quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Exercitando a locução

Nesta semana, a matéria que estou estudando é Técnica de Locução para Rádio. Justamente nesta noite, minha tarefa era procurar um exercício de aquecimento/desaquecimento para voz.

Segundo o professor Santiago Roa Junior, a respiração é um fator importante quando vamos falar durante a programação. “O locutor é no ar, o que é no dia a dia”, lembrou ele, mostrando que a voz, apesar de poder ser trabalhada/treinada, deve ser a mais natural possível: não imposte a voz. “Busque sua identidade”, explica ele. Somos únicos, é o quer ele quer dizer, por isso, não precisamos imitar ou forçar a voz para sermos reconhecidos.

Saber respirar é importante para todos que trabalham com a voz, de cantores, apresentadores, cerimonialistas, oradores, locutores, repórteres, professores etc.

Vamos começar o estudo primeiro com um exercício de relaxamento, que consiste em circular a cabeça para a direita e para a esquerda, depois para os lados, para cima e para baixo. Fazer caretas, como forma de utilizar todos os músculos do rosto e articular as vogais, só para iniciar.

Para a turma, o professor Santiago mostrou a técnica de estar com corpo relaxado, sem cruzar pernas e pés no chão, costas no apoio da cadeira. Nisso, inspira-se e expira-se, com diafragma solto/liberado. Assim, ao fazer a abertura de um programa, conforme sugestão acima, estaria mais calmo e preparado para o início do seu trabalho.

Colaborando com essa técnica, não se esqueça de fazer uma leitura prévia do texto, porque pode haver palavras que precisam ser substituídas por outras mais simples e adequadas ao contexto. Depois podemos fazer a sequência prática para FM, em que a abertura seria composta por:

1. Saudação, incluindo a hora e data;
2. Nome da rádio e a sintonia;
3. Nome do programa, conteúdo do programa;
4. Seu nome (locutor);
5. Convite a participar por telefone ou email, e outros informes;
6. Anunciar a primeira música.

Tarefa - Fazendo a tarefa que ele nos passou (uma vez que faltei à aula de hoje), fui procurar na internet os exercícios vocais. Confira o que mostra o site Arte de Falar:

"Encha os pulmões de ar, de preferência pelo nariz, principalmente em ambientes abertos ou frios. Faça-o estendendo o diafragma para baixo, de modo que sua barriga pareça encher-se de ar.

Você notará que a parte superior dos seus pulmões, também se inflará. Mas de forma correta, ou seja : somente no final de sua inspiração. Isto quer dizer, que você conseguiu inflar todo o seu pulmão".

O site explica que “é necessário que as pessoas que trabalham com a voz, dominem esta técnica. Dosando a quantidade de ar a ser inspirado, de acordo com a frase a ser lida ou cantada”, porque isso “influi na dicção, volume da voz e resistência do locutor”.

O convite que eles fazem é praticar com um pequeno texto, então vamos lá:

"Durante sua leitura, você encontrará, frases ou períodos mais longos, que deverão ser lidos de uma só vez. ou seja: num só fôlego. Para isso você terá que controlar melhor sua respiração. A primeira coisa a fazer é estudar o texto, e identificar frases onde será necessário o emprego de maiores ou menores tomadas de ar.

Quando estava aprendendo a respirar durante a locução, vi uma técnica que me ajudou consideravelmente: marcar o texto que será lido com barras simples ou duplas. As barras simples marcam as menores tomadas de ar. As barras duplas marcam as maiores tomadas de ar.

Como exemplo, tomaremos este texto publicitário da Golden Cross.

A VITÓRIA DE UM LIDER, É UMA CONQUISTA DIÁRIA, //
FEITA DE PEQUENOS GESTOS E ATITUDES. // A GOLDEN CROSS REAFIRMA ESTA VERDADE A CADA DIA // SE EMPENHANDO AO MÁXIMO / PARA QUE VOCÊ POSSA USUFRUIR DE NOSSA LIDERANÇA / COM TODA A TRANQUILIDADE QUE A SUA VIDA MERECE.// GOLDEN CROSS PRIMEIRO LUGAR EM SAÚDE."

