segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Mártir


Quantos não morreram por uma vida melhor (liberdade, justiça, direitos humanos...)?

“Che, Zumbi, Antônio Conselheiro.
Na busca por justiça, nós somos companheiros”.

Lembrando da frase acima, resolvi guardar a história de Giovanni Battista Libero Badaró. Que a Revista Imprensa (nº 262 – Nov/2010) traz como o “primeiro mártir da liberdade de imprensa no Brasil”. Há 180 anos, ele foi assassinado a caminho de casa.

Em 1829, ele ajudou a fundar o periódico “Observador Constitucional”, de oposição ao regime monarquista de Dom Pedro I. Jornal esse que logo passaria a dirigir sozinho.

Um ano depois (20/11/30), Badaró foi morto em uma emboscada, provavelmente em função das críticas que fez contra o imperador ou a um de seus pares.

Badaró pode ter ficado registrado como o primeiro mártir, mas quantos antes dele não foram reprimidos pela inexistência de liberdade de imprensa? Pois é sabido que, até a chegada da Família Real ao Brasil, qualquer atividade de imprensa era proibida pela Colônia. Quem tentou abrir gráfica foi logo condenado.

Se buscarmos além, veremos que outros buscaram liberdade de imprensa (talvez por outros meios).

Quantos índios ou negros escravizados não gostariam de denunciar a barbárie que sofriam?

Como a história também se faz de pequenos atos, inseri este texto para reflexão...

São perguntas de uma operária letrada!

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