Como o tempo passa. Faz quatro meses
que participei do I Seminário de Comunicação Pública “A verdade
com mídia”, organizado pelo Governo de Rondônia. O evento
aconteceu em 16 de abril e trouxe, entre outros, Jorge Duarte a Porto
Velho.
Como guardei algumas anotações
escritas, melhor passá-las para este meu arquivo virtual, pois este
é um mês de limpeza e mudança.
Segundo Fred Perillo do Decom/RO, a
comunicação de governo não é apenas sinônimo de publicidade. Ela
é mais visível e mais abrangente. “Estamos buscando abrir um
diálogo de comunicação de mão dupla”, explica o assessor.
“Envolve também a ouvidoria, que tem que ter atuação muito
próxima da comunicação”.
Durante o seminário, foi apresentada a
primeira edição do Jornal Olha Aí, “não é carrancudo, tem a
cara da comunidade, com utilidade pública e conteúdo relevante”,
mostra Perillo. Quem também fez esteve presente no evento e comentou
o lançamento do boletim impresso foi o Governador Confúcio Moura:
“Normalmente se pensa que gastar dinheiro com mídia é
desperdício. Comunicação deve ser obrigatória, é preceito
constitucional”.
Para o Governador comunicação interna
é essencial, “comunicação não é só o que sai nos jornais,
comunicação é o que está nas pessoas. Um servidor bem informado
levará para a sociedade, fará a defesa do governo, poderá ajudar.
Como queremos transmitir para o povo se nem os nossos sabem? E tem
muita coisa nova para divulgar”.
Nacionalmente, o governo brasileiro
possui a Secom, que tem sob sua responsabilidade 265 órgãos e
entidades do executivo (ministérios, agências, governos,
universidades, entre outros). Apresentando o Núcleo de Comunicação
Pública, da Secom/Presidência da República, Jorge Duarte explica
que foi criado há cinco anos, é único no Brasil, sendo que se
formos ver bem, a comunicação de governo também é muito jovem no
Brasil, começando na verdade em 1988. O Núcleo segue o pressuposto
de que “todo cidadão tem direito de acesso, informação e
participação, bases para sua inserção na sociedade e exercício
da cidadania”. Seus princípios são imprensa livre, comunicação
integrada, perspectiva do cidadão, muitas imprensas/todas
importantes, critérios de regionalização e técnica,
transparência, institucionalização, profissionalização e
fluidez.
Conforme lembra Duarte, 60% de todos os
problemas administrativos resultam da ineficiência da comunicação.
E o exemplo que ele fornece é o de que 83% dos funcionários do
governo não se preocupam com o que a população vai pensar. Em
contrapartida, é importante que cada integrante saiba o que está
acontecendo, conheça as políticas públicas para poder explicá-las.
Falando especificamente de assessoria
de imprensa, ele recorre a Luis Nassif para dizer que de maneira
geral os jornalistas não são preparados para outra coisa que não o
jornalismo. “Quem é bom com martelo acha que tudo é prego”, diz
citando Maslow.
“Terceirizar a comunicação é
deixar para a imprensa informar às pessoas sobre o que estamos
fazendo”, alerta Duarte. Por isso é necessário tentar atingir
diretamente as pessoas, com boletins, sites, mídias sociais e outros
canais próprios, além de pensar a comunicação como algo integrado
e não pontual. “Dar acesso é o grande desafio”, comentava ele
sobre a Lei de Acesso à Informação, que passou a valer em maio
deste ano.
Uma dica de construção de texto que
Duarte passa é que no lide o destaque deve ser o cidadão, não o
governo.
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