só que de uma outra forma, pois mesmo durante o tempo de reparo, ou enquanto assiste à TV, o sujeito mantém seu ritmo de produção”.

Contextualizado no mundo capitalista, “a empresa vive também de apoio geral da sociedade que ela constrói ao seu redor e que visa, por sua vez, lucrar com ela”.

Diferente das formas parciais de comunicação – aquelas que deixam espaço para a criação do receptor, a exemplo da literatura, teatro e outras – a TV é uma forma totalizadora. Isto porque fornece “cenários completos, prontos, terminados”.

Apesar de afirmar que nenhuma das formas acima foi analisada de forma positiva ou negativa, o autor mostra que a “indústria da comunicação é mais complexa (atinge mais pessoas, possui mais recursos, produz mais aparelhos eletrônicos)”.

Atualmente a TV Globo faz propaganda sobre as discussões que promove por meio das novelas (combate à violência, ética, deficiência física, entre outras). O fato pode ser comparado com o que diz Marcondes Filho, ao recordar os tempos em que se falava que a TV simplesmente suprimiria o diálogo. “Por ser um meio totalizante, ela inova, apresentando exemplos de vida, de ambientes, de situações que acabam funcionando como modelos”.

Zapeando pela net descobri um site interessante e que também comentou o livro... vale a pena fazer uma visita ao Leitura (mais que) Obrigatória.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Estudando o modelo "Estado-Igreja"

Em prova de concurso, que posteriormente foi reaplicada pela FCC, para o cargo de jornalista do Ministério do Planejamento (MPOG/2009), uma das questões era a seguinte:

“O método de administração que divide a empresa que faz jornalismo em duas metades, uma editorial e outra comercial, autônomas e separadas entre si, é conhecida como”: igreja-estado.


Lembrei-me dessa questão quando nesta semana iniciei a leitura do livro Releasemania uma contribuição para o estudo do press-release no Brasil, de Gerson Moreira Lima (Summus Editorial, 1985). Mais exatamente, foi no seguinte parágrafo:

“Na Europa, por exemplo, podemos encontrar um sistema de trabalho em que a redação tem certa autonomia – com relação à empresa, podendo opinar na linha editorial do jornal, selecionar os anunciantes etc. Além disso, cada redator ou repórter tem o direito de saber por que sua matéria foi cortada da edição. No Brasil, porém, cada vez mais a redação vem perdendo sua autonomia, em função do crescimento dos interessados econômicos e políticos da empresa, em geral um grande grupo monopolista. Com isso, a autonomia passou às mãos dos tecnocratas, que são fiéis representantes dessa nova política empresarial.”

Revendo o trecho e pensando que o modelo “igreja-estado” representaria que o lucro da empresa jornalística não viria do dinheiro de anunciantes, mas seria construída a partir da credibilidade, vemos que na prática, mesmo passados 25 anos da publicação do texto de Gerson Moreira que o cenário pouco mudou.

Já trabalhei em redação de jornal e sei que dificilmente não será o setor comercial quem muitas vezes comandará até que ponto o jornalista pode apurar/noticiar alguns fatos. Para os patrões, com certeza, a pauta foi uma grande invenção, pois dita o que o repórter deverá trabalhar em cada jornada de trabalho.

Agora no fim do ano, um texto de Eugênio Bucci fala do tema.

“Desde fins do século XIX, as empresas que editam os melhores jornais do mundo começaram a aprender a dividir seus funcionários em duas equipes bem diferentes: uma é a equipe dos jornalistas, que cuidam da área editorial (a "Igreja"); do outro lado, fica a área comercial (o "Estado"). O objetivo sempre foi o mesmo: assegurar um ambiente em que interesses de anunciantes ou financeiros não distorçam as pautas e o enfoque das reportagens. A partir do final do século XX, tudo passou a mudar muito rapidamente. Em algumas redações, o pessoal de marketing ou da publicidade chega a participar da pauta, e ninguém se sente traindo a confiança do leitor. "Igreja" de um lado e "Estado" de outro é coisa do passado?”

