sábado, 5 de fevereiro de 2011

Accountability = responsabilização ou prestação de contas


O universo de nosso conhecimento precisa ser amplo. Em provas de concurso público isso pode garantir uma questão correta, o que muitas vezes decide o certame.

Na prova da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) de 2010, para o cargo de jornalista, uma das questões era sobre o conceito de “accountability”. Errei. Deveria ter marcado essa alternativa: “Conduta transparente, interação constante com atores sociais, responsabilidade e prestação de contas das organizações”.

Para entender melhor o tema, mais uma vez recorri à Wikipédia. A enciclopédia virtual me mostrou que não existe uma tradução exata desse termo inglês para o nosso português. Seria algo do tipo “responsabilização”, “prestar contas”, o que também nos “remete à obrigação de membros de um órgão administrativo ou representativo de prestar contas a instâncias controladoras ou a seus representados”.

“Significa que quem desempenha funções de importância na sociedade deve regularmente explicar o que anda a fazer, como faz, por que faz, quanto gasta e o que vai fazer a seguir. Não se trata, portanto, apenas de prestar contas em termos quantitativos mas de autoavaliar a obra feita, de dar a conhecer o que se conseguiu e de justificar aquilo em que se falhou. A obrigação de prestar contas, neste sentido amplo, é tanto maior quanto a função é pública, ou seja, quando se trata do desempenho de cargos pagos pelo dinheiro dos contribuintes”.

Resumindo: envolve ética, transparência, democracia, gestão, publicidade, responsabilidade social, obrigações e governança.

Continuando a busca na net, encontrei que accountability envolve capacidade de resposta (answerability) e capacidade de punição (enforcement). Para a professora Ângela Albuquerque, answerability "englobaria a dimensão relativa à obrigatoriedade de informação sobre as decisões e a necessidade de os governantes explicarem como e por que tais decisões foram tomadas".

Passei pela biblioteca ontem e peguei uma publicação da Revista Você S/A, “Como tornar-se um líder”, de John Adair (Editora Nobel, 2001). Daí, um termo se ligou a outro: “liderança é essencialmente uma atividade centrada no outro – e não em si mesma”. Se uma organização ou indivíduo tem responsabilização perante a sociedade, ele o tem perante o outro.

Continuando na questão da liderança, fui unindo os pontos com a responsabilização, já que também vi interatividade com “instrução ou briefing é a função de comunicar objetivos e planos à equipe” ou “a comunicação é irmã da liderança” e, por isso, também, “o líder precisa ser bom ouvinte”.

Estou costurando esse texto, porque me entendo também responsável na divulgação e publicização do que acontece em um órgão público. Busco encontrar sentido para o meu papel como jornalista e o contato que preciso fazer com a sociedade. Nisso, cheguei às qualidades de uma (não sei se esse termo seria adequado para o que quero abordar, mas vamos lá) liderança: entusiasmo, integridade, firmeza, imparcialidade, zelo, humildade e confiança. Lógico que vou enquadrar isso dentro dos princípios públicos, o “LIMPE” (Legalidade, Imparcialidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência).

Concluo analisando essa função de quem está inserido ou em uma instituição pública ou privada, que é de observar os cenários. Seja em qual nível for, concordo com John Adair, de que o papel das lideranças está inserido dentro do contexto: REALIZAÇÃO DA TAREFA, FORMAÇÃO E CONSERVAÇÃO DA EQUIPE e DESENVOLVIMENTO DO INDIVÍDUO. (ao desenvolver uma atividade prática logo veremos que se não temos a participação/motivação do indivíduo dificilmente será bem executada – do planejamento à ação).

Enfim, somos nós seres humanos que estamos por trás das estruturas, sendo sempre bom ter em mente as seguintes funções: definição da tarefa, planejamento, instrução, controle, avaliação, motivação, organização e apresentação de um exemplo/modelo.

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