quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Livro Sociedade Midiatizada

Apontamentos feitos em 2008 a partir da leitura de Sociedade Midiatizada, organizada por Dênis de Moraes. Na coletânea estão textos assinados por 11 referências do pensamento crítico contemporâneo: Eduardo Galeano, Manuel Castells, Jesús Martín-Barbero, Armand Mattelart, Marc Augé, Lorenzo Vilches, Douglas Kellner, Guillermo Orozco Gómez, Muniz Sodré, Dênis de Moraes e Pierre Musso.

Na internet encontrei essa resenha, para quem quiser outras informações a respeito da obra: Revista Temática.

Eticidade, campo comunicacional e mediatização - Muniz Sodré

Medium - canal ou veículo

Midiatização - tendência à virtualização das relações humanas

Mediação - ação de fazer parte ou fazer comunicarem-se duas partes. Interação é a forma operativa do processo mediador

Midiatização - tecnomediação - caracterizada pelo medium

Midiatização - mediação social exarcebada, com espaço próprio e relativamente autônomo

Agenda - setting - academia EUA. Agenda em latim um particípio futuro passivo "(as coisas que) devem ser feitas"

Tecnocultura - constituída por mercados e meios de comunicação

Ethos... é a maneira ou modo de agir... toda ação rotineira - costumes, hábitos, regras, valores

Contemporaneamente a rotina perde lugar na produção/indústria mas ressurge com todo o rigor da mídia, do consumo

Moral/ética...

Padrão identitário/reconhecimento social (aja deste modo porque é melhor...)




A tirania do fugaz: mercantilização cultura e saturação midiática - Dênis de Morais
Amálgama entre vertigem tecnológica e a mercantilização

Nova tirania: velocidade fortuita

Tecnointerações - relações humanas tendem a virtualizar-se

Ethos do consumo - conversão da cultura em economia e vice-versa = capitalismo atual

Consumidores - padrões similares de comportamento - planos mundializados

Jovens brasileiros passam 4h53m22s em frente da TV/dia.

O grand nível das inovações/tecnologia não desfaz desníveis sociais e barreiras econômicas (Áfria - 1% na internet)




Tecnicidades, identidades, alteridades: mudanças e opacidades - Jesús Barbero
Novo século/disputas da comunicação/11 de setembro = fiscalização dos meios/Fórum Social = alternativas

Com globalização identidades de desfazem e se unem iguais: índios, mulheres...

Multiculturalismo mostra que as instituições liberal-democráticas tornaram-se estreitas para acolher o múltiplo

Democracia precisa de uma cidadania que se encarregue das identidades e das diferenças

Igrejas eletrônicas

Os movimentos sociais - não representados, mas reconhecidos: fazerem-se visíveis socialmente em sua diferença

As tecnologias não são neutras



Comunicação social e mudança tecnológica: um cenário de múltiplos desdobramentos

Tecnocêntricas ou sociocêntricas?

Tecnologia até agora trouxe despoder social, exemplo: América Latina

Continuam nas mãos de poucos... apesar das inovações...

Os movimentos sociais lutam para serem reconhecidos em suas singularidades, manifestas e ampliadas audiovisualmente.

Educação até agora aprender pela repetição, mas os novos meios isso acontece pela exploração. Por isso, debater e repensar os motivos da educação e comunicação em uma época de grande mudança.

Começa explicitando reconhecimentos importantes e que parece estar se perdendo de vista; segudno aborda detalhes do desordenamento; e terceiro, efeitos dentro da educação.



Sobremodernidade: no mundo tecnológico de hoje o desafio essencial do amanhã - Marc Augé
Uniformização x particularismos

Globalização x regionalismos... paradoxos...

Mundo contemporâneo unificado x dividido...

a) sobremodernidade - o passar da modernidade (tempo) = excesso de informação, imagens e individualismo/passividade

b) não-lugares - o passar dos lugares (espaço)

c) o passar do real ao virtual (imagem)


Cultura da mídia e triunfo do espetáculo - Douglas Kellner

Espetáculos cada vez mais sofisticados para conquistar a audiência, aumentar o poder e o lucro da indústria cultural

Cultura de infoentretenimento tabloidizado

Cultura da mídia fornece material para fantasia e sonho/celebram valores dominantes/sociedade baseada na competição e vitória.

