domingo, 2 de novembro de 2014

Media Training e Comunicação Interna

Não havia parado para pensar exatamente nisso: o que faz a comunicação interna num treinamento de Media Training? Você saberia me dizer?

Sim! O mundo mudou... a comunicação, junto com o relacionamento com a mídia, deve ser estratégica para as corporações.  E por que não treinar também a função imprescindível de se comunicar com os diferentes públicos que fazem parte de seu rol de colaboradores? Para chegar a uma convergência sustentável com as demandas sociais, para se alcançar o maior nível de recepção de suas mensagens, não basta “apenas recrutar um batalhão de porta-vozes passivos, disparar press releases ou exercer lobby sobre jornalistas-contatos”, como afirmam Nancy Assad e Reinaldo Passadori em Media Training: como construir uma comunicação eficaz com a imprensa e a sociedade (2009).

Em tempos de facilidade e acesso à mídia, especialmente as sociais, em que todos produzem conteúdo, o diálogo passa a ser essencial e mesmo inevitável. Aqui veremos que quem não buscar se comunicar, se estrumbicará, e muito! Como exemplo, basta lembrar período de greve, de reivindicação, de solicitação pública de informação feita por funcionários por meio de denúncias de toda a sorte. Atualmente, todos são capazes de se comunicar com o público externo, não só o dirigente no momento em que concede uma entrevista. A produção de conteúdo é muito rápida e incontrolável.

Neste “novo media training” trazido pelos autores vem o alerta de que é esse o treinamento a conscientizar dirigentes e colaboradores sobre a urgência de se implantar uma cultura sólida e verdadeira de diálogo, de informação. E aqui eles enfatizam que é esse o maior público no que diz respeito à formação da opinião pública.

Não há mais espaço para o Media Training de características defensivas, que se preocupa somente com o contato pontual da empresa com a mídia. Para que a exposição aos públicos externos seja de qualidade, o líder treinado e acostumado a se comunicar deve estar familiarizado com a prática da comunicação, assim como todos que fazem a organização e atuam na elaboração diária de sua cultura.
A lição é: não há Media Training sem o “olhar para dentro” da organização. E olhar para dentro é com a Comunicação Interna.

Para a comunicação interna não ser decretada como se fosse uma lei de cima para baixo, mas ser resultado de uma troca, de um feedback, a receita inclui:

Vontade de ouvir, tendência a crer no que se ouve e entendimento das necessidades de cada colaborador. Também é preciso harmonia, envolvimento, reconhecimento, experiência e competência por parte do comunicador.

 Todas as relações humanas passam por mudanças, o que não é diferente para o líder. Esta é uma figura e um papel também em plena transformação.
 Para manter a conversação sadia com a organização inteira, o líder deverá ser aquele que fala em público de maneira organizada e planejada, assessorado por uma equipe capaz de transformar seus comunicadores em ações para manter acesa a comunicação direta e respeitada.

Da mesma forma que iniciei o texto com um questionamento, o encerro: como, então, motivar equipes?


“Acredito que, em última análise, a função do líder é espalhar esperança” (Bob Galvin)

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