Memórias, sentidos e espetacularização nos discursos da cheia histórica do Rio Madeira (2013/2014)
Acesse o link: https://repositorio.ifro.edu.br/handle/123456789/335
Dissertação apresentada ao Mestrado Acadêmico em Letras, da Fundação Universidade Federal de Rondônia – UNIR, como requisito parcial para obtenção do título de Mestra em Letras, em 2018.
Resumo:
Esta dissertação tem como objeto de estudo principal os discursos sobre a Cheia do Rio Madeira, no ano de 2014, produzidos por diferentes instituições públicas. O locus é o município de Porto Velho, Rondônia. Com a finalidade de dar conta do trabalho proposto, o estudo parte de algumas questões norteadoras: Como o processo de cheia ao longo da Bacia do Rio Madeira se torna discurso? Quais memórias e sentidos estão inscritos neste discurso que rodeia a cheia do Madeira? Há espetacularização em torno do acontecimento subida ou descida das águas? O objetivo geral foi analisar os discursos sobre a cheia do Rio Madeira no ano de 2014, em Porto Velho, Rondônia. Especificamente, a busca é por atender aos objetivos a) analisar os discursos de diferentes instituições da sociedade local, comparando memórias e sentidos presentes/ausentes na interdiscursividade; b) verificar como a espetacularização produziu sentidos na mídia impressa da época e c) investigar as ideologias presentes/ausentes nos discursos em relação à elevação das águas, discutindo as condições de produção do discurso e dos sentidos. Este estudo é classificado como exploratório, sendo a pesquisa bibliográfica e documental. O corpus constitui-se de cinco gêneros discursivos (dois informes técnicos, uma manchete de capa e dois textos-notícia, um da seção geral e um do caderno de política). Os principais referenciais que fundamentaram a pesquisa foram Maingueneau (1993; 1998; 2013; 2016); Foucault (1992; 2014); Pêcheux (2014; 2015); Gregolin (2000; 2003); Possenti (2009; 2010); e Orlandi (2011; 2012; 2013). Com isso, é possível concluir que as águas de um rio não correm isoladas das disputas que dele fazem parte. No caso do Rio Madeira, há uma contínua luta por espaço que é tão gigante enquanto ele o é, pois, a sua riqueza mitológica de pertencimento amazônico o faz procurado historicamente, assim como, pelo grande poder atual de atrair investimento em nome do desenvolvimento não só da região, mas do país.
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