quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Mudando de assunto: Rádio


Remexendo na estante, peguei para próxima leitura Jornalismo de Rádio, escrito por Mauro de Felice (Thesaurus, 1981). Vem à minha memória que também utilizei esse livro para o meu trabalho de final de curso, na UFMS.

“Ninguém deve escrever como jornalista aquilo que não pode dizer como homem”.

Só pela frase acima valeu abrir novamente o livro, porque é uma ideia válida para todos os veículos e áreas de atuação. Significa ética. E ética é algo que precisa nos acompanhar toda a vida.

Para aprender os “macetes” do radiojornalismo, o que aconteceria no dia a dia, acompanhando profissionais mais experientes, o autor enfatiza a necessidade de saber escrever à máquina. No nosso tempo, ser ágil na digitação, entender de informática.

Ao tratar da linguagem utilizada no rádio e na hora da escrita das matérias, Felice relembra a diferença entre informação, interpretação e opinião, que coexistem dentro da comunicação social.

De acordo com o autor, a primeira transmissão oficial de rádio no Brasil aconteceu no feriado de 07 de setembro de 1922. Na rádio fundada por Roquete Pinto (Rádio Sociedade Rio de Janeiro).

“As primeiras experiências de radiodifusão no Brasil, porém, ocorreram 30 anos antes”, alerta ele. “Foram realizadas em 1892, no interior de São Paulo. Foi em Mogi das Cruzes que o Padre Roberto Landell de Moura, de Porto Alegre, utilizando uma válvula de três eletródios transmitiu e recebeu a palavra humana através do espaço”.

Mesmo se tratando de um texto com trinta anos de vida, o livro tem suas atualidades. Entre elas que “as agências de notícias, tanto nacionais quanto internacionais, são hoje em dia o maior apoio para os noticiários de rádio, que em sua maioria preferem receber pronto do que ter de fazer”.

Prático e mais barato, diria eu.

Isso demonstra o quanto diminuiu e vem a cada dia sendo mais enxugada a equipe de redação em rádio. Não é o fim da profissão de radiojornalista certamente, até porque tudo se reinventa e está a radioweb para mostrar que mais novidades poderão surgir.

Na minha opinião, seja AM ou FM, ainda tem audiência para o horário da notícia, da entrevista e de outras formas de informação em rádio. Portanto, há espaço para o jornalista trabalhar.

É certo que moro em lugares que o radiojornalismo possui menos espaço ainda que em eixos como Rio-São Paulo-Brasília. Mas ainda é um nicho de mercado, quer apostar?

Nenhum comentário:

Postar um comentário