quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Imprensa e eleições

Texto escrito em 17-09-10

A Revista Imprensa do mês de agosto trouxe um panorama das eleições de 2010, enfocando os candidatos que são profissionais da comunicação. Mais de 400 em todo o Brasil (ou 2% dos inscritos).

Eles são apresentadores, radialistas, jornalistas, artistas e outros que fazem parte da mídia.

Na matéria, é exposto a vantagem e a desvantagem desses candidatos mais “conhecidos” do grande público. É no Distrito Federal que eles estão em maior número, chegando a 2,92% do total de 1.027 candidatos, uma vez que 30 são da área.

Em Mato Grosso do Sul, meu Estado natal, seis candidatos são ou jornalista, ou publicitário, ou relações públicas. Dentro de um universo de 361 inscritos, eles representam 1,66 dos possíveis novos representantes sul-mato-grossenses.

Já em Rondônia, minha nova morada, o número é um pouco maior: de 481, nove são comunicadores, ou seja, 1,87 dos candidatos.

Eleitos ou não, o bom seria que fizessem uma campanha além do “Ficha Limpa”, em que não sujassem mais o plano político e sim buscassem a concretização de uma comunicação realmente democrática e participativa. Qualificação para isso, teoricamente, teriam.

Mídias digitais para público interno e externo – em busca de soluções

Vamos pensar nas vantagens de se utilizar as mídias digitais voltadas para a comunicação organizacional.

Com certeza para o público externo encontraremos mais materiais teóricos disponíveis para consulta. Mas e para o público interno, o chamado “chão de fábrica”, este também precisa ser diariamente conquistado. Como alcançar resultados sem capital humano?

Primeiro, analisando os meios que poderemos disponibilizar enquanto assessoria de comunicação. Os instrumentos seriam a intranet (com acompanhamento da mídia, notícias de interesse da área de atuação e sobre a própria instituição, e-mail institucional, grupos de discussão, fotos e boletins internos etc.); além de criação de espaços como blogs, MySpace, Facebook, Orkut, Newsletter e outros.

Com um pouco mais de estrutura, talvez se organize uma rádio interna ou um circuito fechado de tv.

Mas o que deve ser colocado na balança é e apenas a disponibilização desses meios de comunicação serão suficientes para alcançar participação. Afinal, diálogo é “olho no olho”, o que jamais será substituído como forma de motivação e de verdadeiro diálogo com todas as esferas da instituição.

Afinal, deve-se prezar é uma relação honesta com qual público seja. Devemos trabalhar com os funcionários e colaboradores de forma ética e transparente, sem deixar de transmitir a verdade sempre.

Jornalismo, internet e cidadania

Texto escrito em 15-08-10

Estava analisando o sonho de muitos estudantes que chegam aos bancos universitários pensando em mudar o mundo. No caso das faculdades de comunicação, depois de formado se descobre que a última palavra é a do patrão.

Qual jornalista nunca ouviu que para ter opinião é preciso ser dono de um jornal?

Muita coisa vem mudando. Ao menos aqui no mundo virtual. Atualmente está muito mais “palpável” uma comunicação horizontal. Isso em conseqüência das ferramentas disponibilizadas pela Web 2.0, de convergência das mídias, que inclui um código aberto, aguardando a participação e inserção de todos que navegam na internet.

As redes sociais (blogs, Orkut, Twitter, Facebook, entre outros) e as wikis (de comunicação colaborativa) colocam a web e a troca de informações ao alcance do cidadão comum. Em oposição ao que tínhamos até pouco tempo atrás (acesso discado, Web 1.0). Lembro-me que nos deslumbrávamos só de enviar um e-mail.

Entretanto, ainda falta pensar em como transportar toda essa facilidade de comunicação e esse modo mais democrático de divulgar notícia para que realmente chegue a todas as faixas econômicas da população. É o que entendo como aumentar ainda mais a promoção da cidadania dentro dos meios virtuais.

Lógico, penso nessa maior abertura sem querer a criação de novos monopólios midiáticos. E, ainda mais, quero que esse “colocar a boca no trombone” tenha limites éticos sim, mas não a tirania da censura.

Neutralidade das tecnologias – alguns apontamentos

Texto escrito em 21-08-10


Conseguimos nos comunicar de forma horizontal? Nesta fase da Web 2.0 é estimulada a participação/opinião por diversos canais – mas essa inserção é realmente horizontalizada e consciente?


Falta de acesso/universalidade física, como, por exemplo, condições de manter a internet. Esse ponto eu sei como é, afinal não é de hoje que estou sem computador e internet em casa ou no trabalho...

Falta de conhecimento do código. Há treinamento? As diversas gerações têm o conhecimento da língua, linguagem. Aqui estava pensando em quantas pessoas não dominam nem a utilização de um aparelho dvd. Quantas pessoas tem dificuldade em fazer mais do que discar e ligar/desligar um celular. Não tenho números aqui, mas estou falando de pessoas não-alfabetizadas ou analfabetas funcionais (que leem um texto de jornal ou de manual de utilização e não compreenderam as informações). Ainda somos uma sociedade que utiliza-se muito mais da oralidade: conversa, rádio, telefone etc.

Expandir o uso das novas mídias para mais pessoas, ampliando a democratização da comunicação. Esse ponto precisa de urgência. Tenho ouvido muitos projetos, mas é preciso ampliar mais, mais...


Por uma comunicação pública, democrática e participativa!

É isso!

Retomando o poder de expressão

Há quase um ano criei esse blog. Quem passou por aqui pôde notar, afinal, faz quase o mesmo período que também parei de escrever.

Já me interroguei várias vezes por quê? Algumas respostas variam entre “escrever é correr o risco de ser lida!” e, mesmo, o simples fato de não ter internet ou computador em casa!

De qualquer modo, agora pretendo retomar esse processo (por que não dizer difícil) de escrita e de análise da mídia e da internet. Motivo principal da criação desse espaço em 2009.

Andei rascunhando algumas ideias. Eu me comprometo ao logo desse processo oferecer mais lógica aos textos. Juro! Fiz um acordo comigo mesma de voltar aos meus estudos, por enquanto, em casa, autodidata! Depois tenho planos de seguir minha qualificação.

Bom, o futuro só Deus dirá... Então, vamos caminhar (escrever)!