Fechando este post, vou fazer aqui em casa um exercício para melhorar minha fala, quem sabe um dia serei locutora/apresentadora (risos). Se quiser me acompanhar, com uma caneta na boca, exercite a leitura em voz alta: “O lavrador é livre na palavra e na lavra, mas não pode ler o livro que o livreiro quer vender” ou “Quero que o clero preclaro aclare o caso de clara e declare que tecla se engana no que clama e reclama”.

sábado, 27 de agosto de 2011

Trabalho coletivo de rádio

Na matéria Técnicas de Programa de Rádio, o professor Marcelo Winter concluiu os estudos com a realização do “Jornal da Fundação”. Produzido a muitas mãos, por assim dizer, participaram as duas turmas do Curso Técnico em Rádio e TV.

Para que você pudesse assistir a essas gravações, contamos com apoio da Maria Prata, que levou seus equipamentos e filmou com duas câmeras todo nosso trabalho. O Francisco Silva fez toda a montagem e edição que veremos a seguir. Ambos são alunos que estão se formando (eles estão na fase do estágio). E o Roque, esse sim um dos alunos das turmas atuais, trouxe a aparelhagem de som.

Neste primeiro vídeo, o making off da produção:



Para ser inserido no Youtube, o vídeo foi dividido em blocos. Neste quinto momento fui uma das apresentadoras, ao lado do companheiro Emanuel:



E no sexto bloco do nosso rádio coletivo apareço lendo uma das notícias, sou uma das repórteres:



Parabéns a toda turma pelo trabalho desenvolvido.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Compreensão e Expressão Verbal

Lendo um texto de Cláudio de Moura Castro, encontrei uma passagem que analisa linguagem e capacidade de pensar. “Quem não aprendeu bem a usar palavras não sabe pensar. No limite, quem sabe poucas palavras ou as usa mal tem um pensamento encolhido”.

Isso para quem trabalha com rádio e televisão, a interpretação que devemos fazer dos fatos, é fundamental. Não só para o ouvinte que receberá nossas informações, mas também para nós mesmos profissionais, que fazemos essas transferências em forma de falas, imagens, textos e linguagem corporal.

Uma competência básica que precisamos ter como comunicadores é ler com fluência, sabendo o que está escrito; expressar-se por escrito com objetividade; e ouvir e entender nossas fontes para que nosso repasse de dados seja preciso.

Mesmo que você que está me lendo, um estudante como eu, não pense que a comunicação feita pelas mídias sociais (na maior parte das vezes) seja um bom exemplo a ser seguido. Pois o que não falta é estudo sobre a comunicação superficial feita por esses meios. Basta ver que as necessidades afetivas são supridas superficialmente. Não há o olhar, a expressão corporal e o tom de voz. Não há maior envolvimento, não há realmente entendimento.

Assim, devemos sempre buscar nos manter atualizados, estudando sempre. Interpretação também é questão de estudo, uma aprendizagem constante, para ter um amplo repertório de conhecimento. Lembrando que trabalhamos com uma atividade em que contamos com a liberdade constitucional, não precisamos pedir licença para ninguém para exercer nossa função, esta é uma nação democrática. Mas é um dever ético nosso fazer a matéria com foco correto.

É isso.





domingo, 21 de agosto de 2011

Pensando em EaD...

No dia 22 de agosto, começam as aulas das primeiras turmas da educação a distância do Instituto Federal de Rondônia, o IFRO. Li na internet um artigo sobre a dificuldade de, na atualidade, frequentar cursos presenciais (trabalhamos em média 40 horas semanais, precisando esticar o horário de vez em quando, temos família para dar atenção, tempo para descansar, entre outros), e ao mesmo tempo necessitamos de formação. Isso me animou a deixar registrada a importância que vejo nesse sistema de ensino.

Afinal, mundialmente existem vários modos para realizar um curso não-presencial, basta ver o histórico da EaD: de módulos enviados por correios à utilização da internet, são muitas as maneiras utilizadas com bons resultados. A vantagem da EaD está justamente na utilização dos avanços tecnológicos, a universalização do ensino, com a crescente oferta de cursos por instituições tradicionais e chegando a cada vez mais ao interior do País. Um exemplo são os projetos da Universidade Aberta do Brasil, encontrada em www.uab.capes.gov.br

Aliado à qualidade do ensino e a seriedade da instituição que oferece o curso, vejo que para ser um eficaz instrumento para a universalização do acesso à formação profissional e teórica, é necessário empenho por parte dos alunos.

