Muitas vezes em meu trabalho esbarro com reclamações ou
feedbacks de que alterei o texto enviado por colaboradores internos da nossa
assessoria de comunicação. Como o órgão em que trabalho possui unidades no
interior do Estado, no entanto, sem contar com jornalistas para assessorá-los
diretamente, não temos condições de cobrir todos os eventos/acontecimentos
realizados.
Se eu mudar o sentido do que foi dito, ao alterar o formato
do texto, sei que não fiz um bom trabalho. Mas deixar o conteúdo mais atrativo
e acessível para a leitura da população em geral, utilizando para isso um
formato mais jornalístico, vejo que cumpri com minhas funções na edição
daquelas matérias.
Pensei neste tema quando li este parágrafo de Heródoto
Barbeiro:
"Há conflitos de informação e de opiniões cada vez que
um jornalista elabora uma reportagem. Quando escolhe um título, filma uma cena,
escolha uma trilha sonora, decide como a história vai ser contada, qual o
melhor ponto de vista para a explicação da matéria, o jornalista está
influenciado pelas próprias convicções pessoais. Você pode até não concordar
com o ponto de vista abordado, mas é um direito do jornalista, e o critério de
subjetividade no desenvolvimento do tema estará sempre presente. Assim é bom
saber que o jornalismo tem uma dose de subjetividade. É de sua essência".
Para finalizar, vamos lembrar nossa principal função:
"O jornalista é o intermediário entre o fato, a
informação e a notícia, cabe a ele transformar a matéria-prima em assuntos de
interesse público".
Afinal, como está entre minhas atribuições, descrita no
termo de posse no serviço público: "revisar os registros de
informação", "editar informações", "organizar matérias
jornalísticas" e "formatar a matéria".
Explicado, portanto, como funciona o trabalho de um
jornalista - tanto de redação como de assessoria - com uma dose de
subjetividade.
#prontofalei
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