Os espetáculos envolvem os meios e instrumentos que incorporam os valores básicos da sociedade moderna e servem para doutrinar o estilo de vida dos indivíduos


A Caminho de uma sociedade da incomunicação? - Eduardo Galeano
Ditadura da palavra/imagem única/desigualdade econômica - extremo da pobreza x riqueza

Culto do consumo/escola do crime

Incomunicação - monólogos do poder - periferia deve obedecer/aceitar valores que o centro impõe



Migrações midiáticas e criação de valor - Lorenzo Vilches
Valor do jornalismo na rede é a liberdade



Ciberespaço, figura reticular da utopia tecnológica - Pierre Musso
Rede liga polos

Ciberespeçao/interconexão...

Rede e cérebro convergem na produção partilha de ingeligência/interligações/estrutura reticular


Inovação, liberdade e poder na era da informação - Manuel Castells
Mais uma vez na história, a inovação tecnológica, a investigação científica, a criatividade cultural são apropriadas, manipuladas, restringidas pelos interesses e poderes...

Informação é poder. A comunidação é contrapoder


Para que "nova ordem mundial de informação"? - Armand Mattelart

Meu estilo



Muitas vezes em meu trabalho esbarro com reclamações ou feedbacks de que alterei o texto enviado por colaboradores internos da nossa assessoria de comunicação. Como o órgão em que trabalho possui unidades no interior do Estado, no entanto, sem contar com jornalistas para assessorá-los diretamente, não temos condições de cobrir todos os eventos/acontecimentos realizados.

Se eu mudar o sentido do que foi dito, ao alterar o formato do texto, sei que não fiz um bom trabalho. Mas deixar o conteúdo mais atrativo e acessível para a leitura da população em geral, utilizando para isso um formato mais jornalístico, vejo que cumpri com minhas funções na edição daquelas matérias.

Pensei neste tema quando li este parágrafo de Heródoto Barbeiro:

"Há conflitos de informação e de opiniões cada vez que um jornalista elabora uma reportagem. Quando escolhe um título, filma uma cena, escolha uma trilha sonora, decide como a história vai ser contada, qual o melhor ponto de vista para a explicação da matéria, o jornalista está influenciado pelas próprias convicções pessoais. Você pode até não concordar com o ponto de vista abordado, mas é um direito do jornalista, e o critério de subjetividade no desenvolvimento do tema estará sempre presente. Assim é bom saber que o jornalismo tem uma dose de subjetividade. É de sua essência".

Para finalizar, vamos lembrar nossa principal função:

"O jornalista é o intermediário entre o fato, a informação e a notícia, cabe a ele transformar a matéria-prima em assuntos de interesse público".

Afinal, como está entre minhas atribuições, descrita no termo de posse no serviço público: "revisar os registros de informação", "editar informações", "organizar matérias jornalísticas" e "formatar a matéria".

Explicado, portanto, como funciona o trabalho de um jornalista - tanto de redação como de assessoria - com uma dose de subjetividade.

#prontofalei

Alguns apontamentos sobre "Formação Econômica"

No fim do ano passado li "Formação Econômica do Brasil", de Celso Furtado. O livro traz uma análise que não vemos no colégio (ao menos no meu tempo estudei de outra forma esse "descobrimento" e povoamento/desenvolvimento do território). Aprofundando a análise de como Portugal e a Europa dominaram esta região, mostrando a dependência desde o início a outras nações para se expandir o que o autor denomina "Empresa Brasil", um nome mais real ao que somos, “produto”. Escrito em 1958, o livro olha o passado e explica o presente: por que somos tão dependentes ainda? Algum dia seremos uma nação realmente livre?

A colonização das terras americanas é um processo não antes realizado na história, pois toda expansão ocorreu por outros motivos. No Brasil a diferença das regiões foi que aqui não se encontrou ouro, mas Portugal precisou "defender" sua descoberta de algum modo dos outros países, que também estavam de olho no território.

