Você se lembra da polêmica em torno dos rolezinhos, realizados especialmente em São Paulo, no final de 2013 e início de 2014? Eu já havia até me esquecido, mas estou vendo material da minha pós-graduação em Jornalismo Empresarial e me recordei do tema. E antes que eu continue a escrever, deixo um pedido, caso você tenha informações atuais de ações de rolezinho, o que aconteceu com os encontros, se ainda acontecem, pode deixar nos comentários. Eu agradeço pela atualização, pois procurei no Google e não encontrei nada de novidade. Nem tive notícia se o funk ostentação continua em alta em tempos de crise nacional e usurpação de nossas riquezas nacionais.
Vamos primeiro ao que li. Recordar desses momentos da sociedade brasileira e que ainda são um tema atual para debates sobre o uso das mídias sociais.
Segundo texto de Leandro Beguoci, em Agitos Urbanos, rolezinhos viraram assunto no verão de 2014. Tratava-se de uma reunião de adolescentes e jovens, marcada pelo uso das novas plataformas de comunicação, tendo como ponto de encontro shoppings centers. Ele considerava como festas de funk ostentação, conforme história que vai utilizar fatos de sua própria vida na periferia de São Paulo para tentar explicar.
Sobre a ideia de se realizar encontro em shoppings, ele mostra que não era nova. Quem de periferia nunca quis fazer um rolé no shopping? O grupo Mamonas Assassinas inclusive colocou em música de sucesso...
Já sobre a descentralização dos centros comerciais, Leandro escreve: “o boom do crédito, a diminuição do desemprego e o crescimento da classe C levaram os shoppings até as periferias da cidade”. Ele que trata da não desumanização dos pobres, das pessoas que moram em periferias (pois parte do debate da época parecia esquecer de que se tratavam de seres humanos marcando encontros em locais públicos). O texto também defende que os rolezinhos não vinham na contramão do consumo, mas trazia inclusive elogio às marcas, ao ostentar um bom tênis, uma boa roupa...
Em texto de Carlos Castilho, tem-se a profecia do presente quanto ao não entendimento por parte da mídia do que eram os rolezinhos (ou a história em curso). Fazendo esse olhar sobre a mudança que estaria em curso na sociedade (tecnológica na divulgação digital dos eventos ou mesmo no poder de compra de seus participantes), o autor critica a mídia que espalhava o medo.
Por fim, Luciano Martins Costa falava em “wikieruditos” e “googlectuais”, fazendo críticas ao preconceito emanado diante do fenômeno rolezinho. Traziam assim uma sabedoria instantânea e superficial que ajudaram a criar histeria social. Vendo protagonismo na atitude dos jovens, que tiveram suas reuniões juvenis ampliadas por meios online de mobilização.
Como fechamento, ele compara que a ida de turmas de jovens aos shoppings foi estampada nos jornais sob olhar opressor, ganhando repercussão nacional. Enquanto, matéria da mesma época que denunciava os 25 mil imóveis de LUXO que descartavam esgoto diretamente no mar (enquanto a ligação à rede pública de coleta era uma opção viável) não tinha a mesma vertente de destaque. Assim, ele finaliza seu texto (e eu, o meu!):
Vamos primeiro ao que li. Recordar desses momentos da sociedade brasileira e que ainda são um tema atual para debates sobre o uso das mídias sociais.
Segundo texto de Leandro Beguoci, em Agitos Urbanos, rolezinhos viraram assunto no verão de 2014. Tratava-se de uma reunião de adolescentes e jovens, marcada pelo uso das novas plataformas de comunicação, tendo como ponto de encontro shoppings centers. Ele considerava como festas de funk ostentação, conforme história que vai utilizar fatos de sua própria vida na periferia de São Paulo para tentar explicar.
Sobre a ideia de se realizar encontro em shoppings, ele mostra que não era nova. Quem de periferia nunca quis fazer um rolé no shopping? O grupo Mamonas Assassinas inclusive colocou em música de sucesso...
Já sobre a descentralização dos centros comerciais, Leandro escreve: “o boom do crédito, a diminuição do desemprego e o crescimento da classe C levaram os shoppings até as periferias da cidade”. Ele que trata da não desumanização dos pobres, das pessoas que moram em periferias (pois parte do debate da época parecia esquecer de que se tratavam de seres humanos marcando encontros em locais públicos). O texto também defende que os rolezinhos não vinham na contramão do consumo, mas trazia inclusive elogio às marcas, ao ostentar um bom tênis, uma boa roupa...
Em texto de Carlos Castilho, tem-se a profecia do presente quanto ao não entendimento por parte da mídia do que eram os rolezinhos (ou a história em curso). Fazendo esse olhar sobre a mudança que estaria em curso na sociedade (tecnológica na divulgação digital dos eventos ou mesmo no poder de compra de seus participantes), o autor critica a mídia que espalhava o medo.
Por fim, Luciano Martins Costa falava em “wikieruditos” e “googlectuais”, fazendo críticas ao preconceito emanado diante do fenômeno rolezinho. Traziam assim uma sabedoria instantânea e superficial que ajudaram a criar histeria social. Vendo protagonismo na atitude dos jovens, que tiveram suas reuniões juvenis ampliadas por meios online de mobilização.
Como fechamento, ele compara que a ida de turmas de jovens aos shoppings foi estampada nos jornais sob olhar opressor, ganhando repercussão nacional. Enquanto, matéria da mesma época que denunciava os 25 mil imóveis de LUXO que descartavam esgoto diretamente no mar (enquanto a ligação à rede pública de coleta era uma opção viável) não tinha a mesma vertente de destaque. Assim, ele finaliza seu texto (e eu, o meu!):
Esse é um aspecto de uma sociedade viciada na privatização do território físico e virtual. A relação desse fato com o barulho em torno dos “rolezinhos” é um pouco sutil – sua compreensão não está disponível para uma consulta rápida no Google ou na Wikipedia.
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