A sugestão abaixo foi apresentada para a professora Cléo Subtil, durante a matéria Produção de Pauta do Curso Técnico em Rádio e TV. A proposta da disciplina foi montar uma sugestão de divulgação a partir de uma grande reportagem de televisão. No caso, aproveitei uma matéria do repórter Marcelo Canellas, depois de ouvir o comentário dele sobre a matéria que marcou a carreira dele. Ele veio a Porto Velho durante o Prêmio de Jornalismo do Ministério Público de Rondônia. Confira como ficou a pauta:
Retranca: FOME/RONDÔNIA
PROPOSTA: Repercutir a série de reportagens sobre a fome no Brasil feitas por Marcelo Canellas
INFORMAÇÃO: Proposto em 1998 e implementada em 2001, o repórter Marcelo Canellas produziu uma série de reportagens sobre a fome, baseada no livro Geografia da fome, de Josué de Castro. Ele e o cinegrafista Lúcio Alves viajaram durante um mês pelo País e preparam uma série especial, exibida no Jornal Nacional. Foram percorridos seis estados e o Distrito Federal. Com isso, as matérias foram as mais premiadas do telejornalismo brasileiro (prêmios: Ayrton Senna de Jornalismo, Barbosa Lima Sobrinho, Imprensa Embratel, Vladimir Herzog e a medalha ao mérito da ONU). Uma passagem surpreendente foi que na primeira reportagem mostrava o depoimento comovente de uma lavadeira, Maria Rita Costa de 51 anos, vítima da fome. No dia seguinte à exibição, os vizinhos de Maria Rita informaram que a lavadeira havia morrido de pneumonia e desnutrição aguda. Ele ficou sabendo no momento que a matéria foi ao ar, na nota pé lida pelos apresentadores. Dois anos depois, o repórter voltou aos mesmos lugares retratados nas matérias para mostrar que a situação de miséria e pobreza continuava exatamente a mesma. A nova reportagem foi apresentada no Globo Repórter.
DIRECIONAMENTO: Visto que o livro Geografia da Fome, de Josué de Castro, completa 65 anos de história agora em 2011 e continua a apresentar um dos mais profundos estudos brasileiros sobre a insegurança alimentar presente no Brasil, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, a proposta é basear-se nas reportagens de Canellas e na leitura do livro para mostrar a realidade da fome em Rondônia. Buscar personagens para que as matérias sejam humanizadas. Afinal, como um Estado de pujança econômica como o de Rondônia convive com a fome?
Desta forma, verificar dados referentes à mortalidade infantil. Quantas crianças morrem de fraqueza e desnutrição no Estado de Rondônia. Por que isso acontece, quais crianças estão na “zona de risco?”, quais municípios apresentam as maiores taxas de mortalidade?
Na sequência, verificar dados referentes à fome na terceira idade. Como está o uso da aposentadoria? Os idosos mantêm também os lares rondonienses, suas aposentadorias são controladas por eles. O que se pode fazer para contornar a fome que atinge à população dessa faixa etária.
E as comunidades indígenas e quilombolas do Estado? A segurança alimentar realmente está garantida entre os povos tradicionais da região. Questão da terra terminará se envolvendo na questão relacionada à fome.
Verificar a questão das bolsas (Bolsa Família, Bolsa Escola, Bolsa Pesca e outros) no Estado. Dá-se o peixe ou ensina-se a pescar? O que as famílias fazem com esses valores, são bem aproveitados?
Por fim, quais sugestões dos nutricionistas e pessoal da área de saúde indicam para uma alimentação saudável e barata. Casos de hortas comunitárias que deram certo, existem? E ONGs e outras instituições que tenham casos com finais felizes de combate à fome e à desnutrição.
ATENÇÃO: Seremos críticos em relação aos casos que apresentarmos. Mas sem ser alarmistas, buscaremos também um direcionamento mais humano. Sempre comparar dados e buscar fontes que deem base concreta aos dados e informações apresentadas.
ROTEIRO
Contato: Produção irá levantar telefones, endereços e contatos de representantes da comunidade, distritos, comunidades indígenas, quilombolas, IBGE, associações ligadas aos direitos humanos, secretarias de assistência social dos municípios e do Estado, pessoas ligadas ao Fome Zero nacional, entre outras. Além de procurar casos verdadeiros nas cidades e áreas rurais de pessoas em área de risco social e que possam ter casos concretos que mostrem o retrato da fome em Rondônia.
Boa reportagem!!!
ACHEI INTERESSANTE O ARTIGO SOBRE A EAD QUE VOCÊ POSTOU E ACREDITO QUE ESTE VEM PARA SOMAR, INOVAR E PROPORCIONAR NOVAS OPORTUNIDADES A MUITAS PESSOAS E CONCORDO O ENSINO A DISTANCIA É OTIMO POIS LEVA O ALUNO A PESQUISAR, A CONHECER E UTILIZAR AS TECNOLOGIAS, PARABÉNS
ResponderExcluir