quinta-feira, 16 de junho de 2011

Comunicação, cultura e convergência

Adoro buscar informações. Numa dessas leituras das "relíquias" encontrei numa Revista Super Interessante de 2009 o tema Cultura da Convergência, que me fez lembrar de questões em que essa palavra é cobrada em concursos de comunicação.

“Convergência jornalística: processo multidimensional, facilitado pela implantação generalizada das tecnologias digitais de telecomunicação, afeta os âmbitos tecnológico, empresarial, profissional e editorial dos meios de comunicação, propiciando uma integração de ferramentas, espaços, métodos de trabalho e linguagens anteriormente desagregadas. Dessa forma, os jornalistas elaboram conteúdos que são distribuídos por multiplataformas, por meio de linguagens próprias a cada uma delas”

Ou:

“A mistura de mídias como tendência contemporânea de utilização da internet como plataforma para produzir e disseminar informação está permitindo o desenvolvimento de um novo processo para a comunicação em rede”.




Bom, com esses exemplos dos concursos públicos já conseguimos ver que a “convergência” no jornalismo diz respeito ao processo de integração, coordenação e combinação das diversas mídias, por isso ela é multimídia (pode utilizar-se do impresso, do visual, ser auditiva, e assim por diante).

Voltando à Cultura da Convergência, que iniciou essa conversa, acredito que ambos os temas caem no reeditar e distribuir uma informação em outro veículo, que muitas vezes é a própria internet.

No mundo atual “toda história que é contada a alguém passa por diversos veículos, como TV, cinema, celular, internet, videogames”. Já “o fluxo dessa história é moldado tanto por decisões tomadas pelas companhias que produziram o conteúdo quanto pelos indivíduos que o recebem”, afirma Henry Jenkins à Super, autor do livro “Cultura da Convergência”. Ele chama esse processo de interferência do público de “nova cultura participativa”.

E adaptação é a palavra-chave para esse momento da história da comunicação para produtores e para a mídia em geral.

Saímos do tempo em que apenas recebíamos informações pela TV, rádio ou impressos em geral. Agora também produzimos e participamos. O que me lembra outra questão de prova: “Jornalismo participativo, tendo como base a internet, compreende a participação do público no processo de coleta, produção e divulgação da informação”.

A previsão para a próxima década seria, segundo Jenkins, que se a “cultura da convergência continuar se desenvolvendo como está hoje, em uma década não vamos ter uma empresa que produza conteúdo para TV, outra para jornal, outra para rádio. Vamos ter apenas grandes indústrias de mídia, que deverá englobar tudo isso”.

Bom, como se vê, isso é apenas previsão, deixemos o futuro dar as respostas (assim como vem acontecendo no caso da possível extinção do livro impresso com a popularização da internet!). O certo é que a convergência (o assistir programa de TV no celular, por exemplo) já é realidade. Resta saber como aproveitar melhor tudo isso.

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