Li muito esse ano. Li muito livro emprestado, li os que já tinha aqui em casa, li os que comprei durante a pandemia. Ainda tem muita leitura pela frente, mas sinto que foi um ano de conhecimento (e de muitas tristezas também). Ah, li também conjuntamente, porque participei de todos os encontros do Clube de Leitura Porto Velho de 2020. Os que conseguiram ser presenciais, até março, e os que ocorram de forma virtual, no ambiente on-line.
Mas nessas
minhas leituras encontrei dentro de uma revista uma reportagem de 2008, do
Jornal O Estadão Porto Velho (o jornal agora nem circula mais, pois há anos foi
desativado). Na edição de 14 de agosto, o projeto Leitura no Sítio da
Bibliotecária Glória Valadares estava entre os destaques. A manchete do jornal
era:
Projeto “Leitura no Sítio” no Triângulo
De acordo com informações da própria idealizadora, Glória Valadares, o “Leitura no Sítio” já está em seu terceiro ano
Então, neste
2020 aconteceria a comemoração dos 15 anos! Mas desde março com as
recomendações de distanciamento social não puderam ser realizadas atividades do
projeto. Com isso o aniversário ficou adiado…
Eu conheci o
projeto muito recentemente e fui a todos os encontros que consegui. Não tem
como não se apegar a uma iniciativa tão linda!
As crianças desenvolvem suas leituras na sombra das árvores, sobre as lonas espalhadas pelo chão. Acomodadas, elas passam a escolher livros e, com o acompanhamento de voluntários que integram o grupo, realizam viagens pelos mais distintos lugares imaginados, no mundo dos textos infantis. As atividades fazem parte do projeto “Leitura no Sítio”, que é realizado no segundo sábado de cada mês, no sítio localizado na Estrada do Santo Antônio no bairro Triângulo, inicia às 9 horas, com término ao meio dia.
Além de participar das atividades de leitura propostas pelos organizadores, também são oferecidos para as crianças lanches e entretenimentos. Este ano a bibliotecária Glória Valadares foi premiada pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil por incentivar a leitura de crianças e jovens, través do Projeto.
Ao ler essa
chamada da manchete me dá muito orgulho de ter conhecido o projeto e as
professoras que fazem ele acontecer. Lutadoras incansáveis na defesa da leitura
e do conhecimento. Maravilhosas!
Contadores de
histórias…
Aproveitando que
o tema era leitura… a Revista Nova Escola de novembro de 2006 também tratou do
assunto. “A arte dos contadores de histórias” traz a oralidade na disciplina de
Língua Portuguesa como uma possibilidade para serem realizadas com alunos das
séries iniciais do Ensino Fundamental (eu acrescentaria que ler histórias pode
ser também uma atividade até para a graduação e pós, eu mesma fico muito atenta
quando um professor abre um livro e conta uma história!).
Dentre as
ideias passadas pela professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),
Gilka Girardello, para cativar a plateia, destaco duas:
Faça uma seleção de títulos que despertem em você a vontade de passa-los aos alunos. É importante abrir o universo deles para diferentes narrativas, com temas como a vida e a morte, nossa origem e a humanidade, além de mitos.
Antes e depois da narração, conte de onde vem a história: de um livro, de um filme, da mitologia grega ou se aconteceu com alguém conhecido. Assim, a turma fica sabendo também que pode passa-la adiante.
Eu da minha
parte só posso dizer, leia só, leia em grupo, leia para você, leia para alguém,
enfim, leia!
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