A atividade foi na noite do dia 13 de junho de 2011, no Mercado Cultural de Porto Velho (RO). Entrevistamos produtores, assistimos aos curtas e nos inteiramos da produção local. Acredito que abrir horizontes também seja um dos objetivos de cada aula em que participamos, pois se trata da formação dos futuros comunicadores na cidade. Vamos às entrevistas:
“Nos palcos da vida – Raízes do Porto, 18 anos”, documentário de Giovani Berno, Poliana Zanini e Simone Barbosa, não estava concorrendo, mas fez a abertura do Festival. Mesmo tendo perdido o período de inscrição, Giovani estava feliz em poder expor o trabalho para aquele público. Segundo ele, a produção foi toda baseada em um dos grupos teatrais mais antigos em permanente atuação em Rondônia.
O roteiro foi todo feito em cima da entrevista concedida por Sueli Rodrigues, “o registro pela oralidade da história”. É atriz e diretora do Raízes do Porto que gera a cronologia apresentada. O grupo atua em peças de comédia e de teatro infantil, “agora com mais pesquisa e textos próprios”, conta Giovani, que também integra a trupe. Sobre o documentário, ele cita Nilson Lage, para quem a ordem cronológica não é essencial para o entendimento dos fatos.
Sueli é pernambucana, fez concurso e passou a viver na capital rondoniense. Desde que organizou uma oficina de teatro no SESC (em 1992), começaram os trabalhos do Raízes do Porto.
Servindo também como finalização do trabalho de conclusão do curso de Jornalismo a UNIRON, Giovani conta que agora terá mais essa formação na área de comunicação, uma vez que é formado em Publicidade e Propaganda, tendo sido inclusive coordenador do curso na mesma universidade. Entre suas outras atividades estão a assessoria feita para a FATEC e Assembleia Legislativa do Estado.
Ele que deixou Santa Catarina apenas para passar férias aqui, terminou por se empregar na área de eventos da TV Rondônia e outras agências de publicidade. Como desde os 15 anos já se apresentava em peças de teatro, não foi difícil se aproximar do Raízes do Porto. Antes de chegar ao Norte do País, havia feito 19 espetáculos em dez anos de atuação.
Apoio à cultura – O organizador do CurtAmazônia, Carlos Levy, também apresentou uma produção própria na abertura do Festival. “A Tormenta”, que traz a história do artista Botôto. Ambos os curtas possuem duração superior a 20 minutos.
Existe uma saída para nós: a arte e a cultura!!!
“A luz da floresta vai iluminar o mundo”, diz a certa altura das filmagens o personagem real Botôto (Júlio César). “Igualdade é dom de Deus. Primeiro ter um sonho; segundo colocar em prática”.
“Realizar um Festival não é fácil”, diz Levy. Neste ano participaram 19 estados. Confira os vencedores deste segundo CurtAmazônia clicando AQUI. Quer produzir e se preparar para o próximo ano? A dica do organizador é assistir a todo tipo de filme, fazer grupo para estudar roteiro, enquadramento, enfim, começar a colocar a mão na massa.
Levy é servidor público e trabalha com audiovisual há 26 anos. Explicando que é preciso acreditar na produção local, ele indica a implementação de um Núcleo de Produção para Rondônia. “Os interessados apresentam um projeto e o Núcleo disponibiliza o equipamento”. Um exemplo que ele cita é o Estado do Acre, em quem já existe um Núcleo de Produção estruturado, trazendo também cursos de formação.
Outra sugestão é a de criar a cinemateca rondoniense, que divulgaria e registraria a memória estadual. Defendendo que a cadeia audiovisual gera empregos, Levy tem a expectativa de que Rondônia passe a participar mais ativamente no processo de produção nacional.
“Festival é isso, é competição. Um festival traz visibilidade para o Estado”. Mesmo que não tenha nenhum curtametragem de Rondônia selecionado para disputar os prêmios, para organizador já foi importante para incentivar a produção local.
Neste ano o CurtAmazônia passou, além de Porto Velho, pelos municípios de Candeias do Jamari e Cacoal. “A cultura precisa ser preservada e o documentário fica para a prosperidade”, conclui Giovani Berno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário