Li na manhã hoje no livro A. C. Grayling, “A arte de questionar - a filosofia do dia a dia”, a seguinte provocação: “O que a palavra ‘deus’ significa para você?”
Calma, não vou falar de religião, vou é falar de sentidos de palavra, de discursos. Mas primeiro, vamos ao texto do autor. Para iniciar ele se questiona sobre o significado de “deus” e o que considera incoerente, ou seja, os usos mais convenientes e com objetivos diversos de acordo com apologias religiosas distintas.
Grayling continua o texto expondo conflitos e crueldades feitas em nome de ‘deus’:
Como última citação do autor neste texto, transcrevo sua análise sobre ideologias monolíticas:
Em alguns pontos concordo e em outros discordo. Mas isso não vem ao caso. Fiquei refletindo sobre esse texto e vendo o quanto ele se parece com estes dias de briga entre “petralhas” e “tucanalhas”, como se alfinetam ambos os lados. Impondo visões unitárias, estereotipadas e ideológicas excludentes. E os eleitores, a população em geral, são conduzidas ora para um lado e ora para outro. Quem falar mais bonito, desconstruir melhor a imagem do outro, ficará em vantagem (eleitoral, diga-se de passagem).
Assim como o filósofo tem suas ideologias, eu também tenho as minhas (no caso ainda defendo parte das ações de Lula ou Dilma, porque no geral vejo uma luta de classes no atual cenário político brasileiro, apesar da minha certeza de que não se mudará o mundo por meio de votação neste ou naquele candidato). Sem pregar discurso de ódio, observo muita movimentação em muitos dos lados, mas exatamente daqueles que vejo que poderia surgir uma terceira via não há movimentação. Ah, se o povo, se os excluídos, deixassem essas “superstições e fantasias” construídas durante toda uma história (do Brasil, da humanidade...) e tornassem autônomos e responsáveis por suas vidas (política, econômica, social e culturalmente)... como seria bom!! Quem sabe, como finalizou o filósofo: “Na verdade, uma vez que esse detrito de nosso passado ignorante for eliminado, talvez consigamos ver mais claramente a natureza do bem e finalmente persegui-lo da forma correta”.
Só para encerrar, vejamos quem é o autor da Arte de Questionar (afinal, para nós jornalistas saber perguntar/questionar é imprescindível):
Segundo a Wikipédia, Anthony Clifford "A. C." Grayling nasceu em 03 de abril de 1949. O filósofo britânico fundou em 2011 o New College of the Humanities, uma faculdade de graduação independente de Londres. Até junho de 2011, ele foi professor de Filosofia de Birkbeck, na Universidade de Londres, onde ensinou desde 1991. Ele também é membro supranumerário do Colégio de Santa Ana, Oxford.
Na contracapa de seu livro, uma citação do The Gardian mostra que “A. C. Grayling é um filósofo que acredita naquilo que prega e cria valor para a vida de uma forma completamente descomplicada”. Já na Booklist diz-se que “diferente de outros filósofos acadêmicos, A. C. Grayling se importa demais com a filosofia para mantê-la em sala de aula. De fato, ao aplicar o hábito de pensar os problemas da vida cotidiana, ele abre horizontes significativos”.
Calma, não vou falar de religião, vou é falar de sentidos de palavra, de discursos. Mas primeiro, vamos ao texto do autor. Para iniciar ele se questiona sobre o significado de “deus” e o que considera incoerente, ou seja, os usos mais convenientes e com objetivos diversos de acordo com apologias religiosas distintas.
Porém a palavra traz à mente o fenômeno das religiões criado pelo homem, cujo efeito na humanidade, tanto agora quanto ao longo do tempo, tem sido, com uma margem considerável, negativo. Bastaria pensar na falsidade ideológica e nas consequentes distorções de comportamento acarretadas pela ideia de que existem agentes sobrenaturais que criaram este mundo tão imperfeito e que eles têm um interesse em nós que abrange até nossa vida sexual e o que devemos ou não comer ou vestir em certos dias.
