Não é raro escutarmos que para escrever bem é preciso ler
bastante, especialmente bons escritores. Em jornalismo temos também a tarefa de
ler outras publicações, diferentes das quais trabalhamos diariamente: revistas,
jornais de circulação nacional, outras publicações empresariais, literatura e
uma infinidade de outros estilos.
Encontrei um texto do compositor/escritor Braulio Tavares
que ilustra este exercício:
"Nas faculdades e nas oficinas os professores
aconselham: 'leiam Machado de Assis... leiam Proust... leiam Garcia
Marquez...'. Muitos estudantes imaginam que o objetivo desse conselho é fazer
com que escrevam de maneira parecida à maneira desses autores, e já vi estudantes
jovens dizerem coisas como: 'estou em dúvida se devo escrever como fulano ou
como sicrano'. Não se trata disso. O
conselho para ler fulano ou sicrano pretende apenas tornar o leitor mais
inteligente e mais familiarizado com diferentes maneiras de escrever, para que
na hora de criar seus próprios textos ele tenha maior variedade de expressão.
Podemos comparar esse aprendizado, grosso modo, à ginástica, fazemos aqueles
exercícios para tornar nossos músculos mais fortes e mais flexíveis, não porque
na vida diária tenhamos de repetir exatamente aqueles movimentos".
Portanto, a nós repórteres que escrevemos sobre diversos fatos,
é muito importante essa obtenção de uma "maior variedade de
expressão". Vai fazer diferença na hora em que formos lidos. Ah, se vai!
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