Segundo o artigo de Bucci, “Henry Luce (1898-1967), co-fundador da revista Time” conseguiu transformar um padrão organizacional “separar o lado comercial (apelidado de "Estado") e o lado editorial (a "Igreja") na administração de Time Inc.”

Indo mais a fundo, o que se fala é que o leitor será o patrão do jornalista.

Confira na íntegra o texto de Bucci no site Observatório da Imprensa.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

150 anos do Patrono dos Radioamadores Brasileiros

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) vai emitir um selo para comemorar os 150 anos do nascimento de Roberto Landell de Moura. O lançamento será neste dia 21 de janeiro de 2011 e fará uma homenagem ao (ainda) injustiçado padre-cientista.

No site se encontra uma campanha que fala que ASSIM COMO ALBERTO SANTOS DUMONT É O PAI DA AVIAÇÃO, ROBERTO LANDELL DE MOURA É O PAI DAS TELECOMUNICAÇÕES, tentado a inscrição do nome de Landell no Livro dos Heróis da Pátria.

De acordo com a Wikipédia:

Roberto Landell de Moura (Porto Alegre, 21 de janeiro de 1861 — Porto Alegre, 30 de junho de 1928) foi um padre católico e inventor brasileiro.

É considerado um dos vários "pais" do rádio, no caso o pai brasileiro do Rádio. Foi pioneiro na transmissão da voz humana sem fio (radioemissão e telefonia por radio) antes mesmo que outros inventores, como o canadense Reginald Fessenden (dezembro de 1900). Marconi se notabilizou por transmitir sinais de telegrafia por rádio; e só transmitiu a voz humana em 1914.

Pelo seu pioneirismo, o Padre Landell é o patrono dos radioamadores do Brasil. A Fundação Educacional Padre Landell de Moura foi assim batizada em sua homenagem, assim como o CPqD (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento) criado pela Telebrás em 1976, foi batizado de "Roberto Landell de Moura".

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Mudando de assunto: Rádio


Remexendo na estante, peguei para próxima leitura Jornalismo de Rádio, escrito por Mauro de Felice (Thesaurus, 1981). Vem à minha memória que também utilizei esse livro para o meu trabalho de final de curso, na UFMS.

“Ninguém deve escrever como jornalista aquilo que não pode dizer como homem”.

Só pela frase acima valeu abrir novamente o livro, porque é uma ideia válida para todos os veículos e áreas de atuação. Significa ética. E ética é algo que precisa nos acompanhar toda a vida.

Para aprender os “macetes” do radiojornalismo, o que aconteceria no dia a dia, acompanhando profissionais mais experientes, o autor enfatiza a necessidade de saber escrever à máquina. No nosso tempo, ser ágil na digitação, entender de informática.

Ao tratar da linguagem utilizada no rádio e na hora da escrita das matérias, Felice relembra a diferença entre informação, interpretação e opinião, que coexistem dentro da comunicação social.

De acordo com o autor, a primeira transmissão oficial de rádio no Brasil aconteceu no feriado de 07 de setembro de 1922. Na rádio fundada por Roquete Pinto (Rádio Sociedade Rio de Janeiro).

“As primeiras experiências de radiodifusão no Brasil, porém, ocorreram 30 anos antes”, alerta ele. “Foram realizadas em 1892, no interior de São Paulo. Foi em Mogi das Cruzes que o Padre Roberto Landell de Moura, de Porto Alegre, utilizando uma válvula de três eletródios transmitiu e recebeu a palavra humana através do espaço”.

Mesmo se tratando de um texto com trinta anos de vida, o livro tem suas atualidades. Entre elas que “as agências de notícias, tanto nacionais quanto internacionais, são hoje em dia o maior apoio para os noticiários de rádio, que em sua maioria preferem receber pronto do que ter de fazer”.

Prático e mais barato, diria eu.

Isso demonstra o quanto diminuiu e vem a cada dia sendo mais enxugada a equipe de redação em rádio. Não é o fim da profissão de radiojornalista certamente, até porque tudo se reinventa e está a radioweb para mostrar que mais novidades poderão surgir.

Na minha opinião, seja AM ou FM, ainda tem audiência para o horário da notícia, da entrevista e de outras formas de informação em rádio. Portanto, há espaço para o jornalista trabalhar.

