Trabalhadores rurais pedem justiça no campo
Ao ler uma manchete assim você diria que existe ou não justiça no campo? Não que todo o texto jornalístico seja composto por dupla interpretação, mas devemos ficar atentos ao que uma publicação realmente que passar ao leitor.
De acordo com o livro Para Entender o Texto, de Platão & Fiorin, é necessário ser perspicaz e ler as entrelinhas:
“Um dos aspectos mais intrigantes da leitura de um texto é a verificação de que ele pode dizer coisas que parece não estar dizendo: além das informações explicitamente enunciadas, existem outras que ficam subentendidas ou pressupostas. Para realizar uma leitura eficiente, o leitor deve captar tanto os dados explícitos quanto os implícitos”.
Para que haja coerência é necessário que o pressuposto seja verdadeiro/aceito, para que aí sim sejam feitos argumentos favoráveis ou contrários. “A aceitação do pressuposto é que permite levar à frente o debate”, caso contrário, “qualquer argumento entre os citados não teria nenhuma razão de ser. Isso quer dizer que, com pressupostos distintos, não é possível diálogo ou não tem sentido algum”.
Sempre me lembro de alguns textos/imagens da época da ditadura que traziam – hoje revelados de forma hoje mais “explícita” - a denúncia contra o regime de exceção implantado no Brasil. E que podem ser encontrados em periódicos ou mesmo nas músicas daquela época. Um delas está na letra de Roberto Carlos: “Debaixo dos caracóis dos seus cabelos”. A composição era solidária a Caetano Veloso, pois este havia sido exilado em Londres, depois de ser deportado em 1969 pela Ditadura Militar. Sem citar o nome do amigo, muito menos deixar de lado o romantismo de suas canções, o Rei fez um protesto solidário, enfatizando características pessoais de Caetano (cabelos logos e encaracolados) e coisas da qual ele estava distante, como o mar da Bahia.
Leia a letra completa e escute a interpretação de Caetano da música clicando AQUI.
Para encerrar, a melhor indicação que posso deixar é: A vida é um oceano onde sempre navegamos na superfície (Leonardo da Vinci), portanto, vale a pena na vida e nas nossas leituras, nos aprofundarmos um pouco mais!
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