Grayling continua o texto expondo conflitos e crueldades feitas em nome de ‘deus’:
Em seu nome, foram cometidos crimes que não teriam sido perpetrados por nenhum outro motivo: o assassinato daqueles que “blasfemam” ou são “heréticos” (ou seja, que discordam dos que estão no comando naquele momento), que “profanam” objetos e textos considerados sagrados (durante o momento em que escrevo, vários cristãos paquistaneses foram assassinados por terem supostamente maltratado uma cópia do Alcorão) – e assim por diante.
Como última citação do autor neste texto, transcrevo sua análise sobre ideologias monolíticas:
(...) Ao que respondo: todas as ideologias monolíticas, que afirmam possuir a única grande verdade e exigem que todos se submetam a ela sob pena de sofrimento, com seus profetas, devoções, lemas e vacas sagradas, agem da mesma maneira quando têm a oportunidade de mostrar seus extremismos naturais – que é exatamente a objeção à religião.As doutrinas básicas das principais religiões têm suas raízes nas superstições e fantasias de camponeses analfabetos que viveram há milhares de anos. É surpreendente que essas crendices, sob a forma parcial de versões sofísticas posteriores, continuem a ter alguma credibilidade. O motivo disso é a proselitização dos muitos jovens, a institucionalização de seitas religiosas e certos fatores psicológicos.
Em alguns pontos concordo e em outros discordo. Mas isso não vem ao caso. Fiquei refletindo sobre esse texto e vendo o quanto ele se parece com estes dias de briga entre “petralhas” e “tucanalhas”, como se alfinetam ambos os lados. Impondo visões unitárias, estereotipadas e ideológicas excludentes. E os eleitores, a população em geral, são conduzidas ora para um lado e ora para outro. Quem falar mais bonito, desconstruir melhor a imagem do outro, ficará em vantagem (eleitoral, diga-se de passagem).
Assim como o filósofo tem suas ideologias, eu também tenho as minhas (no caso ainda defendo parte das ações de Lula ou Dilma, porque no geral vejo uma luta de classes no atual cenário político brasileiro, apesar da minha certeza de que não se mudará o mundo por meio de votação neste ou naquele candidato). Sem pregar discurso de ódio, observo muita movimentação em muitos dos lados, mas exatamente daqueles que vejo que poderia surgir uma terceira via não há movimentação. Ah, se o povo, se os excluídos, deixassem essas “superstições e fantasias” construídas durante toda uma história (do Brasil, da humanidade...) e tornassem autônomos e responsáveis por suas vidas (política, econômica, social e culturalmente)... como seria bom!! Quem sabe, como finalizou o filósofo: “Na verdade, uma vez que esse detrito de nosso passado ignorante for eliminado, talvez consigamos ver mais claramente a natureza do bem e finalmente persegui-lo da forma correta”.
Só para encerrar, vejamos quem é o autor da Arte de Questionar (afinal, para nós jornalistas saber perguntar/questionar é imprescindível):
Segundo a Wikipédia, Anthony Clifford "A. C." Grayling nasceu em 03 de abril de 1949. O filósofo britânico fundou em 2011 o New College of the Humanities, uma faculdade de graduação independente de Londres. Até junho de 2011, ele foi professor de Filosofia de Birkbeck, na Universidade de Londres, onde ensinou desde 1991. Ele também é membro supranumerário do Colégio de Santa Ana, Oxford.
Na contracapa de seu livro, uma citação do The Gardian mostra que “A. C. Grayling é um filósofo que acredita naquilo que prega e cria valor para a vida de uma forma completamente descomplicada”. Já na Booklist diz-se que “diferente de outros filósofos acadêmicos, A. C. Grayling se importa demais com a filosofia para mantê-la em sala de aula. De fato, ao aplicar o hábito de pensar os problemas da vida cotidiana, ele abre horizontes significativos”.
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