domingo, 29 de maio de 2011

Estudante, mas antes de tudo minha função é reportar

Aprendi novas técnicas de rádio e relembrei outras no Curso Técnico da Fundação Amazônica. Para deixar esse conhecimento registrado, coloco mais esta matéria no ar. Haja vista que o objetivo deste blog é compartilhar conhecimento.

Ah, enfatizo que tive aulas com um professor que também faz stand-up comedy, a cada dia ele era um personagem diferente (inclusive, na prova foi Santiosama bin Laden). Entre seus nomes estavam Santiagônio Bandeiras, Santinaldo Roberto Falcão e Santinaldo Gianecchini. Para quem quiser acompanhar, ele mantém o blog informativo .

Enfim, professor Santiago Roa Júnior (nome correto dele) foi um multiprofissional e ensinou os seguintes tópicos durante a matéria Técnicas de Entrevista em Rádio:

Função dos entrevistados
A entrevista como diálogo possível
A mecânica e a psicologia envolvendo locutor, entrevistador e entrevistado
A participação do ouvinte e a construção da notícia
Postura ética do locutor/entrevistador

“A entrevista radiofônica é um meio termo entre a investigação e a conversa, possuindo elementos de ambas”, explica a apostila do curso. Sendo que as primeiras entrevistas transmitidas pelo rádio foram ao ar na década de 20, quando começa a Era do Rádio. De lá para cá, os profissionais cada vez mais aprendem a ter jogo de cintura no horário do "bate papo".

Ficou enfatizado também que é papel do rádio pautar o impresso, não o contrário, como muitas vezes vem acontecendo. Pela agilidade e possibilidade de presença ao vivo durante os fatos, o rádio pode levar ao ouvinte a notícia de forma instantânea. Desta forma, a programação radiofônica deveria priorizar a atividade jornalística entre seus profissionais. Não a se valer do “gillete press”, ou seja, o simples recorte de notícias dos jornais impressos ou da internet para fazer a leitura aos ouvintes.

Regionalmente, vimos que Rondônia passou por uma colonização histórica que favoreceu a transmissão de notícias via rádio. A falta de boas estradas e de estrutura para chegar a diversos locais do Estado também contribuiu e contribui para que sejam impressos cerca de 12 mil exemplares de jornais diariamente. Os principais diários são Diário da Amazônia, Estadão do Norte e Folha de Rondônia. O número de impressos é pequeno frente a uma população contada pelo IBGE que chega a 1,5 milhões de habitantes.

A dica para conhecer o jornalismo de rádio e ter parâmetros de como fazê-lo é ouvir os programas Voz do Brasil e o jornal da Rádio Jovem Pan. Na internet é possível acessar as transmissões da Band News, CBN Notícias e, do Rio Grande do Sul, escutar a Rádio Guaíba ou a Rádio Gaúcha.





Dos tipos de entrevista, guardei da aula os ensinamentos:

Entrevista noticiosa – narra o fato/ocorrência.
Entrevista de opinião – enfatiza o ponto de vista sobre um assunto.
Entrevista com personalidade – mostra quem é o entrevistado.
Entrevista de grupo/enquete – expõe diversas opiniões.
Entrevista coletiva – entrevistado atende ao mesmo tempo jornalistas de diversos veículos.

Interessante também é saber a ordem de atendimento da imprensa durante uma coletiva:

1º Televisões e rádios que estejam transmitindo ao vivo
2º TV e rádios que estejam gravando
3º Jornais impressos

Só para concluir este post, o professor também falou sobre a importância de se mandar um “alô” aos ouvintes, afinal, são eles que estão na audiência dos programas. Além de sempre falar a hora certa, outro serviço de utilidade pública, que parece ser coisa simples, mas especialmente no início da manhã faz a diferença para quem está ouvindo e se preparando para sair de casa.

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