É certo que moro em lugares que o radiojornalismo possui menos espaço ainda que em eixos como Rio-São Paulo-Brasília. Mas ainda é um nicho de mercado, quer apostar?

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A função de Relações Públicas


Uma profissional da área de relações públicas me dizia que trabalhar com cerimonial de eventos é muito parecido com o jornalismo. Explico: o texto teria que responder as perguntas do lead (quem, o que, quando, onde, como e por quê?).

Lembrando disso e na formação dessa minha interlocutora, fui buscar a definição do que é a profissão de Relações Públicas. Afinal, sempre quando pensamos em eventos, pensamos em RPs.

Segundo o Sindicato dos Profissionais Liberais de Relações Públicas no Estado de São Paulo “é uma função administrativa que avalia as atitudes públicas, identifica as diretrizes e a conduta individual ou da organização na busca do interesse público, e planeja e executa um programa de ação para conquistar a compreensão e a aceitação públicas”.

Como estou procurando bases de uma atuação integrada, fui conhecer outras assessorias de comunicação. Nisso, a uma amiga me enviou o seguinte e-mail com a descrição do cargo de assessor de relações públicas, que ela deve ter buscado no endereço :

Objetivo:
- Otimizar o processo decisório organizacional nas políticas e atividades de Relações Públicas.
- Estabelecer a integração os grupos que afetam os objetivos da organização.

Funções:
Pesquisa, Planejamento, Assessoramento, Execução, Coordenação e
Avaliação.

Tarefas:
Ø Em Pesquisa:
- Realiza e/ou manda realizar por empresas especializadas em sondagem de opinião, pesquisas de opinião e atitudes sobre a imagem, o conceito e a credibilidade da organização;
- Coleta informações através da imprensa escrita, falada e televisionada – gerenciamento de crise;
- Identifica e caracteriza os públicos (grupos que afetam os objetivos da empresa);
- Realiza pesquisa de leitura e leiturabilidade;
- Realiza pesquisa de hemerografia;
- Coleta sugestões solicitações e queixas;
- Analisa e interpreta os dados das pesquisas;
- Experimenta novos métodos e técnicas de Relações Públicas.

Ø Em Planejamento:
- Elabora o planejamento de Relações Públicas, constituído de objetivos, estratégia, tarefas, cronogramas e orçamento;
- Elabora programas de Relações Públicas;
- Seleciona métodos e técnicas de Relações Públicas.

Ø Em Assessoria:
- Fornece pareceres, apresenta alternativas e recomenda atividades à decisão da Direção sobre: estratégia e políticas de Relações Públicas; políticas de propaganda institucional; política de mecenato (doações), motivação dos recursos humanos e política de responsabilidade social;
- Assiste à Direção e qualquer elemento de organização em todas as oportunidades de representação da empresa.

Ø Em Execução:
- Cria, redige, produz e distribui informações específicas do seu setor/empresa para públicos específicos;
- Organiza e realiza atos culturais, como, congressos, conferências, seminários, encontros, etc.;
- Organiza e realiza atos sociais como, aniversários, jantares, coquetéis;
- Organiza e realiza eventos especiais, como, inaugurações, comemorações, visitas, open-house, viagens;
- Dirige o cerimonial;
- Redige discursos, mensagens etc;
- Visita líderes de opinião;
- Representa a empresa em atos públicos;
- Supervisiona o arquivo de públicos, de imprensa, fotográfico, clichês, fotolitos, discos, documentação etc;
- Emite e responde correspondência.

Ainda de acordo com o Sindicato dos Profissionais Liberais de Relações Públicas no Estado de São Paulo, “o profissional de Relações Públicas, pela lei brasileira, precisa ser formado em curso superior, ter registro no Conselho da categoria e pode exercer sua atividade como profissional liberal, assalariado ou de magistério nas entidades de direito público ou privado, tendo por fim o estudo ou aplicação de técnicas de política social destinada à intercomunicação de indivíduos, instituições ou coletividades”.

Em nossa área de atuação - e não estou falando como jornalista, mas como comunicadora - planejamento é tudo.


