sábado, 22 de junho de 2019

O futuro


Incertezas. É disto que trata o futuro, especialmente, no contexto atual…
E eu sei, exatamente, que nada sei (e será que saberei)…

Mas sempre foi assim, incerto, e isso o torna o dia seguinte mais instigante. Eu mesma gosto de “pagar para ver” o que virá. Talvez seja um dos fatores motivadores para me manter sempre buscando mais conhecimento.

Já o que ficou para traz, como diz Mario Quintana, deve nos servir de aprendizado: "O passado é lição para refletir, não para repetir".
Tendo em vista que o tema de hoje é mais uma pílula-texto cheia de subjetividade, vamos a uma questão de concurso que também trata de “futuro”!

A prova a seguir foi aplicada pela banca ESAF, em 2009, para a Agência Nacional de Águas (ANA), no cargo de Analista Administrativo - Comunicação Social - Relações Públicas.

Há um consenso entre os especialistas de que o mundo contemporâneo - e em especial o ambiente organizacional - tem sido abalado profundamente pelo processo crescente de globalização dos mercados e das ideias, pela revolução provocada pelas novas tecnologias, pela desmassificação do processo de produção e pela valorização do espírito de cidadania. Este ambiente, em contínua agitação, redimensiona o perfil das organizações e as torna menos estratificadas e mais flexíveis, convidando-as, permanentemente, a esticar os olhos para ver o que está à frente. O futuro (alguém ainda duvida disso?) mais do que o presente, será complexo, repleto de incertezas, mas (ainda bem!) rico em oportunidades para quem se dispuser a se "sentar" sobre um novo paradigma.
(W. Bueno. Comunicação Empresarial)
 Considerando o cenário organizacional apresentado por Bueno, analise as afirmativas a seguir e assinale a resposta correta.
 ( ) O processo de segmentação dos públicos, os chamados nichos de mercado, tem provocado mudanças substanciais na Comunicação Empresarial, com a implementação de canais diferenciados para atender às demandas informativas localizadas.
 ( ) O cliente evoluiu para o cidadão e espera um relacionamento mais amplo do que aquele que costuma vigorar entre a empresa que vende e as pessoas que compraram, porque o contato não se esgota mais com a transferência do produto.
 ( ) As organizações têm feito um grande esforço para criar veículos múltiplos para atender a demandas que também são múltiplas.
 ( ) Um exemplo de veículo novo, elaborado com o objetivo de atender a este novo padrão de relacionamento com os clientes, seria uma revista dirigida aos diversos públicos, com editorias específicos para cada segmento.
 ( ) Até o relacionamento com o público interno deve ser renovado e a intranet empresarial é hoje o veículo que reúne em um mesmo canal todos os instrumentos, contemporâneos e tradicionais, tornando-se um veículo para todos os fins.
 a) F, F, V, V, V
b) V, V, V, F, F
c) F, V, F, V, F
d) V, V, F, V, V
e) V, F, V, V, F

Resposta: B

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Tecnologias


Vou começar a postagem de hoje com a frase de um teórico nacional que considero muito importante e atual:

Conhecer não é um ato isolado, individual. Conhecer envolve intercomunicação, intersubjetividade. É por meio dessa intercomunicação mediada pelos objetos a serem conhecidos que os homens mutuamente se educam, intermediados pelo mundo real.


O pensamento é do educador Paulo Freire. E ela nos remete a esse modo integrado e coletivo de nos educarmos, aprendermos e desenvolvermos a sociedade. Tal qual é a ideia do blog, de compartilhar e receber retorno de quem o acompanha. Mesmo que seja apenas o de acessar e ler os conteúdos aqui divulgados. Assim como eu acesso e leio outros materiais disponibilizados neste gigante mundo virtual.

E já que Freire falava em comunicação mediada, veio a vontade de pesquisar o tema tecnologia. Busquei para tanto algumas questões de concurso, porque gosto de rever sempre esse material.

Uma pergunta que caiu em 2013, para o cargo de Analista - Área Comunicação Social (Área de Formação: Comunicação Social com habilitação em Jornalismo) do Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO) trazia assunto relacionado à teoria de McLuhan. Na prova aplicada pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE), foi considerada Certa a seguinte proposição:

O conceito de aldeia global foi emitido nos anos 60 por Marshall McLuhan para sintetizar a ideia de que as novas tecnologias da comunicação, com a televisão ao centro, alterariam o modo de o homem ver o planeta.

A televisão e, posteriormente, os computadores e a internet de fato mexeram muito com nossa vida. Na mesma linha, temos essa questão no concurso da Transpetro (Petrobras Transporte S.A.), que avalia o quanto um computador com sua tecnologia avançada poderia contribuir com nossa visão de mundo e com nosso trabalho enquanto jornalistas.

A RAC - Reportagem Assistida por Computador - é uma forma de apuração baseada em novas tecnologias. Sobre ela, podemos afirmar que: permite combinar o uso da Internet com métodos qualitativos de pesquisa no sentido de produzir matérias mais profundas e analíticas.

