Li um texto que fala sobre os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) ou sistemas LMS. As “novas” ferramentas estão incluídas nos avanços tecnológicos da hoje chamada Web 2.0. No caso dos AVAs, essa internet mais interativa permite um ensino e aprendizagem colaborativos, especialmente para cursos de Ensino a Distância (EaD).
Universo esse que mistura informação e comunicação voltados para o processo de aprendizagem (conhecimento, habilidade e atitude), envolvendo professores, tutores e alunos, que têm à disposição vários mecanismos para troca de experiência e ensino baseada em um certo “diálogo” entre as partes.
Essas plataformas e-learning permitem a organização do trabalho não da mesma forma que em um ambiente presencial. Mas adaptando-se e buscando ser mais que um apanhado de textos com tarefas definidas a serem feitas no decorrer de um curso. Mais que isso, os alunos podem ser divididos em grupos de usuários, acessarem conteúdos de aprendizagem com design e interatividade diferenciados – que conduzem a outros conhecimentos – , serem avaliados pela participação e acesso também em espaços mais “livres”, como os chamados “cafés-virtuais”, em que pode-se traçar um outro perfil – mais subjetivo – de cada participante, confrontando-se com as avaliações das atividades regulares.
No curso de Tutores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), por exemplo, utiliza-se o Moodle. Este software livre permite o gerenciamento dos cursos a distância.
Entre as ferramentas disponibilizadas, dividem-se nas que utilizam momentos síncronos (chats ou bate-papos, áudio e vídeo-conferências e outros) e assíncronos (mural, edital, fórum, bibliotecas virtuais, glossários colaborativos, conteúdo, wikis/links, notas, perfil dos alunos e dos tutores e professores, correio eletrônico, cronogramas, lembretes e calendário etc). Todos permitindo que os usuários estejam constantemente amparados, de forma individualizada, e quando necessário seja dado retorno em menor tempo possível.
Como os AVAs proporcionam uma construção colaborativa, o trabalho desenvolvido ganha amplitude, pois há interação e colaboração também como retorno dos aprendizes. Da mesma forma que a Web 2.0 “conquista” as pessoas pela sua simplicidade e auto-realização, os ambientes servem ainda para promover a autonomia dos alunos.
Quem sabe, alunos da EaD vejam “indiretamente” o uso de blogs, twitters e outros espaços disponibilizados nessa nova corrente virtual como continuidade de sua aprendizagem, pois de alguma forma começaram a “dominar” o uso de muitos instrumentos, desmistificando-os.
Pelas dimensões territoriais que o Brasil possui, o uso dessa tecnologia em cursos EaD ainda está aquém do que pode realizar. Mas a cada dia novas portas se abrem a este universo virtual de aprendizagem. Soma-se a essa dificuldade, a recente história dos cursos a distância no País.
E com a formação de cada vez mais profissionais para essa área, espera-se que toda a nação tire proveito dessa experiência educacional colaborativa, visto que o que é lido ou ouvido e feito ao mesmo tempo, é aprendido.
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