Agora para mim o desafio está lançado. Conhecer como cada um atua, para depois partir para o mais importante - como colocar em prática a comunicação integrada (jornalismo, publicidade, relações públicas, marketing, administração)?

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Fechando nosso estudo sobre redação

Chegamos ao último comentário sobre o livro de Alexandre Castro, “Redação Jornalística de Bico”. Sempre é bom dizer que todas as fórmulas devem ser usadas com os devidos cuidados. Elas facilitam na hora da escrita, desde que sem exageros, com o objetivo final de facilitar a leitura.

As sugestões apresentadas são para abrir o texto jornalístico, por isso, vamos direto ao ponto:

Fórmula do particípio

“Imprime força e atração ao texto” ao utilizar a inversão da ordem direta.

Ex.: Impossibilitados de viajar a Brasília, cerca de 50 aposentados fizeram manifestação...
Irritado com a intenção dos marreteiros e ambulantes, o prefeito...

Já as próximas duas fórmulas a seguir servem para “citar de início determinada informação que seria complementar”, mas a entendemos como relevante:

Fórmula do “por”

Ex.: Por unanimidade, o TCU julgou...
Por discordar da orientação..., a secretária pediu demissão...

Fórmula do gerúndio

Ex.: Apresentando-se como..., um assaltante conseguiu...
Atendendo aos apelos da CNI, o decreto...

Clareza. É assim que podemos resumir a contribuição deixada por Alexandre Castro ao trabalho dos jornalistas. Escrever um texto simples e conciso contribui para que todos leiam e entendam a matéria. Principal objetivo de um redator. Para fechar nosso estudo, deixo uma lista de verbos selecionada pelo autor, importante instrumento de trabalho:

Afirmou, reagiu, contestou, criticou, condenou, alertou, definiu, classificou, anunciou, descartou, negou, rebateu, previu, garantiu, assegurou, ameaçou, atribuiu, culpou, responsabilizou, respondeu, advertiu, reconheceu, desafiou, lamentou, recomendou, asseverou, insistiu, revelou, apontou, confirmou, exortou, declarou, apelou, frisou, enfatizou, destacou, salientou, acentuou, sublinhou, constatou, observou, citou, assinalou, exemplificou, justificou, ponderou, argumentou, alegou, esclareceu, ressalvou, acrescentou, prosseguiu, continuou, concluiu, completou, opinou, avaliou, estimou...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Continuando com a redação

Novo ano. Feliz 2011!!!

Novamente as expectativas são enormes. E que elas se realizem!

Para quem utiliza a língua portuguesa, na vida e no trabalho, sempre é hora de aprender. Assim, retomo o estudo de “Redação Jornalística de Bico”, de Alexandre Castro (Champagnat, 1991) e suas fórmulas para abrir uma matéria.

Fórmula do “embora”, “mesmo” ou “apesar de”

Serve para “associar fatos produzidos por fontes diferentes” e “colocar em confronto elementos de uma mesma fonte”.

Ex.: Embora/apesar de/mesmo que o presidente tenha garantido isso e aquilo, o líder da assembleia advertia que isso e aquele outro...
Apesar da ausência de estatísticas oficiais, médicos admitem que...
Mesmo desfalcado, Botafogo mantém sua superioridade técnica...

Fórmula das aspas

Usada sempre que a “declaração for mesmo boa”, garantindo força e destaque ao texto. Porém, caso haja necessidade de fazer uma síntese da declaração para torná-la contundente, as aspas devem ser excluídas.

Fórmula do “com”

Empregado em diversas situações, o recurso serve para colocar “determinada informação – que em princípio seria apenas complementar – deve ser alçada à primeira linha”. E também para “enfatizar a explicação de um fato antes de mencionar o próprio fato”.

Ex.: Com uma vitória ampla, o presidente ...
Com 140 mil habitantes e distante apenas 90 quilômetros, a cidade começa...

Fórmula do infinitivo

Permite alinhar elementos importantes antes de citar o fato propriamente.

Ex.: Jogar ofensivamente e não dar espaço aos adversários, essa é a tática do técnico...
Reduzir, de cinco para um ano, ... essa é a proposta da...


As outras fórmulas serão apresentadas na próxima redação.