"É bom ficar claro que um executivo, quando dá
entrevista, não fala por si mesmo. Tudo o que ele disser é entendido como a
posição da empresa que ele representa".
Essa é a boa dica de Heródoto Barbeiro em seu livro “Mídia
training: como usar a imprensa a seu favor”, pois explica que aquilo que um
representante fala é ligado à marca, "especialmente se tiver alguma
participação na hierarquia da organização. Não importa se é CEO ou encarregado
de um dos turnos de produção. A notícia sempre será atribuída à marca, cada vez
mais conhecida, globalizada e familiar a todos. Assim, se alguém da direção
Reserva Mahayana der uma informação, a mídia vai publicar Mahayana disse,
falou, comprou, adquiriu, ou admitiu que... E por aí vai. A fonte perguntada
não responde por si, responde sempre pela empresa, mesmo que o jornalista
pergunte qual a sua opinião pessoal ou de cidadão. Todo o crédito vai para a
marca. Não seja ingênuo porque o jornalista não é".
Quem já não ouviu sobre o falar em "off", em que a
fonte é divulgada. Muitos pensam que as falas antes ou depois de uma entrevista
dificilmente serão usadas. Ledo engano, pode estar aí o fio condutor de uma
nova matéria (boa ou ruim) para sua marca. Por isso, cautela ao abordar
assuntos pessoais ou relacionados à empresa.
O artigo quinto da Constituição Federal de 1988 garante que “Todos
são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. E que “é
assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte,
quando necessário ao exercício profissional” (Art. 5º / XIV).
Mas, um outro fator a ser lembrando, é que em uma denúncia
"o jornalista tem o dever moral e ético de guardar um off. Porém, se ele
souber que a fonte mentiu, pode divulgar o nome dela", como bem lembra
Heródoto.
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