Atualmente, faço um curso presencial em Porto Velho, e sinto o quanto a aprendizagem de fato acontece quando o aluno tem interesse em participar e se empenhar nas tarefas a serem realizadas. Em qualquer modalidade, é necessário seriedade, estudo, empenho, organização e dedicação por parte dos discentes.

No IFRO, a Política de Tecnologia Educacional e Educação a Distância “considera o aporte educacional que as tecnologias das fases da EAD no Brasil e no mundo (como material didático impresso, rádio, vídeo e televisão) associadas às Novas Tecnologias de Informação e Comunicação - TIC (informática multimídia, ambientes virtuais de aprendizagem, transmissão pela Internet, videoconferência e produção e transmissão de sinal via satélite), para alcançar e atender cidadãos nas diversas regiões e situações encontradas em Rondônia”.

Os Cursos a Distância que iniciam neste semestre são técnicos subsequentes ao Ensino Médio, nas áreas de Segurança no Trabalho, Eventos, Logística, Meio Ambiente e Reabilitação de Dependentes Químicos. Por ser Ensino Presencial Virtual, a transmissão das aulas será via satélite e com atividades desenvolvidas nos Polos EAD de sete municípios de Rondônia, alcançando neste primeiro momento mais de dois mil alunos. O momento presencial ocorre uma vez a cada semana e as demais atividades pedagógicas serão realizadas via tutoria, no Ambiente Virtual de Aprendizagem. Há ainda o acompanhamento por parte de tutores e professores ligados ao programa. Mais informações no endereço eletrônico www.ifro.edu.br

Por ser uma instituição pública, vinculada diretamente ao Ministério da Educação, visualizo que o início dessa nova fase abrirá um campo pouco explorado na região. Um avanço para mais municípios, que carecem de mais aporte do poder público.

domingo, 14 de agosto de 2011

Bate-papo com Léo Ladeia do Câmera 11

Empreendedor, empresário e comunicador nato. Léo Ladeia relata ao Blog Web Jornal sua história no meio da comunicação. Afinal, ele faz sucesso com o seu olhar e todos pedem dele uma piscadinha. Detalhe que se tornou um dos ícones na TV Candelária, a Rede Record em Porto Velho (RO).

Léo Ladeia contou durante o bate-papo a história da famosa piscadinha, marca da passagem do Programa Câmera 11 para o comercial. Na verdade, segundo ele,a história começou por acidente: caiu um pouco de pó de maquiagem no olho no momento em que eu falava “Câmera 11, seu Olhar Eletrônico”, ele piscou. Em seguida, “o Everton que têm umas sacadas geniais, falou – Olha que piscada erótica”, lembra Léo.

Léo fala que sua equipe de câmeras, produção e os apresentadores, Emerson e Luana, levam ao telespectador uma programação leve. Por ser hora do almoço, buscam fugir da rotina de comunicação tradicional nas emissoras de TV, Com isso, eles chegam a uma audiência de aproximadamente 10%, o que é um bom resultado para o horário.

Projetos - Léo também diz que para o futuro têm muitas novidades e a tendência é melhorar cada vez mais. O Everton saiu, mas ele lembra que “nós ficávamos brincando, um com outro no ar, e isso também era legal”.





Ele vê uma comunicação em Rondônia tende a crescer, o que inclui o lançamento do Programa do Domingues, no horário noturno na TV Candelária. Sabendo que há lugar para mais programas locais, ele incentiva que os estudantes aproveitem também para interagir com a TV Candelária.

O comunicador gosta de assistir à série Dr. House e ao Serginho Groisman. No humor gosta de Chaves, na internet acessa pouco as Redes Sociais e tem um site, para o qual escreve sempre: Gente de Opinião. Por outro lado, há modismo que ele não gosta, no caso do humor “cara limpa” apresentado no standp-up.

Leo prefere o humor tradicional de Chico Anísio.Na opinião dele,tudo é permitido no humor, mas é muito estereotipado,“não pode ser só em cima disso”. Como o exemplo ele cita as piadas de Gaúcho, Nordestino e Bicha. “Parece que se você não gosta da piada ai é que ela vira comédia mesmo, como no caso do gaúcho. Ele não gostou, mas pegou e virou estereótipo contar piadas de gaúchos Brasil afora”.

Ele também passou dicas para os alunos do Curso Técnico de Rádio e TV da Fundação Rede Amazônica.Sua dica é ler todos os dias,entender, interpretar, escrever e contar para os outros para receber as críticas e aperfeiçoar a interpretação dos fatos.

O comunicador acrescenta que o jornalista, além da escola formal, precisa do olhar crítico, da experiência em jornais, revistas, TV, rádio e sites, isso vai proporcionar embasamento para o profissional.Sobre as Redes Sociais,Twitter, Facebook, Orkut e blogs, Léo concorda que com o auxílio de todos esses meios, todas as pessoas têm a possibilidade de se tornar comunicadoras.



Texto publicado originalmente no Blog Web Jornal.
Autoria: Web Jornal (Monique Farhat, Lucilane Macedo e Rosália Silva)

A guerreira Mara Regina

Uma mulher de fibra, assim é vista Mara Regina Araújo, nossa colega de Curso Técnico em Rádio e TV. Conheça mais sobre essa mulher conforme sua autobiografia:

Feminista, feminina, turismóloga, funcionária pública do Poder Executivo desde 86 e militante dos movimentos sociais (mulher e negro) desde a década de 80. Coordenadora da Região Norte de Coordenadorias e Secretarias. Desde 2006 é Coordenadora de Mulheres da Prefeitura de Porto Velho (RO).

Acesse o site www.portovelho.ro.gov.br e veja o banner da Coordenadoria de Mulheres.





“Acredito que a união, a partilha de saberes desperta a sociedade para um mundo melhor, por justiça social”.

Para encerrar, Mara Regina convida a todos e todas para a 3ª Conferência de Mulheres, dias 22, 23 e 24 de agosto de 2011. A abertura oficial será na Estrada de Ferro e Teatro Banzeiros, com o tema “Políticas Públicas para as Mulheres – Participe, Discuta e Garanta seus Direitos”. Mais informações pelo telefone: 3901-3000 ou 3901-3633.


Texto publicado originalmente no Blog Web Jornal.

sábado, 13 de agosto de 2011

Compadre Xavier, quase 30 anos de rádio

Na matéria Técnicas de Programa de Rádio, com o professor Marcelo Winter, conhecemos mais sobre um novo colega de classe: Francisco Xavier Cardoso da Silva, o Compadre Xavier. No rádio rondoniense desde 1983, ele atualmente é um dos radialistas da Transamazônica FM. Após a “coletiva”, nossa tarefa foi a produção de texto, levando em conta a lauda para o rádio (incluindo a letra em caixa alta). O meu texto reproduzo abaixo:




COMPADRE XAVIER, QUASE 30 ANOS DE RÁDIO

PARA TRABALHAR EM RÁDIO TEM QUE GOSTAR। ASSIM DEFINIU O “FAZER RÁDIO” O LOCUTOR “COMPADRE XAVIER” //ELE INICIOU EM 1983 NA RÁDIO CAIARI AM, ÉPOCA EM QUE FAZIA O CAIARI NO SERTÃO // NESTES QUASE 30 ANOS, O COMPADRE TEM MUITO A CONTAR. //

NESTA SEXTA, DIA 12 DE AGOSTO, ELE COMPARTILHOU SUA HISTÓRIA COM A TURMA DO CURSO TÉCNICO EM RÁDIO E TV, DA FUNDAÇÃO REDE AMAZÔNICA // CITOU FATOS HISTÓRICOS, PASSAGENS ENGRAÇADAS E ATÉ AMEAÇAS QUE SOFREU. //

SEU NOME DE BATISMO É FRANCISCO XAVIER CARDOSO DA SILVA // ELE NASCEU EM JUAZEIRO DO PIAUÍ (PI) E HÁ 32 ANOS MORA EM RONDÔNIA //

TÓPÓGRAFO POR PROFISSÃO, DESDE 08 DE DEZEMBRO DE 2001, COMPADRE XAVIER PASSOU A SER LOCUTOR DA TRANSAMAZÔNICA 105,9 FM - RÁDIO COMUNITÁRIA DE PORTO VELHO //

SEGUNDO ELE, TODA PROFISSÃO TEM ESPINHOS, OS QUE TENTAM PUXAR O TAPETE UNS DOS OUTROS //MAS COMPADRE XAVIER DIZ: “ESSA COISA NÃO ME ATINGE, EU PEÇO MUITO A DEUS” //

PARA QUEM ESTÁ COMEÇANDO, A DICA DO EXPERIENTE RADIALISTA É FAZER PROGRAMA MUSICAL E “TREINAR MUITO”, MESMO QUE SEJA NO BANHEIRO, EM FRENTE A UM ESPELHO PARA PERDER A VERGONHA. //

FICOU CURIOSO E QUER OUVIR O COMPADRE XAVIER? ENTÃO SINTONIZE NA TRANSAMAZÔNICA FM DAS 06 ÀS 08 HORAS DA MANHÃ, TODOS OS SÁBADOS E DOMINGOS //A PROGRAMAÇÃO INCLUI “MÚSICA BOA”, SIGNOS E, NOS SÁBADOS, ENTREVISTAS. //

Sugestão de Pauta, em pauta

A sugestão abaixo foi apresentada para a professora Cléo Subtil, durante a matéria Produção de Pauta do Curso Técnico em Rádio e TV. A proposta da disciplina foi montar uma sugestão de divulgação a partir de uma grande reportagem de televisão. No caso, aproveitei uma matéria do repórter Marcelo Canellas, depois de ouvir o comentário dele sobre a matéria que marcou a carreira dele. Ele veio a Porto Velho durante o Prêmio de Jornalismo do Ministério Público de Rondônia. Confira como ficou a pauta:



Retranca: FOME/RONDÔNIA

PROPOSTA: Repercutir a série de reportagens sobre a fome no Brasil feitas por Marcelo Canellas

INFORMAÇÃO: Proposto em 1998 e implementada em 2001, o repórter Marcelo Canellas produziu uma série de reportagens sobre a fome, baseada no livro Geografia da fome, de Josué de Castro. Ele e o cinegrafista Lúcio Alves viajaram durante um mês pelo País e preparam uma série especial, exibida no Jornal Nacional. Foram percorridos seis estados e o Distrito Federal. Com isso, as matérias foram as mais premiadas do telejornalismo brasileiro (prêmios: Ayrton Senna de Jornalismo, Barbosa Lima Sobrinho, Imprensa Embratel, Vladimir Herzog e a medalha ao mérito da ONU). Uma passagem surpreendente foi que na primeira reportagem mostrava o depoimento comovente de uma lavadeira, Maria Rita Costa de 51 anos, vítima da fome. No dia seguinte à exibição, os vizinhos de Maria Rita informaram que a lavadeira havia morrido de pneumonia e desnutrição aguda. Ele ficou sabendo no momento que a matéria foi ao ar, na nota pé lida pelos apresentadores. Dois anos depois, o repórter voltou aos mesmos lugares retratados nas matérias para mostrar que a situação de miséria e pobreza continuava exatamente a mesma. A nova reportagem foi apresentada no Globo Repórter.


DIRECIONAMENTO: Visto que o livro Geografia da Fome, de Josué de Castro, completa 65 anos de história agora em 2011 e continua a apresentar um dos mais profundos estudos brasileiros sobre a insegurança alimentar presente no Brasil, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, a proposta é basear-se nas reportagens de Canellas e na leitura do livro para mostrar a realidade da fome em Rondônia. Buscar personagens para que as matérias sejam humanizadas. Afinal, como um Estado de pujança econômica como o de Rondônia convive com a fome?

Desta forma, verificar dados referentes à mortalidade infantil. Quantas crianças morrem de fraqueza e desnutrição no Estado de Rondônia. Por que isso acontece, quais crianças estão na “zona de risco?”, quais municípios apresentam as maiores taxas de mortalidade?

Na sequência, verificar dados referentes à fome na terceira idade. Como está o uso da aposentadoria? Os idosos mantêm também os lares rondonienses, suas aposentadorias são controladas por eles. O que se pode fazer para contornar a fome que atinge à população dessa faixa etária.

E as comunidades indígenas e quilombolas do Estado? A segurança alimentar realmente está garantida entre os povos tradicionais da região. Questão da terra terminará se envolvendo na questão relacionada à fome.

