sábado, 23 de janeiro de 2021

Ensinando para as mídias

 Estava lendo uma matéria de uma revista antiga que falava de um tema que continua atual: educação midiática.

Em entrevista com a professora Martina Roth, a Revista Nova Escola de novembro de 2011, a repórter Rita Trevisan fez a seguinte pergunta (seguida da resposta da entrevistada):


Como os alunos devem estar preparados? Basta ter familiaridade com os programas e saber operá-los?

MARTINA: O estudante tem de saber operar computadores e desenvolver habilidades básicas, como segurar e movimentar o mouse. Mas só isso não basta. Ele precisa ter em mente os objetivos das atividades no computador. As crianças e os jovens normalmente apreciam a tecnologia pela tecnologia. Cabe ao professor conduzir os estudantes de acordo com o projeto desenvolvido em classe. Ele pode, por exemplo, sugerir que façam uma pesquisa na internet e colem o texto em um documento. Outra opção é solicitar uma apresentação com fotos ou a gravação e a postagem de um pequeno vídeo no YouTube sobre o que aprenderam. Isso gera um envolvimento muito maior. E grande parte dos alunos já vai saber como fazer isso porque faz em casa. O que eles não sabem é como toda essa tecnologia pode servir aos objetivos didáticos e ser usada na escola. Esse é o papel do professor.

 

O trecho está na seção Fala, mestre! Com o título: “Ter computador na escola não basta. Deve-se buscar o bom uso da tecnologia”.

Certamente utilizar para o ensino e aprendizagem as mídias sociais (YouTube, Facebook, Instagram, Games etc.) e outras ferramentas tecnológicas seria muito interessante em sala de aula, já que aproveitaria muito do que os alunos possuem em sua realidade fora da escola. Entretanto, diante da realidade que vivemos, de disseminação de informações falsas nas redes, é necessário um aprofundamento para o que foi falado há praticamente dez anos.

Lógico, ainda não passamos da fase que é preciso ensinar o acesso e uso tecnológico, somente não podemos adiar mais o ensinamento do que é correto ou não dentro de um ambiente virtual. Até que ponto há liberdade de expressão quando se dissemina tanto discurso de ódio, com a falsa ideia de que se está escondido atrás de uma máquina. E quando isso é até uma inverdade, porque uma pessoa continua sendo ela ao fazer baixaria, comentários impróprios, cometer atos de racismo ou de misoginia e uma infinidade de maldades que podem ser cometidas presencialmente ou de modo on-line.

Vale a reflexão e o aprofundamento…

Enquanto isso, deixo um vídeo interessante que acabo de ver em uma aula da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB):


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