Mesmo cara, os portugueses fizeram de início nestas terras uma "empresa agrícola", como explica Celso Furtado. Para esta Empresa Brasil dar certo na produção de açúcar, teve que se desenvolver ou "compartilhar" o conhecimento holandês sobre essa especiaria. Além da participação dos holandeses/países baixos no "financiamento" do negócio e no uso do trabalho escravo (indígena e africano).

Sobre o “fim” do trabalho escravo, Furtado fez a seguinte análise "a abolição da escravatura à semelhança de uma 'reforma agrária', não constitui per se nem destruição nem criação de riqueza. Constitui simplesmente uma distribuição da propriedade dentro da coletividade".

Mão-de-obra era uma dificuldade naquela época. E havia diferença entre Sul (europeus) e Norte (nordestinos) do Brasil, que tiveram colonização e história específicos de cada uma destas regiões.

Bom, estes foram apenas alguns apontamentos que fiz, não foi minha intenção fazer um resumo. Mas, assim como a Kelly que me emprestou para uma boa leitura deste livro, indico a todos que puderem, também o leiam. Podendo dessa forma conhecer um pouco mais sobre nosso País pelos olhos de Celso Furtado.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

É de poesia que o Brasil precisa!

Ah, lógico que é!!

Uma mesa rodeada de personalidades. Assim foi o debate realizado durante a manhã do dia 09 de novembro de 2012, no Teatro Banzeiros, quando o Fest Cine Amazônia trouxe a Porto Velho o escritor e poeta Thiago de Mello, o músico Princezito, o artista multimídia Marcos Quinan, o poeta Carlos Moreira e a poetisa Alice Ruiz.

Debatendo a relação poesia, vida  e meio ambiente, guardei daquele momento singular as seguintes anotações:

O papel da luz é iluminar. Mas levantamos muros contra os outros. Fingimos.

A função da arte é essencial: não perder a capacidade de se indignar.

Para Alice Ruiz, as escolas hoje estão quase contemporâneas ao que está acontecendo poeticamente. “Vejo a letra de música como algo poético. A canção brasileira, não necessariamente a que está na moda. mas que tentam nos vender como arte nos meios de comunicação, são exatamente o oposto da arte. Desviam nossa verdadeira vocação que é a autoexpressão”. 

“Esse outro olhar que a arte nos salva disso: o lado humano, contra a insensibilização”. Ela ainda diz que os leitores estão desenvolvendo o senso crítico e concorda que estamos escrevendo com mais a era dos computadores (blogs, internet...).”Poesia é mais barata de todas, batonzinho e guardanapo resolve!”, afinal, “a poesia pode estar nos lugares mais simples da vida, basta estar atento a isso”.

Já Marcos Quinan afirma que é preciso manter a luz acesa. Ler. Conhecer mais o Brasil. “A leitura é que nos coloca a possibilidade de acender esse fogo. Olhem com carinho para o que é nosso, natureza, artes, história”.

Thiago de Mello explica que mora no coração da floresta amazônica, que só tem o silêncio dos pássaros. E se pergunta, o que fazer para resgatar o fim da poesia no mundo... o fim do acesso, da leitura, e conseguir o gosto da leitura na escola. “Acho que o mundo precisa mesmo é de consciência.

Se cada um fizesse sua parte... porque um dia o Brasil vai dar certo!”

Eu que não conhecia me encantei com Princezito e um pouco da história de Cabo Verde, composta por “de ilhas diferentes, com sotaques diferentes”. Conforme o músico, “arte tem que ser sinceridade” e mais que isso, é necessário que o Brasil se abra também à poesia africana!

Foi muito bom ouvir a todos, é o que posso dizer deste encontro que hoje deixo aqui registrado.


Voltei!

 Eu tenho tanto pra lhe falar Mas com palavras ...

Férias, problemas de conexão, mudanças, enfim... faltou tempo para falar com você, meu querido blog eletrônico.

Mas, voltei!!!

Estou cheia de anotações, vamos ver se consigo te contar todas!

Já ia esquecendo de dizer, feliz 2013, pois agora com a passagem das festas de carnaval é que na verdade o ano se inicia para o brasileiro, não é mesmo?