Verificar a questão das bolsas (Bolsa Família, Bolsa Escola, Bolsa Pesca e outros) no Estado. Dá-se o peixe ou ensina-se a pescar? O que as famílias fazem com esses valores, são bem aproveitados?

Por fim, quais sugestões dos nutricionistas e pessoal da área de saúde indicam para uma alimentação saudável e barata. Casos de hortas comunitárias que deram certo, existem? E ONGs e outras instituições que tenham casos com finais felizes de combate à fome e à desnutrição.

ATENÇÃO: Seremos críticos em relação aos casos que apresentarmos. Mas sem ser alarmistas, buscaremos também um direcionamento mais humano. Sempre comparar dados e buscar fontes que deem base concreta aos dados e informações apresentadas.

ROTEIRO
Contato: Produção irá levantar telefones, endereços e contatos de representantes da comunidade, distritos, comunidades indígenas, quilombolas, IBGE, associações ligadas aos direitos humanos, secretarias de assistência social dos municípios e do Estado, pessoas ligadas ao Fome Zero nacional, entre outras. Além de procurar casos verdadeiros nas cidades e áreas rurais de pessoas em área de risco social e que possam ter casos concretos que mostrem o retrato da fome em Rondônia.

Boa reportagem!!!

sábado, 6 de agosto de 2011

Psicologia e Comunicação

“O homem morre quando deixa de sonhar”
(Chico Xavier)



Vou aproveitar que minha última matéria foi Psicologia Aplicada à Comunicação no Curso Técnico em Rádio e TV para deixar um registro de meus estudos sobre o tema. Especialmente porque no post anterior falei sobre propaganda.

Conforme estudamos, a publicidade provoca as emoções nos indivíduos e procura impulsionar seus desejos latentes com tanta força, que eles se sentem impelidos a trabalhar para conquistá-los.

Talvez por isso o comunicador seja considerado um agente de informação, sensibilização e persuasão. Lembrando que persuasão é levar a uma opinião. É a capacidade de fazer alguém agir usando algum tipo de comunicação, apelando para vontade e emoção. Enquanto no convencimento se apela para a razão e inteligência.

Ministrada pela professora Eunice Helena Rodrigues Cordenuzzi, a disciplina buscou nos mostrar os conhecimentos básicos da psicologia, tanto com relação à compreensão do humano, quanto aos processos de comunicação que neste se envolvem. Além disso, as aulas envolveram também muitos momentos de motivação, em que paramos para repensar nossa própria vida e atuação, a exemplo da frase que abriu esse texto. Afinal, como diz uma das mensagens exibidas durante a aula: a vida só faz comigo aquilo que eu permito que ela faça comigo!


Você chega lá: o sucesso está dentro de você!

Um dia é diferente do outro, porque estamos em constante mudança.

Tudo o que merece ser feito, merece ser bem feito.



Só lembrando que psicologia é o estudo da mente, da alma, do indivíduo. O pai dessa ciência é Freud.

Entre as contribuições da psicologia nas relações humanas aplicadas à comunicação temos que “a comunicação é a arte de estar em contato com outras pessoas, seja para passar-lhes informações, seja para recebê-las. O homem, como animal social, necessita estar sempre em contato com outros da espécie. Isso porque ele, o homem, desenvolve as suas habilidades a partir da observação dos demais”.

Para que haja uma comunicação bem sucedida, é necessária uma relação de ENTENDIMENTO, CONHECIMENTO e RESPEITO. Faltando um desses elementos, explica Eunice, atrapalha o processo comunicativo.

Durante a aula também vimos que a motivação humana, de acordo com a pirâmide de Maslow, vai primeiro buscar saciar as necessidades fisiológicas (fome, sede, sexo e sono), passando na sequência pelas necessidades de segurança (defesa, proteção, emprego e abrigo), necessidades sociais (relacionamento, amor e fazer parte de um grupo), necessidades de estima (autoestima, reconhecimento e status) para assim chegar às necessidades de autorrealização (desenvolvimento pessoal e conquista).

Eu sou do tamanho daquilo que vejo e não do da minha altura. (Fernando Pessoa)

Quer saber mais sobre a professora Eunice, acesse o Blog Web Jornal.