Lançado durante ato político no III Fórum Social Mundial, em Porto Alegre (RS), no dia 25 de janeiro de 2003, o Jornal Brasil de Fato é uma referência para lutadores e lutadoras do povo. Quando completou três anos de existência, a Editora Expressão Popular lançou em homenagem o livro “É preciso coragem para mudar o Brasil”, organizado por José Arbex Jr. e Nilton Viana.
Para o professor Rozinaldo Miani, “a tentativa de emplacar um veículo de comunicação impressa que pudesse atender aos interesses políticos da esquerda organizada no Brasil por várias vezes se viu frustrada por problemas de toda ordem, mas o Jornal Brasil de Fato, desde sua criação, vem procurando manter viva a chama de uma comunicação popular com vistas à disputa de hegemonia”.
Podemos dizer que o jornal já acumula mais que experiência e conhecimento, chegando agora a nove anos de existência. Para celebrar a data, revisito alguns dos textos que fazem parte da história do semanário, eternizadas no livro da Expressão Popular.
“A desigualdade social não é provocada pela falta de políticas sociais, mas por uma política econômica perversa, intrinsecamente redutora da igualdade social e cada vez mais concentradora de renda”
Bairrista que sou, selecionei um sul-mato-grossense para a comentar. Apolônio de Carvalho, corumbaense de nascimento (09/12/1912 – 23/09/2005). Ele foi “militante da Aliança (ANL) na década de 1930 e integrante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), até os anos 1960. Combatente antifranquista na Guerra Civil Espanhola (1936-39) e da Resistência Francesa contra a ocupação nazista (1942-44). Fundador do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), em 1968, para levar a cabo a luta armada contra o regime militar; e signatário da primeira ficha de filiação do Partido dos Trabalhadores (PT), em fevereiro de 1980”.
Numa das últimas entrevistas que concedeu, Apolônio deixou registrado no Brasil de Fato: “estamos saindo do século 20, que foi o mais cruel e contraditório de todos os séculos recentes. Todos os contrastes aguçados, uma sociedade marcada por duas guerras, terríveis extremos de pressão, genocídios racistas. Marcada por uma série de rebeliões e uma série de ditaduras militares e civis. No Brasil, 43 anos foram marcados por ditaduras militares ou civis. Mesmo assim, nosso povo foi abrindo caminho para a democracia. E os jovens, e depois os menos jovens (os que sendo velhos acreditam que a velhice é apenas a juventude amadurecida), continuamos na luta, que está cheia de promessas”.
Para mais informações sobre o JBF, acesse: www.brasildefato.com.br
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