A resposta é Certa. Apesar de que também vemos muito jornalismo “shallow now” por aí (desculpem-me pelo trocadilho).

Para finalizar, a última também aplicada pelo CESPE, em 2004, para a área de Comunicação Social da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária):

A sociedade atual caracteriza-se por ser tecnologicamente definida e por apresentar uma desterritorialização das relações sociais e econômicas. Com relação a esse assunto, julgue os itens a seguir.
O principal objetivo da comunicação institucional é conectar a organização com o mundo, por meio de tecnologias de informação e meios eletrônicos que permitam a sua identificação pelo público.

A questão é errada, pois, o objetivo com certeza ultrapassa essa conexão via tecnologias para identificação pelo público. Afinal, por mais que as tecnologias nos ofertem ferramentas, nossas finalidades não nos limitam a elas.

Enfim, que nesta aldeia global continuemos com os pés no chão, mediatizados pelo mundo real e nos educando mutuamente. Avançar é preciso!

domingo, 16 de junho de 2019

Avaliação

O que nos impede de alcançar nossos sonhos?

Será que estamos com diversos objetivos entrelaçados e uns tumultuando os demais?

Eu tinha imaginado que teria tempo para com maior periodicidade escrever para o meu blog, antes que a plataforma Blogspot seja extinta. Escrevi algumas linhas e depois precisei me afastar novamente. Espero que seja diferente no segundo semestre deste ano, em que estabeleci a meta de uma vida mais tranquila, menos ainda exposta e/ou consumista, porque a vida online é antes de tudo consumista (de informações em excesso, por exemplo). Fácil nunca será.

Hoje iniciei a leitura do livro de Jaron Lanier: Dez argumentos para você deletar agora suas redes sociais (Editora Intrínseca, 2018). Espero que contribua com a jornada que se inicia… se bem que até agora não quero deixar as redes (risos). Porém, vejo que terei uma visão diferenciada ao concluir a obra. É como um velho pensamento que gosto: é hora de descoisar as coisas coisadas…

No livro de Lanier se trabalha inicialmente teorias behavioristas que são estudadas e testadas desde antes da invenção dos computadores. “Os behavioristas estudavam maneiras novas, mais metódicas, estéreis e esquisitas de treinar animais e humanos”, explica o autor. Ele continua:
Havia um behaviorista famoso chamado B. F. Skinner. Ele montou um sistema metódico, conhecido como caixa de Skinner, em que animais engaiolados recebiam agrados quando faziam algo específico.
Nesta comparação, atualmente, também estamos nós sendo premiados ou castigados no uso das mídias sociais. A tecnologia digital pode estar usando conosco a maneira behaviorista de pensar e nos manter conectados. Lanier explica:
Não surpreende que B. F. Skinner tenha sido um personagem importante nos primórdios das redes digitais, por exemplo. Ele viu as redes digitais como uma maneira ideal de treinar a população para o tipo de utopia que ele buscava, em que todos nós finalmente nos comportaríamos. Um de seus livros se chama Para além da liberdade e da dignidade. Para além!
O termo “engajamento” faz parte da linguagem familiar, eufemística, que esconde a imensa estupidez da máquina que construímos. Precisamos usar os termos como “vício” e “modificação de comportamento”.
 

Recorrendo às teorias da comunicação, veremos que as pesquisas nos Estados Unidos sempre tiveram forte aproximação com a psicologia comportamental.
Entre os anos 20 e 60, os estudos norte-americanos foram marcados pela hegemonia de um campo de estudos denominado Mass Communication Research. Essa tradição de estudos é composta por abordagens de autores tão variados que vão desde a engenharia das comunicações, passando pela psicologia e sociologia, com pressupostos teóricos e mesmo resultados distintos e, em muitos casos, quase inconciliáveis (Hohfeldt at al, Editora Vozes 2012).
Bom, todos esses são fatores a serem estudados e analisados. Como este blog me ajuda muito em ser centrada e pensar na minha profissão e no meu fazer jornalístico, são temas que podem continuar ocupando minhas mídias!
 E colocar a comunicação na berlinda é mais que uma necessidade dos tempos atuais. É preciso criar uma nova comunicação. Quem sabe encontremos os caminhos para que ela se estabeleça e se fortaleça.
Vamos fazer uma reflexão na área de comunicação institucional? Já que o objetivo é voltar a estudar as áreas da comunicação, pensemos em uma questão de concurso público. Esta caiu numa prova em 2004, aplicada pelo CESP:

A respeito da comunicação institucional, julgue os itens subseqüentes.
Verifica-se atualmente a passagem da era do produto para a era da responsabilidade social das organizações, da mudança de visão que privilegia o produto para a visão que valoriza o social, o institucional: essa visão institucional está-se sobrepondo às demais funções da organização.
(RESPOSTA C  - CESPE/ANVISA/2004/COMUNICAÇÃO SOCIAL)