domingo, 8 de abril de 2012

O Facencontro de Porto Velho


Participei no dia 20 de março do 1º Facencontro de Comunicadores do Brasil aqui em Porto Velho (RO). O tema era "As Mídias Sociais como Ferramenta de Mobilização" e segundo a organização o principal objetivo foi discutir a influência das mídias sociais, em especial o Facebook, na mobilização social no Brasil. Um exemplo levado foi a campanha de ajuda aos atingidos pelas enchentes no Estado do Acre.

A principal sensação que saí de lá é de que realmente as mídias sociais se parecem com a sociedade em que está inserida. Um dos questionamentos pelos palestrantes foi se a indignação vai ficar somente nas redes sociais, não vai para as ruas? Como sempre, chegamos à conclusão de que a consciência política virá por meio da educação. Assim, como acontece todos os dias, nos mais diversos assuntos e problemas enfrentados em todas as regiões.

Na minha avaliação, atualmente o Facebook é uma ferramenta que cada vez mais será utilizada para troca de informações, mas a mobilização social como um todo sempre é mais complexa. Quanto movimento já foi organizado e às vezes consegue reunir mais, às vezes menos pessoas. Dependerá do assunto, do momento político, do envolvimento emocional e de uma série incontável de situações.

Mas a ação de se reunir, em um encontro com comunicadores, já é uma forma de trabalhar a utilização deste meio, porque em nossa profissão é preciso saber como se posicionar, ser protagonista e ao mesmo tempo “selecionadores” de toda a informação que é transportada todos os dias pelas redes. Cada pessoa e cada profissional têm interesses próprios, não seria diferente com a comunicação.

Segundo Ivonete Gomes, editora do site Rondônia Agora, o “jornalista que não respeitar a opinião de quem está do outro lado vai se tornar irrelevante. Nosso papel vai ser de apurar, pois não somos mais donos da informação”. Por isso, é preciso passar a notícia com credibilidade, com apuração dos fatos.

Andréa Zílio, jornalista e atual Secretária Adjunta de Comunicação do Estado do Acre, participou via skype. Ela explicou que trabalha há um certo tempo com as redes sociais e as tecnologias em geral, pois sempre buscou muito a comunicação. Para ela, em assessoria de comunicação, o jornalista precisa ver até onde e de que maneira deve-se utilizar os canais institucionais. “Sua imagem está de alguma maneira ligada a quem você assessora”, lembra ela.

“A rede social é fantástica quando vem para contribuir”, enfatiza Andréa, que traz como dado que apenas 5% dos usuários produzem conteúdo num Facebook, por exemplo, o restante apenas reproduz. Sobre a mobilização social ela diz que não há receita pronta, o que há é a boa utilização da ferramenta, respeitando a especificação de cada uma: elas são dinâmicas e diferentes.

Enfim... “Quem é você na rede social? Você é o que você reproduz!”

Também esteve na mesa o publicitário, ator, assessor e jornalista, Geovani Berno, que comparou o desempenho nas redes ao pilotar um carro: quando bem utilizado, não estando bêbado, sendo prudente, terá tido um bom desempenho. Para um dos organizadores do Facencontro, Celso Gomes, foi um desafio realizado: “ficamos atrás dos teclados e não temos esse contato face a face”. O próximo encontro terá como tema as eleições municipais. Ainda sem data marcada para acontecer.

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