Em 1968, Veja inaugurou no Brasil um gênero de jornalismo similar às norte-americanas Time e Newsweek, que consiste em revista semanal de informação.
A informação acima foi cobrada em concurso de jornalismo. Lendo o texto que fala sobre o “desastroso lançamento da Revista Veja”, “3x30 – Os bastidores da imprensa brasileira” (Editora Best Seller, 1992), Carmo Chagas registra passagens desta época, do imprenso lançado pela Editora Abril.
“Em 1966, foi lançada, em pleno regime militar, uma revista que abordava temas até então tabus na imprensa brasileira: Realidade – que chegou a vender 500 mil exemplares”, também foi tema de prova. Complementando com a citação de Carmo Chagas: “Um enorme sucesso entre nós, jornalistas, mas principalmente entre os leitores. Todos aplaudiam a pauta corajosa e criativa, o texto superior, a diagramação limpa. Uma grande revista, sem dúvida”.
O sucesso da Revista Realidade despertou na Editora Abril a ideia de lançar Veja, “mais ousada”, tendo por nome forte o “Mino Carta, italiano de nascimento como os donos da Abril, com uma boa passagem pela empresa, no lançamento da Quatro Rodas”.
“Todo o primeiro ano de existência da Veja foi, para nós da redação, uma turbulência só. Para a empresa e para os anunciantes também. E, pior, também para os leitores. Mas o nó cego estava mesmo na redação. Pela simples razão de que nenhum de nós sabia fazer revista semanal de informação nacional. Víamos e revíamos o Time. Líamos e relíamos o Newsweek, com quem a Abril havia firmado acordo. Mas na hora de escrever não conseguíamos repetir a fórmula. Existia uma data para o lançamento da revista, primeira semana de setembro. E a gente não descobria o jeito de fazer o título, a legenda, o subtítulo, o texto, a chamada de capa”.
Segundo Carmo, o número 1 de Veja vendeu perto de um milhão de exemplares, “puxado por uma fortíssima campanha publicitária”, só que a segunda edição encalhou nas bancas, vendeu menos de 300 mil. Ele mostra que os primeiros anos foram realmente difíceis para a “primeira revista semanal de informação nacional no Brasil”:
“Passei doze anos na Veja, os primeiros doze anos da revista. Não sei dizer qual foi mesmo o fundo do poço, o menor número de venda. De diferentes pessoas, inclusive gente da distribuição, ouvi números diferentes. Acho que o mais baixo foi 23 mil”.
“A Abril transplantou, para o jornalismo brasileiro, a estrutura existente nas revistas semanais americanas, inclusive a distribuição física do espaço, com divisórias isolando cada redator em seu cubículo. Nós, vindos de redações abertas, sentíamo-nos sufocados ali”. E continua: “Aquilo não era uma redação, era uma colmeia. Tínhamos a sensação de trabalhar como gado confinado em baias, nome que desde o início se deu àqueles cubículos”. (Deve ser por isso que a Veja acha que somos como boiada, que nos leva para qualquer lugar, sem questionarmos se é verdadeira ou não sua informação)
Voltando ao nosso assunto, revistas brasileiras, deixo para encerra outras duas questões que caíram em concursos:
A Tico-Tico, lançada em 1905 e encerrada em 1962, tornou-se conhecida por seu conteúdo voltado para o público infantil, com adivinhações, pequenos jogos e quebra-cabeças. A revista foi a primeira a publicar estórias em série no formato em quadrinhos.
De excelente qualidade gráfica, a Revista Kosmos, no início do século XX, se tornou um marco do periodismo, contando com a colaboração de renomados caricaturistas e homens das letras da época. Kosmos foi lançada em 1904 e seguia a linha dos parnasianos, diferente da Fon-Fon, que era dos simbolistas.
De excelente qualidade gráfica, a Revista Kosmos, no início do século XX, se tornou um marco do periodismo, contando com a colaboração de renomados caricaturistas e homens das letras da época. Kosmos foi lançada em 1904 e seguia a linha dos parnasianos, diferente da Fon-Fon, que era dos simbolistas.
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