"Navegar é preciso, viver não é preciso".
Já parou para pensar nesta frase? Eu sinceramente só a via de uma maneira, mas depois lendo uma “Revista Língua Portuguesa” vi novos horizontes no verso de Fernando Pessoa.
"Se um intérprete A se concentra na palavra 'navegar', pode entender que ele é um ato necessário, importante, essencial, daí considerar 'navegar' uma metáfora a arte, como algo muito importante. Em oposição, o ato de viver não é necessário. E, assim, podemos legitimar a acídia, a desistência de ser e, no limite, até o suicídio. Já um intérprete B pode muito bem concentrar-se na palavra 'preciso', sinônima que é de 'exato'. ele ter outra interpretação dos versos. Navegar, para ele, será um ato mecânico, milimetricamente realizado, exige exatidão de procedimentos, mas a vida, não é necessariamente imprecisa, será sempre não controlável, não mensurável, não passível de sistematizações".
Vejo que realmente precisamos de muito treinamento - leia-se leitura e exercícios - para interpretar bem o que o outro quer nos dizer. A habilidade virá a partir desse esforço. E o Brasil precisa avançar, sair do que o editor da revista chamou de "o apagão da leitura", em que ler e não entender afeta até mesmo a elite bem formada do País.
A matéria traz dicas para encontrar o tema central do que se lê:
"- Treine sua capacidade de detectar o tema que está por trás de um texto. Tente lê-lo tirando dele o tema central;
- Transforme o tema proposto em uma pergunta explícita que deve nortear a interpretação (do que o texto trata?);
- Se o texto impõe uma direção única a seguir, é preciso analisar essa direção. Atente para os dados lançados pelo texto que revelem uma dimensão particular do tema;
- Procure perceber se há - e percebendo, descarte - alguma marca do texto que remeta a outras questões que não a abordada;
- Se o enunciado for de algum modo complexo para você, divida as unidades de significado e as interprete, uma a uma;
- Discernir qual é, afinal, o centro da questão abordada".
Assim, é importante ler/checar o que você entendeu, se preciso, leia novamente o que não ficou claro, destaque as ideias principais, grife termos desconhecidos, faça perguntas sobre o que leu e repita com suas próprias palavras essas informações.
Finalizando, faça essa avaliação sobre sua percepção a respeito das ideias do texto, conforme publicou a Revista Língua:
"Minha opinião sobre o texto tem fundamento? Tudo o que você pode dizer sobre um texto está fundamentado naquilo que efetivamente diz o texto? Ou há algo de sua interpretação que extrapola aquilo que foi escrito?
Há opinião contrária à minha? É preciso considerar a existência de outros pontos de vista, sobretudo aqueles que contrariem o nosso. Busque ser democrático e plural.
Minha opinião é preconceituosa? Há assuntos polêmicos, que envolvam certezas e posicionamentos controversos. Vale a pena colocar-se na posição de quem teria uma opinião diferente sobre o texto que você interpreta, para entender suas motivações. Algumas interpretações estão fundamentadas em linhas de raciocínio restritas, que só fazem sentido dentro de um sistema de pensamento que, muitas vezes não é universal.
Tudo o que deve ser dito sobre o assunto foi de fato dito? Ative todo conhecimento anterior que você tenha sobre o tema. Elabore, então, uma lista de questões que faça sentido rever, assim que tiver lido o texto, para saber se consegue respondê-las".
Já parou para pensar nesta frase? Eu sinceramente só a via de uma maneira, mas depois lendo uma “Revista Língua Portuguesa” vi novos horizontes no verso de Fernando Pessoa.
"Se um intérprete A se concentra na palavra 'navegar', pode entender que ele é um ato necessário, importante, essencial, daí considerar 'navegar' uma metáfora a arte, como algo muito importante. Em oposição, o ato de viver não é necessário. E, assim, podemos legitimar a acídia, a desistência de ser e, no limite, até o suicídio. Já um intérprete B pode muito bem concentrar-se na palavra 'preciso', sinônima que é de 'exato'. ele ter outra interpretação dos versos. Navegar, para ele, será um ato mecânico, milimetricamente realizado, exige exatidão de procedimentos, mas a vida, não é necessariamente imprecisa, será sempre não controlável, não mensurável, não passível de sistematizações".
Vejo que realmente precisamos de muito treinamento - leia-se leitura e exercícios - para interpretar bem o que o outro quer nos dizer. A habilidade virá a partir desse esforço. E o Brasil precisa avançar, sair do que o editor da revista chamou de "o apagão da leitura", em que ler e não entender afeta até mesmo a elite bem formada do País.
A matéria traz dicas para encontrar o tema central do que se lê:
"- Treine sua capacidade de detectar o tema que está por trás de um texto. Tente lê-lo tirando dele o tema central;
- Transforme o tema proposto em uma pergunta explícita que deve nortear a interpretação (do que o texto trata?);
- Se o texto impõe uma direção única a seguir, é preciso analisar essa direção. Atente para os dados lançados pelo texto que revelem uma dimensão particular do tema;
- Procure perceber se há - e percebendo, descarte - alguma marca do texto que remeta a outras questões que não a abordada;
- Se o enunciado for de algum modo complexo para você, divida as unidades de significado e as interprete, uma a uma;
- Discernir qual é, afinal, o centro da questão abordada".
Assim, é importante ler/checar o que você entendeu, se preciso, leia novamente o que não ficou claro, destaque as ideias principais, grife termos desconhecidos, faça perguntas sobre o que leu e repita com suas próprias palavras essas informações.
Finalizando, faça essa avaliação sobre sua percepção a respeito das ideias do texto, conforme publicou a Revista Língua:
"Minha opinião sobre o texto tem fundamento? Tudo o que você pode dizer sobre um texto está fundamentado naquilo que efetivamente diz o texto? Ou há algo de sua interpretação que extrapola aquilo que foi escrito?
Há opinião contrária à minha? É preciso considerar a existência de outros pontos de vista, sobretudo aqueles que contrariem o nosso. Busque ser democrático e plural.
Minha opinião é preconceituosa? Há assuntos polêmicos, que envolvam certezas e posicionamentos controversos. Vale a pena colocar-se na posição de quem teria uma opinião diferente sobre o texto que você interpreta, para entender suas motivações. Algumas interpretações estão fundamentadas em linhas de raciocínio restritas, que só fazem sentido dentro de um sistema de pensamento que, muitas vezes não é universal.
Tudo o que deve ser dito sobre o assunto foi de fato dito? Ative todo conhecimento anterior que você tenha sobre o tema. Elabore, então, uma lista de questões que faça sentido rever, assim que tiver lido o texto, para saber se consegue respondê-las".
Nenhum comentário:
Postar um comentário